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Patrícia Moraes-Valenti Bacias Hidrográficas Patrícia Moraes-Valenti A água doce está disponível como: -águas epicontinentais (2,5%) -águas subterrâneas (97,5%), presentes nos aquíferos Patrícia Moraes-Valenti As águas epicontinentais constituem os ecossistemas límnicos Patrícia Moraes-Valenti Região do espaço drenada por um rio ou córrego e seus afluentes, para onde escorre a água da chuva Bacia hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti Área geográfica delimitada por divisores de águas Bacia hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti Localidades da superfície terrestre separadas topograficamente entre si, cujas áreas funcionam como receptores naturais das águas da chuva Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti Devido a isso, todo o volume de água captado é automaticamente escoado por meio de uma rede de drenagem das áreas mais altas para as mais baixas, seguindo uma hierarquia fluvial, até concentrarem-se em um único ponto, formando um rio principal Bacia hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti • Exorreica, quando as águas drenam direta ou indiretamente para o mar • Endorreica, quando as águas caem em um lago ou mar fechado • Arreica, quando as águas se escoam alimentando os lençóis freáticos • Criptorreica, quando o rio se infiltra no solo sem alimentar lençóis freáticos ou evapora Catalogações segundo especialistas em geografia, de acordo com a maneira como fluem as águas, classificam as bacias hidrográficas em: Patrícia Moraes-Valenti Bacia hidrográfica • Assim, o conceito de Bacia Hidrográfica pode ser entendido por meio de dois aspectos: • Rede Hidrográfica e Relevo Patrícia Moraes-Valenti Rede Hidrográfica significa um conjunto de rios dispostos em hierarquias encontrados nas bacias hidrográficas 1. Rede Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti • Os rios de primeira ordem correspondem às nascentes, onde o volume de água ainda é baixo • Os rios de segunda ordem correspondem à junção de dois rios de primeira ordem • Os rios de terceira ordem, a junção de dois de segunda, assim sucessivamente, formando uma hierarquia 1. Rede Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti Rede Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti A conclusão dessa análise é de que, quanto maior for a ordem do rio principal, maior será a quantidade de rios existentes, e maior será também sua extensão 1. Rede Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti 1. Coleta a precipitação que cai sobre sua superfície, 2. Armazena parte no solo e na biota 3. Conduz o restante para o rio/lago por meio de fluxo de água superficial e subterrâneo Bacia hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti envolve: – Divisor de águas (= espigão = div. Topográfico = interflúvio) – Vertente: do interflúvio até as margens (= Encosta) – Margem: região plana que pode inundar (=Fundo de Vale) – Canal (leito) dos rios e/ou bacia dos lagos Bacia hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti Bacia hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti Cada bacia hidrográfica interliga-se a outra de ordem hierárquica superior ou inferior, formando um conjunto de sub-bacias Patrícia Moraes-Valenti Patrícia Moraes-Valenti Cada uma das “bacias” formadas pelos tributários ou afluentes de uma bacia maior Áreas de drenagem dos tributários do curso d’água principal Sub-bacia hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti Cada bacia pode ser desmembrada em qualquer número de sub-bacias Os termos bacia e sub-bacia são relativos Bacia x Sub-bacia Patrícia Moraes-Valenti Bacia e Sub-bacias Patrícia Moraes-Valenti Microbacia Toda a área de drenagem de rios de ordem 1, 2 e eventualmente 3 São sistemas de cabeceira É resultante dos processos hidrológicos, geomórficos e biológicos Patrícia Moraes-Valenti Microbacia A menor unidade da paisagem que funciona como ecossistema O primeiro nível em escala de um ecossistema Patrícia Moraes-Valenti As perturbações são parte da dinâmica das microbacias Naturais •Represamento por troncos caídos, desbarrancamento •Processos de erosão e depósito Antrópicos •Desmatamentos •Poluição •Terraplenagem Patrícia Moraes-Valenti Os limites são definidos pelos divisores de águas, mas... Os limites da microbacia devem ser definidos com base nos processos hidrológicos, geomórficos e biológicos Patrícia Moraes-Valenti Microbacia É uma unidade geomorfológica e ecológica natural Patrícia Moraes-Valenti Microbacia É a unidade de estudo dos ecossistemas aquáticos e terrestres É a unidade de planejamento, manejo, conservação e recuperação de áreas degradadas Patrícia Moraes-Valenti • Em microbacias, os rios principais serão no máximo de 3° ordem, enquanto que em grandes bacias hidrográficas, como a do rio Tietê, por exemplo, pode-se chegar até a 10° ordem • Além disso, o escoamento das águas dentro de uma bacia segue um outro caminho, bem mais lento, através da infiltração no solo, em direção ao leito fluvial 1. Rede Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti • Relevo – De modo geral, uma Bacia Hidrográfica pode ser melhor caracterizada, analisando-se seu perfil topográfico 2. Relevo Características Físicas de uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti • 2.1. Interflúvio – São regiões mais elevadas de uma Bacia Hidrográfica, servindo de divisor entre uma bacia e outra. – Também são chamados de divisores topográficos ou divisores de água, dependendo da análise – Nos interflúvios predominam os processos de erosão areolar (em círculos), realizadas pelo intemperismo físico e químico, que tendem a rebaixar o relevo – Os sedimentos resultantes desses processos tendem a se deslocar em direção ao leito fluvial (canal do rio), caracterizando assim uma região fornecedora de material 2. Relevo Patrícia Moraes-Valenti • 2.2. Vertentes – Por definição, é considerada uma vertente, qualquer superfície que possua uma inclinação superior a 2°, ângulo suficiente para haver escoamento da água – Entretanto, as vertentes são mais do que superfícies inclinadas, são consideradas as partes mais importantes de uma bacia, principalmente por estabelecerem uma conexão dinâmica entre os topos dos interflúvios e o fundo do vale, ou leito fluvial, e por comportarem geralmente, a maior parte da vegetação 2. Relevo Patrícia Moraes-Valenti • 2.2. Vertentes 2. Relevo Patrícia Moraes-Valenti • 2.2. Vertentes – Além de servirem de região de transportes de sedimentos, a inclinação das vertentes é fundamental na densidade de drenagem em uma bacia – Em vertentes muito inclinadas e sem a presença de vegetação nas suas encostas, o resultado em geral é rápido e desastroso – A perda de solo causa voçorocas (grandes buracos) e os sedimentos são carreados em direção ao fundo do vale, ocasionando o assoreamento do rio, tornando-se mais raso 2. Relevo Patrícia Moraes-Valenti • 2.3. Leito Fluvial – O leito fluvial é denominado como sendo o canal de escoamento de um rio 2. Relevo Patrícia Moraes-Valenti • 2.4. Leito da Vazante – Região mais baixa da bacia hidrográfica, onde o rio escoa em época de seca 2. Relevo Patrícia Moraes-Valenti• 2.5. Leito Menor – O leito menor é considerado como sendo o leito do rio propriamente dito, por ser bem encaixado e delimitado, caracterizando-se também como a área de ocupação da água em época de cheia 2. Relevo Patrícia Moraes-Valenti • 2.6. Leito Maior – Denominado também como planície de inundação, é nessa área que ocorrem as cheias mais elevadas, denominadas enchentes 2. Relevo Patrícia Moraes-Valenti Sucessão sazonal do escoamento em um leito fluvial 2. Relevo Patrícia Moraes-Valenti 2.7. Perfil Longitudinal de um Rio – O perfil longitudinal de um rio está intimamente ligado ao relevo, pois corresponde à diferença de altitude entre a nascente e a confluência com um outro rio – Por isso, ao analisar o perfil longitudinal, é possível constatar sua declividade ou gradiente altimétrico, pois se trata de uma relação visual entre a altitude e o comprimento de um determinado curso d’água 2. Relevo Patrícia Moraes-Valenti 2.7. Perfil Longitudinal de um Rio – Através do perfil longitudinal é possível também classificar cada trecho do rio ao longo do seu canal de escoamento: 2. Relevo Classificação ao longo do seu canal de escoamento Patrícia Moraes-Valenti