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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE UBERABA ARMANDINO CHAVES CARVALHO CAMILA SANCHES AGUIAR DIEGO RODRIGUES FARIA LEANDRO NOGUEIRA MATHEUS HENRIQUE SILVA VICTOR HUGO MIRANDA GOMES TATIANE DOS REIS GONÇALVES CAMPOS PAVIMENTOS I UBERABA-MG 2015 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE UBERABA ARMANDINO CHAVES CARVALHO CAMILA SANCHES AGUIAR DIEGO RODRIGUES FARIA LEANDRO NOGUEIRA MATHEUS HENRIQUE SILVA VICTOR HUGO MIRANDA GOMES TATIANE DOS REIS GONÇALVES CAMPOS PAVIMENTOS I Trabalho apresentado ao Centro de Ensino Superior de Uberaba, como propostas de avaliação da disciplina de Pavimentos I, 7º Período do curso de Engenharia Civil. Orientador: Kiyoshi Maeda UBERABA-MG 2015 INTRODUÇÃO O pavimento é uma estrutura destinada a resistir aos esforços gerados pelo tráfego, garantindo durabilidade à superfície de rolamento proporcionando conforto e segurança para o usuário. Mas, com o passar do tempo percebe-se que devido às exigências de tráfego, pelo excesso de carga sobre a pista, ou ainda pelas condições não satisfatórias da base da estrada, começam a surgir imperfeições ao longo do pavimento, necessitando de manutenção. O aumento do custo de obtenção de novos materiais, além da preocupação com a preservação do meio ambiente cada vez maior levou a uma estratégia de reciclagem de revestimentos asfálticos. A reciclagem do material fresado, misturado a novos agregados e a um novo ligante asfáltico, gera a possibilidade do reaproveitamento destes materiais na confecção de uma nova pavimentação. DESENVOLVIMENTO A técnica da reciclagem de pavimentos rodoviários tem por objetivo transformar uma ou mais camadas de um pavimento degradado em uma camada homogênea e adaptado ao tráfego que irá suportar. O serviço consiste na reutilização dos materiais existentes e sua aplicação na construção de uma nova camada, mediante a fresagem destes até uma determinada profundidade. Tem-se então a adição de um ligante, por exemplo, cimento ou emulsão betuminosa; água se necessário, para a hidratação e compactação; eventualmente agregados para correções granulométricas; e algum aditivo, com a dosagem obtida mediante ensaios. A fresagem é uma técnica que consiste no corte de uma camada do pavimento por um processo de usinagem mecânica feita por ferramentas chamadas fresas ou fresadoras e tem sido uma boa alternativa em vários tipos de obras, como nas pistas dos aeroportos, galpões de indústrias, vias urbanas e, recentemente, nas vias rodoviárias. Com a modernização tecnológica das máquinas fresadoras é possível que os pavimentos sofram reciclagem, um exemplo são os novos cilindros fresadores que tornaram possível a execução de fresagem fina e micrifresagem, onde se pode dispensar o recapeamento. Algumas das vantagens para o meio ambiente são as reduções da exploração de agregados minerais, uma fonte não renovável; um menor consumo de derivados do petróleo, que também não são renováveis e evita bota-fora em centros urbanos e aterros sanitários. Outras vantagens da utilização da fresagem de pavimentos é a execução de remendos sem desnível, manutenção do greide da pista e nivelamento dos elementos situados no revestimento e correção ou alteração da inclinação das pistas. Pode ser empregada na correção de defeitos superficiais dos revestimentos e também como solução definitiva. No aspecto econômico possibilita a intervenção apenas no local que é necessário o reparo, possibilitando o reparo perfeito da nova camada de revestimento. NORMA DNIT 167/2013-ES RECICLAGEM PROFUNDA DE PAVIMENTOS ‘’IN SITU’’ COM ADIÇÃO DE CIMENTO PORTLAND Esta norma define a sistemática a ser empregada na execução de reciclagem profunda de pavimento ‘in situ’ com adição de cimento Portland. São também prescritos os requisitos relativos a materiais, equipamentos, execução, controle de qualidade, condições ambientais, condições de confomidade e não conformidade e critérios de medição dos serviços. Reciclagem profunda de pavimento com adição de cimento Portland é um processo de reconstrução parcial da estrutura do pavimento com emprego de equipamentos próprios para essa finalidade. Utilizam-se materiais existentes na estrutura do pavimento, cimento Portland, agregados adicionais (quando necessário) e água, em proporções previamente definidas no projeto de dosagem, e emulsão asfáltica para pintura e proteção. MATERIAIS A) Cimento Portland: deve obedecer os requisitos das normas DNER – EM 036/95, ABNT NBR 5732/91 e NBR 11579/91. Podem ser utilizados também os cimentos Portland Compostos do Tipo II, de classe de