Buscar

2 direito penal 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HISTÓRIA DO DIREITO PENAL
1 . N o s p r i m ó r d i os, a v i n ga n ça era p r i v a da. C a b i a ao o f e n d i d o de c i d i r o des t i n o e a 
san çã o i m p os ta ao o f e ns or.
2. C o m o f o r m a de re g u l a m e n ta r a v i n ga n ça, o E s ta d o i n t e r v é m, at ra v és da L e i de 
Ta l i ã o (olh o p o r o l h o, de n te p o r de n te). A i de i a e ra re d u z i r a v i o l ê n c i a e m soc i e da de 
p o i s, c o m m e d o da sançã o, o c i d a dã o te r i a o c o m p o r t a m e n t o ade q ua d o. E n t r e ta n t o, 
c o m o passa r d os te m p os, a v i o l ê n c i a só au me n t a v a, e o E s ta d o se de pa r o u c o m u m 
n ú m e r o escess i v o de pessoas m u t i l a das, i na p t as pa ra o t r a ba l h o, ge ra n d o ô n us pa r a o 
E s ta d o.
3. N e sse m o m e n t o, o E s ta d o res o l v e t o m a r pa r a s i o j us p u n i e n d i (di re i t o, de ve r, 
p o de r de p u n i r), passan d o de p r i v a da pa ra u m a v i n ga n ça p ú b l i c a.
4. H o j e, o j us p u n i e n d i é e xe r c i d o e x c l u s i v a m e n t e pe l o E s ta d o, a t ra v és d o j u i z e, e m 
re g ra, o E s ta d o ta m bé m de té m o j us ac usa t i o n i s (di re i t o, de ve r, p o de r de ac usa r) q ue 
n o r m a l m e n te é e xe r c i d o at r a v és d o M i n i s té r i o P ú b l i c o. E x ce p c i o na l m e n te, a l e i 
ad m i t i r á o e xe r c í c i o pe l o p r ó p r i o o f e n d i d o.
5. C o m o f o r m a de i m p o r l i m i t es ao p o de r p u n i t i v o esta ta l, te m os as l e i s e os 
p r i n c í p i os, q ue p o de m es ta r e x p r essos o u nã o, na C a r t a M a g n a (Cons t i t u i ç ã o F e de ra l 
de 1 988)
PRINCÍPIOS NORTEADORES LI M ITADORES AO JUS PUNIENDI
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – a l g u ns d o u t r i na d o r es t ra ta m l e ga l i da de c o m o 
s i n ô n i m o de rese r v a l e ga l. E n t r e ta n t o, t ra tá-l o dessa f o r m a m i t i g a o p r i n c í p i o, p o i s 
l e ga l i d a de nã o é so me n te rese r v a l e ga l. É ta m bé m an te r i o r i d a de.
LEGALIDADE = RESERVA LEGAL + ANTERIORIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – esse p r i n c í p i o p r e c o n i z a q ue a l e i q ue passa 
a t r a ta r c o m o c r i m e o q ue an tes nã o era (n o v a t i o l e g i s i n c r i m i n a d o r a), nã o p o de rá 
an t i g i r f a t os p r e té r i t os.
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL – es tá rese r v a d o à l e i e m sen t i d o r es t r i t o 
(st r i c t o sensu) desc re v e r o c r i m e e c o m i n a r sua pe na.
LEIS
STRICTO 
SENSU
L e i s C o m p l e m e n t a res e L e i s O r d i n á r i as
LATO SENSU P o r t a r i as, D e c r e t os, e t c.
Constituição Federal – Art. 5º
X X X I X - nã o há c r i m e se m l e i an te r i o r q ue o de f i na, ne m pe na se m p r é v i a 
c o m i n a çã o l e ga l;
Código Penal
A r t. 1 º - N ã o há c r i m e se m l e i an t e r i o r q ue o de f i na. N ã o há pe na se m 
p ré v i a c o m i n a çã o l e ga l.
OBS: as n o r m as pe na is i n c r i m i n a d o r as, e m ra zã o d o p r i n c í p i o da rese r v a l e ga l, 
de ve m desc re v e r o c r i m e o m a i s de ta l ha da me n te p oss í v e l. P o r i ss o, nã o é p oss í v e l 
f a ze r ana l o g i a i n m a l a m pa r te m , o u se ja, d i ze r q ue é c r i m e o q ue a l e i nã o d i z. 
E n t r e ta n t o, n o d i r e i t o pe na l, é p oss í v e l f a ze r us o da ana l o g i a i n b o na m pa r te m , p o i s 
nas n o r m as pe na is nã o i n c r i m i n a d o r as nã o v i g e o p r i n c í p i o da rese r v a l e ga l.
NOR M
A
PENA
L
INCRI MINADORA
DIRETA (preceitos primário e secundário)
e x: ca p u t a r t. 1 50 e § 1 º a r t. 1 50 d o C P)
INDIRETA, POR EXTENSÃO (somente 
primário)
e x: §4º a r t. 1 50 e §2º a r t. 1 80 d o C P
NÃO 
INCRI MINADORA
PERMISSIVA
e x: a r ts. 23, 1 28 e §5º a r t. 1 50 d o C P
EXPLICATIVA
e x: a r ts. 1 º, 24 e 25 d o C P
 PRECEITO PRIMÁRIO: D E S C R I Ç Ã O D A C O N D U T A
 PRECEITO SECUNDÁRIO: C O M I N A Ç Ã O D A P E N A
Código Penal
A r t. 1 50 - E n t r a r o u pe r m a necer, c l a n des t i na o u ast u c i osa me n te, o u c o n t r a a 
v o n t a de e x p r essa o u tác i t a de q ue m de d i r e i t o, e m casa a l he i a o u e m suas 
de pe n dê n c i as:
Pe na - de te n çã o, de u m a t r ês m eses, o u m u l t a.
§ 1 º - Se o c r i m e é c o m e t i d o d u r a n t e a n o i t e, o u e m l u ga r e r m o, o u c o m o 
e m p r e g o de v i o l ê n c i a o u de ar m a, o u p o r d uas o u m a i s pess oas:
Pe na - de te n çã o, de se is m eses a d o i s an os, a lé m da pe na c o r r es p o n de n te à 
v i o l ê n c i a.
§ 4º - A e x p r essão "casa" c o m p r ee n de:
I - q ua l q ue r c o m pa r t i m e n t o ha b i t a d o;
I I - ap ose n t o o c u pa d o de ha b i t a çã o c o l e t i v a;
I I I - c o m p a r t i m e n t o nã o abe r t o ao p ú b l i c o, o n de a l g ué m e xe r ce p r o f i ssão 
o u at i v i d a de.
A r t . 1 80
§ 2º - E q u i p a ra-se à at i v i d a de c o m e r c i a l, pa ra e f e i t o d o pa rá g ra f o an te r i o r, 
q ua l q ue r f o r m a de c o m é r c i o i r r e g u l a r o u c l a n des t i n o, i n c l us i v e o e xe r c í c i o 
e m res i dê n c i a.
A r t . 23 - N ã o há c r i m e q ua n d o o age n te p r a t i c a o f a t o:
I - e m esta d o de necess i da de;
I I - e m le g í t i m a de f esa;
I I I - e m est r i t o c u m p r i m e n t o de de v e r l e ga l o u n o e xe r c í c i o re g u l a r de 
d i r e i t o.
A r t . 1 28 - N ã o se p u ne o ab o r t o p r a t i c a d o p o r m é d i c o:
I - se nã o há o u t r o m e i o de sa l v a r a v i d a da ges ta n te;
I I - se a g r a v i d e z res u l t a de est u p r o e o ab o r t o é p r e ce d i d o de 
c o nse n t i m e n t o da ges ta n te o u, q ua n d o i n ca pa z, de seu re p r esen ta n te l e ga l.
§ 5º - N ã o se c o m p r ee n de m na e x p r essão "casa":
I - h os pe da r i a, esta l a ge m o u q ua l q ue r o u t r a ha b i t a çã o c o l e t i v a, en q ua n t o 
abe r ta, sa l v o a res t r i ç ã o d o n.º I I d o pa r á g ra f o an te r i o r;
I I - ta ve r na, casa de j o g o e o u t r as d o m es m o gê ne r o.
A r t . 1 º - N ã o há c r i m e se m l e i an t e r i o r q ue o de f i na. N ã o há pe na se m 
p ré v i a c o m i n a çã o l e ga l.
A r t . 24 - C o ns i d e ra-se e m es ta d o de ne cess i da de q ue m p r a t i ca o f a t o pa ra 
sa l v a r de pe r i g o at ua l, q ue nã o p r o v o c o u p o r sua v o n t a de, ne m p o d i a de 
o u t r o m o d o e v i t ar, d i r e i t o p r ó p r i o o u a l he i o, c u j o sac r i f í c i o, nas 
c i r c u ns tâ n c i as, nã o era ra z oá ve l e x i g i r-se.
A r t . 25 - E n t e n de-se e m l e g í t i m a de f esa q ue m, usan d o m o de r a da me n te d os 
m e i os ne cessá r i os, re pe le i n j us ta ag ressão, a t ua l o u i m i n e n t e, a d i r e i t o seu 
o u de o u t r e m.
