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fisiologia da glandula mamaria

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Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências Rurais
Depto de Clinica de Grandes Animais
Embryolab – Laboratório de Embriologia Animal
Disciplina de Ginecologia Veterinária
Fisiologia da Glândula Mamária
Profª Mara Rubin 
26/05 e 08/06/2011
Introdução
 Leite: oferta de alimento para consumo humano
 Base da produção de leite comercial em várias partes do 
mundo: 
Vacas, búfalas, ovelhas, cabras, éguas, e camelos. 
 Produção nas várias espécies:
quantidades significativamente diferentes
Na mesma espécie variações de produção na dependência de:
domesticação, qualidade genética e raça, condições ambientais, condições
fisiológicas e tipo de manejo.
 Na vaca:
essencial para sobrevivênciasobrevivência dodo bezerrobezerro e importante para o
processorocesso reprodutivoreprodutivo
 Puberdade: rápido desenvolvimento da glândula
 Gestação: desenvolvimento funcional
Gráfico 2. Preços ao produtor, média nacional do
Cepea-Esalq/USP (em R$/litro).
Retrospectiva 2010 em gráficos (Rodolfo Tramontina de Oliveira e Castro (MilkPoint) postado em 21/01/2011
Fisiologia da lactação
similarsimilar entreentre asas espéciesespécies de animais domésticos
VariaçõesVariações::
Aparência
Localização
Número de glândulas
Tetos
Abertura do orificio do teto
Introdução
 Alimentar bezerros x leite excedente
Indústria
 Produção leiteira mundial
em 2010: 437 mil/toneladas
previsão para 2011: 446446 mil/toneladasmil/toneladas
 Brasil quintoquinto maior produtor mundial de leite
 projeção: 30.846/mil/toneladas/ano em 2011
País milhões de litros
Argentina 10,3 (2009)
BrasilBrasil
28,7 (2009)
30,2 (2010)
30,8 (2011) projeção
EUA 85,5 (2010)
Fonte: Scott Consultoria Maria G. Tonini 
milkrepresentações.com.br
28/10/2010 / 26/05/2011
Leite bovino produzido na Argentina, Brasil EUA, Nova Zelandia 
adquirido pelos laticínios no Brasil: 20,9 (2010)
Fonte: USDA (United States Department of Agriculture) - Dairy: World Markets and Trad/ December 2009
(p) Dados preliminares (p1) Projeção (1) Baseado nas coletas
(2) Dados referentes ao ano terminado em 30 de junho do ano corrente
(3) Dados referentes ao ano terminado em 31 de maio do ano corrente
Produtividade animal nos principais países produtores (em mil toneladas)
2006 2007 2008 2.009 2010 (p) 2011 (p1)
Canadá 7,89 8,25 8,40 8,46 8,51 8,52
México 1,46 1,77 1,76 1,70 1,70 1,70
Estados Unidos 9,02 9,16 9,25 9,33 9,60 9,72
Argentina 4,74 4,44 4,66 4,93 5,05 5,27
Brasil 1,65 1,68 1,67 1,67 1,70 1,69
União Européia¹ 5,30 5,48 5,54 5,53 5,67 5,73
Rússia 3,14 3,25 3,32 3,42 3,45 3,50
Ucrânia 3,36 3,72 3,72 3,98 3,97 3,93
Índia 1,08 1,13 1,16 1,13 1,15 1,17
China 4,04 4,03 4,00 4,00 3,96 4,00
Japão 9,04 9,19 9,26 9,33 9,39 9,45
Austrália² 5,56 5,48 5,79 5,56 5,77 5,88
Nova Zelândia³ 3,71 3,76 3,61 3,78 3,56 3,84
Fonte: USDA - Dairy World Markets and Trade - Dec/10
Produção brasileira de leite inspecionado (em mil litros)
Mês 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Jan 1.193.407
1.195.537 1.276.754 1.294.395 1.441.119 1.494.249 1.629.549 1.767.810 1.757.217 1.870.170
Fev 1.008.155
1.047.697 1.098.493 1.165.889 1.251.747 1.306.920 1.405.073 1.604.373 1.565.150 1.623.148
Mar 1.060.550
1.078.325 1.136.218 1.158.893 1.282.442 1.403.013 1.444.693 1.611.925 1.610.304 1.744.104
Abr 1.004.622
1.060.808 1.056.408 1.070.500 1.264.465 1.320.398 1.333.077 1.566.348 1.453.241 1.656.000
Mai 1.014.858
1.063.712 1.048.079 1.111.198 1.297.820 1.310.132 1.359.253 1.588.035 1.435.058 1.633.515
