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Processo Penal I PRINCIPIOS E FONTES

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DIREITO PROCESSUAL PENAL I
Prof. Bruno Galvão
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS
Princípio da Imparcialidade do Juiz – impede que o magistrado tenha vínculos subjetivos com o processo de molde a lhe tirar a neutralidade necessária para conduzi-lo com isenção. Visando a garantir essa imparcialidade, a Constituição Federal estabelece ao magistrado garantias da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.
Princípio da Igualdade Processual – As partes, em juízo, devem contar com as mesmas oportunidades e ser tratadas de forma igualitária, no entanto, em alguns casos devem ser tratados desigualmente os desiguais, como no caso da Defensoria Pública (prazos em dobro).
OBS – A uma divergência doutrinária no sentido de que o foro privilegiado atenta contra este princípio, no entanto, a maioria da doutrina entende que a Constituição ao disciplinar a matéria visa proteger a função pública ou cargo e não o individuo que o ocupa, mas há posição contrária.
Princípio do Contraditório – trata-se do direito assegurado às partes de serem cientificadas de todos os atos e fatos havidos no curso do processo, podendo se manifestar a respeito de produzir as provas necessárias antes de ser produzida a decisão jurisdicional. Vale lembrar que o referido princípio em determinados casos em que se trate de medidas urgentes pode ser mitigado, ocorrendo o chamado contraditório diferido ou postergado, momento em que haverá um provimento imediato e inaudita altera pars (ex: decretação prisão preventiva e interceptação das comunicações telefônicas)
Princípio da Ampla Defesa – a defesa aqui mencionada traduz o dever que assiste ao Estado de facultar ao acusado toda a defesa possível quanto à imputação que lhe foi realizada e pode ser dividida em defesa técnica (efetuada por profissional habilitado), sendo esta sempre obrigatória, e em autodefesa (realizado pelo próprio acusado no momento do interrogatório) ficando esta a critério do réu que pode permanecer calado e invocar o direito ao silêncio.
Princípio da Iniciativa das Partes – cabe as partes a provocação da jurisdição, através do direito de ação, visando o provimento jurisdicional, pois o juiz jamais poderá iniciar o processo penal sem que haja provocação do legitimado, no caso, o Ministério Público nos crimes de ação pública e o ofendido nos crimes de ação privada.
Princípio da Oficialidade – os órgãos incumbidos da persecução criminal são oficiais por excelência, tendo a CF consagrado a polícia judiciária o dever de investigar, ao Ministério Público a titularidade da ação penal e ao Poder Judiciário a tarefa de aplicar o direito ao caso concreto.
Princípio da Oficiosidade – a atuação na persecução criminal, de regra, ocorre sem necessidade de autorização, podendo a autoridade policial agir ex officio, excetuando-se os casos em que a ação penal é condicionada a representação do ofendido.
Princípio da Verdade Real – o processo penal não se conforma com ilações fictícias ou afastadas da realidade, devendo o magistrado buscar a verdade onde ela estiver, não se atendo aos autos. Este é o posicionamento do STF: “A busca pela verdade real constitui princípio que rege o Direito Processual Penal. A produção de provas, porque constitui garantia constitucional pode ser determinada, inclusive pelo juiz, de ofício, quando julgar necessário.
	Inobstante a importância de tal princípio, este não é absoluto, uma vez que há determinadas situações que limitam a verdade real, como por exemplo:
A inadmissibilidade de leitura de documento ou de exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com antecedência mínima de três dias úteis, com ciência da outra parte (art. 479 do CPP);
 As provas obtidas por meios ilícitos (art. 5º, LVI, da CF);
 As limitações ao depoimento de testemunhas que têm ciência do fato em razão de profissão, ofício, função ou ministério (art. 208 do CPP);
 o descabimento de revisão criminal contra sentença absolutória (art. 621 do CPP), entre outros. 
Princípio da Obrigatoriedade – uma vez iniciada a persecução criminal estão os órgãos oficiais competentes obrigados a agir. Entretanto, a Lei nº 9099/95 (Lei dos Juizados Especiais), trouxe uma contemporização denominada de princípio da obrigatoriedade mitigada, que nada mais é do que a possibilidade de se transacionar nos crimes de menor potencial ofensivo. Há ainda, uma exceção quanto a ação penal privada, onde vigora o princípio da oportunidade, já que cabe a vítima ou ao seu representante iniciar a persecução criminal.