OBS: ana l o g i a nã o se c o n f u n de c o m i n t e r p r e ta çã o ana l ó g i c a. A n a l o g i a é m é t o d o de 
i n t e g ra çã o d o D i r e i t o, p o i s a l e i p o de te r l a c u nas, t o da v i a o D i r e i t o nã o p o de. A 
i n t e r p r e ta çã o ana l ó g i c a é m é t o d o de i n t e r p r e ta çã o e x t e ns i v a das n o r m as, e é p oss í v e l 
nas n o r m as pe na is i n c r i m i n a d o r as, des deq ue a p r ó p r i a n o r m a a au t o r i z e 
e x p r essa me n te, c o m o p o r e xe m p l o os i n c i s os I e I I I d o pa rá g ra f o 2º d o ar t. 1 2 1 , d o 
C ó d i g o Pena l.
Art. 121 (CP)
§ 2° Se o h o m i c í d i o é c o m e t i d o:
I - m e d i a n t e pa ga o u p r o m essa de rec o m p e nsa, o u p o r o u t r o m o t i v o t o r pe ;
I I I - c o m e m p re g o de v e ne n o, f o g o, e x p l o s i v o, as f i x i a, t o r t u r a o u o u t r o 
m e i o i n s i d i os o o u c r ue l , o u de q ue p ossa res u l t a r pe r i g o c o m u m ;
NORMAL PENAL E M BRANCO
A s n o r m as pe na is i n c r i m i n a d o r as, e m re g r a, são c o m p l e t as, p o i s desc re v e m o c r i m e e 
são ap l i c á v e is se m a necess i da de de rec o r r e r a o u t r as n o r m as, c o m o o c o r r e q ua n d o a 
n o r m a pe na l é i n c o m p l e t a.
A n o r m a pe na l e m b r a n c o n o r m a l m e n t e ne cess i t a de c o m p l e m e n t o ao p r e ce i t o 
p r i m á r i o. É o q ue c ha ma m os de n o r m a pe na l d o m a n da t o e m b ra n c o p r o p r i a m e n t e 
d i t a . E x ce p c i o na l m e n t e se rá necessá r i o c o m p l e m e n t a r o p r e ce i t o sec u n dá r i o, c o m o 
o c o r r e, p o r e xe m p l o, n o c r i m e de ge n o c í d i o, q ue re me te às pe nas d o C ó d i g o Pena l. 
N esse caso, a n o r m a pe na l e m b r a n c o é c ha ma da de i n v e rsa, i n v e r t i d a o u às a vessas.
T a n t o a n o r m a pe na l d o m a n da t o e m b ra n c o p r o p r i a m e n te d i t a q ua n t o a i n v e rsa, 
i n v e r t i d a, o u às a vessas, p o de m se r h o m o gê neas o u he te r o gê neas:
 Se rã o h o m o gê neas se o seu c o m p l e m e n t o v i e r de n o r m a st r i c t o sensu (le i 
o r d i n á r i a o u l e i c o m p l e m e n ta r).
 Se rã o he te r o gê neas se o seu c o m p l e m e n t o v i e r de n o r m a l a t o sensu 
(por ta r i as, re g u l a m e n t os, de c r e t os, e t c.)
OBS: te n d o e m v i s ta o p r i n c í p i o da rese r v a l e ga l, é d i s c u t í v e l a c o ns t i t u c i o na l i da de 
da n o r m a pe na l e m b r a n c o he te r o gê nea. E n t r e ta n t o, o q ue p r e v a l e ce é q ue es te t i p o de 
n o r m a é ne cessá r i o pa ra a ce l e r i da de q ue, e m a l g u m as h i p ó t eses, se f a z ne cessá r i a, 
a té p o r q ue, q ue m de f i n e o c r i m e nã o é o c o m p l e m e n t o, e s i m a n o r m a pe na l, q ue é l e i 
st r i c t o sensu .
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE, OFENSIVIDADE, TRANSCEDÊNCIA, 
ALTERIDADE
D e ac o r d o c o m esse p r i n c í p i o, nã o há c r i m e se m l esão o u a meaça de l esão a be m de 
te r ce i r o. D e ssa f o r m a, p o de m os e x t r a i r d uas c o n c l us ões:
a) o d i r e i t o pe na l nã o p u ne au t o-l esão.
b) e x i s te m c r i m es de da n o e de pe r i g o.
O s c r i m es de pe r i g o p o de m ser de pe r i g o c o n c re t o o u abs t r a t o .
O s c r i m es de pe r i g o c o n c r e t o ad m i t e m p r o v a e m c o n t r á r i o, o u se ja, a p r es u n çã o de 
pe r i g o é re l a t i v a.
O s c r i m es de pe r i g o abs t r a t o nã o ad m i t e m p r o v a e m c o n t r á r i o, p o r t a n t o a p r es u n çã o 
d o pe r i g o é abso l u t a.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU CRI MINALIDADE DE BAGATELA
Q u a n d o o l e g i s l a d o r desc re v e c o m o c r i m e de te r m i n a da c o n d u ta, o f a z a f i m de 
p r o t e ge r o u t u t e l a r be m j u r í d i c o, c o m o p o r e xe m p l o, a v i d a, o pa t r i m ô n i o, a f é 
p ú b l i c a, a paz p ú b l i c a, e t c.
Se nã o h o u v e, n o caso c o n c r e t o, v i o l ê n c i a à pessoa, e a l esão ao be m j u r í d i c o t u t e l a d o 
f o i i n s i g n i f i c a n t e, o j u i z p o de rá ap l i c a r es te p r i n c í p i o e abso l v e r o ré u.
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE DO DIREITO PENAL
OU PRINCÍPIO DA ULTIMA RATIO OU DA INTERVENÇÃO M ÍNI MA
A l g u ns d o u t r i n a d o r es t ra ta m esses d o i s p r i n c í p i o s c o m o s i n ô n i m os, en t r e ta n t o há u m a 
d i f e r e n ça tên ue en t r e e les. O p r i m e i r o é o bse r v a d o pe l o m a g i s t ra d o, na h o r a de j u l g a r 
o re u, p o de n d o abs o l v ê-l o. O seg u n d o é u t i l i z a d o pe l o l e g i s l a d o r, na h o r a de l e g i s l a r 
e m m a t é r i a pe na l.
E m a m b os, a i d é i a é q ue o D i r e i t o Pena l se j a a ú l t i m a f o r ça de c o n t r o l e so c i a l. O 
l e g i s l a d o r nã o p o de t ra ta r t o da e q ua l q ue r c o n d u t a q ue i n c o m o de a soc i e da de c o m o 
c r i m i n osa; so me n t e q ua n d o os de ma i s r a m os d o D i r e i t o nã o f o r e m su f i c i e n t es pa ra 
p r e v e n i r e re p r i m i r.
D a m es ma f o r m a, o m a g i s t r a d o p o de, d i a n t e d o caso c o n c re t o, abs o l v e r o re u ao f i n a l 
d o p r o cess o, u m a v e z q ue pe r ce ba q ue a sançã o pe na l, na q ue l e caso, é desnecessá r i a.
PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE
O D i r e i t o Pena l é f r a g m e n tá r i o, o u se ja, te m o p o de r de se le c i o na r e m q ue casos os 
be ns j u r í d i c os serã o p o r e le t u te l a d os, o u p r o t e g i d os.
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE OU DA
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA NO DIREITO PENAL.
NULLUM CRI MEN SINE CULPA
N ã o se ad m i t e, n o D i r e i t o Pena l, a res p o nsab i l i d a de o b j e t i v a, o u se ja, pa ra q ue ha ja 
c r i m e, nã o bas ta a c o m p r o v a çã o d o ne x o ca usa l. É p r e c i s o ta m bé m pe r q u i r i r o 
e le m e n t o su b j e t i v o: c u l p a o u d o l o .
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL
E sse p r i n c í p i o te m d uas f i n a l i d a des:
a) i n f o r m a r ao P o de r L e g i s l a t i v o q ue es tá na h o r a de a l te r a r a l e g i s l a çã o, p o i s nã o se 
ade q ua m a i s à r ea l i d a de e necess i da des da soc i e da de.
b) n o D i r e i t o Pena l, p o de ser u t i l i z a d o pe l o m a g i s t r a d o pa ra abso l v e r o r e u, ac usad o 
de u m a c o n d u ta q ue a l e i pe na l, e m razã o da m o r os i da de es ta ta l, a i n da desc re v e c o m o 
c r i m i n osa.
