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CASO CONCRETO 2
Antônia Moreira Soares, portuguesa, médica, é casada há 30 anos com Pedro Soares, brasileiro, dentista. Na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes, também constituíram um vasto patrimônio, fruto do esforço comum do casal. 
Ocorre que Antônia descobriu que Pedro está com um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu se divorciar. Pedro, após saber da vontade da mulher em não manter o casamento deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a proferir sucessivos saques em uma das contas conjuntas do casal. 
Antônia, após ouvir a conversa de Pedro com Isabel, comprova junto ao banco ao qual possuem conta os saques de Pedro. Diante da hipótese, como advogado de Antônia, elabore a peça processual cabível a defesa dos seus interesses, ciente que esta desconhece todos os bens a que tem direito.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE_________- ESTADO__
ANTÔNIA MOREIRA SOARES, portuguesa, médica dentista, casada, portadora do RG nº__ e do CPF nº__, endereço eletrônico __, residente e domiciliada em__, nº__, bairro__, cidade__, Estado__, CEP nº__ vem por intermédio de seu advogado , com endereço profissional na__, ao juízo de Vossa Excelência, que indica para fins do artigo 106, inciso I do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor-
AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR
em face de PEDRO SOARES, brasileiro, dentista, casado, portador do RG nº__ e do CPF nº__, endereço eletrônico__ ,residente e domiciliado em __, nº__, bairro __, cidade__ pela lide e fundamentos que passa a expor:
DA LIDE
A autora, Antônia, é casada há 30 anos com o Réu , Pedro, e do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, maiores e capazes. Constituíram amplo patrimônio juntos, obra do esforço recíproco do casal.  Acontece que a Autora, descobriu que o Réu está em um relacionamento extraconjugal, motivo pelo qual decidiu divorciar-se deste. O Réu ao tomar ciência da vontade da Autora em desfazer o casamento, anseia doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para a sua irmã, a senhora Isabel Soares, assim como passou a efetivar vários saques em uma das contas conjuntas do casal. A Autora, após ouvir uma conversa entre o Réu e sua irmã Isabel, evidenciou, junto ao Banco ao qual possuem conta, tais saques do Réu.
DOS FUNDAMENTOS
Diante do ocorrido a Autora quer que haja a dissolução da sociedade conjugal conforme dispõe o artigo 1.571 do Código Civil de 2002, in verbis:
“Art. 1.571, CC/02. A sociedade conjugal termina: (…) IV – pelo divórcio; (…) § 1º. O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.”.
A norma legal transcrita informa as modalidades de dissolução da sociedade conjugal trazendo, dentre elas, o divórcio. Segundo Maria Helena Diniz, ‘o divórcio é a dissolução de um casamento válido, ou seja, a extinção do vínculo matrimonial, que se opera mediante sentença judicial, habilitando as pessoas a convolar novas núpcias’.
Corroboramos o entendimento aos artigos 1.640 e 1.658 do Código Civilista, vejamos:
“Art. 1.640, CC/02. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Art. 1.658, CC/02.No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.”.
III – DA TUTELA CAUTELAR.
Fica claro que pelo fato do Réu esta se desfazendo do patrimonio que também cabe a Autora, pois a mesma é meeira do Réu, onde o requisito do fumus boni iures está presente e, há opericulum in mora , por ter o risco de ao final da dissolução da relação entre os dois de que não haja mais nenhum bem a ser dividido, pois o Réu tem a intenção de dilapidar o patrimônio. Devendo assim, ser concedido o arresto dos bens, como forma de coibir tal atitude adotada pelo Réu e, pela razão da Autora não ter ideia de todos os bens existentes, em  tutela de urgência de natureza cautela, com prazo para contestação de 5 dias, conforme preconizado nos artigos 301 e 306 ambos do Novo Código de Processo Civil, in verbis: 
“Art. 300 – A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
Art.319 – O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.”
A Autora quer que seja efetivado o arresto para que ao final da lide tenha garantido seu direito. Para o ilustre doutrinador GRECO FILHO, Vicente o arresto “ é a apreensão cautelar de bens com finalidade de garantir uma futura execução por quantia certa”.
Diante de tais fatos, não restou a Autora para ter seus direitos garantidos, senão se socorrer do poder judiciário.
