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Programas de Saúde Pública no Ciclo Vital: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA • Contextualizar a Hipertensão Arterial na saúde pública. • Verificar a pressão arterial de forma correta. • Identificar os principais fatores de risco para o desenvolvimento da HAS. • Conhecer os passos de uma consulta de enfermagem ao hipertenso. • Compreender o papel do enfermeiro na atenção básica relacionado ao programa Hiperdia. OBJETIVOS • A Hipertensão Arterial (HA) e um importante problema de Saúde Pública; • A prevalência da HA está crescendo e o conhecimento da condição de hipertenso é baixo; • Existe correlação positiva entre o risco da doença cardiovascular e hipertensão, desde uma pressão arterial de 115/75 mmHg; INTRODUÇÃO • A hipertensão afeta mais de 30 milhões de brasileiros e é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de agravos como Acidente Vascular Encefálico (AVE) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), as duas maiores causas isoladas de mortes no país (VI DBH, 2010). • A cada ano morrem 7,6 milhões de pessoas em todo o mundo devido à hipertensão, segundo dados do Boletim Global de Doenças Relacionadas à Hipertensão • Prevalência no Brasil - PA >140/90 mmHg - 22,3% a 43,9% • Hospitalizações - Em 2009 91.970 internações por DCV com custos global de: R$ 165.461.644,33 EPIDEMIOLOGIA • É a força exercida pelo sangue circulante contra qualquer área unitária da parede arterial (GUYTON, 1997). • PRESSÃO ARTERIAL: Débito Cardíaco (DC) X Resistência Periférica Total (RPT) DC: quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto. RPT: grau de resistência dos vasos ao fluxo sanguíneo. DEFINIÇÃO E FISIOPATOLOGIA • Condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmHg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg) (Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2010). DEFINIÇÃO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DEFINIÇÃO E FISIOPATOLOGIA • Hipertensão Primária ou essencial: 80 a 90% dos indivíduos. Causa desconhecida. Etiologia • Disfunção do sistema nervoso autônomo? • Variações genéticas na reabsorção de sódio renal??? • Disfunção do sistema renina-angiotensina-aldosterona??? • Reatividade vascular prejudicada??? • Resistência à insulina como um fator causal na hipertensão??? TIPOS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL • Hipertensão secundária: 5 a 10% dos indivíduos. Causada por uma doença ou distúrbio subjacente. Etiologia • Doença Paraquimatosa Renal • Renovascular • Distúrbios endócrinos • Distúrbios cardiovasculares • Distúrbios neurológicos • Estresse Agudo (cirurgias, PCR) TIPOS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL • Idade • A PA aumenta linearmente com a idade. • O aparecimento da HAS está cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das crianças e adolescentes também sejam portadores. • Gênero e etnia • A prevalência global de HAS entre homens e mulheres e semelhante, embora seja mais elevada nos homens ate os 50 anos. • É mais prevalente em mulheres afrodescendentes. • Fatores socioeconômicos FATORES DE RISCO • Sal - O excesso contribui para a ocorrência de HA. - A relação entre aumento da PA e avanço da idade é maior em populações com maior ingestão de sal. • Obesidade • Álcool • Sedentarismo • Outros fatores - A presença de FR ocorre mais comumente de forma combinada: predisposição genética e fatores ambientais podem contribuir para agregação de FR em famílias com estilo de vida pouco saudável. FATORES DE RISCO • A medida da PA é o procedimento para o diagnóstico da hipertensão e para o acompanhamento dos pacientes. • Estudos evidenciam que o enfermeiro desconhece, em grande parte, o significado da medida da PA e referem que este procedimento