Jun 1.049.435
1.039.875 1.035.420 1.100.833 1.313.843 1.267.235 1.324.948 1.541.045 1.408.030 1.616.452
Jul 1.107.755
1.064.154 1.077.477 1.183.061 1.359.863 1.320.071 1.434.022 1.594.165 1.553.699 1.757.462
Ago 1.117.504
1.100.078 1.098.979 1.184.532 1.364.519 1.333.617 1.488.964 1.573.243 1.641.569 1.755.790
Set 1.102.850
1.058.913 1.078.375 1.181.651 1.335.573 1.298.577 1.519.011 1.509.183 1.700.627 1.677.472
Out 1.169.042
1.117.072 1.171.317 1.246.531 1.435.104 1.475.437 1.591.830 1.582.565 1.795.083 1.766.498
Nov 1.176.927
1.146.884 1.218.405 1.344.961 1.447.064 1.525.372 1.605.511 1.618.610 1.803.057 1.860.660
Dez 1.207.605
1.248.252 1.331.280 1.452.353 1.490.708 1.614.721 1.752.712 1.727.775 1.880.564 1.967.273
TOTAL 13.212.710 13.221.307 13.627.205 14.494.797 16.284.267 16.669.742 17.888.643 19.285.077 19.603.599 20.928.544
Figura 2.1 Curvas de lactação de fêmeas de diferentes
raças (valor médio diário de leite (em Kg). Zentrale
Arbeitsgemeinschaft Rinderzucht, 2007. Alemanha).
Figura 2.2 Curvas de lactação (produção diária de leite em
Kg) de uma fêmea Fleckvieh da 1 a 5 lactação (Zentrale
Arbeitsgemeinschaft Rinderzucht, 2007. Alemanha).
Figura 2.3 Influência da pressão interna da glândula
mamária sobre a taxa de secreção de acordo com o
momento da última ordenha (Gravert, 1983 apud von
Engelhardt. Bree (Ed.): Fisiologia dos animais domesticos.
2. Edicao. Enke in MVS Medizinverlage Stuttgart, 2005).
Zonas de maior densidade de produção de leite, por microrregiões
no Brasil, 2006
/www.milkrepresentacoes.com.br/noticia_ver.php?id=12
Espécie Número de 
Glândulas
Torácicas Abdominais Inguinais
Bovina 4 - - 4
Ovina 2 - - 2
Caprina 2 - - 2
Suina 12 4 6 2
Número e localização de glândulas mamárias por 
espécie de importância economica
Glândulas torácicas
Primatas elefantes
8 a 10 canais por teto
Porca 
2 ou 3 canais por teto
Toracica, abdominar e inguinal
Ovelha cabra 
Égua 2 canais/teto
1 canal/teto
Gatas e cadelas 
5-6 canais por teto
Inguinal...
Introdução 
 Estrutura externa do úbere: número de glândulas e localização
 Estrutura interna: 
cutânea tipo exócrino (forma avançada : mamíferos placentarios.
Unidade funcional/secreção: alvéolo, onde é produzido o leite
Unidade coletora: cisternas da glândula e do teto
 A lactacão: fase final do ciclo reprodutivo dos mamíferos.
OrigemOrigem
 Ectoderma ventrolateral na parede abdominal
 Formam cristas mamárias
 Os botões mamários dao origem a porção funcional da Glândula mamária.
Glândula sudorípara modificada composta por 4 quartos funcionais distintos
colostro/leite : até que o recém-nascido possa ingerir alimento sólido
 Ligamentos superiores lateral e medial
 Quartos anteriores pesam 2/3 dos posteriores
posteriores produzem mais leite
TecidoTecido conjuntivoconjuntivo (fibroso e adiposo) TecidoTecido secretorsecretor :: célulascélulas epiteliaisepiteliais secretorassecretoras dodo leiteleite
Estrutura e função da Glândula Mamária
 4 GM independentes revestidas pela pele
 Dois ligamentos (lateral e medial)
estruturas primárias de sustentação
Estrutura e função da Glândula Mamária
Estrutura e função da Glândula Mamária
AlvéolosAlvéolos : formados por uma camada única de células
 Recobertos por células contrateis mioepiteliaismioepiteliais que respondem ao reflexo de ejeção do leite
 Se organizam em unidades conhecidas como lóbuloslóbulos que se agrupam em unidades maiores
denominadas de loboslobos..
Estrutura e função da Glândula Mamária
 O leite é drenado dos ductos principais para a
cisterna da glândula e desta para a cisterna da teta.