DOS PEDIDOS
            Pelo exposto requer:
1- Que seja concedida liminar inaudita altera parte para arrolar os bens do casal;
2- Intimação do Réu para ciência da decisão;
3- Que o Réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia;
4- Que seja chamado o Ministério Público ao processo;
5- Julgar procedente o pedido para decretar o divórcio das partes com a consequente partilha dos bens;
6- Condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais e honorários de advogado, em 20% sob o valor da condenação.
DAS PROVAS
            Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme disposto no artigo 369 do NCPC , em especial a documental.
DO VALOR DA CAUSA
            Dá-se à causa o valor de R$...
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Local, Data.
Advogado...
OAB/UF nº...
CASO CONCRETO 3 - Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial.
Carlos, Gustavo e Pedro, residentes na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, decidiram constituir a companhia XYZ Viagens S.A., de capital fechado, com sede naquela cidade. No estatuto social, foi estipulado que o capital social de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais) seria dividido em 900 (novecentas) ações, sendo 300 (trezentas) preferenciais sem direito de voto e 600 (seiscentas) ordinárias, todas a serem subscritas em dinheiro pelo preço de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) cada. 
A Administração da companhia incumbirá os acionistas Carlos e Gustavo, podendo cada um representá-la alternativamente. Cada um dos três acionistas subscreveu a quantidade total de 300 (trezentas) ações (200 ordinárias e 100 preferenciais), tendo havido a realização, como entrada, de 10% (dez por cento) do preço de emissão. Em relação ao restante, os acionistas comprometeram-se a integralizá-lo até o dia 23.07.2015, de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente assinados. No entanto, Pedro não integralizou o preço de emissão de suas ações. Carlos e Gustavo optaram por exigir a prestação de Pedro, pois não desejavam promover a redução do capital social da companhia, nem excluir Pedro para admitir novo sócio. A sociedade não publicou aviso de chamada aos subscritores por ser desnecessário. Carlos e Gustavo, munidos dos respectivos boletins de subscrição, o procuraram para demandar em Juízo contra Pedro. 
Elabore a peça processual adequada na defesa dos direitos da companhia para receber as importâncias devidas por Pedro.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA __ COMARCA DE FORTALEZA.
(10 linhas)
COMPANHIA XYZ VIAGENS S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob nº___, possuidora do endereço eletrônico ____, com sede na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, representada por seu diretor CARLOS, nacionalidade: ____, estado civil: ____,profissão: ____, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº___, com Registro Geral de nº___, possuidor do endereço eletrônico ____, residente e domiciliado na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, por intermédio de seu advogado, com escritório ___, local indicado para fins do art. 77, V e 106, I do CPC/15, vem, com fulcro nos artigos 824 e seguintes do NCPC/15, propor:
AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA FUNDADA EM TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
em face de PEDRO, nacionalidade: ____, estado civil: ____, profissão: ____, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº___, com Registro Geral de nº___, possuidor do endereço eletrônico ____, residente e domiciliado na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, pelos fatos e fundamentos a serem expostos.
I – DOS FATOS.
O executado firmou escritura pública onde se comprometeu a subscrever o total de 300 ações (200 ordinárias e 100 preferenciais) da exequente, todas a serem subscritas em dinheiro pelo preço de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) cada, totalizando o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
O exequente realizou pagamento referente a 10% do preço de emissão, ou seja, R$ 30.000,00 (trinta mil reais), a título de entrada. Em relação ao restante, o mesmo firmou integralizá-lo até o dia 23.07.2015, de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente assinados.
Fato é que o executado não integralizou o preço de emissão de suas ações. Diante disso, os demais acionistas optaram por exigir a prestação, pois não desejam promover a redução do capital social da companhia, tampouco a admissão de novo sócio.
Diante dos fatos, a exequente busca o socorro do judiciário para resolução da contenda.
II – DO DIREITO.
Preleciona o artigo 84 da Lei 6.404 de 1976, in verbis:
“Art. 88, 6.404/76. A constituição da companhia por subscrição particular do capital pode fazer-se por deliberação dos subscritores em assembléia-geral ou por escritura pública, considerando-se fundadores todos os subscritores .”.
A norma legal transcrita informa as modalidades de constituição de sociedades anônimas trazendo, dentre elas, a constituição por escritura pública, restando por certo que esta foi forma escolhida pelos acionistas da exequente.
Por conseguinte, os artigos 783 e 784 do Código de Processo Civil informam:
“Art. 783, NCPC. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.”.
“Art. 784, NCPC. São títulos executivos extrajudiciais: (…) II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;”.