Princípio da Indisponibilidade – decorre do princípio da obrigatoriedade, rezando que uma vez iniciado o inquérito policial ou o processo judicial, os órgãos incumbidos não podem dele dispor (desistir). A Lei nº 9099/95 também restringiu este princípio, podendo ser chamado de princípio da indisponibilidade mitigada, visualizado através da suspensão condicional do processo, e, na ação penal privada, também há a incidência deste princípio, pois vigora o princípio da disponibilidade, já que a parte pode desistir da ação ou fazer uso da perempção.
Princípio do Impulso Oficial – uma vez iniciado o processo, com o recebimento da acusação, cabe ao magistrado velar para que o mesmo chegue ao seu final.
Princípio da Motivação das Decisões – toda decisão tem que ser motivada, sob pena de nulidade insanável.
Princípio da Publicidade – a regra é que todos os atos processuais sejam públicos, pois o Estado tem o dever de agir com transparência, no entanto, o sigilo é admitido quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem tratando-se da chamada publicidade restrita.
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição – garante a possibilidade de revisões das decisões judiciais através do sistema recursal, excetuando-se os processos competência originária do STF.
Princípio do Juiz Natural – consagra o direito de ser processado e sentenciado pelo magistrado competente e a vedação constitucional de juízos e tribunais de exceção.
Princípio do Promotor Natural – veda a designação arbitrária de promotor para patrocinar caso específico, sendo tal princípio amplamente aceito pela doutrina e pela jurisprudência. Entretanto o STF, em julgamento da ministra ELLEN GRACIE, contrariando julgados anteriores daquela corte, já entendeu pela inexistência deste princípio, sob o argumento de que o mesmo é incompatível com o princípio da indivisibilidade do Ministério Público.
Princípio do Devido Processo Legal – esta consagrada na CF/88 através do art. 5º, LIV e LV, que diz que ninguém será privado de sua liberdade sem o devido processo. Deste princípio decorre uma série de direitos ao acusado, como o de ser ouvido pessoalmente perante o juiz a fim de narrar a sua versão dos fatos, de acesso à defesa patrocinado por profissional com capacitação técnica, à motivação das decisões judiciais, o duplo grau de jurisdição, à revisão criminal das decisões condenatórias, etc..
Princípio do Favor Rei ou da Presunção de inocência – também conhecido como in dúbio pro reo, diz que a dúvida milita em favor do acusado.
Princípio da Economia Processual – deve-se buscar a maior efetividade com a produção da menor quantidade de atos possíveis.
Princípio da Oralidade – deve-se dar preferência a palavra falada. Tal princípio ganhou força com o advento da Lei nº 9099/95, que priorizou a informalidade e com a nova reforma da Lei nº 11.719/2008, que valorizou os debates orais.
Princípio da Razoabilidade – trazido ao ordenamento jurídico através da EC nº 45/04, diz que a todos são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. Atualmente é indispensável a aplicação do referido princípio não só na duração do processo e da prisão cautelar, sendo objeto de várias súmulas (ex: súmula 21, 52 e 64 do STJ).
Princípio da Proporcionalidade – as decisões devem ser proporcionais, proibindo-se o excesso. Tal princípio é muito utilizado no processo penal na valorização das provas.Princípio da Inexigibilidade de Auto-incriminação – também conhecido por nemo tenetur se detegere, que assegura que ninguém pode ser compelido a produzir prova contra si mesmo (ex: bafômetro)
2. Fontes do Direito Processual Penal
As fontes são as origens das normas e dos princípios jurídicos que norteiam o processo penal. A doutrina classifica as fontes como sendo materiais e formais.
Fontes materiais – também denominadas de fontes substanciais ou fontes de produção, corresponde a entidade a que incumbe a criação das normas jurídicas, ou seja, quem tem competência para produzir a norma. No tocante ao processo penal a fonte material por excelência é a União, mas os Estados poderão legislar, excepcionalmente, questões especificas de processo penal, desde que autorizados pela União através de lei complementar.
Esta é a previsão do art. 22, I da CF/88, o qual estabelece que compete privativamente a União legislar sobre Direito Processual, pois, embora não seja usual, existe a possibilidade dos Estados legislarem sobre tal matéria. 
Por outro lado, o art. 24 da CF estabelece que a competência será concorrente entre a União, Estados e o Distrito Federal para legislar sobre: a) procedimento, b) direito penitenciário (RDD), c) custas dos serviços forenses e d) criação, funcionamento e processo dos juizados especiais criminais.
