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Flávio Nunes - Professor Direito do Trabalho Uma análise Pós Reforma Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Denominação: Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. ❖Classificação: Quanto ao consentimento: expresso ou tácito; Quanto à forma de celebração: escrito ou verbal. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Jurisprudência: Contrato Tácito com a Administração TRT-23 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA RO 1104200203123004 MT 01104.2002.031.23.00-4. Data de publicação: 10/11/2003 Ementa: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CONTRATO DE TRABALHO TÁCITO. NULIDADE. Restou provado que havia entre as partes um contrato tácito de trabalho. Contudo, sendo o empregador um ente da Administração Pública Direta, deveria ter observado os ditames inseridos no artigo 37 da Constituição da República e, uma vez preterida a forma, nulo se torna o referido pacto. Contudo, diante da impossibilidade de retornar a situação ao estado anterior, já que impossível devolver-se ao reclamante o trabalho prestado em favor da reclamada, mister se faz reconhecer o direito ao percebimento da contraprestação pactuada (Enunciado nº 363/TST) e o recolhimento dos depósitos fundiários (artigo 19-A da Lei 8026 /90). No caso presente, diante da inexistência de salários impagos, impõe-se somente a condenação ao recolhimento do FGTS. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Súmula n. 363 do TST. CONTRATO NULO. EFEITOS. A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. ❖ Art. 37, inc. II - investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. ❖Art. 37, § 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho a) AGENTE CAPAZ Os Sujeitos do Contrato: EMPREGADO E EMPREGADOR. Empregado: PESSOA FÍSICA Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Trabalho do Menor: permissão a partir dos 16 anos como trabalhador (inclusive empregado). Previsão: Art. 7º, inciso XXXI CF/88. Obs.: Exceto como aprendiz que poderá ser a partir dos 14 anos (art. 428 da CLT). ❖O empregado Menor: necessidade de ser assistido pelo seu representante legal, para iniciar e por fim a relação. Obs.: Poderá assinar recibo de pagamento sem a assistência. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Formalidade para a contratação de menores Art. 439 CLT - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ATIVIDADE FLÁVIO NUNES, menor, com 12 anos, é contratado pelo Mercado BOM PREÇO, para exercer a função de empacotador. O menor trabalha de segunda a sábado, cumpri jornada diária de 7:20 minutos, com 1 hora para repouso e alimentação. Trabalha pessoalmente, está subordinado e acata as ordens de seu superior. Passado dois meses de relação, FLÁVIO NUNES procura o seu escritório narrando que não recebeu o salário referente aos dois meses e sua CTPS não foi assinada. Como advogado qual seria a sua proposta para defesa dos interesses do menor? Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖SOLUÇÃO PROPOSTA Art. 593 CC. A prestação de serviço, que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, reger-se-á pelas disposições deste Capítulo. Art. 606 CC. Se o serviço for prestado por quem não possua título de habilitação, ou não satisfaça requisitos outros estabelecidos em lei, não poderá quem os prestou cobrar a retribuição normalmente correspondente ao trabalho executado. Mas se deste resultar benefício para a outra parte, o juiz atribuirá a quem o prestou uma compensação razoável, desde que tenha agido com boa- fé. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖SOLUÇÃO PROPOSTA Convenção n. 138 da OIT 3. A idade mínima fixada nos termos do parágrafo 1 deste Artigo não será inferior à idade de conclusão da escolaridade compulsória ou, em qualquer hipótese, não inferior a quinze anos. 4. Não obstante o disposto no parágrafo 3 deste Artigo, o País-Membro, cuja economia e condições do ensino não estiverem suficientemente desenvolvidas, poderá, após consulta às organizações de empregadores e de trabalhadores concernentes, se as houver, definir, inicialmente, uma idade mínima de quatorze anos. 5. Todo País-Membro que definir uma idade mínima de quatorze anos, de conformidade com a disposição do parágrafo anterior, incluirá em seus relatórios a serem apresentados sobre a aplicação desta Convenção, nos termos do Artigo 22 da Constituição da Organização Internacional do Trabalho, declaração: Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖SOLUÇÃO PROPOSTA Convenção n. 138 da OIT 3. A idade mínima fixada nos termos do parágrafo 1 deste Artigo não será inferior à idade de conclusão da escolaridade compulsória ou, em qualquer hipótese, não inferior a quinze anos. 4. Não obstante o disposto no parágrafo 3 deste Artigo, o País-Membro, cuja economia e condições do ensino não estiverem suficientemente desenvolvidas, poderá, após consulta às organizações de empregadores e de trabalhadores concernentes, se as houver, definir, inicialmente, uma idade mínima de quatorze anos. 5. Todo País-Membro que definir uma idade mínima de quatorze anos, de conformidade com a disposição do parágrafo anterior, incluirá em seus relatórios a serem apresentados sobre a aplicação desta Convenção, nos termos do Artigo 22 da Constituição da Organização Internacional do Trabalho, declaração: Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Exigências na seleção de pessoal. ❖Problemas contemporâneos. Conflito autonomia da vontade. Liberdade de contratação versus Não discriminação. Responsabilidade Social. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Lei n. 9.029/1995 Art. 1o É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional,idade, entre outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015). Art. 4o O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros legais; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO Art. 3º CF. - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 5º CF. - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO Art. 3º CF. - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 5º CF. - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho Art. 7º CF. - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Previsão na CLT: Art. 6º. Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Exigência de certidão negativa de antecedentes criminais: Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Exigência de certidão negativa de antecedentes criminais: Empresa paga por exigir indevidamente certidão de antecedentes criminais (Fonte: TST. 26 Mar 2014) A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou lesiva a conduta de uma empresa que exigiu a apresentação de certidão de antecedentes criminais por um candidato a vaga de suporte técnico e condenou a AEC Centro de Contatos S. A. a indenizá-lo. Segundo a Turma, quando a exigência de certidão não se mostrar imprescindível ou essencial às funções relacionadas ao cargo, devem prevalecer os princípios constitucionais da proteção à privacidade e da não discriminação. Processo: RR-102100-56.2012.5.13.0024 Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Expectativa de Contratação: Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Expectativa de Contratação: Trabalhadora aprovada em todas as etapas de seleção é indenizada por contratação frustrada (Fonte: TST. 13.03.2014) Uma trabalhadora que participou de todas as etapas de um processo seletivo, foi submetida a exame admissional, entregou documentos solicitados e, ao final, não foi contratada conquistou na Justiça o direito de ser indenizada. Ela receberá reparação pela contratação frustrada porque a Justiça entendeu que a empresa violou o princípio da boa-fé, este aplicável ao contrato de trabalho, inclusive na fase pré-contratual. (Processo: AIRR- 1446-55.2012.5.03.0019). Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Acesso a dados dos Empregados: Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Falsa informação: Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖Falsa informação: Empregado alvo de boato sobre AIDS receberá indenização (Ter, 11 Nov 2014) Um operador de computador da Network Distribuidora de Filmes S. A. vítima de um falso boato, circulado no trabalho, de que era portador do vírus da AIDS vai ser indenizado em R$ 50 mil por danos morais. A Network e outras três empresas do setor tentaram se livrar da condenação, mas o agravo de instrumento foi desprovido pela Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho Súmula nº 443 do TST DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho TST define regras sobre exigência de antecedentes criminais em julgamento de recurso repetitivo (Processo: IRR-243000-58.2013.5.13.0023) 26.04.2017 A exigência caracteriza dano moral passível de indenização quando caracterizar tratamento discriminatório. A Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) decidiu, por maioria, que a exigência de certidão negativa de antecedentes criminais caracteriza dano moral passível de indenização quando caracterizar tratamento discriminatório ou não se justificar em situações específicas. A exigência é considerada legítima, no entanto, em atividades que envolvam, entre outros aspectos, o cuidado com idosos, crianças e incapazes, o manejo de armas ou substâncias entorpecentes, o acesso a informações sigilosas e transporte de carga. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho A decisão se deu em julgamento de incidente de recurso repetitivo, e o entendimento adotado deverá ser aplicada a todos os casos que tratam de matéria semelhante. O recurso julgado envolve a Alpargatas S.A. e foi afetado pela Quarta Turma do TST à SDI-1, dentro da sistemática de recursos repetitivos, para a fixação de tese jurídica sobre as situações que ensejariam ou não o reconhecimento de dano moral devido à exigência do documento como condição indispensável para a admissão ou a manutenção do emprego. TESE Tese Ao final de longa discussão entre as várias correntes de pensamento sobre a matéria, as teses fixadas foram as seguintes: Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho 1ª TESE. Não é legítima, e caracteriza lesão moral, a exigência de certidão de antecedentes criminais de candidato a emprego quando traduzir tratamento discriminatório ou não se justificar em razão de previsão em lei, da naturezado ofício ou do grau especial de fidúcia exigido. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho 2ª TESE. A exigência de certidão de candidatos a emprego é legítima e não caracteriza lesão moral quando amparada em expressa previsão legal ou justificar-se em razão da natureza do ofício ou do grau especial de fidúcia exigido, a exemplo de empregados domésticos, cuidadores de menores, idosos e pessoas com deficiência, em creches, asilos ou instituições afins, motoristas rodoviários de carga, empregados que laboram no setor da agroindústria no manejo de ferramentas de trabalho perfurocortantes, bancários e afins, trabalhadores que atuam com substâncias tóxicas e entorpecentes e armas, trabalhadores que atuam com informações sigilosas. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho 3ª TESE. A exigência da certidão de antecedentes criminais, quando ausentes alguma das justificativas de que trata o item 2, caracteriza dano moral presumido, passível de indenização, independentemente de o candidato ao emprego ter ou não sido admitido. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Obrigações decorrente do Uniforme Previsão: art. 456-A da CLT. Art. 456-A. Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade desempenhada. Parágrafo único. A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum.” Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho a) Por Prazo Indeterminado Regra de contratação quanto a duração; Princípio da Continuidade da Relação de Emprego. b) Por Prazo Determinado Forma de contratação especial, requer autorização em Lei. c) Por Prestação Intermitente Forma de contratação especial, requer o ajuste expresso e escrito entre os sujeitos do contrato. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Nota: Art. 29 CLT - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Contrato Por Prazo Determinado Previsão: art. 443, §2º da CLT. § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) b) de atividades empresariais de caráter transitório; (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) c) de contrato de experiência. (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO DA CLT Requisitos: a) serviços cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação; Como ficaria a contratação de trabalhador em lojas em razão do aumento das vendas? Poderia ocorrer por prazo determinado? b) atividades empresariais de caráter transitório; Empregados de uma fábrica de chocolates exclusiva no preparo de ovos de páscoa poderiam ser contratados nessa situação? E os empregados de uma fábrica de chocolates de funcionamento ordinário, mas que produz também ovos? Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho Regras do contrato por prazo determinado da CLT Prazo: o contrato por prazo determinado não poderá ser estipulado por período superior a dois anos (art. 445 da CLT). Prorrogação: o contrato a termo somente admite uma única prorrogação, seja ela tácita ou expressa, dentro do prazo máximo de validade. Em função disso, da segunda prorrogação em diante, o contrato será considerado por prazo indeterminado (art. 451 da CLT). Contratos sucessivos: entre o final de um contrato por prazo determinado e o início do outro, é necessário que haja decorrido mais de 06 (seis) meses, sob pena do segundo contrato ser considerado por prazo indeterminado (art. 452 da CLT). Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho Ausência de aviso prévio: nos contratos por prazo determinado, em regra. Não há falar em aviso prévio, haja vista que as partes já sabem, desde o início, quando o contrato vai findar, salvo na hipótese da existência de cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão (art. 487 da CLT); Rompimento do contrato, antes do término do prazo, sem justo motivo, por iniciativa do Empregador: o empregador que romper o contrato por prazo determinado antes do termo final pagará ao obreiro metade dos salários que seriam devidos até o final do contrato, além da multa de 40% do FGTS (art. 479 da CLT e Decreto 99.684/1990, art. 14). Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho Rompimento do contrato, antes do término do prazo, sem justo motivo, por iniciativa do Empregado: o empregado que rompe o contrato por prazo determinado, antes do termo final, indenizará o empregador pelos prejuízos causados. O valor máximo não excederá à aquele que teria direito o obreiro em idênticas condições (art. 480 da CLT). Cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão: rompendo o empregador o contrato a termo sem justo motivo, concederá ao obreiro o aviso prévio e pagará multa de 40% do FGTS. Por outro lado, caso o empregado rompa o contrato, apenas terá que conceder aviso prévio ao empregador, não precisando arcar com qualquer indenização ao patrão (art. 481 da CLT). Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Contrato Individual de Trabalho por Prestação Intermitente Regra NOVA: §3º do art. 443 da CLT § 3o Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Contrato Individual de Trabalho por Prestação Intermitente Formalidade: art. 452-A CLT Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. Nota: a. celebrado por escrito; b. Anotações obrigatórias: valor da hora trabalhada; c. Vedação a pagamento inferior ao mínimo, ao da categoria ou aquele praticado pelo empregador. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Contrato Individual de Trabalho por Prestação Intermitente Convocação para o Trabalho: Previsão: §1º, 2º, 3º e 4º do art. 452-A da CLT § 1o O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. § 2o Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo- se, no silêncio, a recusa. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Contrato Individualde Trabalho por Prestação Intermitente Convocação para o Trabalho: Previsão: §1º, 2º, 3º e 4º do art. 452-A da CLT § 3o A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. § 4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Contrato Individual de Trabalho por Prestação Intermitente Pagamento pelo período: Previsão: §5º, 6º, 7º e 8º do art. 452-A da CLT § 5o O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. § 6o Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: I - remuneração; II - férias proporcionais com acréscimo de um terço; III - décimo terceiro salário proporcional; IV - repouso semanal remunerado; e V - adicionais legais. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Contrato Individual de Trabalho por Prestação Intermitente Pagamento pelo período: Previsão: §5º, 6º, 7º e 8º do art. 452-A da CLT § 7o O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6o deste artigo. § 8o O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. Flávio Nunes - Professor Contrato Individual de Trabalho ❖ Contrato Individual de Trabalho por Prestação Intermitente Do direito a Férias: Previsão: §9º do art. 452-A da CLT § 9o A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador. Nota: ▪ A duração não é de 30 dias como menciona o artigo 130 da CLT; ▪ O empregado não assíduo gozará do mesmo período.
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