 CristaCrista circularcircular faz a comunicação entre as duas
cisternas.
 Ducto papilar (canal do teto) faz comunicação da
cisterna da teta com o exterior
FONSECA & SANTOS, 2000
Adaptado de FONSECA & SANTOS, 2000
1 ligamento suspensório medial
2 membrana delgada
A seleção de animais com ligamento medial mais resistente 
pode ser uma ferramenta importante para minimizar a incidência da mastite
Sulco intermamário
Ligamento suspensório 
Medial (elástico)Ligamenos suspensórios
laterais (fibrosos)
Tendão subcúbico
Tendão précúbico
Estrutura dos sistema de ductos da glândula mamária e alvéolo secretor
FONSECA & SANTOS, 2000
Alvéolo (células mioepiteliais e epiteliais); 
lóbulo (conj. alvéolos); lobo (conj. lóbulos)
Circulação arterial e venosa da glândula mamária
1
2 3
11
6 74
5
8
9
10
1 Coração
2 Aorta
3 Veia cava caudal
4 Veia e artéria ilíaca externas
5 Veia e artéria pudenda externas
6 Veia e artéria ilíaca internas
7 Veia e artéria perineais
8 Artéria mamária caudal
9 Artéria mamária cranial
10 Veia abdominal subcutânea
11 Veia cava cranial
FONSECA & SANTOS, 2000
Para produzir 1 litro de leite: 300-500 litros de sangue passam pela glândula.
Uma vaca que produz 60 litros leite/dia: 30.000 litros.
Extrema demanda: vaca alta produtora De Laval, 2011
Vasos linfáticos aferentes
Vasos linfáticos 
eferentes
3 -Artéria e veia ilíaca interna
e - Nervo pudendo
15 Artéria e veia torácica
13 -Tronco bráquio-cefálico e veia cava cranial
14- Artéria e veia sub..... esquerda
Ramo mamário do nervo pudendo
Nervo iliohipograstrico
Nervo ilioinguinal
Artéria e veia mamária caudal
Artéria e veia mamária cranial
Nervo iliohipograstrico
Nervo ilioinguinal
Veia abdominal sub-cutânea
Fisiologia do Sistema Linfático 
Sistema linfatico da GM segrega os produtos nocivos a glândula. Os
linfonodos servem como sistema de filtração destruindo substâncias
estranhas, mas também fornece linfócitos para combater as infecções.
No periodo periparto das primíparas: grande edema,
presenca de leite na glândula que comprime os vasos linfáticos.
Fisiologia da Glândula Mamária
 Fase pré-pubere
 Início do desenvolvimento da mama
 Instalação da função ovariana
 Secreção de estrógenos
 Desenvolvimento de ductos galactóforos 
Fisiologia da Glandula Mamária
 Puberdade
 Ocorrência de cios 
(ovulações e formação de corpos lúteos)
 Ciclos estrais periódicos 
 Produção de estrógenos e progesterona 
 Desenvolvimento dos ductos galactóforos e sistema alveolar
 Gestação 
 Primeiros meses da gestação
 Desenvolvimento do sistema tubular da GM
 Após 4 meses de gestação
 Formação de lóbulos e tecido alveolar
 Secreção com grande teor de globulinas
 No momento do parto
 Vaca estará apta para produção leiteira
 Produção de colostro
Fisiologia da Glândula Mamária
 Involução da GM 
 Cessa lactação numa vaca não gestante
 Leite residual é reabsorvido
 Redução no tamanho dos alvéolos
 Ductos galactóforos e lóbulos de gordura 
 Próxima gestação
 Restauração do sistema túbulo alveolar
Fisiologia da Glândula Mamária
Fisiologia da Glândula Mamária
 Involução da Glândula Mamária
 Declínio da lactação numa vaca gestante
 Período médio de gestação
 Declínio da lactação
 Depressão da ação da prolactina
 55 a 60 dias de repouso sem produção leiteira
Fisiologia da GM
 Instalação e manutenção da lactação
 Após o parto a GM apresenta 2 condições fisiológicas:
 Lactogênese
 Estrógenos estimulam a produção de prolactina
 Liberação de ocitocina – descida do leite
 Galactopoiese
 Manutenção da produção de leite durante a lactação-somatotrofina
Hormônio Local de Produção Função
Prolactina Lobo Anterior Hipófise Desenvol/Lactogênese
Estrógenos Ovários e placenta Desenvol/ dutos
Progesterona Ovários e placenta Desenvol/ ácinos
Lactogênios Placenta Similar à prolactina
Somatotrofina Lobo Anterior Hipófise Lactopoeise
Corticosteróides Adrenal Lactopoeise
Tiroxina Tireóide Lactopoeise
Ocitocina Nucleo Paraventricular e supraotico
Hipotálamo 
Hipófise post. - corrente sanguinea
Ejeção de leite
Adrenalina Adrenal Antagoniza ocitocina
Hôrmonios que interferem no desenvolvimento da glândula mamária, 
lactogênese, lactopoeise e ejeção de leite
Reflexo de ejeção do leite
• Estímulos naturais
• Sucção do leite pelo bezerro
• Estímulos artificiais
• Estímulos tácteis
(estímulo manual do teto e lavagem do teto);
presença do bezerro; ruídos da ordenhadeira.