O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti 1. Escoamento em subsolo dentro de uma Bacia Hidrográficica – A água da chuva que cai em uma bacia é receptada primeiramente pela vegetação das espécies mais altas às mais baixas – Nesse momento, uma parte da água é devolvida à atmosfera em forma de evaporação, que somada a transpiração da vegetação, é denominada como perda por evapotranspiração – O restante escorre por galhos e troncos até chegar ao solo, onde será rapidamente absorvida – A velocidade e a quantidade de água absorvida irão depender do tipo de solo encontrado, sendo que, em solos de origem arenosa, a infiltração é maior que em solo argiloso O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti 1. Escoamento em subsolo dentro de uma Bacia Hidrográfica – Ao atingir a saturação do solo, a água passa a escorrer pela superfície, iniciando o escoamento – Nessa etapa, as formas do relevo serão atuantes, pois o escoamento superficial será regido pelas características das vertentes da bacia – Em vertentes íngremes, a densidade de drenagem é alta por conta da gravidade, ocasionando assim maior processo erosivo das encostas O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti 1. Escoamento em subsolo dentro de uma Bacia Hidrográficica – Portanto, a vegetação por meio de seus galhos, folhas e raízes, possui uma atuação importante no escoamento em superfície, pois funciona como um obstáculo natural, diminuindo a velocidade com que a água atinge o solo, facilitando sua infiltração e amenizando desta forma o processo erosivo O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti 1. Escoamento em subsolo dentro de uma Bacia Hidrográficica – Além do escoamento superficial, são observados outros dois caminhos realizados pela água em uma Bacia Hidrográfica: • O escoamento subsuperficial • O escoamento em subsolo (percolação) O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti 1. Escoamento em Subsuperfície – O escoamento em subsuperfície acontece quando o solo encontra-se saturado e água tende a percorrer mais em superfície que em subsolo – Nessa etapa configura-se um processo de transição O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti 1. Escoamento em Subsuperfície O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti 2. Percolação e Nível Freático – O nível freático pode ser entendido como sendo o local de contato, no subsolo, entre uma região do solo preenchida de ar em seus poros, também chamada de zona subsaturada, e área saturada de Água – A diferença entre essas duas regiões está no fato de uma armazenar água temporariamente, enquanto a outra o faz de modo permanente O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti 2. Percolação e Nível Freático O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Análise do Nível Freático Patrícia Moraes-Valenti 2. Percolação e Nível Freático – A água ao atingir o solo infiltra-se rapidamente devido a grande permeabilidade das camadas próximas a superfície – Porém, à medida que vai se aprofundando, a porosidade diminui devido a compactação realizada pelas camadas acima, dificultando a passagem – Esse movimento da água no subsolo é denominado percolação, e se comparado ao escoamento superficial, veremos que se trata de um movimento muito mais lento, pois o caminho percorrido possui maior grau de dificuldade O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti 2. Percolação e Nível Freático – Ao atingir a região saturada, a água tende a ficar acumulada, preenchendo os poros do solo ou da rocha – Na Bacia Hidrográfica, a água contida nessa região tende a percolar em direção ao leito fluvial devido à configuração do relevo – Constata-se ainda que o nível freático é mais profundo em alta vertente, e vai tornando-se raso em direção ao leito fluvial, até aflorar, dando origem ao rio – Essa é a explicação do porque os rios escoarem pelo canal e não infiltrarem, como observado em outros locais da bacia (alta e média vertente) O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti 2. Percolação e Nível Freático – O volume de água captado pelo leito fluvial é escoado para fora da bacia, e somente retornará por meio dos processos de evaporação e precipitação