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Torcicolo congênito: Conheça as Causas, Tratamentos e Exercícios Indicados para Fazer em Casa
O que é: Um dos problemas músculo-esqueléticos congênitos mais frequentes é o torcicolo congênito.
Esta doença, desenvolvida durante a gestação do bebê ou no parto afeta os músculos do pescoço, sendo essencial um diagnóstico e tratamento precoce, de modo a se alcançar uma cura bem sucedida.
Conheça melhor este problema, e ainda, como se deteta e se trata o torcicolo congênito. Veja o antes e depois do tratamento.
O que é?
O torcicolo congênito é uma anomalia ortopédica no pescoço, provocando o encurtamento do músculo esternocleidomastoideu, sendo causado por uma fibrose ou rotura muscular. (1)
Nestes casos, o bebê nasce com o pescoço virado para um dos lados da cabeça, tendo ainda algumas limitações na movimentação do pescoço.
Este problema pode se desenvolver durante o desenvolvimento do bebê na gravidez, ou então, ocorrer durante o trabalho de parto.
Geralmente este problema é detetado lodo após o nascimento, ou então, no decurso dos primeiros meses.
Esta é a terceira causa mais frequente de músculo-esqueléticos congênitos, afetando entre 1% a 2% dos bebês recém-nascidos.
Em 20% dos casos, o torcicolo congênito pode ainda ser acompanhado de displasia da anca.
O torcicolo congênito é um problema que tem cura, mas apenas se for devidamente diagnosticada e tratada. Esta irá consistir em tratamentos diários de fisioterapia e osteopatia.
Em casos onde o tratamento conservador não for suficiente, e não houver melhorias ao fim de 12 meses, é indicada a cirurgia corretiva.
Causas
Não existem ainda certezas quanto às causas do torcicolo congênito, havendo no entanto alguns fatores que se acreditam estar na sua origem.
Assim, entre as várias explicações propostas para a causa do torcicolo congênito, incluem-se (2):
alterações genéticas hereditárias;
infeção peri ou neonatal;
isquemia arterial com insuficiência de fluxo sanguíneo;
posicionamento incorreto da cabeça na cavidade uterina;
traumatismo cervical que ocorre durante o trabalho de parto;
tumor cerebral.
Sintomas
Existem alguns sintomas e sinais que podem indicar a existência de um torcicolo congênito, sendo por isso importante estar atento a eles de modo a detetar o problema. Os sintomas incluem:
aparecimento de uma massa cervical móvel e dolorosa, de consistência dura, com cerca de 1 a 2 cm (não ocorre em todos os casos);
o bebê assume uma posição preferencial com a cabeça virada para um dos lados, sendo bastante evidente no final da segunda semana depois do nascimento;
limitação dos movimentos cervicais (pode não ocorrer em todos os casos);
rotação do pescoço, com o rosto a orientar-se para o lado oposto.
O diagnóstico do torcicolo congênito é realizado através da observação destes sintomas por parte do médico obstetra ou pediátrico.
Tratamento para torcicolo congênito
Nalguns casos, o torcicolo congênito pode curar-se espontaneamente, sem necessidade de tratamento.
Contudo, na maior parte dos casos, sem o devido tratamento, o torcicolo congênito pode levar a deformidades permanentes e consideráveis.
Algumas das complicações que podem surgir do não tratamento deste problema incluem deformidades cranianas, da coluna vertebral e faciais, dor crônica e incapacidade.
Na maior parte dos casos, à volta de 80%, o tratamento conservador é suficiente para a cura do torcicolo congênito. Este tratamento consiste num programa de medicina física e reabilitação. (3)
A fisioterapia para esta doença tem uma duração média entre 4 a 7 meses, sendo que é maior quanto maior a gravidade, e quanto mais tarde for detetado o problema e iniciado o tratamento.
Confira de seguida os vários exercícios que são realizados no tratamento fisioterapêutico do problema.
Exercícios de estiramento muscular passivo
Exercício fisioterapêutico 1 – Manobra de rotação queixo-ombro
Nesta técnica a criança está sentada, colocando-se uma mão em cima do ombro do lado que não está afetado para o estabilizar.
Com a outra mão roda-se cuidadosamente o queixo para aproximá-lo o mais possível do ombro do lado que está afetado.
Exercício fisioterapêutico 2 – Manobra de inclinação orelha-ombro
Também com a criança sentada, estabiliza-se o ombro do lado que está afetado, colocando a mão em cima.