MVI_0287.AVI
Ejeção do Leite
 IMPULSO NERVOSO
 HIPOTÁLAMO
 HIPÓFISE POSTERIOR
 OCITOCINA NA CIRCULAÇÃO
 GLÂNDULA MAMÁRIA
LIGA-SE RECEPTORES NAS CÉLULAS MIOEPITELIAIS
 CONTRAÇÃO
 LEITE DOS DUCTOS PARA OS TETOS
40 – 50 SEGUNDOS
Impulsos nervosos
Medula
AdrenalOcitocina
Coração
Cérebro
Estímulos 
tácteis
Exame clínico da Glândula Mamária
Importância do exame da glândula mamária
 Relação direta com a produção leiteira
 Estreita relação com a saúde pública
 Diagnóstico precoce de enfermidade
 As lesões do tecido glandular são irreversíveis
 Sempre que a produção estabelecida pelo potencial genético do animal não for 
alcançada
Identificação
 Raça
 Idade
 Tipo de produção
Exame clínico da mama
 ANAMNESE
 Problema informado pelo proprietário
 Número de lactações
 Evolução das lactações anteriores
 Fase da lactação
 Particularidades da lactação atual
 Antecedentes de trauma
 Condições de estabulação e sistema de produção
 Manejo de ordenha 
 Estado de saúde das demais glândulas mamárias, 
tratamentos e evolução
Exame físico da glândula mamária
 Inspeção 
 Atitude do animal 
 Posição quadrupedal
 Membros posteriores em abdução
 Em decúbito
 Evita se deitar sobre a região afetada
Exame das funções vitais
 O funcionamento dos órgãos vitais reflete a condição de 
sanidade do animal 
 Enfermidades localizadas em outros órgãos também 
refletem na produção leiteira.
Exame físico da glândula mamária
Inspeção do úbere e dos tetos
 observar por todos os ângulos
 antes, durante e após a ordenha
 alterações de atitude
Modificações da forma do úbere
a) Típico para ordenha (mesmo tamanho)
b) úbere abdominal- inserção estende-se na parede abdominal ventral
c) abdominocoxal- volumoso, com base larga (inserção alongada anterior e caudal)
d) úbere coxal (se localiza entre os membros posteriores com grande inserção caudal)
e) úbere esférico (mama pêndula)
f) úbere em escada
Modificações de volume do úbere
  de volume
 generalizado
 Localizado
  de volume
Inspeção dos tetos
 Número
 Disposição e simetria
 Tamanho
 Forma
Modificação da forma dos tetos
a) Teto cilíndrico – 8-10cm, facilita a ordenha
b) teto volumoso e dilatado na extremidade distal
c) teto cônico
d) teto pequeno
e) teto com dilatação na cisterna do teto
f)teto volumoso e carnoso
 Pápulas
 Vesículas
 Bolhas
 Crostas
 Eritemas
 Petéquias
 Feridas 
 Fístulas
 Abscessos e supurações
 Feridas da lactação
 Massas
 Eversão dos ductus papilaris
Exame da pele
Palpação do úbere e dos tetos
Palpação do conjunto de glândulas, de cada quarto e 
das cisternas da glândula
 consistência e elasticidade do parênquima
 sensibilidade
 temperatura local
 linfonodos inguinais superficiciais ou retromamários
 alterações específicas
Consistência da glândula mamária à palpação
N = granulação fina normal e macio (quando ordenhado)
I = o úbere contém partes de granulação espessa e é firme
II = o tecido do úbere se apresenta todo de granulação espessa e firme, com 
nódulos ocasionais
III = o tecido do úbere se apresenta todo nodulado
IV = o tecido do úbere se apresenta nodulado, com áreas de endurecimento
difuso
V = o tecido do úbere se apresenta difusamente endurecido no todo
VI = o tecido do úbere apresenta edema agudo (mais quente e dolorido)
VII = o tecido do úbere não pode ser palpado em virtude de edema de pele do 
úbere (principalmente em primíparas), até o 10o dia pós parto.Palpação dos tetos e cisternas
 Palpação da cisterna da glândula
 Palpação da cisterna do teto
 Palpação do canal do teto
 Palpação indireta para avaliar fístulas lácteas
Adaptado de FONSECA & SANTOS, 2000
Palpação do teto
 Rolar o teto entre o polegar e o indicador
Vaca lactante: flutuante
Telite maior: sensibilidade e maior tensão do teto, todas as camadas 
afetadas
Cisternite: espessamento da mucosa aspecto de “cordão”.