Fontes formais – também chamadas de fontes revelação, de cognição ou de conhecimento, traduzem as formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam, podendo ser divididas em:
Imediatas ou diretas – é a lei e os tratados e convenções internacionais, sendo que a lei é considerada em sua acepção mais ampla, englobando nesse conceito a Constituição Federal, a legislação federal infraconstitucional (CPP, LEP, etc.). 
IMPORTANTE – a EC nº 45/04, tornou os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados pelo Congresso, em dois turnos, por 3/5 dos votos, equivalentes às emendas constitucionais.
Mediatas ou Indiretas – são os costumes (normas de comportamento a que pessoas obedecem de maneira uniforme e constante pela convicção de sua obrigatoriedade), os princípios gerais do direito (são as premissas éticas que são extraídas, mediante indução, da legislação. Ex: “o direito não socorre aos que dorme”, “o juiz conhece o direito”, “ouça-se a outra parte”), a doutrina (opiniões manifestadas pelos operadores do direito ou estudiosos) e a jurisprudência (é o entendimento consubstanciado em decisões judiciais reiteradas sobre determinado assunto).
IMPORTANTE – com o advento das súmulas vinculantes, inseridas no ordenamento jurídico através do art. 103-A da CF/88 e regulamentada pela Lei nº 11.417/2006, a fim de evitar a divergência de entendimentos entre órgãos do Poder Judiciário, a doutrina passou a divergir acerca da sua correta classificação:
Para uma corrente minoritária (Nucci) o STF passou a ser uma fonte material do direito e a súmula vinculante uma nova fonte formal imediata.
Por outro lado predomina o entendimento de que o enunciado da súmula vinculante não possui força de lei, permanecendo, portanto, como uma fonte formal mediata (Luiz Flavio Gomes, Noberto Avena, etc.) 
3. Fontes de Interpretação e Integração da norma processual penal
Entende-se por Interpretação a atividade mental realizada com o objetivo de extrair da norma legal o seu conteúdo e para tanto existem métodos, sendo os mais comuns na doutrina:
	Quanto ao sujeito que procede à interpretação:
Interpretação autêntica ou legislativa – é aquela realizada pelo próprio órgão incumbido da elaboração do texto a ser interpretado (ex: art. 327 do CP, que define o conceito de funcionário público).
Interpretação doutrinária ou científica – é aquela realizada pelos estudiosos do direito (ex: os manuais de direito)
Quanto aos meios empregados:
Interpretação gramatical ou literal – é a que considera letra fia da lei, em seu sentido literal.
Interpretação teleológica ou lógica – é a que busca a verificação quanto à vontade efetiva da lei. 
Quanto ao resultado:
Interpretação declarativa – busca corresponder o sentido das palavras expressas no texto interpretado com a vontade da lei, evitando restringi-lhe ou aumentar-lhe o significado.
Interpretação restritiva – ocorre quando o intérprete conclui que a letra da lei foi além de sua vontade, devendo ser restringido o seu alcance (ex: art. 806, §2º do CPP, que dispõe que a falta de preparo torna o recurso interposto deserto, não atinge o Ministério Público)
Interpretação extensiva – ocorre quando o intérprete detecta que a letra da lei encontra-se abaixo de sua vontade, impondo que seu alcance seja estendido para que se possa chegar ao verdadeiro significado (ex: o cabimento do recurso em sentido na prisão temporária).
Quanto a Integração da Lei Processual Penal esta consiste no preenchimento de uma lacuna existente no ordenamento jurídico, aplicando-se a uma hipótese não prevista em lei a disposição relativa a um caso semelhante, sendo previstas duas formas no art. 3º do CPP:
Analogia
Não é uma fonte do direito como muitos, equivocadamente, pensam e, diferentemente do Direito Penal, é admitida no Processo Penal somente in bonam partem (para favorecer o réu).
São exemplos de analogia: 
a) a regra do art. 28 do CPP, na falta da propositura da transação penal e da suspensão condicional do processo, poderá o juiz remeter os autos a Procuradoria de Justiça;
 b) o perdão judicial por homicídio culposo tipificado no CP, também é aplicado por analogia ao homicídio culposo do art. 302 do Código de Trânsito;
c) não conseguindo precisar o local da infração e tratando-se de réus com domicílios diferentes, prevalece à prevenção também por analogia.