CONFLITO OU CONCURSO APARENTE DE NORMAS
E m ra zã o d o p r i n c í p i o n o n b i s i n i de m , o su je i t o q ue p r a t i c a c r i m e ú n i c o nã o p o de 
r es p o n de r p o r d o i s o u m a i s. E n t r e ta n t o, às v e zes, a c o n d u t a se ade q ua a d uas o u m a i s 
n o r m as, ge ra n d o u m c o n f l i t o o u c o n c u r s o, q ue é m e ra me n t e apa re n te, e q ue se 
r es o l v e at r a v és d os seg u i n t es p r i n c í p i o s:
PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO, SUBSUNÇÃO OU ABSORÇÃO
O p r i n c í p i o da c o ns u n çã o só se ap l i c a n os seg u i n t es casos:
a) crime complexo – q ua n d o a n o r m a é c o m p os t a de d uas o u m a i s n o r m as, c o m o p o r 
e xe m p l o, o l a t r o c í n i o, q ue é r o u b o m a i s h o m i c í d i o, o u e x t o r são m e d i a n t e seq ues t r o, 
q ue é e x t o rsão m a i s seq ues t r o.
b) crime progressivo – q ua n d o o su j e i t o, pa ra a l ca n ça r o c r i m e dese ja d o, passa p o r 
o u t r os c r i m es, q ue são m e i os se m p re ne cessá r i os , c o m o p o r e xe m p l o, pa ra p r a t i c a r 
de n u n c i a çã o ca l u n i osa (art. 339 C P), o su j e i t o te m de passa r pe l a ca l ú n i a (art. 1 3 8C P); pa ra m a t a r, o su je i o te m de passa r pe l a l esão c o r p o r a l, e t c.
c) progressão criminosa – nesses casos, ta m bé m há c r i m e-f i m e c r i m e-m e i o, c o m o 
o c o r r e n o c r i m e p r o g r ess i v o. E n t r e t a n t o, na p r o g r essão c r i m i n osa, o c r i m e-m e i o nã o é 
se m p r e necessá r i o ; só o f o i n o caso c o n c r e t o, c o m o p o r e xe m p l o, i n v a d i r d o m i c í l i o 
pa ra f u r t ar, f a l s i f i c a r d o c u m e n t o pa r a este l i o n a t o, e t c...
 N a h i p ó t ese de c r i m e c o m p l e x o, este abso r v e os de m a i s.
 N a h i p ó t ese de c r i m e p r o g r ess i v o, o c r i m e-f i m abso r v e o c r i m e-m e i o.
 N a p r o g r essão c r i m i n osa, o p r i m e i r o c r i m e é u m an te f a c t u m e o p os te r i o r 
é u m p os t f a c t u m.
OBS1: N e m t o d os ad m i t e m q ue há c o n f l i t o apa re n te na p r o g r essão c r i m i n osa, 
en te n de n d o q ue o su je i t o de ve res p o n de r p o r t o d os os c r i m es (conc u r s o de c r i m es), 
m as q ua n d o ad m i t e m o c o n f l i t o, ap l i c a m o p r i n c í p i o da c o ns u n çã o, e u m c r i m e 
abso r v e o o u t r o; n o r m a l m e n te o m a i s g r a v e abso r v e o m e n os g r a v e.
OBS2: nã o ca be c o ns u n çã o e m c r i m e c u l p os o, ha j a v i s ta q ue, pa ra u m c r i m e se r 
abso r v i d o te m de se r usa d o c o m o m e i o pa ra p r a t i c a r o c r i m e-f i m, o q ue p r es u m e, 
o b v i a m e n t e, a i n t e n çã o de c o m e te r o c r i m e, o u se ja, o d o l o.
MACETE: p r i m e i r o, v e r i f i q u e se é p oss í v e l ap l i c a r c o ns u n çã o; nã o sen d o, l e i a as 
n o r m as q ue es tã o e m apa re n t e c o n f l i t o. Se o te x t o de las f o r pa re c i d o, ap l i q u e o 
p r i n c í p i o da espec i a l i d a de ; e m caso c o n t r á r i o, ap l i q u e o p r i n c í p i o da su bs i d i a r i e da de .
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE
Sen d o espec i a l i d a de, u m a n o r m a se rá ge ra l e a o u t r a espe c i a l. A espec i a l será aq ue la 
q ue te m de ta l hes (espec i a l i z a n t es) q ue a ge ra l nã o te m. N o c o n f l i t o en t r e a n o r m a 
espec i a l e a ge ra l, ap l i c a-se aq ue l a e m de t r i m e n t o des ta.
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE DA NOR MA
N a su bs i d i a r i e da de, u m a n o r m a se rá p r i m á r i a e a o u t r a su bs i d i á r i a. A p r i m á r i a se rá a 
q ue t i v e r a pe na (base) m a i s g r a v osa. N o c o n f l i t o en t r e a n o r m a p r i m á r i a e a 
su bs i d i á r i a, ap l i c a-se aq ue la e m de t r i m e n t o des ta.
PRINCÍPIO DA ALTERNATIVIDADE
Q u a n d o, n o m es m o c o n t e x t o, o su je i t o e xe c u t a m a i s de u m d os n ú c l e os (ver b os) da 
n o r m a, r es p o n de rá p o r e la u m a ú n i ca v e z. A s n o r m as q ue tê m m a i s de u m n ú c l e o são 
c ha ma das c r i m es de c o n t e ú d o v a r i a d o , de açã o m ú l t i p l a , p l u r i n u c l ea res, o u t i p o m i s t o 
a l t e r na t i v o , c o m o p o r e xe m p l o os ar ts. 1 2 2 d o C ó d i g o Pena l, 1 4 e 1 6 da L e i 
1 0.826/03 (Estat u t o d o D e sa r m a m e n t o), 28 e 33 da L e i 1 1 .343/06 (No va L e i de 
D r o g as), et c.
Código Penal
A r t. 1 22 - I n d u z i r o u i ns t i ga r a l g ué m a su i c i da r-se o u p r es ta r-l he au x í l i o 
pa ra q ue o f a ça:
Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03)
A r t. 1 4. P o r t ar , de te r , ad q u i r i r , f o r n e cer , r ece ber , te r e m de p ós i t o, 
t ra ns p o r t a r, ce der , a i n da q ue g r a t u i t a m e n te, e m p res tar , r e m e te r , e m p r e gar , 
m a n t e r so b g ua r da o u o c u l t a r a r m a de f o g o, acessó r i o o u m u n i ç ã o, de us o 
pe r m i t i d o, se m au t o r i z a çã o e e m desac o r d o c o m de te r m i n a çã o l e ga l o u 
re g u l a m e n ta r:
A r t . 1 6. P ossu i r , de te r , p o r t a r , ad q u i r i r , f o r n e cer , re ce ber , te r e m de p ós i t o, 
t ra ns p o r t a r , ce der , a i n da q ue g r a t u i t a m e n te, e m p res tar , r e m e te r , e m p r e gar , 
m a n t e r so b sua g ua r da o u o c u l t a r a r m a de f o g o, acessó r i o o u m u n i ç ã o de 
us o p r o i b i d o o u res t r i t o, se m au t o r i z a çã o e e m desac o r d o c o m 
de te r m i n a çã o l e ga l o u re g u l a m e n t a r:
Lei de Drogas (Lei 11.343/06)
A r t. 28. Q u e m ad q u i r i r , g ua r dar , t i v e r e m de p ós i t o, t r a ns p o r t a r o u t r o u x e r 
c o ns i g o, pa ra c o ns u m o pessoa l, d r o gas se m au t o r i z a çã o o u e m desac o r d o 
c o m de te r m i n a çã o l e ga l o u re g u l a m e n t a r se rá su b m e t i d o às seg u i n t es 
pe nas:
A r t . 33. I m p o r t ar , e x p o r t a r , r e m e te r , p r e pa ra r , p r o d u z i r , f a b r i c a r , ad q u i r i r , 
v e n der , e x p o r à v e n da, o f e re cer , te r e m de p ós i t o, t ra ns p o r t a r , t ra ze r 
c o ns i g o, g ua r dar , p r es c re v er , m i n i s t r ar , en t r e ga r a c o ns u m o o u f o r n e ce r 
d r o gas, a i n da q ue g r a t u i t a m e n te, se m au t o r i z a çã o o u e m desac o r d o c o m 
de te r m i n a çã o l e ga l o u re g u l a m e n t a r:
ÂMBITO DE APLICAÇÃO DA LEI PENAL
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
Princípio da Territorialidade Relativa (art. 5º, caput, do CP)
A r t. 5º - A p l i c a-se a l e i b r as i l e i r a, sem prejuízo de convenções, tratados e 
regras de direito internacional, ao c r i m e c o m e t i d o n o te r r i t ó r i o nac i o na l.
Conceito de Territorialidade Jurídico (art. 5º, § 1º e § 2º do CP)
§ 1 º - Pa ra os e f e i t os pe na i s, c o ns i de ra m-se c o m o e x te nsã o d o te r r i t ó r i o 
nac i o na l as e m ba r ca ç ões e ae r o na ves b r as i l e i r as, de na t u r e za p ú b l i c a o u a 
se r v i ç o d o g o v e r n o b r as i l e i r o o n de q ue r q ue se en c o n t r e m, be m c o m o as 
ae r o na v es e as e m ba r ca ç ões b r as i l e i r as, m e r ca n t es o u de p r o p r i e da de 
p r i v a da, q ue se ac he m, res pe c t i v a m e n te, n o espaç o aé reo c o r r es p o n de n te 
o u e m a l t o-m a r.
§ 2º - É ta m bé m ap l i c á v e l a l e i b r as i l e i r a aos c r i m es p r a t i ca d os a b o r d o de 
ae r o na v es o u e m ba r ca ç ões es t ra n ge i r as de p r o p r i e da de p r i v a da, ac ha n d o-se 
aq ue las e m p o us o n o te r r i t ó r i o nac i o na l o u e m v ô o n o espaç o aé reo 
c o r r es p o n de n te, e estas e m p o r t o o u m a r te r r i t o r i a l d o B r as i l.