Os artigos retrotranscritos admitem que se promova a execução para cobrança de crédito fundada em título líquido, certo e exigível, relacionando, a escritura pública como título executivo extrajudicial. No caso em análise temos, portanto, um título executivo extrajudicial firmado entre o exequente e o executado que vem sendo descumprido por este último. Informe-se que o exequente realizou pagamento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), portanto, o quantum debeatur corresponde a R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais), devidos desde o dia 23.07.2015, de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente assinados.
Em atenção ao disposto no pelo artigo 798, inciso I, do CPC/15, apresentamos, em anexo, demonstrativo do débito atualizado, até a data de propositura da ação. No referido documento consta discriminado o índice de correção monetária, taxa de juros utilizada, o termo inicial e o final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de juros, tal como exige o artigo 798, inciso II, do CPC/15.
IV – DOS PEDIDOS.
Diante do exposto, requer:
a) seja citado o executado para pagar a dívida no valor de R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais), no prazo de 3 (três) dias, sob pena de penhora;
c) seja fixado de plano os honorários de advogado em 10% (dez por cento), podendo este ser elevado em até 20% (vinte por cento), caso sejam rejeitados os embargos à execução ou não opostos.
V – DAS PROVAS.
Requer seja admitido a escritura pública de constituição da exequente, título executivo extrajudicial, que segue anexo a presente.
VI – DO VALOR DA CAUSA.
Dá-se à causa o valor de R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais).
Termos em que pede deferimento.
Local e data.
Advogado.
OAB/UF Nº___
CASO CONCRETO 4– Embargos à execução
Pedro de Castro, residente em Florianópolis, Santa Catarina, o procura em seu escritório, narrando os seguintes fatos: Em agosto de 2015, assinou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto ao Banco Quero Seu Dinheiro S.A., com sede no Rio de Janeiro, RJ, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas. 
Em março de 2016, foi informado pelo Banco que Laura havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2015. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, Pedro quitou a dívida em 03/04/2016 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado. 
Para seu espanto, há poucos dias, foi informado pelo porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, Pedro descobriu que o Banco Quero Seu Dinheiro havia ajuizado Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial em face dele e de Laura, que tramita perante o MM. Juízo da 02ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis. 
Acreditando tratar-se de um equívoco, Pedro compareceu no dia seguinte ao Cartório da 02ª Vara Cível para consultar os autos do processo, tendo verificado o seguinte: a) O Banco estava executando outro empréstimo contraído por Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que o mesmo não possuí qualquer garantia. b) Apesar da nota promissória assinada por Pedro estar vinculada ao contrato quitado em abril/2015, o Banco a utilizou para embasar a Execução, tendo, ainda o incluído no pólo passivo. c) O Banco requereu a penhora do consultório de Pedro, situado na rua Nóbrega n. 36, sala 801, Centro, Florianópolis, o que foi deferido pelo juiz. Aproveitando a ida de Pedro ao cartório, o Oficial de Justiça o intimou da penhora que incide sobre seu imóvel. Diante dos fatos narrados, promova a peça processual cabível à defesa dos interesses de Pedro, esclarecendo que ele apresentou toda a documentação comprobatória de suas alegações.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS.
Embargos à execução por dependência ao processo nº _________.
PEDRO DE CASTRO, nacionalidade:___, estado civil:___, união estável:___, profissão:___, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº___, com Registro Geral de nº___, possuidor do endereço eletrônico ____, residente e domiciliado na Rua Nóbrega, nº 36, sala 801, Centro Florianópolis, Estado de Santa Catarina, por intermédio de seu advogado, com escritório ___, local indicado para fins dos arts. 77, V e 106, I do CPC/15, vem, com fulcro nos artigos 914 e seguintes do NCPC/15, propor:
EMBARGOS À EXECUÇÃO
em face de BANCO QUERO SEU DINHEIRO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob nº___, possuidora do endereço eletrônico ____, com sede na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, representada por seu diretor _____, nacionalidade: ____, estado civil: ____, profissão: ____, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº___, com Registro Geral de nº___, possuidor do endereço eletrônico ____, residente e domiciliado sito à _____, e LAURA, nacionalidade:___, estado civil:___, união estável:___, profissão:___, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº___, com Registro Geral de nº___, possuidora do endereço eletrônico ____, residente e domiciliada sito à___, pelos fatos e fundamentos a serem expostos.
I – DOS FATOS.
O embargante firmou nota promissória assumindo o encargode avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído pela segunda embargada junto ao primeiro embargado, em agosto do ano de 2014, no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas.