Princípios Gerais do Direito
São regras que se encontram na consciência dos povos e são universalmente aceitas, mesmo que não estejam escritas, como por exemplo, é em razão dos princípios gerais que se entende que o recurso de apelação da defesa devolve toda a matéria ao tribunal. 
4. Aplicação do Direito Processual Penal
4.1. Lei Processual Penal no Tempo
O CPP consagrou o princípio da irretroatividade da lei processual penal, por isso, a regra geral é que NÃO HÁ RETROATIVIDADE, sendo a lei processual penal inserida no mundo jurídico, tem aplicação imediata, atingindo inclusive os processos que já estão em curso, pouco importando se traz prejuízo ou situação mais gravosa ao imputado.
IMPORTANTE – existem normas inseridas no CPP que possuem naturezas materiais (assecuratória de direitos materiais), como no caso do direito do réu de permanecer calado em seu interrogatório. Entretanto, o problema se encontra as normas que possuem conteúdo processuais e materiais, denominadas pela doutrina como leis híbridas ou mistas, neste caso deve prevalecer o aspecto penal, e, excepcionalmente, irá retroagir em favor do réu, como no caso das transações previstas na Lei nº 9.099/95 e a progressão do regime para os crimes hediondos.
4.2. Lei Processual Penal no Espaço
O CPP adotou o princípio da territorialidade o qual determina que será aplicada a lei processual penal (CPP) em todo território brasileiro.
A regra da territorialidade encontra-se prevista no art. 1º do CPP, sendo que este mesmo dispositivo traz exceções à aplicação da lei brasileira, onde irá vigorar o princípio da extraterritorialidade, que são:
Tratados, convenções e regras de direito internacional – A subscrição pelo Brasil de tratado ou convenção afasta a jurisdição criminal brasileira, sendo determinados crimes julgados por tribunais estrangeiros.
A inaplicabilidade da lei processual penal a determinados fatos funda-se no princípio da reciprocidade, sendo alguns desses casos:
Os crimes cometidos a bordo de navio ou aeronaves públicas estrangeiras, em águas territoriais e espaço aéreo brasileiro;
Os agentes diplomáticos, a serviço do seu país, são imunes a legislação brasileira, decorrendo tal imunidade da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas,ratificado pelo Brasil por meio do Decreto nº 56.435/65;
 Os cônsules, no caso de infrações relativas ao exercício de suas funções no território de seu consulado, também são imunes as regras do Código de Processo Penal, decorrendo tal imunidade da Convenção de Viena sobre Relações Consulares, ratificada pelo Brasil por meio do Decreto nº 61.078/67.
 Vale ressaltar que com a Emenda Constitucional nº 45/2004, o Estado Brasileiro admitiu ser submetido à jurisdição do Tribunal Penal Internacional a cuja criação houver manifestado adesão.
Prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos Ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade – a doutrina define o fato de algumas condutas não serem processadas e julgadas pelo Poder Judiciário, mas sim por órgãos do Poder Legislativo, como jurisdição política.
O art. 52, I e II da CF/88, alterado pelas EC 23/99 e a EC 45/04, atribuiu ao Senado Federal a competência privativa para processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade.
 Os processos da competência da Justiça Militar: o art. 124 da CF/88, compete a justiça militar julgar os crimes militares, sendo regidos pelo Código de Processo Penal Militar (Decreto-lei nº 1.002/69).
Os processos de competência do tribunal especial: este dispositivo encontra-se prejudicado, pois se referia a existência de tribunais de exceção, mais especificamente o Tribunal de Segurança Nacional para o julgamento de crimes políticos, no entanto, esse tribunal foi extinto pela CF/46 e sua criação hoje é proibida devido ao Princípio do Juiz Natural.
Os processos por crime de imprensa: tal dispositivo, atualmente, também se encontra prejudicado, uma vez que nos autos da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 130-7/DF, o STF por meio de decisão monocrática do Ministro Carlos Britto, datado de 22.02.2008, suspendeu liminarmente a eficácia de vários dispositivos da Lei de imprensa, determinando a juízes e tribunais a paralisação de processos e a suspensão dos efeitos de decisões judiciais que versem sobre artigos objeto da liminar, sob o fundamento de que “o diploma normativo impugnado não parecia serviente do padrão de democracia e de imprensa vigente na CF/88.
 
 
 
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