Princípio da Extraterritorialidade Incondicionada (art. 7º, incisio I, do CP)
A r t. 7º - F i c a m su je i t os à l e i b r as i l e i r a, e m b o r a c o m e t i d os n o es t r a n ge i r o:
I - os c r i m es:
a) c o n t r a a v i d a o u a l i b e r da de d o P res i de n t e da R e p ú b l i c a;
b) c o n t r a o pa t r i m ô n i o o u a f é p ú b l i c a da U n i ã o, d o D i s t r i t o F e de ra l, 
de E s ta d o, de Te r r i t ó r i o, de M u n i c í p i o, de e m p r esa p ú b l i c a, so c i e da de de 
ec o n o m i a m i s t a, au ta r q u i a o u f u n da çã o i ns t i t u í da pe l o P o de r P ú b l i c o;
c) c o n t r a a ad m i n i s t ra çã o p ú b l i c a, p o r q ue m es tá a seu ser v i ç o;
d) de gen o c í d i o, q ua n d o o age n te f o r b r as i l e i r o o u d o m i c i l i a d o n o 
B r as i l ;
§ 1 º - N o s casos d o i n c i s o I, o age n te é p u n i d o seg u n d o a l e i b r as i l e i r a, 
a i n da q ue abso l v i d o o u c o n de na d o n o est ra n ge i r o.
Princípio da Extraterritorialidade Condicionada (art 7º, inciso I I e § 3º, do CP)
I I - os c r i m es:
a) q ue, p o r t r a ta d o o u c o n v e n çã o, o B r as i l se o b r i g o u a re p r i m i r ;
b) p r a t i ca d os p o r b r as i l e i r o;
c) p r a t i ca d os e m aer o na v es o u e m ba r ca ç ões b r as i l e i r as, m e r ca n t es o u 
de p r o p r i e da de p r i v a da, q ua n d o e m te r r i t ó r i o es t r a n ge i r o e a í nã o se ja m 
j u l g a d os.
§ 2º - N o s casos d o i n c i s o I I , a ap l i c a çã o da l e i b r as i l e i r a de pe n de d o 
c o n c u rs o das seg u i n t es c o n d i ç ões:
a) en t r a r o age n te n o te r r i t ó r i o nac i o na l;
b) se r o f a t o p u n í v e l ta m bé m n o pa ís e m q ue f o i p r a t i c a d o;
c) esta r o c r i m e i n c l u í d o en t r e aq ue l es pe l os q ua i s a l e i b r as i l e i r a 
au t o r i z a a e x t r a d i ç ã o;
d) nã o te r s i d o o age n te abs o l v i d o n o est ra n ge i r o o u nã o te r a í 
c u m p r i d o a pe na;
e) nã o te r s i d o o age n te pe r d oa d o n o est ra n ge i r o o u, p o r o u t r o m o t i v o, 
nã o es ta r e x t i n t a a p u n i b i l i d a de, seg u n d o a l e i m a i s f a v o r á v e l.
§ 3º - A l e i b r as i l e i r a ap l i c a-se ta m bé m ao c r i m e c o m e t i d o p o r es t ra n ge i r o 
c o n t r a b r as i l e i r o f o r a d o B r as i l, se, re u n i d as as c o n d i ç ões p r e v i s tas n o 
pa rá g r a f o an te r i o r:
a) nã o f o i pe d i da o u f o i ne ga da a e x t r a d i ç ã o;
b) h o u v e r e q u i s i çã o d o M i n i s t r o da Jus t i ç a.
Princípios adotados no art. 7º do CP:
• no inciso I, ad o t o u-se o p r i n c í p i o da de f esa, r ea l o u de p r o t e çã o.
• no inciso I I, alínea a, ad o t o u-se o p r i n c í p i o da u n i v e rsa l i da de, da j us t i ça 
pe na l u n i v e rsa l o u c os m o p o l i t a.
• no inciso I I, alínea b, ad o t o u-se o p r i n c í p i o da nac i o na l i da de o u 
pe rs o na l i d a de at i v a.
• no inciso I I, alínea c, ad o t o u-se o p r i n c í p i o da r e p resen t açã o o u da 
ba n de i r a.
• no § 3º são d uas c o r r e n t es; pa r t e en te n de q ue ad o t o u-se o p r i n c í p i o da 
de f esa, m as a m a i o r i a en te n de q ue f o i o p r i n c í p i o da na c i o na l i da de o u 
pe rs o na l i d a de pass i v a.
Princípio do non bis in idem e art. 8º do CP
A r t. 8º - A pe na c u m p r i d a n o es t ra n ge i r o a te n ua a pe na i m p os ta n o B r as i l 
pe l o m es m o c r i m e, q ua n d o d i v e rsas, o u ne la é c o m p u t a da, q ua n d o 
i d ê n t i c as.
C o n f o r m e o § 1 º d o a r t. 7º d o CP, o age n te es tá su je i t o à l e i b r as i l e i r a, a i n da q ue 
abso l v i d o o u c o n de na d o n o e x t e r i o r. Pa ra m i n i m i z a r o c o n f l i t o c o m o p r i n c í p i o d o 
n o n b i s i n i de m , o a r t. 8º pe r m i t e q ue se ja a pe na i m p os t a n o b r as i l a te n ua da pe la 
pe na j á c u m p r i d a n o es t ra n ge i r o.
Lugar do Crime (art. 6º do CP)
A r t. 6º - C o ns i de ra-se p r a t i ca d o o c r i m e n o l u ga r e m q ue o c o r r e u a açã o o u 
o m i ssão, n o t o d o o u e m pa r te, be m c o m o o n de se p r o d u z i u o u de ve r i a 
p r o d u z i r-se o res u l t a d o.
A d o t a-se p o i s, a Te o r i a M i s t a o u da U b i q u i d a de.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO
C R F B – A r t. 5º
X L - a l e i pe na l nã o r e t r oa g i r á, sa l v o pa ra be ne f i c i a r o ré u;
REGRA – p r i n c í p i o da i r r e t r oa t i v i d a de da l e i pe na l.
EXCEÇÃO – p r i n c í p i o da re t r oa t i v i d a de da l e i pe na l i n m e l l i us .
CRI MES PERMANENTES E CRI MES CONTINUADOS
Crime permanente - é u m a c l ass i f i c a çã o d o u t r i n á r i a pa ra i n d i c a r c r i m e e m q ue a 
c o n d u t a se p r o l o n ga n o te m p o, c o m o p o r e xe m p l o o seq ues t r o (art. 1 48 C P), e x t o r sã o 
m e d i a n t e seq ues t r o (art. 1 5 9 C P), casa de p r os t i t u i ç ã o (art. 229 C P), m a n t e r d r o ga 
i l í c i t a e m de p ós i t o (art. 33 ca p u t, l e i 1 1 .343/06), et c.
Código Penal
A r t. 1 4 8 - P r i v a r a l g ué m de sua l i b e r da de, m e d i a n t e seq ües t r o o u cá r ce re 
p r i v a d o:
Pe na - rec l usão, de u m a t r ês an os.
A r t . 1 5 9 - Seq ües t ra r pessoa c o m o f i m de o b t er, pa ra s i o u pa ra o u t r e m, 
q ua l q ue r v a n t a ge m, c o m o c o n d i çã o o u p r e ç o d o r es ga te:
Pe na - rec l usão, de o i t o a q u i n ze an os.
A r t. 229. M a n t e r, p o r c o n t a p r ó p r i a o u de te r ce i r o, esta be l e c i m e n t o e m q ue 
o c o r r a e x p l o r a çã o se x ua l, ha ja, o u nã o, i n t u i t o de l u c r o o u m e d i a çã o d i r e ta 
d o p r o p r i e tá r i o o u ge re n t e:
Pe na - rec l usão, de d o i s a c i n c o an os, e m u l t a.
Lei de Drogas (11.343/06)
A r t. 33. I m p o r t a r, e x p o r t ar, re m e ter, p r e pa rar, p r o d u z i r, f a b r i c a r, ad q u i r i r, 
v e n der, e x p o r à v e n da, o f e re cer, te r e m de p ós i t o, t r a ns p o r t a r, t r a ze r c o ns i g o, 
g ua r dar, p r es c re v er, m i n i s t r ar, en t r e ga r a c o ns u m o o u f o r n e ce r d r o gas, 
a i n da q ue g r a t u i t a m e n t e, se m au t o r i z a çã o o u e m desac o r d o c o m 
de te r m i n a çã o l e ga l o u re g u l a m e n t a r:
Pe na - rec l usão de 5 (cinc o) a 1 5 (qu i n ze) an os e pa ga me n t o de 500 
(qu i n he n t os) a 1 .500 (mi l e q u i n he n t os) d i as-m u l t a.
Crime continuado - está p r e v i s t o n o ar t. 7 1 d o C P e é u m a espéc i e de c o n c u r s o de 
c r i m es. Q u a n d o o age n te p r a t i ca d o i s o u m a i s c r i m es de m es m a espéc i e, de f o r m as 
pa rec i d as, é c o m o se u m c r i m e f osse c o n t i n ua çã o d o o u t r o, m as na v e r da de é u m a 
f i c çã o j u r í d i c a, c r i a da pe l o l e g i s l a d o r a f i m de be ne f i c i a r o c o n de na d o c o m u m a pe na 
m e n o r.