Em março de 2015, foi informado pelo primeiro embargado que a segunda embargada havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2014. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, o embargante quitou a dívida em 03.04.2015, todavia, não solicitou que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado.
Fato é que em 10 de agosto do corrente ano, recebeu informação do porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, o embargante descobriu que o Banco embargado havia ajuizado ação de execução fundada em título executivo extrajudicial em face dele e da segunda embargada, que vem tramitando neste D. Juízo.
Em 11 de agosto do corrente ano, o embargante dirigiu-se ao cartório deste D. juízo, momento em que foi intimado pelo Oficial de Justiça da penhora que incide sobre seu imóvel. Ao compulsar os autos constatou-se, de início, que o primeiro embargado pretende a execução de empréstimo contraído pela segunda embargada no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
Por conseguinte, a nota promissória trazida aos autos está vinculada ao contrato quitado em abril/2015. Todavia, o primeiro embargado se utilizou do título para embasar a presente Execução, tendo, ainda o incluído o embargante no polo passivo.
Por fim, o primeiro embargado requereu a penhora do bem imóvel do embargante, situado na Rua Nóbrega, nº 36, sala 801, Centro Florianópolis, o que foi deferido pelo Juiz. Inconformado com a realização da presente ação executória, o embargante busca o socorro do judiciário para resolução da contenda.
II – DO DIREITO.
A norma legal autoriza ao embargante a oposição de embargos à execução para alegar a inexigibilidade de título executivo extrajudicial. Preleciona o artigo 917 do Código Processual Civil de 2015, in verbis:
“Art. 917, NCPC/15. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: (…) I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;”.
O referido artigo aplica-se ao caso em apreço uma vez que, conforme narrado, o título em que se funda a presente execução já foi pago.
Da análise do contrato de empréstimo executado conclui-se que o mesmo, além de ter sido firmado em valor superior ao avalizado pelo embargante, não possui nenhuma garantia. Ademais, o título executivo assinado pelo embargado e em que se funda a executória não corresponde ao contrato embargado. Deste modo, temos a inexistência de relação jurídica entre o primeiro embargado e o embargante, logo, configurada a ilegitimidade do embargado para figurar no polo passivo da presente execução.
III – DO EFEITO SUSPENSIVO.
Traz o artigo 919, § 1º, do NCPC/15:
“Art. 919, §1º, NCPC/15. O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.”.
Verificamos na presente demanda a necessária suspensão da tutela deferida, posto que o embargante vem sendo cobrado por dívidas já realizadas e houve o deferimento de penhora sobre o bem imóvel onde desenvolve suas atividades profissionais, esta indevida.
IV – DOS PEDIDOS.
Diante do exposto, requer:
a) seja atribuído efeito suspensivo aos embargos à execução;
b) seja ouvido o embargado no prazo de 15 (quinze) dias;
c) seja desconstituída a penhora que incide sobre o bem imóvel comercial do embargante;
d) sejam condenados os embargados aos ônus da sucumbência.
V – DAS PROVAS.
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil em vigor, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu.
VI – DO VALOR DA CAUSA.
Dá-se à causa o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
Termos em que pede deferimento.
Local e data. / advogado oab
CASO CONCRETO 5– Cumprimento de Sentença. Defesa do Executado. Impugnação.
Deustêmio, de posse de uma sentença estrangeira condenatória contra Zílio, devidamente homologada perante o Superior Tribunal de Justiça, propõe a competente execução perante uma das Varas Cíveis da Comarca de São Paulo, local onde reside o devedor, tendo sido distribuída para a 30ª. Vara Cível. 
Ocorre que o bem penhorado não é da propriedade de Zílio, pois trata-se de veículo de propriedade da empresa em que ele trabalha, estando na sua posse para exercício da profissão. Além do mais, os cálculos elaborados pelo credor estão em desconformidade com o disposto na sentença. 
Como advogado de Zílio, elabore a defesa cabível.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 30ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO.
Processo nº _________.
ZÍLIO, nacionalidade:___, estado civil:___, união estável:___, profissão:___, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº___, com Registro Geral de nº___, possuidor do endereço eletrônico ____, residente e domiciliado na___, Cidade de São Paulo, por intermédio de seu advogado, com escritório ___, local indicado para fins dos arts. 77, V e 106, I do CPC/15, vem, com fulcro nos artigos 525 e seguintes do NCPC/15, propor:
IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
apresentado por DEUSTÊMIO, nacionalidade:___, estado civil:___, união estável:___, profissão:___, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº___, com Registro Geral de nº___, possuidora do endereço eletrônico ____, residente e domiciliada sito à___, pelos fatos e fundamentos a serem expostos.