pluvial sobre aquela região O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Patrícia Moraes-Valenti O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Água no subsolo O estudo do ciclo da água em uma bacia hidrográfica, mostra que a água, além de ser drenada rapidamente, através do rio principal e de seus afluentes, também fica acumulada dentro da própria bacia, nos poros das rochas e do solo Patrícia Moraes-Valenti O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica Com isso, conclui-se que na verdade existem dois ciclos da água em uma bacia hidrográfica • O primeiro trata-se de um ciclo de pequena duração: Precipitação → Escoamento Superficial → Leito Fluvial • O Segundo trata-se de um ciclo de longa duração: Precipitação → Percolação ( Armazenagem) → Leito Fluvial Patrícia Moraes-Valenti O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica • O estudo do ciclo hidrológico dentro da visão de bacia hidrográfica representa uma metodologia eficaz na compreensão da dinâmica da mesma e da relação entre seus constituintes • Por isso, esse estudo pode ser realizado sob o ponto de vista, de um sistema aberto, com troca de energia e matéria Patrícia Moraes-Valenti O Ciclo Hidrológico em uma Bacia Hidrográfica • O ciclo da água representa a energia dentro do sistema bacia hidrográfica, sendo que a sua entrada, se faz por meio da precipitação pluvial • Os elementos constituintes da bacia hidrográfica, como o relevo, o solo, vegetação, homem, formam o sistema em si, e serão os responsáveis pela forma que essa energia irá atuar, elaborando uma paisagem única para cada bacia, em diferentes lugares do mundo Patrícia Moraes-Valenti O Ciclo Hidrológico em umaBacia Hidrográfica • Os processos erosivos constatados nessa região representam a intensidade dessa energia dentro do sistema, que terá como resultado final os sedimentos, que serão carreados para fora da bacia, através do rio principal fechando o ciclo: entrada → relação matéria e energia (paisagem) → saída Patrícia Moraes-Valenti Ecossistemas Límnicos Patrícia Moraes-Valenti Os ecossitemas líminicos dividem-se em: - Lóticos - Lênticos Patrícia Moraes-Valenti Ambientes Lóticos Patrícia Moraes-Valenti Conceito de contínuo fluvial (Vannote et al. 1980) Patrícia Moraes-Valenti Conceito de contínuo fluvial (Vannote et al. 1980) • Tem como objetivo prever o funcionamento biológico desses sistemas, sugerindo que as características estruturais e funcionais das comunidades devem se ajustar ao gradiente fluvial, estando condicionadas aos padrões de: entrada, transporte, utilização e armazenamento da matéria orgânica Patrícia Moraes-Valenti Conceito de contínuo fluvial (Vannote et al. 1980) • O sistema é comparado a um gradiente, que da cabeceira a foz apresenta um aumento gradual de tamanho • O conceito sugere ainda que a importância de matéria orgânica que entra na cabeceira deve diminuir conforme o rio vai aumentando, ou seja, da nascente ate à foz • O sistema sofre mudanças graduais passa de heterotrófico para autotrófico Patrícia Moraes-Valenti Conceito de contínuo fluvial (Vannote et al. 1980) • As adaptações das comunidades ao longo do rio são visíveis • O modelo do Rio Contínuo prevê que a matéria que entra no sistema nos trechos de cabeceira que não é processada no local deve ser carregado rio abaixo e totalmente utilizada pelas comunidades ao longo do rio, de forma que a dinâmica do sistema como um todo permaneça em equilíbrio Patrícia Moraes-Valenti Corolários do conceito de continuo fluvial Espiral de nutrientes Os recursos não fluem continuamente, mas são estocados em organismos e detritos e em seguida liberados. Estes são decompostos e liberam nutrientes para nova produção. Descontinuidade serial Represamentos ao longo do curso produzem mudanças longitudinais Patrícia Moraes-Valenti Na prática, a ordem dos canais depende da escala dos mapas O mínimo de resolução que pode-se usar é 1:24.000 (Clarke et al. 2008) Patrícia Moraes-Valenti Regiões geomórficas Nascente ou cabeceira – canais de ordem 1 a 3 Médio curso – canais de ordem 4 a 6 Baixo curso – canais de ordem > 6 Patrícia Moraes-Valenti Contínuo Fluvial Inputs terrestres P<<<R Produção autóctone