Código Penal
A r t. 7 1 - Q u a n d o o age n te, m e d i a n t e m a i s de u m a ação o u o m i ssã o, p r a t i ca 
d o i s o u m a i s c r i m es da m es ma espéc i e e, pe las c o n d i ç ões de te m p o, l u gar, 
m a ne i r a de e xe c u çã o e o u t r as se me l ha n t es, de ve m os su bse q üe n tes ser 
ha v i d os c o m o c o n t i n ua çã o d o p r i m e i r o, ap l i c a-se-l h e a pe na de u m só d os 
c r i m es, se i d ê n t i c as, o u a m a i s g r a v e, se d i v e rsas, au me n t a da, e m q ua l q ue r 
caso, de u m se x t o a d o i s te r ç os.
P o r e xe m p l o, a f u n c i o ná r i a d o ca i x a das L o j as A m e r i c a nas, q ue u m a v e z p o r se ma na 
su b t r a i d i n he i r o d o ca i x a. I ss o o c o r r e p o r c i n c o se ma nas, p o r t a n t o f o r a m c i n c o f u r t os, 
m as se o j u i z ap l i c a r o a r t. 7 1 d o CP, é c o m o se u m f u r t o f osse c o n t i n ua çã o d o o u t r o, 
f a ze n d o c o m q ue ape na f i q ue m e n o r.
Súmula 711/STF
A l e i pe na l m a i s g r a v e ap l i c a-se ao c r i m e c o n t i n ua d o o u ao c r i m e 
pe r m a ne n te, se a sua v i g ê n c i a é an te r i o r à cessação da c o n t i n u i d a de o u da 
pe r m a nê n c i a.
D es t a f o r m a, o te m p o d o c r i m e n os c r i m es pe r m a ne n tes e c o n t i n ua d os é o te m p o e m 
q ue cessa a at i v i d a de c r i m i n osa, e é ap l i c a da a l e i en tã o v i g e n t e, m es m o se f o r m a i s 
g r a v osa q ue a l e i v i g e n t e à ép o ca de q ua n d o c o m e ç o u a p r á t i c a c r i m i n osa.
HIPÓTESES DE LEIS PENAIS NO TEMPO
ABOLITIO CRI M INIS (art. 2º caput CP)
E x : a r t. 240 C P f o i re v o ga d o pe l a L e i 1 1 . 1 06/05
NOVATIO LEGIS IN MELLIUS (art. 2º p. único CP)
E x : L e i 1 2.0 1 5/09 re v o g o u tac i t a me n te o a r t. 9º da L e i 8072/90
NOVATIO LEGIS IN PEJUS
E x : L e i 1 0.763/03 au me n t o u a pe na d os a r ts 3 1 7 e 333 d o C P
NOVATIO LEGIS INCRI MINADORA (art. 1º CP/art. 5º inc XXXIX CRFB)
E x : L e i 1 3.260/16 passo u a t i p i f i c a r o c r i m e de te r r o r i s m o
LEIS DE VIGÊNCIA TEMPORÁRIA OU EXCEPCIONAL
A r t. 3º C P: l e i s de v i g ê n c i a te m p o r á r i as o u e x ce p c i o na is são u l t r a-a t i v as.
QUESTÕES CONTROVERTIDAS
1ª Questão Controvertida
Retroatividade da lei penal mais benéfica no período da vacatio legis.
1ª Corrente – o j u i z nã o p o de ap l i c a r u m a l e i a i n da na v a ca t i o l e g i s , p o i s a m es m a 
p o de rá ser, nesse í n t e r i m, re v o ga da e, se i ss o ac o n te cer, o j u i z te rá ap l i c a d o u m a l e i 
q ue n u n ca c he g o u a te r v i g ê n c i a.
2ª Corrente – se é u m a l e i pe na l m a i s be né f i c a, i n de pe n de n te de esta r o u nã o e m 
v a ca t i o l e g i s , de ve rá re t r oa g i r desde l o g o pa ra be ne f i c i a r o ré u/co n de na d o. A v a ca t i o 
l e g i s e x i s te ape nas pa ra q ue a soc i e da de te n ha te m p o há b i l pa ra se ade q ua r às n o v as 
r e g ras, e nã o pa ra q ue o P o de r L e g i s l a t i v o a r e v o g ue o u nã o.
3ª Corrente – a p r i o r i, o j u i z nã o de ve ap l i c a r a l e i e m v a ca t i o l e g i s , sa l v o q ua n d o 
ag ua r da r o f i m da v a câ n c i a t r o u x e r p r e j u í z o i r r e m e d i á v e l ao ré u/co n de na d o.
2ª Questão controvertida
Retroatividade in mellius do complemento da norma penal em branco.
1ª Corrente – a l e i pe na l nã o m u d a, e s i m ape nas o seu c o m p l e m e n t o, e o q ue a 
C R F B m a n da re t r oa g i r é a l e i pe na l, e essa nã o m u d o u. P o r t a n t o, nã o há q ue se 
ap l i c a r o p r i n c í p i o da re t r oa t i v i d a de da l e i pe na l i n m e l l i us .
2ª Corrente – q ua n d o o c o m p l e m e n t o da n o r m a pe na l e m b r a n c o m u da, 
i n d i r e ta m e n t e a l e i pe na l é a l t e ra da e, se essa m u d a n ça be ne f i c i a o r e u/co n de na d o, 
de ve rá r e t r oa g i r ao te m p o d o c r i m e.
3ª Corrente – e m re g r a, a m u d a n ça n o c o m p l e m e n t o nã o de ve re t r oa g i r, sa l v o 
q ua n d o a l t e ra a essên c i a, a su bs tâ n c i a da n o r m a.
3ª Questão controvertida
Combinação de leis penais no tempo, para beneficiar o réu.
 1ª Corrente – o j u i z nã o p o de c o m b i n a r l e i s, p o i s es ta r i a l e g i s l a n d o e m m a t é r i a 
pe na l, o q ue nã o l h e c o m pe te (art. 22, i n c i s o I, C R F B). D e s ta f o r m a, o j u i z de v e rá 
ap l i c a r ape nas u m a das l e i s n o t o d o e, se t i v e r d ú v i d as q ua n t o à m a i s be né f i c a, de v e rá 
ap l i c a r a d o te m p o d o c r i m e, p o i s é a re g r a.
2ª Corrente – c o n c o r da c o m a c o r r e n t e an te r i o r, m as en te n de q ue, na d ú v i d a, o j u i z 
de ve rá q ues t i o na r o ré u e seu de f e ns o r, so b re q ua l l e i de v e r á ap l i c ar.
3ª Corrente – nã o se t ra ta de c o m b i n a r l e i s, e s i m de ap l i c a r pa r te de u m a l e i, v i g e n t e 
ao te m p o d o c r i m e, q ue seq ue r e x i s te m a i s n o o r de na me n t o j u r í d i c o. Se o j u i z de ve 
ap l i c a r t o da u m a l e i q ue nã o e x i s te m a i s, p o r q ue nã o p o de r i a ap l i c a r so me n t e u m a 
pa r te de la (“que m p o de o m a i s, p o de o m e n os”)?
EXE MPLO:
L e i 6368/76 (ant i ga l e i de d r o gas) – ar t. 1 2 (trá f i c o) – pe na m e n o r, p o r é m p r e v ê 
au me n t o de pe na.
L e i 1 1 343/06 (no va l e i de d r o gas) – a r t. 33 (trá f i c o) – pe na m a i o r, se m o au me n t o de 
pe na da l e i an t i ga.
O ré u q ue h o u v esse c o m e t i d o c r i m e na v i g ê n c i a da l e i an t i ga, e es t i v esse sen d o 
j u l g a d o na v i g ê n c i a da l e i n o v a, p o de r i a p os t u l a r a ap l i c a çã o da l e i an t i ga (neste caso, 
m a i s be né f i c a), p o r é m se m o au m e n t o de pe na q ue aq ue la l e i p r e v i a, p o r nã o e x i s t i r 
na l e i n o v a, q ue p r e v ê pe na m a i s g r a v osa...
OBS: o N o v o C ó d i g o Pena l t ra rá, e m seu ar t. 2º, §2º, pe r m i ssão e x p r essa pa ra o j u i z 
c o m b i n a r as l e i s; en t r e ta n t o esse é, h o j e, u m p os i c i o na me n t o m i n o r i t á r i o e até m es m o 
c o n t r á r i o à su m u l a 50 1/S TJ.
Súmula 501/STJ: é ca b í v e l a ap l i c a çã o re t r oa t i v a da L e i 1 1 .343/06, desde 
q ue o res u l t a d o da i n c i d ê n c i a das suas d i s p os i ç ões, na í n t e g r a, se ja m a i s 
f a v o r á v e l ao ré u d o q ue o ad v i n d o da ap l i c a çã o da L e i 6.368/76, sen d o 
v e da da a c o m b i n a çã o de l e i s .