Com a outra mão deve fazer um movimento de inclinação da cabeça em direção ao lado contrário da zona afetada.
Nestes exercícios a criança tem de estar relaxada, de modo a não criar resistência aos movimentos.
Cada manobra deve ser repetida 5 vezes, com uma duração de aproximadamente 10 segundos.
Estas técnicas devem ser realizadas duas vezes por dia.
Exercícios de estiramento muscular ativo
Nesta fase do tratamento os exercícios têm uma componente ativa e voluntária, sendo a própria criança a fazer os movimentos.
Com ajuda de vários estímulos táteis, auditivos e visuais, e em vários contextos, como no banho, a comer ou a brincar, a criança irá realizar exercícios de estiramento muscular.
Exercícios para fazer em casa
Para maior eficácia do tratamento para o torcicolo congênito, devem ainda ser incluídos cuidados a serem seguidos em casa, por parte dos pais, que são realizados integrados na rotina diária da família.
Estes cuidados consistem em exercícios e técnicas de posicionamento do pescoço e da cabeça.
Confira de seguida as técnicas a serem utilizadas em cada para casos de bebés o problema:
– Quando estiver no berço, posicionar o bebé de modo que ele tenha que rodar o pescoço para o lado afetado para conseguir ver algo que lhe chame a atenção, como a cama onde os pais dormem, a porta, a janela, etc.
Por exemplo, se o bebé tem um torcicolo congênito no lado esquerdo, deve colocar o berço de modo que o bebé tenha apenas uma parede nesse lado.
Ou seja, para ver algo que chame a atenção, ele terá que rodar o pescoço para a direita.
– Colocar a cabeça do bebé durante a alimentação numa posição que obrigue a criança a rodar o pescoço para o lado do músculo afetado.
Por exemplo, se o bebé tiver o problema no lado esquerdo, deve colocar a cabeça do bebé apoiada no braço direito para que ele tenha de efetuar o movimento de rotação do pescoço para o lado afetado e conseguir alimentar-se.
– Já em relação aos brinquedos, estes devem estar posicionados no lado onde o pescoço está afetado.
Assim, se ele tiver um torcicolo congênito no lado esquerdo, é nesse lado que deve colocar os brinquedos, acessórios e o mobile.
Cirurgia
Se na maior parte dos casos, o tratamento conservador é suficiente para ao fim de 12 meses o problema estar curado, em 20% nos pacientes podem não existir melhorias após um ano.
Assim, em crianças que ao fim de 12 meses tenham ainda algumas limitações, é necessário realizar o procedimento cirúrgico.
Estas limitações incluem: inclinação significativa da cabeça, limitação dos movimentos do pescoço, deformidade craniana significativa, persistência da massa cervical ou assimetria facial.
Para estes casos a cirurgia corretiva é mais indicada, tendo taxas de recuperação de mais de 85%.
Torcicolo Congênito
Publicado: 06/02/2011 em Neonatologia 
Etiologia:
Não existe exatamente uma etiologia confirmada, contendo várias hipóteses tais como:
Qualquer obstrução que causa baixo fluxo sanguíneo para o músculo esternocleidomastóideo;
Pensa-se ser devido a uma rasgadura e resultante hematoma no músculo esternocleido occipito mastóideo após traumatismo ao nascimento (Polden, 2000);
Ocorre pelo alongamento excessivo durante o trabalho de parto, além de relacioná-lo com a isquemia do músculo causada por uma posição inadequada no útero, o tocotraumatisto, hereditariedade e presença de outras má formações congênitas, (Shepherd, 1995).
Possivelmente esta lesão trata-se de uma fibrose com contratura e encurtamento do esternocleidomastóideo. Shepherd (1995) afirma que além da fibrose há presença de nódulos no músculo afetado.Outros autores descrevem o músculo com a presença de nódulo, apresentando uma hemorragia,ruptura e fragmentação de fibras musculares, necrose de algumas fibras e lesões das bainhas do endomísio.
Diagnóstico:
Clínica do paciente;
Observação do movimento do pescoço e posição da cabeça;
Palpação (será notada uma massa fusiforme em torno do esternocleido);
Pode apresentar nódulos;
Radiografia da coluna cervical (afastar a possibilidade de deformidades congênitas vertebrais (Segre, 1991).