P>R Transporte a jusante P<R Patrícia Moraes-Valenti Cabeceira Patrícia Moraes-Valenti Cabeceira • Em trechos de cabeceira onde há o predomínio de corredeiras rasas, existe uma tendência às espécies apresentarem corpo achatado e possuírem mandíbulas cortadoras para lidar com partículas grandes de serrapilheira, aumenta o número de insetos raspadores e peixes insetívoros Patrícia Moraes-Valenti Rios de cabeceira corredeira poço corredeira Patrícia Moraes-Valenti Rios de cabeceira corredor Patrícia Moraes-Valenti Rios de cabeceira Patrícia Moraes-Valenti Riachos de Pequeno e Médio Porte • Já em riachos de pequeno e médio porte, que são mais largos, quase não estão sombreados • Sendo assim comum a incidência de produção primária • Nessa área encontra-se comunidades de peixes raspadores e alguns invertebrados predadores Patrícia Moraes-Valenti Riachos de Pequeno e Médio Porte • Com o aumento do leito do rio, há a incidência de luz solar sobre o substrato, mudanças de temperatura e os teores de sais dissolvidos na água aumentam • Com isso, algas e macrófitas aquáticas começam a ocorrer, aumentando a produtividade primária • Assim, base da cadeia trófica é gradualmente substituída Patrícia Moraes-Valenti Grandes Rios • No curso de grandes rios aumenta a incidência de peixes predadores e detritívoros, a correnteza esta reduzida e a água geralmente é barrenta • Desta forma diminui a penetração luminosa e a fotossíntese aquática • Neste ponto o rio torna-se novamente heterotrófico Patrícia Moraes-Valenti A ordem do canal não explica todas as características físicas e funcionais dos rios Patrícia Moraes-Valenti Conceito do Pulso de inundação Os pulsos de cheias anuais são as forças controladoras do sistema nas regiões de baixo curso e em rios de planície A maior parte da biomassa é originada nas planícies de inundação e nas lagoas marginais e não no fluxo longitudinal Patrícia Moraes-Valenti Planície de inundação Área adjacente ao canal, constituída de mosaico dinâmico de habitats dependentes da inundação anual, que tem papel fundamental na dinâmica das comunidades do rio Patrícia Moraes-Valenti Planície de inundação Patrícia Moraes-Valenti Conceito de Domínio de Processos (Montgomery 1999) Os processos geomórficos e a intensidade, freqüência e duração das perturbações têm mais efeito nos processos biológicos do que a ordem do canal Já que estes variam no espaço e no tempo Patrícia Moraes-Valenti Conceito de Descontinuidade de ligação (Rice et al. 2001) Os processos geomórficos, perturbações e entradas de afluentes com propriedades específicas aumentam a diversidade de habitats e tem mais efeito nos processos biológicos do que a ordem do canal Patrícia Moraes-Valenti Foz, Deságue ou Desembocadura Local onde um corpo de água deságua em outro Estuário: Rio Prata, Congo Delta: Parnaíba, Ganges, Okavango Misto: Rio Amazonas Patrícia Moraes-Valenti Foz em estuário em forma de funil Patrícia Moraes-Valenti Foz em estuário em forma de funil Confluência R. Juquiá e R. Ribeira Patrícia Moraes-Valenti Foz em Delta as formas são variadas pode formar pântano Formada por vários canais e ilhas sedimentares Comum em rios de planícies devido à pequena declividade, que favorece o acúmulo de areia e aluviões Patrícia Moraes-Valenti Foz em Delta Patrícia Moraes-Valenti Foz Mista Há ilhas laterais e um canal principal largo Patrícia Moraes-Valenti Barra do Rio Os depósitos formam um obstáculo à desembocadura do rio R. Guaecá Patrícia Moraes-Valenti Pluma do Rio Massa de água doce de um rio ao desaguar na zona costeira adjacente. Geralmente forma uma camada que se movimenta acima da água salgada até ocorrer a mistura. Patrícia Moraes-Valenti Pluma do Rio Massa de um tributário que deságua no rio principal Pluma de dispersão Patrícia Moraes-Valenti Intrusão Salina Entrada de água salgada no interior do estuário ou nas águas continentais subterrâneas, devido ao efeito das marés Patrícia Moraes-Valenti Ambientes Lênticos Patrícia Moraes-Valenti Ecossistema Lacustre Patrícia Moraes-Valenti Estratificação trófica Patrícia Moraes-Valenti Movimentação da água Patrícia Moraes-Valenti Ecossistema Ripário Patrícia Moraes-Valenti Zona Ripária Área