4ª Questão controvertida – Súmula 611/STF
T r a ns i t a da e m j u l g a d o a sen te n ça c o n de na t ó r i a, c o m p e te ao j u í z o das 
e xe c u ç ões a ap l i c a çã o de l e i m a i s be n i g na.
F o i ne cessá r i o q ue o S T F su m u l asse so b r e esta m a t é r i a, apesa r d o ar t. 66, i n c i s o I, da 
L e i de E x e c u ç ões Pena is (Le i 72 10/84), d i ze r e xa t a me n te a m es ma c o i sa, p o i s, sen d o 
an te r i o r à p r o m u l g a çã o da C F/88, ha v i a q ue m q ues t i o nasse se a L E P ha v i a s i d o 
r ece p c i o na da pe l a c o ns t i t u i ç ã o o u nã o. O S T F d i sse q ue s i m.
TEORIA DO CRI ME/DELITO/INFRAÇÃO PENAL
INFRAÇÃO PENAL
• C r i m e o u de l i t o
• C o n t r a v e n çã o Pena l
Crime ou delito – pe na de re c l usão/dete n çã o c o m o u se m m u l t a.
Contravenção penal – p r i sã o s i m p l es c o m o u se m m u l t a, o u m u l t a.
CONCEITO ANALÍTICO DE CRI ME (ATÉ 1984)
1. Teoria Causalista
Crime
• f a t o t í p i c o
• i l í c i t o/an t i j u r í d i c o
• c u l p á v e l
2. Teoria Finalista
Bipartida
Crime
• f a t o t í p i c o
• i l í c i t o/an t i j u r í d i c o
N essa teo r i a, a c u l p a b i l i d a de é m e r o p r essu p os t o de ap l i c a çã o da pe na.
Tripartida (após 1984)
Crime
• f a t o t í p i c o
• i l í c i t o/an t i j u r í d i c o
• c u l p á v e l
3. Teoria Constitucionalista do Direito (TCD)
Crime
• f a t o t í p i c o
• i l í c i t o/an t i j u r í d i c o
• p u n í v e l
N e ssa teo r i a, a c u l p a b i l i d a de é m e r o p r essu p os t o de ap l i c a çã o da pe na.
ELE MENTOS DO FATO TÍPICO
Crime Material
ou de Resultado Crime FormalCrime de Mera Conduta
• C o n d u t a 
pe na l
• R es u l t a d o 
Ju r í d i c o
• R es u l t a d o 
na t u ra l í s t i c o
• N e x o ca usa l
• T i p i c i d a de
• C o n d u t a 
pe na l
• R es u l t a d o 
j u r í d i c o
• T i p i c i d a de
• C o n d u t a 
pe na l
• R es u l t a d o 
j u r í d i c o
• T i p i c i d a de
A r t s. 1 2 1 , 1 22, 1 2 3, 1 24, 
1 25, 1 2 6, 1 29, 1 4 6, 1 55, 
1 56, 1 57 C P
A r t s. 1 4 7, 1 58, 1 5 9, 3 1 7, 
333 C P
A r t s. 1 3 5, 1 50, 244, 246 
C P
Crimes materiais ou de resultado - os e le me n t os d o f a t o t í p i c o são a c o n d u t a pe na l, 
o r es u l t a d o j u r í d i c o, res u l t a d o na t u ra l í s t i c o, ne x o ca usa l e a t i p i c i d a de.
Crimes formais - os e le m e n t os d o f a t o t í p i c o são a c o n d u ta pe na l, o res u l t a d o 
j u r í d i c o e a t i p i c i d a de. O res u l t a d o na t u r a l í s t i c o e o ne x o ca usa l e x i s te m, m as nã o são 
r e l e v a n t es.
Crimes de mera conduta - os e le m e n t os d o f a t o t í p i c o são a c o n d u ta pe na l, o 
r es u l t a d o j u r í d i c o e a t i p i c i da de. O res u l t a d o na t u ra l í s t i c o e o ne x o ca usa l nã o 
e x i s te m.
1. CONDUTA PENAL
Pa ra os ca usa l i s tas, c o n d u t a é u m m e r o m o v i m e n t o c o r p o r a l p os i t i v o o u ne ga t i v o, o u 
se ja, ser i a s i m p l es m e n te f a ze r o u de i x a r de f a ze r a l g o.
Pa ra os f i n a l i s tas, c o n d u ta pe na l é m a i s d o q ue i s t o. É p r e c i s o te r v o n t a de, f i n a l i da de, 
e x t e r i o r i z a çã o e c o nsc i ê n c i a.
Hipóteses de ausência de conduta
• a t os i n c o ns c i e n t es
• a t os re f l e x os
• cas o f o r t u i t o / e ve n t o da na t u re za
• f o r ç a m a i o r o u c oaçã o f í s i ca i r r es i s t í v e l
COAÇÃO
FÍSICA IRRESISTÍVEL exclui a condutaRESISTÍVEL não exclui a 
condutaMORAL IRRESISTÍVELRESISTÍVEL
OBS: C o a çã o m o r a l p o de ser p o r f o r ça f í s i c a o u p o r g r a v e a meaça.
Teoria da actio libera in causa - o age n te se c o l o ca p r o p os i t a da me n te e m s i t ua çã o 
de i n i m p u t a b i l i d a de, sen d o q ue a l e i o o b r i g a r i a a f a ze r o u de i x a r de f a ze r a l g o, so b 
pe na de sançã o; q ue m age dessa m a ne i r a nã o e x c l u i a c o n d u ta.
Objeto da conduta
• Objeto jurídico – é o be m j u r í d i c o t u t e l a d o
• Objeto material – é so b re o q ue r eca i a c o n d u ta pe na l
Espécies de conduta
• Comissiva – ação (arts. 1 2 1 , 1 23, 1 55, 1 57, 243 C P)
• Omissiva – o m i ssão
 p u r a, p r ó p r i a o u p r o p r i a m e n te d i t a (arts. 1 35, 244, 246, 269 C P)
 i m p u r a, i m p r ó p r i a o u c o m i ss i v a p o r o m i ssã o (art. 1 33 §2º C P – age n te 
ga ra n t i d o r)
Art. 133 – Código Penal
§ 2º - A o m i ssão é pe na l m e n te r e l e v a n t e q ua n d o o o m i t e n t e de v i a e p o d i a 
ag i r pa ra e v i t a r o res u l t a d o. O de ve r de ag i r i n c u m be a q ue m:
 a) ten ha p o r l e i o b r i g a çã o de c u i d a d o, p r o t e çã o o u v i g i l â n c i a;
 b) de o u t r a f o r m a, assu m i u a res p o nsa b i l i d a de de i m pe d i r o r es u l t a d o;
 c) c o m seu c o m p o r t a m e n t o an te r i o r, c r i o u o r i s c o da o c o r r ê n c i a d o 
res u l t a d o.
Pa ra q ue ha ja c o n d u ta o m i ss i v a i m p u r a, i m p r ó p r i a o u c o m i ss i v a p o r o m i ssão, de v e m 
esta r p r esen t es o D E V E R e o P O D E R de E V I T A R o res u l t a d o. O de ve r enc o n t r a-se 
na n o r m a pe na l; o p o de r de e v i t a r au f e re-se ana l i sa n d o o caso c o n c r e t o.
MACETE: q ua n d o, na desc r i ç ã o n o r m a t i v a da c o n d u t a, h o u v e r a e x p r essão “de i x a r 
de”, a c o n d u ta será o m i ss i v a . Q u a n d o h o u v e r a e x p r essão “de i x a r e m ”, a c o n d u t a se rá 
c o m i ss i v a .
Sujeitos da conduta
• a t i v o
• pass i v o
 i m e d i a t o o u d i r e t o
 m e d i a t o o u i n d i r e t o (sem p re se rá o E s ta d o)
OBS1: o su je i t o a t i v o é aq ue le q ue p r a t i c a a c o n d u ta pe na l, e o su je i t o pass i v o é 
aq ue l e q ue so f r e d i r e ta o u i n d i r e ta m e n te c o m a c o n d u ta pe na l. O E s ta d o é se m p r e o 
su je i t o pass i v o m e d i a t o o u i n d i r e t o, m as p o de rá se r ta m bé m i m e d i a t o o u d i r e t o, c o m o 
p o r e xe m p l o, n os c r i m es c o n t r a a o r de m p ú b l i c a (arts 3 1 2 e seg u i n t es d o C ó d i g o 
Pena l).
OBS2: o su je i t o pass i v o i m e d i a t o p o de ser i n de te r m i n á v e l, c o m o p o r e xe m p l o, n os 
c r i m es de pe r i g o.