não tem sido realizado corretamente • - A medida da PA deve ser realizada em toda avaliação de saúde. • - Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os membros superiores e, em caso de diferença, utiliza-se sempre o braço com maior valor de pressão para as medidas subsequentes. • - Com intervalo de um minuto, no mínimo, uma segunda medida deve ser realizada, realizando-se a média dos valores para obtenção da PA final. RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO DA HA • Condições do equipamento; • O paciente deve descansar de 5 a 10 minutos; • Certificar-se de que o paciente: • Não está com a bexiga cheia; • Não praticou exercício físico no período de 60 a 90 minutos antes; • Não ingeriu bebida alcoólica, café ou fumou até 30 minutos. • Colocar o(a) cliente em posição confortável; • Localizar a artéria braquial por palpação; • Colocar o manguito adequado firmemente cerca de 2 a 3 cm acima da fossa ante-cubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial; VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL • Manter o braço do cliente na altura do coração; • Solicitar para que não fale durante a medição; • Manter pernas descruzadas e pés apoiados no chão. • Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível a pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar novamente. • Posicionar a campânula do estetoscópio sobre a artéria, na fossa ante cubital, evitando compressão excessiva. VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL • Palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 30mmHg acima do valor em que o pulso deixou de ser sentido • Desinflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg) • Determinar a pressão sistólica no aparecimento do 1o. Som (fase I de Korotkoff) • Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff); • Após a verificação, registrar os valores da pressão sistólica e diastólica com intervalos de 2 mmHg, evitando-se arredondamentos, registrando o valor real • Esperar 1 a 2 minutos antes de uma nova verificação. VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Dimensões da Bolsa de Borracha para Diferentes Circunferências de Braço em crianças e adultos 15 OBSERVADOR •Falta de interação •Mãos e equipamentos excessivamente frios •Pressão excessiva da câmpanula sobre a artéria •Inflação excessiva •Deflação muito rápida •Dígitos finais •Não esperar o repouso do paciente por pelo menos 5 minutos. ERROS NA VERIFICAÇÃO DA PA INDIVÍDUO • Não informar sobre ingestão de drogas que possam vir a interferir com os mecanismos de regulação da pressão arterial. • Não informou sobre uso de fumo, alimentação, álcool, café, dor, tensão , ansiedade durante o procedimento, bexiga cheia. •Falta de posicionamento do paciente correto: Quando sentado: • Não posicionar a palma da mão para cima • Cotovelo não ficar ligeiramente fletido • Não posicionar o braço em nível do coração ERROS NA VERIFICAÇÃO DA PA AMBIENTE • Com ruídos • Sem privacidade • Iluminação inadequada • Temperatura desagradável ERROS NA VERIFICAÇÃO DA PA INSTRUMENTO •Aparelhos descalibrados: recomenda-se calibração semestral •Indisponibilidade de manguitos com larguras variadas. •Não observar a integridade dos tubos de borrachas e da pera. • Não manter as olivas, o diafragma e a campânula limpos. •Falta de observação periódica dos sistemas de válvulas (vazamentos). ERROS NA VERIFICAÇÃO DA PA Média aritmética da PA maior ou igual a 140/90mmHg,verificada em pelo menos três dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas DIAGNÓSTICO DE HIPERTENSO Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (Mapa) • A MAPA é o registro por método indireto e intermitente durante 24h enquanto o paciente realiza sua atividades habituais. AFERIÇÃO FORA DO CONSULTÓRIO Medida Residencial de Pressão