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Escolástica

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Escolástica e S. Tomás de Aquino
Filosofia Medieval
As invasões bárbaras
Entre os séculos V e X ocorreu o esvaziamento dos centros urbanos.
Diversas levas de invasores árabes passaram pela Europa a dentro, e se estabeleceram na Península Ibérica no século VII, permanecendo lá até o século XV.
O império Romano se dissolveu lentamente na Europa medieval.
A expectativa de vida nas cidades europeias era de 35 anos.
O cristianismo já havia se espalhado o suficiente para resistir a novas ideias e costumes dos invasores “bárbaros”.
A filosofia havia se transformado em “teosofia”.
A salvação importava mais que o saber.
As invasões bárbaras
A “teosofia” concentrou-se nos mosteiros, onde os monges copistas reviam, transcreviam e ampliavam os textos antigos.
O pensamento grego passou por um longo período de estagnação.
Platão foi “cristianizado” , o epicurismo esquecido e o estoicismo aceito e modificado de acordo com os propósitos da Igreja.
Entre os séculos VIII e XII, os árabes formaram um grande império, que absorvendo populações e ideias que formavam o antigo império macedônico, depois Império Romano do Oriente.
As invasões bárbaras
Avicena (980 – 1037) preservou grande parte das ideias de Aristóteles. 
Averróis ( 1126-1198), árabe nascido em Córdoba, foi um importante comentarista das abras de Aristóteles.
Seus textos foram recebidos e transmitidos por S. Tomás de Aquino no século XIII.
O platonismo cristão de Agostinho (Patrística), aos poucos, passa a ter menos influência.
As ideias de Aristóteles ganham uma roupagem cristã, assim, a Igreja e o pensamento cristão começam a sofrer novas mudanças.
No século XIII, surgiram as primeiras universidades e a retomada da ciência grega pelos escolásticos.
A Escolástica
Um dos iniciadores da escolástica foi santo Anselmo de Canterbury (XI d. C.). Ele formulou um dos celebres argumentos ontológicos a respeito da existência de Deus, que ilustra o estilo medieval de filosofar e o tratamento das questões aproximando a teologia da filosofia ao investigar racionalmente os fundamentos da fé cristã.
Esse período foi marcado pela influência da Igreja na política e por uma visão de mundo geocêntrica, teocêntrica, cuja verdade era baseada na fé aos textos bíblicos e na revelação divina.
A filosofia de s. Tomás representa uma aproximação entre o cristianismo e o aristotelismo.
Guilherme de Ockham é o pensador mais representativo do final da escolástica, autor de uma obra original e controvertida pelas posições que assume.
Somente a partir do século XIV, com Francesco Petrarca, assentam-se as bases de um pensamento humanista, que culminará no século XV com o movimento renascentista e a intensa retomada do ideal Greco-romano de homem (como medida de todas as coisas). O retorna ao antropocentrismo (a valorização do indivíduo).
A Escolástica
Durante esse período, as obras da filosofia grega antiga ficaram confinadas aos mosteiros e às mãos dos monges copistas. 
Poucas obras chegaram até nós inalteradas.
Os monastérios não eram apenas lugares de penitência e oração, mas centros de formação e estudo, ou seja, eram escolas.
Os escolares aprendiam o trivium (gramática, retórica e dialética) e o quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e música).
A filosofia era uma “auxiliar” nesse processo educativo.
S. Tomás de Aquino(1225-1274)
Italiano, Dominicano, discípulo de Alberto Magno, foi o mais importante representante da escolástica aristotélica.
Recebeu o título de Doctor Angelicus.
Principal obra: Suma Teológica.
S. Tomás de Aquino(1225-1274)
Dois princípios:
1. A filosofia não se confunde com a teologia. Não há problema em considera-la verdadeira e nem em estuda-la.
2. A filosofia submete-se à religião porque, como há uma verdade única, é evidente que essa verdade é a da revelação divina (A Bíblia). A revelação pode ser conhecida racionalmente.
S. Tomás de Aquino(1225-1274)
Separa os objetos da fé e da razão.
Tudo o que se refere ao Ser, pode ser conhecido pela razão.
A realidade pode ser conhecida pela razão.
Não temos conhecimentos inatos, nosso pensamento é uma cópia do que percebemos. 
Construímos conceitos a partir de nossa percepção.
Não existem coisas reais como cópias de ideias. As ideias são conceitos abstratos, possíveis a partir de coisas reais.
Tudo tende ao bem.
Todos os seres estão em potência e ato.
Tudo é matéria e forma. A forma define a função da matéria. Mas diferente das coisas a alma do homem é imortal.
Deus é o ato puro.
As cinco vias da prova da existência de Deus
1. Primeiro motor-imóvel: não é possível imaginar que um ser mova o outro e essa cadeia seja infinita. É NECESSÁRIO que exista um ser que mova, mas não seja movido por ninguém.
As cinco vias da prova da existência de Deus
2.Causa eficiente: uma coisa causa a outra (ad infinitum), até haja uma coisa que cause sem ter sido causada por outra. Nada pode ser causa eficiente de si mesmo, apenas Deus.
As cinco vias da prova da existência de Deus
3. Argumento cosmológico (ser necessário vs contingente): uma coisa contingente provém de outra, igualmente contingente. Mas isso não pode ocorrer indefinidamente. É NECESSÁRIO que uma coisa seja necessária e tenha gerado a primeira coisa contingente.
As cinco vias da prova da existência de Deus
4. Graus de perfeição: uma coisa que é simples (imperfeita) deriva de outra que é mais complexa, até o limite de uma coisa suprema (perfeita) da qual todas as demais derivam. Nada é perfeito, logo é NECESSÁRIO que um ser perfeito exista, ou seja, esse ser perfeito é Deus.
As cinco vias da prova da existência de Deus
5. Argumento teleológico: deve haver um propósito na natureza, tudo está relacionado e orienta-se a um devido fim que não seja ao mesmo tempo o começo de outra coisa. Caso o contrário o universo não tenderia ao mesmo fim. A causa inteligente dessa determinação é Deus.

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