OBS3: q ua n d o o su j e i t o pass i v o i m e d i a t o nã o t i v e r pe rs o na l i da de, c o m o p o r 
e xe m p l o, f a m í l i a, f e t o, e t c, a d o u t r i n a c ha ma de c r i m e v a g o , c o m o p o r e xe m p l o, 
ca l ú n i a c o n t r a os m o r t os (art. 1 38 §2º C P), v i l i p ê n d i o de ca dá ve r (art. 2 1 2 C P), ab o r t o 
(arts. 1 24, 1 25, 1 26 C P), su b t r a çã o de ca dá ve r (art. 2 1 1 C P)
OBS4: é d i s c u t í v e l a res p o nsab i l i d a de pe na l da pessoa j u r í d i c a, m es m o esta n d o 
e x p r essa na C R F B (arts. 1 73 §5º e 225 §3º) q ue a pessoa j u r í d i c a r es p o n de 
c r i m i n a l m e n te p o r c r i m e c o n t r a o s is te m a f i n a n ce i r o e t r i b u t á r i o e p o r c r i m e 
a m b i e n t a l, sen d o q ue este ú l t i m o j á te m a res p o nsa b i l i d a de da pessoa j u r í d i c a 
r e g u l a m e n t a da pe l a L e i A m b i e n t a l (Le i 9605/98). (faze r pes q u i sa so b re a c o n t r o v é rs i a 
ac i m a pa ra A V 2)
OBS5: se a n o r m a pe na l nã o e x i g i r q ua l i da de espec í f i c a pa ra o su je i t o a t i v o, se rá u m 
c r i m e c o m u m, o u se ja, q ue p o de ser p r a t i c a d o p o r q ua l q ue r pess oa; caso a n o r m a 
e x i j a q ua l i d a de espec í f i c a, c o m o p o r e xe m p l o, se r f u n c i o ná r i o p ú b l i c o, ges ta n t e, se r 
t es te m u n h a, se r m ãe, et c, se rá c r i m e p r ó p r i o o u de m ã o p r ó p r i a. O c r i m e p r ó p r i o 
ad m i t e t o das as f o r m as de c o n c u r s o de pessoas, j á o de m ã o p r ó p r i a nã o.
MACETE: t o d o c r i m e o m i ss i v o p u r o é de m e ra c o n d u ta.
2. RESULTADO
• Jurídico – l esão o u a meaça de l esão a u m be m j u r í d i c o t u te l a d o.
• Naturalístico – é a m o d i f i c a çã o p r o d u z i da n o m u n d o e x t e r i o r pe l a 
c o n d u t a.
N e m t o d o c r i m e te m res u l t a d o na t u ra l í s t i c o, m as t o d o c r i m e te m res u l t a d o j u r í d i c o. 
Se nã o h o u v e r res u l t a d o j u r í d i c o, nã o e x i s te c r i m e. P o r e xe m p l o, u m a m ãe q ue de i x a 
u m re cé m-nasc i d o e m casa, p r a f a ze r c o m p r as e, q ua n d o v o l t a, na da ac o n te ce u c o m a 
c r i a n ça. N ã o h o u v e r es u l t a d o na t u ra l í s t i c o, o u se ja, na da ac o n te ce u n o m u n d o 
e x t e r i o r, a rea l i da de m a t e r i a l nã o f o i m o d i f i c a da, u m a v e z q ue na da ac o n te ce u c o m a 
c r i a n ça. T o da v i a, e la c o m e t e u c r i m e de m e r a c o n d u ta, p o i shá res u l t a d o j u r í d i c o, q ue 
é te r aba n d o na d o o seu f i l h o, c o m a f i n a l i d a de de f a ze r c o m p r as.
3. NEXO CAUSAL
• É o l i a m e en t r e a c o n d u ta pe na l e o res u l t a d o na t u r a l í s t i c o.
• C a p u t d o ar t. 1 3 C P – teo r i a da eq u i v a l ê n c i a d os an tece de n tes, o u teo r i a 
da c o n d i t i o s i ne q ua n o n – “Ju í z o H i p o t é t i c o de E l i m i n a çã o ”.
• C o n ca usa (causa c o n c o m i t a n t e) – i n t e r f e r ê n c i a en t r e a c o n d u t a pe na l e o 
res u l t a d o na t u r a l í s t i c o.
CONCAUSA
ABSOLUTAMEN
TE
INDEPENDENT
E
PREEXISTENTE
ROMPE O
NEXO CAUSAL
CONCOMITANT
E
SUPERVENIENT
E
RELATIVAMEN
TE
INDEPENDENT
E
PREEXISTENTE NÃO ROMPE O
NEXO CAUSALCONCOMITANTE
SUPERVENIENT
E
PRÓXI MA 
PERGUNTA
POR SI SÓ, A CONCAUSA DEU CAUSA AO RESULTADO 
NATURALÍSTICO?
SIM ROMPE O NEXO CAUSAL
NÃO NÃO ROMPE O NEXO CAUSAL
4. TIPICIDADE
a) F o r m a l o u L e g a l
b) M a t e r i a l o u S u bs t a n c i a l
c) C o n g l o ba n t e
a) Tipicidade Formal ou Legal
Princípio da Legalidade – é a ade q uaçã o da c o n d u t a ao t i p o pe na l i n c r i m i n a d o r.
Adequação típica – p o de ser de su b o r d i n a çã o d i r e t a, i m e d i a t a o u de su b o r d i n a çã o 
m e d i a t a, i n d i r e t a .
A d e q ua çã o t í p i c a de su b o r d i na çã o d i r e t a o u i m e d i a t a é q ua n d o a c o n d u t a é 
pe r f e i t a m e n te ade q ua da ao t i p o pe na l, de m a ne i r a d i r e t a, se m p r e c i sa r r ec o r r e r a 
ne n h u m a o u t r a n o r m a, c o m o p o r e xe m p l o, e m “Joã o m a t a M a r i a”, a c o n d u t a é 
ade q ua da d i r e ta m e n te ao ar t. 1 2 1 d o C P: “ ma ta r a l g ué m ”.
A d e q ua çã o t í p i c a i n d i r e ta o u m e d i a ta é aq ue l a q ue é f e i t a c o m o au x í l i o de o u t r a 
n o r m a, c o m o p o r e xe m p l o, e m “Joã o ten t a m a t a r M a r i a”, nã o é p oss í v e l ade q ua r 
d i r e t a me n te ao t i p o d o ar t. 1 2 1 d o CP, o n de nã o c o ns ta o n ú c l e o “ te n ta r m a t a r”. 
C o m o, pe l o p r i n c í p i o da l e ga l i d a de st r i c t o sensu , a l e i de v e desc re v e r a c o n d u t a c o m 
o m a i o r n ú m e r o de de ta l h es p oss í v e l, nã o ser i a p oss í v e l i n c r i m i n a r Joã o pe l o 1 2 1 , 
se m an tes re c o r r e r ao ar t. 1 4, i n c i s o I I d o CP, q ue desc re v e o i ns t i t u t o da ten t a t i v a. A 
su b o r d i na çã o é i n d i r e ta o u m e d i a t a (é f e i t a u m a “ me d i a çã o” d o a r t. 1 2 1 pe l o a r t. 1 4 
i n c I I , a m b os d o CP.
Tipo Penal Incriminador : Descreve a conduta penal
Elementos do Tipo Penal:
• núcleo (verbo) – i n d i c a a açã o o u o m i ssão d o age n te
• objeto material – so b re o q ue re ca i a c o n d u t a d o age n te
• referências subjetivas – e x i g i r q ua l i d a des espec í f i c as pa ra o su je i t o 
a t i v o e/ou pass i v o
• referências objetivas – e x i g i r, te m p o, l u ga r, m o d o de e xe c u çã o, e t c, 
espa c í f i c o s
• especial fim de agir (dolo específico) – t o d o t i p o pe na l c o m d o l o 
espe c í f i c o é c r i m e f o r m a l
Tipo Penal Fundamental – é o q ue desc re v e os e le m e n t os essen c i a i s da o f e nsa ao 
be m j u r í d i c o t u t e l a d o. N o r m a l m e n te es tá n o ca p u t.
Tipo Penal Derivado – é o q ue te n d o c o ne xã o c o m o f u n da me n ta l espe c i f i c a 
pe c u l i a r i d a des nã o p r e v i s tas n o f u n da me n ta l. N o r m a l m e n t e es tá n os pa rá g r a f os.
QUALIFICAD
ORA
MAJORANTE,
OU CAUSA DE 
AUMENTO DE 
PENA
M INORANTE,
CAUSA DE 
DIM INUIÇÃO 
DE PENA, OU 
PRIVILÉGIO
AUTÔNOMA EQUIPARADA
pe na m a i o r q ue a 
f u n da me n t a l
a u m e n t o de pe na 
e m f r a çã o d o t i p o 
f u n da m e n ta l
d i m i n u i çã o de 
pe na, e m f r a çã o d o 
t i p o f u n da m e n t a l
p e na d i f e re n te da 
desc r i t a n o t i p o 
p r i n c i pa l
p e na i g ua l à d o 
t i p o p r i n c i pa l
Agravantes e Atenuantes – são au me n t os e d i m i n u i ç ões da pe na, se m q ua n t i t a t i v o 
de f i n i d o pe l a n o r m a. São de f i n i d os pe l a d i s c r i c i o na r i e da de d o m a g i s t r a d o.
OBS: q ua n d o o t i p o pe na l e x i g i r u m m o d us o pe r a n d i espec í f i c o, será u m c r i m e de 
f o r m a v i n c u l a da ; e m caso c o n t r á r i o, será c r i m e de f o r m a l i v r e .