I – DOS FATOS.
O exequente, ora impugnado, fundando-se em sentença estrangeira condenatória devidamente homologada perante o Superior Tribunal, deu início à fase de cumprimento de sentença em face do executado, ora impugnante, perante este D. juízo.
Durante o curso processual, houve o deferimento do pedido de penhora, contudo, esta se deu sobre bem de terceiro, do qual o impugnante somente detém a posse. Além disso, o impugnado trouxe a juízo cálculos que não se coadunam com o estabelecido no título executivo judicial.
Inconformado com a realização da penhora, o impugnante busca o socorro do judiciário apresentando, tempestivamente, a presente impugnação.
II – DO DIREITO.
O legislador infraconstitucional apresenta-nos os títulos executivos judiciais no artigo 515 da norma processual vigente estando, dentre eles, a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça, dispondo, inclusive sobre o seu cumprimento. Logo, a execução em curso tem como fundamento título executivo judicial.
O legislador constituinte, por sua vez, conferiu competência à Justiça Federal para processar e julgar os feitos em que se execute sentença estrangeira homologada, tal como expõe o artigo 109, X, da CF/88. Assim, toda ação executória proposta com esse fim deverá tramitar perante o juízo federal.
A norma legal autoriza ao executado apresentar defesa ao cumprimento de sentença através da oposição de impugnação relativa à falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; ilegitimidade de parte; inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; penhora incorreta ou avaliação errônea; excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença, tal como emana o artigo 525, § 1º do CPC/2015. O referido artigo aplica-se ao caso em apreço uma vez que, conforme narrado, presente a incompetência do juiízo, a penhora realizada se deu sobre bem de terceiro, bem como, o impugnado trouxe cálculos que não se coadunam como estabelecido no título executivo judicial.
Ressalte-se que, no presente caso, incabível a propositura de embargos à execução que se destina à impugnação de título executivo extrajudicial.
II.I – DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO.
Afirmamos, de início, a incompetência da Justiça Estadual para conduzir o presente feito. Isso porque, tal como narrado, o título executivo que fundamenta a presente executória é uma sentença condenatória estrangeira, devidamente homologada perante o Superior Tribunal. A Magna Carta atribui competência aos Juízes Federais para processamento e julgamento de feitos em que se execute sentença estrangeira homologada, tal como expõe o artigo 109, X, da CF/88. Portanto, a propositura da ação perante a justiça estadual constitui incompetência absoluta do juízo. O exequente só poderia realizar esta execução diante do juízo federal, não sendo a esta a via judicial correta.
Diante disso, deve ser prolatada a incompetência absoluta do juízo para prosseguimento do feito.
II.II – DO EXCESSO DE EXECUÇÃO.
Por conseguinte, alegamos que a execução vem sendo realizada em valor diverso daquele constante no título executivo. Para fins de cumprimento do artigo 524 do NCPC, o exequente, ora impugnado, instruiu a presente com planilha que apresenta valores muito superiores ao valor devido. Todavia, o demonstrativo exibido traz o seguinte valor do crédito R$_____, quando o valor correto constante no título executivo é de R$______.
Como prova de tal alegação, instruímos a presente impugnação com planilha discriminando o valor atualizado do crédito (fls....), tal como exige o artigo 525, § 4º, do NCPC.
Assim sendo, a presente execução deve ser processada conforme os valores apresentados no demonstrativo anexo.
II.III – DA NULIDADE DA PENHORA.
Pontuamos, ainda, nulidade em relação a penhora já realizada no presente feito, que resultou na constrição de veículo automotor (dados do veículo), acreditando-se que esse seria de propriedade do executado. Entretanto, em breve análise do certificado de registro automóvel conclui-se que o bem sobre o qual recaiu a penhora não é de sua propriedade. Conforme infere-se do certificado de registro, o bem é de propriedade da empresa …, onde labora o impugnante e este detém, apenas, a posse do bem móvel para o pleno exercício da profissão.
Isto posto, temos aqui a realização de penhora indevida, já que recaiu sobre bem de terceiro, devendo ser prontamente levantada, com fulcro no artigo 525, § 1º, IV, do NCPC.