Arterial (MRPA) • É o registro da PA por método indireto, com 3 medidas pela manhã e 3 à noite, por 5 dias, realizado pelo paciente ou pessoa treinada. • Identificação e seguimento do hipertenso do avental branco. • Identificação do efeito do avental branco. • Identificação de hipertensão mascarada. • Avaliação da terapêutica anti-hipertensiva. AFERIÇÃO FORA DO CONSULTÓRIO Diagnósticos pela PAC, MAPA e MRPA Consultório (PAC) MAPA MRPA Normotensão <140/90 ≤130/80 média 24h ≤135/85 Hipertensão do avental branco ≥140/90 > 130/80 média 24h >135/85 ≥140/90 ≤135/805 média vigília ≤135/85 Hipertensão mascarada <140/90 > 135/805 média vigília >135/805 Efeito do avental branco Diferença entre a medida da PA no consultório e a da MAPA na vigília ou MRPA, sem haver mudança no diagnóstico de normotensão ou hipertensão Classificação da PA para maiores de 18 anos Classificação PA Sistólica (mmHg) PA Diastólica (mmHg) Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 Limítrofe 130 - 139 85 – 89 HÁ estágio 1 140 - 159 90 – 99 HÁ estágio 2 160 - 179 100 – 109 HÁ estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 Fonte: SBH/SBN (2010) NOTA: Quando as pressões sistólica e diastólica estiverem em categorias, a maior deve ser utilizada para classificação da PA Doenças cardíacas (25%) • Doença Arterial Coronariana (DAC); • Angina; Insuficiência Cardíaca; Infarto PRICIPAIS EFEITOS DA HIPERTENSÃO Episódio isquêmico ou AVC (40%) Insuficiência Renal Crônica (50%) Retinopatia hipertensiva • O HIPERDIA é um Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos captados no Plano Nacional de Reorganização da Atenção à hipertensão arterial e ao Diabetes Mellitus; • Além do cadastro, o Sistema permite o acompanhamento, a garantia do recebimento dos medicamentos prescritos, ao mesmo tempo que, poderá ser definido o perfil epidemiológico desta população. PROGRAMA HIPERDIA HISTÓRIA CLÍNICA • Identificação • Antecedentes familiares e pessoais; • Queixas atuais; • Enfocar o conhecimento que o paciente possui da doença, do tratamento, do autocuidado; • Tratamentos prévios; • Medicações em uso e presença de efeitos colaterais; • Hábitos de vida CONSULTA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE HIPERTENSO HISTÓRIA CLÍNICA • Identificar os fatores de risco: • Atividade física; • Avaliação dietética; • Uso de drogas lícitas ou ilícitas; • Uso de medicamentos: Anticoncepcionais hormonais, Antiinflamatórios não-esteróides, Anti-histamínico, Corticosteróides, esteróides anabolizantes CONSULTA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE HIPERTENSO EXAME CLÍNICO • Peso, altura, IMC, circunferência abdominal; • 2 medidas de PA em mais de um membro (Rotina do serviço); • Pescoço: palpação e ausculta das artérias carótidas, verificação de turgência jugular e palpação de tireoide; • Ausculta cardíaca enfocando bulhas alteradas; • Avaliação abdominal, massas abdominais; • Avaliação de pulsos periféricos • Presença de edemas. CONSULTA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE HIPERTENSO Periodicidade anual destes exames, estando atento a necessidade individual Rotina complementar mínima para pessoa com HAS • Eletrocardiograma • Dosagem de glicose • Dosagem de colesterol total • Dosagem de colesterol HDL (High-density lipo-protein) • Dosagem de triglicerídeos • Cálculo do LDL = Colesterol total - (HDL+ (triglicerídeos / 5) • Dosagem de creatinina • Análise de caracteres físicos, elementos e sedimentos na urina (urina tipo 1) • Dosagem de potássio • Fundoscopia Fonte: DAB/SAS/SMS AVALIAÇÃO LABORATORIAL • A intensidade das intervenções preventivas deve ser determinada pelo grau de risco cardiovascular estimado para cada indivíduo. • Utilização do Escore de Risco de Framingham. − Desenvolvido a partir de um estudo populacional longitudinal. − O