Diagnóstico diferencial:
É feito com torcicolos adquiridos, que podem ser decorrentes de problemas oculares, artrite reumatóide devido à subluxação nas duas primeiras vértebras cervicais ou cisto braquial (Pagnossim, 2008).
Avery (1984) ainda cita que o torcicolo congênito deve ser diferenciado de anomalias ósseas da coluna cervical e cintura escapular ou de pescoço torto adquirido, associado com trauma agudo, faringotonsilite, adenite, irritação cerebral secundaria a meningite ou tumor de fossa posterior, distúrbios visuais e labirínticos e o pós-shunt para hidrocefalia.
 
Quadro clínico:
Cabeça inclinada para o lado do músculo afetado e rodada para o lado oposto com discreta elevação do queixo;
Face achatada;
Fissura palpebral estreitada;
Orelha comprimida e o canto da boca abaixado no mesmo lado, com achatamento do occiptal no lado oposto;
Em casos de pressão constante, pode ocorrer um remodelamento nos ossos da face e resultar em hemihipoplasia facial ou em plagiocefalia (Pagnossim, 2008);
Nódulos podem ser indolores, porém na palpação as crianças geralmente sentem dor;
Alguns autores incluem a alteração assimétrica de tronco e membros ou qualquer alteração dos reflexos (Moro, Galant ou de preensão).
Tratamento Fisioterapêutico:
Observar aspecto geral da criança (posição da cabeça, palpação do nódulo);
Verificar ADM do pescoço;
Alterações de reflexos ou algum sinal sugestivo de comprometimento do SNC;
Alongamento (com o intuito de chegar a sua extensão máxima, assim como músculos e tecidos circundantes e a prevenir as assimetrias compensatórias de crânio, face, olhos e tronco).
Quando o tratamento fisioterapêutico é tardio, os pacientes podem apresentar complicações como escolioses cervicais e/ou torácicas compensatórias e dores crônicas, (PAGNOSSIM, 2008).
-> Alongamento passivo dos músculos:
O alongamento deve ser realizado várias vezes ao dia e cada manobra deve durar aproximadamente 5 minutos.
Deve-se tomar cuidado com o ombro do lado da contratura pois a tração violenta entre a cabeça e a cintura escapular pode provocar uma lesão do plexo braquial.
Evitar o choro da criança (dor).
Fonte: fisiopatologia3.blogspot.com
-> Correção ativa:
Estimular o bebê através de brincadeiras, a fim de promover movimentos de amplitude máxima da cabeça.
Ao conseguir firmar a cabeça, estimulamos o endireitamento lateral.
Existem vários meios de estimular a correção ativa na criança, cabe ao fisioterapeuta explorar esse meio de forma lúdica para cada caso.
-> Imobilização com capacete e colete:
Não é um meio muito utilizado, porém pode ser recomendado pelo médico em casos de assimetria craniana acentuada;
O capacete pode ser fixado no colete ou ainda na fralda do bebê, dependendo da melhor maneira de proporcionar a melhor correção possível;
É preciso que o capacete encaixe perfeitamente na cabeça da criança evitando que ele se desloque em torno dela;
Sua vantagem consiste em obrigar o bebê a dirigir seu olhar num sentido que normalmente é impedido pelo encurtamento muscular, (Shepherd, 1995).
-> Tratamento domiciliar:
Tranquilização dos pais;
Ensinar técnicas aos pais até que eles fiquem aptos nas manobras;
Informação do posicionamento correto;
Mostrar aos pais que exercícios lúdicos ajudam na movimentação ativa da cabeça;
Não é recomendado exercícios próximo aos horários de alimentação.
Tratamento Cirúrgico:
É indicado em casos onde a contratura persiste ou quando é diagnosticada tardiamente;
Consiste na tenotomia do músculo esternocleidomastóideo com ressecção da fibrose;
Mantém-se o tratamento conservador até atingir a idade para a realização da cirurgia.
Tratamento Fisioterapêutico no Pós-Operatório:
Uso de saco de areia para impedir que a cabeça volte à posição assimétrica;
Coletes ou capacetes podem ser indicados até que a criança consiga sustentar a cabeça;
Início do tratamento ativo (com o intuito de manter o comprimento do músculo obtido através da cirurgia);
Relaxamento e alongamento do músculo esternocleido;
Quando a criança tiver permissão para levantar-se, iniciar exercícios lúdicos.

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