de entorno dos cursos d´água, cabeceiras ou lagos, envolvendo o limite máximo das zonas saturadas durante o período chuvoso Inclui a ribanceira do rio, a planície de inundaçãoe toda a vegetação e processos que ocorrem ai Patrícia Moraes-Valenti Ecossistema Ripário Corpo de Água + Zona Ripária Conjunto de processos relacionados às interações hidrológicas, geomórficas, edáficas, climáticas e biológicas Patrícia Moraes-Valenti Ecossistema Ripário Regula os fluxos de matéria e energia entre os sistemas terrestres e aquáticos É um peça fundamental para manter a resiliência da microbacia Patrícia Moraes-Valenti Ecossistema Ripário Patrícia Moraes-Valenti A área ripária deve ser coberta por vegetação ripária Patrícia Moraes-Valenti Vegetação Ripária Vegetação arbórea, arbustiva ou graminóide que circunda os corpos de água Patrícia Moraes-Valenti Mata de Galeria As copas das árvores das duas margens se tocam Cobre toda a superfície do rio Patrícia Moraes-Valenti Mata de Galeria Patrícia Moraes-Valenti Mata de Galeria Patrícia Moraes-Valenti Mata ciliar As copas das árvores das duas margens NÃO se tocam Ocorre nas duas margens como cílios Patrícia Moraes-Valenti Mata ciliar (no PA) Patrícia Moraes-Valenti Vereda Área alagada com buritis e graminóides Patrícia Moraes-Valenti Vereda Vereda no Tocantins Patrícia Moraes-Valenti Serviços ambientais do Ecossistema Ripário 1. Regula a dinâmica hidráulica dos corpos de água •Afeta o escoamento direto após as chuvas •Controla o arrasto e a deposição dos sedimentos Patrícia Moraes-Valenti Vegetação Ripária 2. Aporta galhos, troncos e resíduos para os canais, gerando: • dissipação de energia, • microhabitats, • retenção de propágulos e formas de reprodução Patrícia Moraes-Valenti Vegetação Ripária 3. Fornece energia e matéria para os ecossistemas aquáticos usados como alimento pelas comunidades bióticas Patrícia Moraes-Valenti Vegetação Ripária 4. Regula a qualidade da água Promove a filtração física e biológica de sedimentos e nutrientes que chegam ao corpo de água Patrícia Moraes-Valenti Vegetação Ripária 5. Altera a composição em espécies das comunidades aquáticas 6. Funciona como corredor para plantas e animais terrestres mantendo a conectividade da paisagem Patrícia Moraes-Valenti No manejo da Microbacia: A delimitação da zona ripária é o primeiro passo Esta deve ser protegida, monitorada, e reconstituída para garantir a conservação ambiental Patrícia Moraes-Valenti A delimitação da zona ripária Patrícia Moraes-Valenti A Gestão da Microbacia: Deve propor ações para conservar os serviços ambientais do ecossistema ripário Patrícia Moraes-Valenti Recuperação do Leito do Rio Patrícia Moraes-Valenti Recuperação do Leito do Rio Patrícia Moraes-Valenti Aquífero Guaraní Patrícia Moraes-Valenti Aquífero Patrícia Moraes-Valenti Aquífero Guarani Nomeado em homenagem à tribo Guarani, possui um volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 1 800 metros, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação Patrícia Moraes-Valenti Aquífero Guarani • É dito que esta vasta reserva subterrânea pode fornecer água potável ao mundo por duzentos anos • Devido a uma possível falta de água potável no planeta, que começaria em vinte anos, este recurso natural está rapidamente sendo politizado, tornando-se o controle do Aquífero Guarani cada vez mais controverso Patrícia Moraes-Valenti Aquífero Guarani Patrícia Moraes-Valenti Aquífero Alter-do Chão Patrícia Moraes-Valenti Aquífero Alter-do Chão Patrícia Moraes-Valenti Aquífero Alter-do Chão Patrícia Moraes-Valenti Praia de Alter-do Chão (Santarém – Pará) Patrícia Moraes-Valenti Bacia Amazônica Patrícia Moraes-Valenti Bacia Amazônica • No Brasil, o rio Amazonas se apresenta como um rio de planície, cheio de curvas • Possui baixa declividade: é um rio bastante plano Patrícia Moraes-Valenti Bacia Amazônica • Seus principais afluente à direita são os rios: 1. Javari 2. Jutaí 3. Juruá 4. Purus 5. Madeira 6. Tapajós 7. Xingu Patrícia Moraes-Valenti Bacia Amazônica Seus principais afluente à direita são os rios: 1. Icá 2. Negro 3. Japurá 4. Nhamundá 5. Uatumã 6. Trombetas 7. Paru 8. Jarí
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