resistência intermediária, em conformidade com a Norma DNIT 050/2004-EM. B) Água: deve ser limpa e isenta de substâncias nocivas como: sais, ácidos, óleos, álcais, açúcares, matéria orgânica ou outros elementos prejudiciais à reação do cimento. C) Agregados adicionais: caso a granulometria do material fresado não se enquadre nas faixas granulométricas indicadas nesta Norma devem ser introduzidos agregados adicionais, para promover o ajuste granulométrico do material. Também é permitida a adição de agregados para atender a outros requisitos tecnicamente ou operacionalmente justificáveis. Pode-se usar tanto agregado graúdo quanto miúdo. D) Emulsão asfáltica: a taxa de aplicação de emulsão deve ser fixada no projeto e ajustada na obra no início dos serviços. De uma maneira geral, a taxa de aplicação do ligante asfáltico residual é de 0,4 a 0,6 litros/m². EQUIPAMENTOS Antes da execução do serviço, todo equipamento deve ser cuidadosamente examinado e estar de acordo com esta Norma, sem o que não deve ser dada a autoriza- ção para seu início. Os equipamentos requeridos são os seguintes: A)Recicladora de pavimentos; B)Caminhões tanque; C)Caminhão basculante equipado com caçamba inclinável, para transporte de sobra de materiais oriundos das operações de acabamento da superfície. D)Vassoura mecânica e compressor de ar comprimido para limpar a superfície da camada reciclada antes da aplicação da pintura de proteção e, também, para eliminar material solto antes da abertura ao tráfego. E)Motoniveladora autopropelida com largura mínima de lâmina de 3,6 metros e potência de motor suficiente para cortar, espalhar e nivelar o material reciclado. F)Equipamentos para espalhamento de insumos G)Equipamentos para compactação EXECUÇÃO O processo construtivo compreende a operação simultânea de desagregação do pavimento e incorporação de materiais novos (espalhados previamente sobre a pista), mistura e homogeneização “in situ”, compactação e acabamento, segundo alinhamento e cotas definidos no projeto geométrico, resultando numa camada nova de pavimento. CONDIÇÕES AMBIENTAIS Devem ser devidamente observados a legislação ambiental vigente e os procedimentos prescritos no instrumental técnico normativo pertinente do DNIT, especialmente a Norma DNIT 070/2006-PRO, e cumprido o estabelecido na documentação vinculada à execução do empreendimento, constituída pelo projeto de engenharia, estudos ambientais e o licenciamento ambiental. CONTROLE DE QUALIDADE O número e a frequência de determinações correspondentes a diversos ensaios e verificações para o controle dos insumos, da execução e do produto devem ser estabelecidos segundo um Plano de Amostragem elaborado de acordo com os preceitos da Norma DNER-PRO 277/97 e previamente aprovado pela Fiscalização do DNIT. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃOOs serviços considerados conformes devem ser medidos de acordo com os critérios estabelecidos no edital de licitação, ou na falta desses critérios em conformidade com as disposições a seguir: a) O serviço deve ser medido em metros cúbicos de pavimento reciclado, considerando o volume efetivamente executado, de acordo com a espessura média e obedecidos os alinhamentos e cotas de projeto, admitidas as tolerâncias estabelecidas nesta Norma. B) Não devem ser motivo de medição em separado o fornecimento e aplicação de materiais, transporte, mão de obra, encargos sociais incidentes, custos com a utilização de equipamentos, despesas fiscais e eventuais necessárias à execução e ao controle da qualidade da obra, devendo os mesmos estar incluí- dos na composição do preço unitário do serviço. C) Volumes superiores aos indicados no projeto para os segmentos só devem ser medidos se previamente justificados pela Fiscalização do DNIT e após a competente aprovação e autorização. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho demonstrou que a reciclagem de asfalto é uma alternativa que associa inovação e alta tecnologia para racionalizar gastos e evitar danos ao meio ambiente, adequando a recomposição do revestimento asfáltico ao conceito de sustentabilidade. Além de usar um dos materias mais usados na construção civil; o cimento Portland. REFERÊNCIAS [1] Momm, Leto; Domingues, F.A.A., “Reciclagem de Paviementos à Frio “in situ” Superficial e Profunda”. In: Reunião Anual de Pavimentação, 29ª, Cuiabá, 1995. [2] Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNER, Manual de Reabilitação de Paviementos Asfálticos, Rio de Janeiro, 1998. [3] Norma DNIT 167/2013-ES, Pavimentação profunda de pavimentos “in situ” com adição de cimento Portland – Especificação de Serviço.