Exame do leite
 Análise
 física
 química
 citológica
 microbiológica
Parâmetros físicos
 Cor (depende constituição e fase da lactação)
 Consistência (fluida)
 Aquoso, mucoso, caseoso, espumoso
 Sabor e odor
 Volume
 Caneca de fundo preto (Tamis)
 Mastite Subclínica
Parâmetros químicos
 pH 
 6,6 (6,5-6,8)
 colostro: 6,0-6,4
 final da lactação: 6,8 ou mais
 > 7,0: mamite (pH básico)
 Sódio e cloro
 Aumenta nas mamites
 Potássio
 Diminui – passagem pelo epitélio lesado
Parâmetros químicos
 Proteínas 
 Aumento da lactoalbumina e globulinas nas mastites - Proteínas de 
origem sanguínea – perda integridade do epitélio mamário
 Diminuição da Caseína –degradação pelas proteases de origem 
bacteriana, dos leucócitos e do sangue
 Lactose 
 Diminui nas mamites – passagem para o sangue
Composição Química do Leite
Leite é composto de água + EST
 100.000 tipos diferentes de moléculas
 EST: Estrato Seco Total
Proteína + Gordura + Cinzas + Lactose 
 ESD: Estrato Seco Desengordurado
Composição Cabra lactante Vaca lactante Vaca (colostro)
Água 88% 87,2% 74,7%
Extrato seco total 12% 12,8% 25,3%
Gordura 3,5% 3,6% 3,6%
Proteínas 3,1% 3,3% 17,6%
Lactose 4,6% 4,9% 2,6%
Cinza 0,79% 0,8% 1,6% 
Composição Química do Leite
Composição do leite bovino de diferentes raças
Composição Holandesa Jersey Pardo Suíço
Proteína 3,11 3,68 3,37
Gordura 3,23 4,49 3,65
Lactações 
analisadas
18.499 4.812 2.512
Fonte: Ribas, 1998
Composição Química do Leite
Exame microscópico do leite
 N° de células somáticas / mL de leite
 Métodos Diretos e Indiretos
 Avaliar as características morfológicas da células somáticas
* Os primeiros jatos são desprezados
Parâmetros citológicos
Indiretos
Mastite Subclínica
 California Mastitis Test (CMT) 
 Whiteside
Aprimoramento do CMT – tubo graduado 
Princípio do CMT
 Liberação do DNA dos leucócitos pela soda
DNA + Detergente DNA + Detergente gelificaçãogelificação da mistura da mistura 
pela formação do complexo DNA + Detergentepela formação do complexo DNA + Detergente
 Indicador de pH - Púrpura de bromocresol
 pH ácido - amarelo
 pH neutro - azul claro
 pH alcalino - violeta
Prova do CMT Positiva
Início e Final da Lactação
Primeiros e últimos jatos de ordenha
Retenções de leite por deficiência de ordenha
Mastites
Interpretação do California Mastitis Test para vacas (CMT)
Schalm e Noorlander, 1957
Resultado Avaliação Número de Células 
somáticas por ml 
(---) negativo Mistura sem modificação Até 200.000
( --) traços Mistura com viscosidade fugaz-
desaparece com a movimentação
150.000 a 500.000
(+ --) levemente positivo Reação demonstrando viscosidade da 
mistura
400.000 a 1.5000.000
(++ -) positivo A homogeneização da mistura 
demonstra ocorrência de gelificação 
800.000 a 5.000.000
(+++) fortemente positivo Na mistura, além da gelificação, 
demonstra-se coagulação com 
formação de massas gelatinosas
mais de 5.000.000
Resultado segundo os autores Avaliação Número de Células somáticas 
por ml e a amplitude de 
variação
(---) negativo Reação sem modificação 60.000 ( até 480.000)
( --) traços Reação com líquido mucoso na periferia 
do receptáculo
270.000 (até 630.000)
(+ --) levemente positivo Reação com formação muco-floculenta, 
sem tendência a formação de cume 
central
660.000 (240.000 a 1.440.000)
(++ -) positivo Reação com formação de gel semi-líquido, 
com movimento em massas e formação de 
cume central
2.400.000 (1.080.000 a 
5.850.000)
(+++) fortemente positivo Reação com formação de massa 
gelatinosa convexa e presa ao fundo do 
receptáculo 
Mais de 10.000.000
Prova de CMT em Caprinos 
(Schalm et al., 1971)
Parâmetros citológicos
 Método Direto 
 Contagem de células somáticas
 microscópica direta 
 eletrônica 
Exame microscópico do leite
 Método de Prescott e Breed