paciente pode ser considerado de Risco Baixo, Médio e Alto para desenvolver doenças cardiovasculares em 10 anos. − A partir da identificação de risco são recomendadas medidas adequadas. AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR IDADE Pontos Anos Homens Mulheres 30 – 34 -1 -9 35 – 39 0 -4 40 – 44 1 0 45 – 49 2 3 50 – 54 3 6 55 – 59 4 7 60 – 64 5 8 65 – 69 6 8 70 – 74 7 8 CÁLCULO DO ESCORE DE RISCO DE FRAMINGHAM LDL - Colesterol Pontos mg/dl Homens Mulheres < 100 -3 100 – 129 0 130 – 159 0 160 – 169 1 ≥ 190 2 HDL – Colesterol Pontos mg/dl Homens Mulheres <35 2 35 – 44 1 45 – 49 0 50 – 59 0 ≥ 60 -1 Etapa 1 CÁLCULO DO ESCORE DE RISCO DE FRAMINGHAM Sistólica Diastólica <80 80 – 84 85 – 89 90 – 99 ≥ 100 < 120 0 0 1 2 3 120– 129 0 0 1 2 3 130 – 139 1 1 1 2 3 140 – 159 2 2 2 2 3 ≥ 160 3 3 3 3 3 Homens Sistólica Diastólica <80 80 – 84 85 – 89 90 – 99 ≥ 100 < 120 -3 0 0 2 3 120– 129 0 0 0 2 3 130 – 139 1 0 0 2 3 140 – 159 2 2 2 2 3 ≥ 160 3 3 3 3 3 Mulheres CÁLCULO DO ESCORE DE RISCO DE FRAMINGHAM Diabetes Pontos Homens Mulheres Não 0 0 Sim 2 4 Tabagismo Pontos Homens Mulheres Não 0 0 Sim 2 2 Etapa 2 Soma dos pontos Idade LDL-C HDL-C Pressão arterial Diabetes Tabagismo 35 Etapa 3 Homens Mulheres Classificação de risco global, segundo Escore de Framingham AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR CATEGORIA Evento cardiovascular maior (ECV) Baixo <10%/10 anos Moderado 10 a 20%/10 anos Alto >20%/10anos POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM • Débito cardíaco diminuído • Manutenção ineficaz da saúde • Controle eficaz do regime terapêutico • Promover a compreensão do paciente sobre seu processo patológico; • Diminuir e controlar a pressão arterial sem efeitos adversos e sem custo indevido; • Negociar com o paciente à adesão ao regime de tratamento; • Implementar as alterações necessárias no estilo de vida. • Promover o autocuidado aos pacientes; • Solicitar exames de rotina; • Capacitar os A.C.S.; • Promover o cuidado domiciliar e comunitário; • Monitorar as complicações potenciais; • Planejar um cuidado continuado. OBJETIVOS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM 38 VALORES DE META DO TRATAMENTO 39 Menor que 140/90 mmHg HAS não complicada Menor que 130/80 mmHg Com DM, nefropatia, AVE Menor que 130/80 mmHg Nefropatia com proteinúria > 1g TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO Modificação do Estilo de Vida • Manter peso normal (IMC 18.5 – 24.9 kg/m²) • Circunferência abdominal • Homens: 102 cm • Mulheres: 88 cm • Relação cintura/quadril • Homens: 0,95 • Mulher: 0,85 40 CONTROLE DA DIETA • Dieta Hipossódica (menor que 2,4 g/dia) - 1 colher de chá/dia; • Dieta baseada em frutas, verduras e legumes (3 porções) • Quantidade reduzida de gorduras e colesterol • Optar por alimentos cozidos e grelhados • Evitaralimentos embutidos • Restringir fontes de alimentos industrializados • Dar preferência a temperos naturais • Ler rótulos • Evitar o saleiro na mesa 41 TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO • Estimular a prática física regular mostrando os benefícios; • Atividade de intensidade moderada, pelo menos 30 minutos, 5 vezes por semana; • Opções de exercícios físicos: Caminhadas, musculação, natação e outros. • Não realizar atividade física fadigante ATENÇÃO: Se PAS acima >160mmHg ou PAD > 105 mmHg Não realizar atividade física 42 TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO • Consumo moderado de álcool: • Limitar a ingestão de bebida alcoólica a 30 g/dia de etanol para homens: • 700 ml de cerveja, • 300 ml de vinho • 100 ml de bebida destilada. • Acompanhamento psicológico para adesão 43 TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO Abandono do Tabagismo • Diminuir o número de cigarros fumados • Aconselhamento para abandonar esse