III – DO EFEITO SUSPENSIVO.
Verificamos na presente demanda ser necessária a imediata suspensão da penhora deferida, diante do relevante fundamento que esta recai sobre bem pertencente a terceiro, do qual o impugnante só detém a posse, e o prosseguimento da execução certamente causará ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação, nos termos do artigo 525, § 6º, do NCPC.
IV – DOS PEDIDOS.
Diante do exposto, requer:
a) seja atribuído efeito suspensivo a presente impugnação;
b) seja acolhida a preliminar de incompetência absoluta do juízo, determinando-se a remessa dos autos ao juízo competente;
c) seja reconhecida a incorreção da penhora e determinado o levantamento do ato de constrição que recaiu sobre bem de terceiro;
d) seja reconhecido o excesso de execução para fazer constar que o valor correto é o valor R$ ____;
e) seja condenado o impugnado ao pagamento de custas processuais e honorários de sucumbência.
V – DAS PROVAS.
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil em vigor, em especial a prova documental.
VI – DO VALOR DA CAUSA.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).
Termos em que pede deferimento. LOCAL DATA ADV OAB
CASO CONCRETO 6
Oséas, como locatário de veículo por contrato firmado com a locadora Carro e Automóveis Ltda., por prazo de doze meses iniciado no mês passado, recebe, logo no terceiro mês de vigência do contrato, notificação judicial da pessoa física Leontino Silveira, o qual, dizendo-se adquirente do veículo locado e exibindo contrato de compra e venda firmado com a locadora originária, notifica o locatário para, doravante, pagar a ele adquirente os alugueres mensais. Tendo Oséas buscado esclarecimento junto à locadora originária, disse ela desconhecer o contrato. Você, diante da dúvida de Oséas a quem pagar o aluguel que se vencerá dentro de quatro dias e os futuros até findo o contrato, é por ele procurado para adotar as providências cabíveis. Redija a peça processual cabível.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE__
OSÉAS, nacionalidade:___, estado civil:___, união estável:___, profissão:___, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº___, com Registro Geral de nº___, possuidor do endereço eletrônico ____, residente e domiciliado na___, Cidade de São Paulo, por intermédio de seu advogado, com escritório ___, local indicado para fins dos arts. 77, V e 106, I do CPC/15, vem, com fulcro nos artigos 539 e seguintes do NCPC/15, propor
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
pelo rito especial, em face de LOCADORA CARRO E AUTOMOVEIS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº, endereço_, email_, e de LEONTINO SILVEIRA, nacionalidade, estado civil, profissão, CPF, RG, email, endereço_, pelos fatos e fundamentos a serem expostos.
1. DOS FATOS
O autor firmou contrato de locação de um automóvel com a LOCADORA CARRO E AUTOMOVEIS, pelo prazo de 12 meses. Ocorre que no 3º mês da vigência do contrato, o autor teve ciência através de notificação judicial, que o Sr. LEONTINO, ingressou nas vias judiciais alegando ser dele o veículo 
objeto do contrato de locação, por consequência pleiteando o recebimento dos referidos alugueis.
O autor buscou esclarecimento com a LOCADORA, pois foi quem firmou contrato, e o mesmo afirmou que desconhecia o contrato de compra e venda alegado pelo SR. LEONTINO. Desta forma, diante da dúvida do autor, para quem pagar o aluguel que vencerá em 4 dias e os futuros até o fim do contrato, vem através desta ação guardar-se seu adimplemento.
2. FUNDAMENTOS
No presente caso ficou caracterizada a divida sobre o legitimo credor dos aluguéis referentes a locação do veiculo, objeto do contrato, conforme prevê o art 334, IV do CPC.
Desta forma para que não incorra em mora e outros ônus, em razão da inadimplência, ou o pagamento equivocado a terceiros, o autor de forma prudente vem ajuizar esta presente ação, para o deposito em juízo dos valores devidos, se desincumbindo de qualquer responsabilidade e obrigação, de acordo com o art 334 do CC, até que a questão judicial entre os réus seja sanada, como consta no art. 345 do CC.
3. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o autor requer:
A expedição da guia para deposito no valor de R$__
A citação dos réus.
A procedência do pedido com extinção do débito.
A condenação ao ônus de sucumbência.
4. DAS PROVAS
O autor demonstra os fatos alegados através de prova documental anexa.
5. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$__
Nestes termos
Pede deferimento
LOCAL E DATA
ADVOGADO/OAB

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