Método óptico - em desuso; quando utilizado: em pesquisas
 Contagem em câmaras hematimétricas
Diluir a amostra em líquidos especiais para contagem de hemáceas 
ou de leucócitos. Muito demorado, não é adequado para grandes 
volumes de amostras
 Contagem em contadores eletrônico
Coulter Counter
Coulter CounterCoulter Counter
Contagem de Células Somáticas
Busca-se
Mastite subclínica: % animais CCS> 300.000 cél/mL 
Propriedade GOR PROT LACT ST ESD CCS NU
A (HO)
fisiológico
3,45
3,23
3,46
3,11
4,47
4,56
12,26
11,58
8,81
8,35
370 13,5
11-16
B (JE)
fisiológico
3,55
4,49
3,27
3,68
4,32
4,83
12,08
14,42
8,53
9,93
230 17,5
C (Mista) 3,06 3,23 4,27 11,52 8,46 922 19,6
• Diminui produção de leite
• Diminui a caseína do leite (queijo)
• Gordura poucos estudos
• Lactose diminui
Alta CCS
As células somáticas possuem enzimas resistentes a pasteurização, 
diminuindo o tempo de prateleira dos produtos 
Análise da uréia no leite
Fatores que afetam os índices 
produtivos e reprodutivos
Dieta com elevada taxa de proteína
Figura 1. O pH e a concentração iônica da secreção uterina durante a fase lútea
podem ser influenciados pela ingestão de dietas com elevados teores de proteína,
reduzindo a fertilidade de vacas leiteiras no pós-parto (BUTLER, 1998).
Taxa de Reabsorção Embrionária
27,70%
66,66%
16,66%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
setembro outubro novembro
Meses
Pe
rc
en
tu
al
Fonte: Rosa, 2007
Fatores que afetam os índices 
produtivos e reprodutivos
0
50
100
150
g1 (21/29)
g1 (8/8)
g2 (16/29)
g2 (0/8)a
b
c
d
D i e t a
Balanceada Desbalanceada
gestação aos 25-50 dias (g1)
Balanceada Desbalanceada
gestação aos 51-75 dias (g2)
%
 p
re
nh
ez
 d
e 
va
ca
s 
H
ol
an
de
sa
s
em
 la
ct
aç
ão
 a
va
lia
da
s
co
m
 u
ltr
a-
so
m
 (U
S)
Figura 2. Percentual de prenhez avaliada entre25-50 dias (g1) e reconfirmada entre
51 e 75 dias (g2) em vacas Holandesas submetidas à dieta balanceada e
desbalanceada no período da inseminação artificial (Rosa, 2007)
Colheita de amostras
CCS/Composição e nitrogênio uréico
 Ordenha manual/mecânica em balde
Homogeneização do leite
Coleta do leite com auxílio de uma concha
Ordenha mecânica com medidores do leite
Homogeneização do leite
Leite coletado direto do medidor
Conservante: pronopol
Análises microbiológicas
 Colheita
 Culturas
 bactérias
 fungos 
 algas 
 Testes de sensibilidade “in vitro” - Antibiograma
Colheita de amostras para exame
bacteriológico e antibiograma
1. Desprezar os primeiros jatos
2. Assepsia do orifício do teto com algodão em álcool 70º
3. Colheita por ordenha de 5 a 20 mL em tubo estéril
4. Refrigerar e examinar em 24 horas
5. Enviar ao laboratório em caixa isotérmica
Colheita da amostraColheita da amostra
Algodão com 
alcool 70o
Análises microbiológicas
1. Coleta das amostras e remessa ao laboratório
2. Centrifugar a 2500 rpm por 10-15´
3. Esfregaço
4. Isolamento + Identificação
5. Antibiograma
Exame microbiológico
Exames complementares
 Ultra-som Termografia
Composição do Leite 
Propriedades e composição do leite
 LeiteLeite: combinação de substâncias na água:
 Suspensão coloidal de pequenas Suspensão coloidal de pequenas particulasparticulas de de 
caseína caseína (ligadas ao Cálcio e Fósforo)
 Emulsão de glóbulos de gorduraEmulsão de glóbulos de gordura do leite e vitaminas vitaminas 
lipossolúveis lipossolúveis 
 Solução de lactose, proteínas, sais minerais e Solução de lactose, proteínas, sais minerais e 
vitaminasvitaminas
Propriedades físico-químicas
 Densidade: 
Concentração de elementos em suspensão e solução + porcentagem de gordura
 Valores da densidade: variam de 1,028 a 1,032 g/ml1,028 a 1,032 g/ml
A adição de água ao leite reduz a densidade e acusa adulteração
Propriedades físico-químicas ...