hábito • Acompanhamento por especialistas • Inserção em grupos 44 BENEFÍCIO DAS MODIFICAÇÕES DO ESTILO DE VIDA 45 Modificação Redução PA sistólica Redução de peso 5 – 20 mmHg/10 kg Dieta equilibrada 8 – 14 mmHg/10 kg Dieta hipossódica 2 – 8 mmHg/10 kg Atividade física 4 – 9 mmHg/10 kg Restrição de álcool 2 – 4 mmHg/10 kg TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Eficaz por via oral e se possível tomada única diária; • Quanto maior a dose, maiores as probabilidades de surgirem efeitos indesejáveis; • Esclarecer os efeitos colaterais dos medicamentos e objetivos terapêuticos; • Considerar as condições socioeconômicas • Diuréticos • Vasodilatadores diretos • Bloqueadores adrenérgicos • Bloqueadores de canais de cálcio • Inibidores da enzima conversora de angiotensina • Antagonistas do sistema renina-angiotensina 46 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DIURÉTICOS: substâncias que atuam no rim, promovendo o aumento do fluxo urinário. • Droga de primeira escolha • Efeitos colaterais: Hipopotassemia e hiperuricemia • Ex: Hidroclorotiazida e Furosemida VASODILATADORES DIRETOS: drogas que causam relaxamento dos vasos (artérias e veias) e a queda da PA. • Efeito Colateral: retenção hídrica e taquicardia • Ex: Isordil 47 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO BLOQUEADORES ADRENÉRGICOS drogas que reduzem os estoques de catecolaminas e de serotonina em muitos órgãos a nível periférico (BETA E ALFA) e/ou central. • Efeitos colaterais: Sonolência, boca seca, fadiga, hipotensão postural e disfunção sexual • Ex: Propranolol, Metildopa • BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO: fármacos que causam o bloqueio competitivo dos canais de Ca++, resultando na diminuição do influxo desse para dentro da célula, com consequente diminuição da contratilidade. • Efeitos colaterais: Cefaleia, tontura, rubor facial • Ex: Anlodipina 48 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) inibem a enzima conversora da angiotensina I em II, retardando a formação da angiotensina II e diminuindo, portanto, a secreção de aldosterona. Efeitos Colaterais: Tosse seca, alteração de paladar e, mais raramente, com erupção cutânea, efeito nefropata. Ex: Captopril ANTAGONISTAS DO SISTEMA RENINA–ANGIOTENSINA impede a ação da angiotensina II (vasoconstrictor /secreção de aldosterona) Efeitos Colaterais: Tontura e semelhante aos IECA. Ex: Losartana Potássica 49 PRINCIPAIS DETERMINANTES DA NÃO-ADESÃO AO TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO • Falta de conhecimento do paciente sobre a doença ou motivação para tratar uma doença assintomática e crônica • Baixo nível socioeconômico, aspectos culturais e crenças erradas • Relacionamento inadequado com a equipe de saúde • Tempo de atendimento prolongado, dificuldade na marcação de consultas, falta de contato com os faltosos e com aqueles que deixam o serviço (falta de acesso ao serviço de saúde). • Custo elevado dos medicamentos e ocorrência de efeitos indesejáveis. • Interferência na qualidade de vida após o início do tratamento 50 PRINCIPAIS DETERMINANTES DA NÃO-ADESÃO AO TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO • Educação em saúde, com especial enfoque nos ocnceitos de hipertensão e suas características. • Orientações sobre os benefícios dos tratamentos, incluindo mudanças de estilo de vida. • Informações detalhadas e compreensíveis pelos pacientes sobre os eventuais efeitos adversos dos medicamentos prescritos e necessidades de ajustes posológicos com o passar do tempo. • Cuidados e atenções particularizadas de conformidade com as necessidades (atendimento singularizado). • Atendimento médico facilitado, sobretudo no que se refere ao agendamento de consultas (acesso ao serviço) 51
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