 Ponto crioscópico: Indica a temperatura de congelamento do leite. 
Valor de referência: Valor de referência: --0,525 a 0,525 a --0,535ºC 0,535ºC 
O ponto crioscópico é alterado pelos elementos solúveis no 
leite, principalmente a lactose.
A adição de água ao leite REDUZ o ponto crioscópico.
Propriedades físico-químicas ...
 Acidez 
a acidez pode ser medida pelo pH ou titulação com 
solução de hidróxido de sódio (Dornic). 
O pH do leite varia de 6,5 a 6,7 6,5 a 6,7 
O valor em ºD (Dornic) varia de 1616--18. 18. 
Leite de vacas Jersey Jersey apresenta maior acidez maior acidez que 
das Holandesas pelo teor mais elevado de proteínas. 
Normativa 51 do Ministério da agricultura
Estratégias para melhoria da qualidade do leite
reduzir o número de células/mL até 2011
• Regulamenta a técnica de produção, identidade e qualidade do leite Tipo A
• Regulamenta a técnica de produção, identidade e qualidade do leite Tipo B
• Regulamenta a técnica de produção, identidade e qualidade do leite Tipo C
• Regulamenta a técnica de produção, identidade e qualidade do leite cru refrigerado
• Regulamenta a técnica de produção, identidade e qualidade do leite pasteurizado
Normativa 51 do Ministério da agricultura
Estratégias para melhoria da qualidade do leite
reduzir o número de células/mL até 2011
Teores mínimos de Gordura no leite: 3,0%
Teor mínimo de Proteína: 2,9%
Estrato Seco Desengordurado: 8,4%
Região Sul:
CCS até julho de 2008: no máximo 1 milhão
Julho de 2008 a dezembro de 2011e 2011: no máximo 400 mil400 mil
Manejo da Ordenha 
Manejo da Ordenha 
2. Lave os tetos (muito sujos: com água morna) 
3. Realize o pré-dipping
Utilize Utilize sanitizantessanitizantes aprovados e apropriados aprovados e apropriados 
Iodo a 0,3%
Hipoclorito de sódio a 2%,
ou Clorexidina a 0,3%
1 Retire 2 ou 3 jatos de leite de cada teto na
caneca de fundo preto
Examine se o leite está com floculação,
alterações de cor ou consistência.
Manejo da Ordenha 
3. Secar o úbere e os tetos
5. Introduzir o conjunto
de ordenha em 30
segundos após o preparo
do úbere
4. Verificar o vácuo 
da ordenhadeira
Manejo da Ordenha 
7. Mergulhar tetos na sol. pós dipping
6. Retirar o conjunto de
ordenha após o fecham/ vácuo.
Retirar todas teteiras ao
mesmo tempo.
8. 0,5 a 1% iodo 
Manejo da Ordenha 
•Iodoform 0,7 a 1%
•Cloro: 0,3 a 0,5% (4% de hipoclorito de sódio)
•Clorhexidine 0,5 a 1%
• Pré-enxaguar a tubulação com água potável (35º a 45ºC)
• Medir a quantidade de detergentes
• Circular a solução de limpeza por pelo menos 10-15 minutos (temperatura de
acordo com fabricante)
• Enxaguar com água potável
• Drenar a tubulação e deixar secar
• Remover as unidades de ordenha da cuba de lavagem ou dos jateadores.
Deixe-os secar.
Realizar a desinfecção das teteiras entre as 
ordenhas
Revisar o serviço de limpeza dos equipamentos de 
ordenha após a ordenha
Manejo da Ordenha 
1. Teste da caneca
2. Limpeza toalha umedecida
(amônia quaternária e clorexidine) NÃO
3. Nao necessita secar 
4. Colocar o conjunto de ordenha
Outra opção de manejo da Ordenha 
Primeiro Sistema de Ordenha Americano
1851 - Primeiras ordenhadeiras (sem sistema de pulsação)
Primeiro modelo 
utilizado no 
Estado de 
Michigan
Sistema de dupla câmara: Pulsador massagem
Extração/ordenha: é similar à mamada
Teteira: comandada pelo pulsador
1. vácuo executa a extração
2. o ar executa a massagem
Nível vácuo: medido por vacuometro 50kPa = 37.5cm Hg
Nível alto: LESÕES NOS TETOS
CONGESTAO
AUMENTO DO LEITE RESIDUAL
Dimensões: variadas
Manutenção: a cada 6 meses, ou antes de acordo com a ocorrência
Avaliação: controle ao final da ordenha (tetos), das teteiras, ficha de 
controle , reduçao da producao de leite, aumento da incidencia de mastite. 
Funcionamento das ordenhadeiras atuais
Fases de massagem e ordenha do ciclo de pulsação
22/01/2009] Dr. Marcos Veiga dos Santos
Limpeza de equipamentos de ordenha
Os equipamentos de ordenha apresentam locais onde podem se
acumular resíduos de leite, ideais para a multiplicação bacteriana e
contaminação do leite durante a ordenha.
Limpeza deficiente: proporciona condições favoráveis ao
desenvolvimento de micro-organismos no interior do equipamento, o
que eleva significativamente a contaminação do leite produzido nessas
condições, mesmo que a fazenda conte com um excelente sistema de
resfriamento e rebanho com bom controle de mastite.
O principal objetivo da limpeza e desinfecção: minimizar aumento da
carga microbiana do leite após a ordenha.
Design do equipamento e eficiência da limpeza
 Problemas de limpeza de equipamentos tem origem em deficiências de
instalação, dimensionamento e construção de salas de ordenha (design não
foi planejado adequadamente e não garante a eficiência da limpeza.
 Deve-se planejar sistemas de ordenha que sejam simples. Os obstáculos
na tubulação por onde o leite passa impõe desafios para mantê-lo limpo. As
configurações preferenciais são aquelas que minimizam o tamanho das
linhas de leite e de limpeza, com menor número de emendas e conexões.
 PorPor exemploexemplo:: a unidade final, o tanque de limpeza e o tanque resfriador
devem ficar o mais próximo possível.
 A pia de limpeza deve ficar próximo ao tanque resfriador para facilitar a
mudança entre ordenha e limpeza das tubulações de leite.
 A distância da unidade final para a sala de leite deve ser mínima para
reduzir o volume de soluções de limpeza, perdas de calor e dificuldades de
controlar a circulação das soluções.
 O centro de ordenha deve ser planejado de forma a facilitar a
drenagem dos resíduos de limpeza.
É fundamental bom desnível e sistema de drenagem c/ capacidade de
retirar grandes volumes de água do fosso e demais áreas durante a
limpeza.
 As linhas de leite devem ser dimensionadas para ter desnível entre 0,5
a 2% em direção da unidade final para facilitar o escoamento do leite
durante a ordenha.
 Mangueiras e tubulações: devem facilitar a drenagem por gravidade
entre os ciclos e após o final da limpeza.
A drenagem é fundamental:
resíduos de limpeza induzem a intensa multiplicação de microorganismos.
 Tubulações: devem drenar facilmente os resíduos quando equipamento
desligado.
 Sistemas de ordenha com linha de leite de diâmetro < = 60mm
recomenda-se instalação de um injetor de ar p/ tornar a limpeza mais
eficiente.
 Fluxo turbulento: solução limpeza em contato com toda superfície da
tubulação formando um filme de solução detergente.
Figura 1 - Representação esquemática de sistema de limpeza de ordenha. 
Recomendações de vida útil para troca das teteiras
Material da teteira Vida útil
(número vacas ordenhadas/unidade)
Borracha natural 1.500
Borracha natural + sintética 2.500
Silicone 5.000
Literatura indicada 
Qualidade do leite e controle da mastite
Luis Fernando Laranjada Fonseca & Marcos Veiga dos Santos 
Lemos Editorial & Gráficos Ltda São Paulo
2000 175p.
Mastitis y Calidad de Leche
Arthur Saran & Marcelo Chaffer
Intermédica Editorial – Buenos Aires
2000 194p.
www.milkpoint.com.br
Disease of Dairy Cattle - Rebhun’s 
Sauders Ed. Divers and Peek ,2008 686p.
Praktischer Leitfaden Mastitis 
Parey Ed. Stuttgart , Alemanha Petra Winter 2009 254p.
Santa Maria 
Recanto Maestro
Vale Vêneto

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