Tipicidade conglobante – de ac o r d o c o m essa te o r i a, o f a t o t í p i c o p r ess u p õe q ue a 
c o n d u t a este j a p r o i b i d a n o o r de na me n t o j u r í d i c o c o m o u m t o d o. O D i r e i t o é u n o, nã o 
e x i s t i n d o v á r i os D i r e i t os. N ã o i m p o r t a o ra m o d o D i r e i t o, se u m f a t o é pe r m i t i d o 
e x p r essa me n te, nã o p o de ser t í p i c o. D essa f o r m a, o e x c l u de n t e de i l i c i t u de se r i a, na 
v e r da de, e x c l u de n t e da p r ó p r i a t i p i c i da de, p o i s nã o se p o de t r a ta r c o m o f a t o t í p i c o 
(cr i m e) o q ue a l e i e x p r essa me n te au t o r i z a.
OBS: o e le m e n t o m a t e r i a l da t i p i c i d a de re q ue r aná l i se d os p r i n c í p i os n o r t ead o r es d o 
d i r e i t o pe na l. P o r t a n t o, o p r i n c í p i o da i ns i g n i f i c â n c i a, da ade q uaçã o soc i a l, da 
su bs i d i a r i e da de d o d i r e i t o pe na l, e t c, e x c l ue m a t i p i c i da de, nã o a f o r m a l, m as a 
m a t e r i a l o u su bs ta n c i a l. P o r i ss o, nã o há c r i m e.
Elemento subjetivo do tipo: DOLO e CULPA
A culpa é excepcional (art. 18, p. único CP)
Princípio da excepcionalidade dos tipos penais culposos
Art. 18 CP
Pa rá g r a f o ú n i c o - Sa l v o os casos e x p r ess os e m le i, n i n g ué m p o de se r 
p u n i d o p o r f a t o p r e v i s t o c o m o c r i m e, senã o q ua n d o o p r a t i c a d o l osa me n te.
Espécies de dolo (art. 18, I do CP):
• d o l o d i r e t o (art. 1 8, I, 1 ª pa r t e, C P) – ad o t o u a te o r i a da v o n t a de.
• d o l o i n d i r e t o o u e ve n t ua l (art. 1 8, I, 2ª pa r te, C P) – ad o t o u a te o r i a d o 
assen t i m e n t o.
Art. 18 CP
I - d o l os o, q ua n d o o age n te q u i s o r es u l t a d o o u assu m i u o r i s c o de p r o d u z i-
l o ;
Dolo de dano e dolo de perigo – d o l o de da n o é a v o n t a de de p r o d u z i r a l esão ao 
be m j u r í d i c o t u t e l a d o, en q ua n t o q ue d o l o de pe r i g o é a v o n t a de de e x p o r o be m 
j u r í d i c o a pe r i g o.
Dolo de 1º grau e dolo de 2º grau – d o l o d i r e t o de 1 º g r a u é a v o n t a de de p r o d u z i r a 
l esão ao be m j u r í d i c o, e m p r e ga n d o os m e i os necessá r i os, en q ua n t o d o l o d i r e t o de 2º 
g r a u é a v o n t a de de p r o d u z i r a l esão ao be m j u r í d i c o, e m b o r a, na p r á t i c a se te n ha 
c o m o ce r t o o u t r oas l es ões, c o m o “e fe i t os c o l a t e ra i s”.
Espécies de culpa (art. 18, I I, CP):
• c u l p a i n c o ns c i e n t e o u se m p re v i são
• c u l p a c o nsc i e n t e o u c o m p re v i sã o
• c u l p a i m p r ó p r i a (art. 20, ca p u t e § 1 º e ar t. 74, C P)
ELE MENTOS DO TIPO PENAL CULPOSO
1 . c o n d u t a v ol u n t á r i a
2. r es u l t a d o i n v o l u n t á r i o
3. ne x o ca usa l
4. t i p i c i da de
5. p r e v i s i b i l i d a de
6. ausê n c i a de p r e v i sã o, sa l v o na c u l p a c o ns c i e n t e
7. q ue b ra d o de ve r o b j e t i v o de c u i da d o, pe l a i m p r u dê n c i a, ne g l i g ê n c i a o u 
i m p e r í c i a.
Culpa Consciente x Dolo Eventual – e m a m b os, res u l t a d o é p r e v i s í v e l, nã o 
dese ja d o e e v i t á v e l; en t r e ta n t o, n o d o l o e ve n t ua l, o su j e i t o nã o se i m p o r t a, o u se ja, e le 
ace i t a o res u l t a d o c o m o p oss í v e l, en q ua n t o na c u l pa c o ns c i e n t e ac re d i t a q ue 
c o nseg u i r á e v i t á-l o.
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA (art. 14 CP)
ITER CRI M INIS
1 2 3 4
COGITAT
IO
ATOS 
PREPARATÓRIOS
INÍCIO DA 
EXECUÇÃO
CONSUMAÇ
ÃO
O i n í c i o da e xe c u çã o c o r r es p o n de ao i n í c i o da e xe c u çã o d o n ú c l e o (ver b o) d o t i p o.
TENTATIVA – é o f r a c i o na m e n t o d o i t e r c r i m i n i s . Q u a n t o m a i s pe r t o o age n te 
c he g o u da c o ns u m a çã o, m e n o r a re d u çã o de pe na. E m c o nse q uê n c i a, q ua n t o m a i s 
l o n ge da c o ns u ma çã o, m a i o r a r e d u çã o de pe na.
CRI MES 
MATERIAIS
OU DE 
RESULTADO
o r es u l t a d o na t u r a l í s t i c o ac o n t ece na f ase de c o ns u m a çã o.
CRI MES 
FORMAIS
o r es u l t a d o na t u r a l í s t i c o ac o n t ece ap ós a c o ns u m a çã o, 
sen d o m e r o e xa u r i m e n t o d o c r i m e.
CRI MES DE
MERA CONDUTA
a c o ns u ma çã o se dá n o i n í c i o da e xe c u çã o, e nã o há 
res u l t a d o na t u r a l í s t i c o.
ESPÉCIES DE TENTATIVA
PERFEITA d i z-se q ue a te n t a t i v a é pe r f e i t a q ua n d o são p r a t i ca d os t o d os os 
at os e xe c u t ó r i os dese ja d os.
I MPERFEIT
A
q ua n d o nã o são p r a t i ca d os t o d os os at os e xe c u t ó r i os dese ja d os, p o r 
m o t i v o s a l he i os à v o n t a de d o age n te.
Ambas as espécies, perfeita e imperfeita, podem ser classificadas ainda como:
 cruenta ou vermelha - aq ue l a q ue de i x a l esão na v í t i m a.
 incruenta ou branca - aq ue l a q ue nã o de i x a l esão na v í t i m a.
INFRAÇÕES PENAIS QUE NÃO ADMITE M TENTATIVA
1. Crimes de mera conduta.
2. Crimes omissivos puros, próprios ou propriamente ditos (“deixar de”).
3. Contravenções penais (art. 4º DL 3688/41 – Lei de Contravenções Penais).
4. Crimes habituais – q ue e x i g e m f r e q uê n c i a na c o n d u ta (ex: a r ts. 282, 229, 284 
C P).
5. Crimes de atentado – q ua n d o a te n ta t i v a é n ú c l e o d o t i p o (art. 352 C P).
6. Crimes culposos, salvo na culpa imprópria, ou comissiva por omissão.
7. Crimes unisubsistentes ou monossubsistentes – u m ú n i c o at o (art. 1 40 C P).
8. Crimes preterdolosos, ou preterintencionais.
CRI MES QUALIFICADOS PELO RESULTADO
DOLO + DOLO (art. 1 29 §2º, I I I , d o C P)
CULPA + CULPA (art. 258, 2ªpa r te, d o C P)
CULPA + DOLO (art. 303, p. ú n i c o, d o C T B)
DOLO + CULPA (art. 1 29, §3º, d o C P) – CRI ME PRETERDOLOSO
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDI MENTO EFICAZ
Código Penal
A r t. 1 5 - O age n te q ue, v o l u n t a r i a m e n te, des is te de p r osseg u i r na e xe c u çã o 
o u i m pe de q ue o res u l t a d o se p r o d u za , só r es p o n de pe l os at os j á p r a t i ca d os.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA – O age n te q ue, v o l u n t a r i a m e n te, des is te de 
p r osseg u i r na e xe c u çã o, só res p o n de pe l os at os p r a t i c a d os.
ARREPENDI MENTO EFICAZ – O age n te q ue, v o l u n t a r i a m e n te, i m p e de q ue o 
res u l t a d o se p r o d u za, só res p o n de pe l os at os p r a t i ca d os.
Conhecido pela doutrina como “Ponte de Ouro” ou “Tentativa Qualificada”.
TENTATIVA PERFEITA x ARREPENDIMENTO EFICAZ
TENTATIVA I MPERFEITA x DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
MOTIVOS ALHEIOS AO 
AGENTE
Causa de Diminuição de Pena
VONTADE PRÓPRIA DO 
AGENTE
Responde Pelos Atos Praticados
ARREPENDI MENTO POSTERIOR (art. 16 CP)
• S E M V I O L Ê N C I A À P ESS O A
• A N T E S D O R E C E B I M E N T O D A D E N Ú N C I A O U Q U E I X A
• A T O V O L U N T Á R I O
CONSEQUÊNCIA: m i n o r a n t e, ca usa de d i m i n u i ç ã o de pe na o u p r i v i l é g i o.
DENÚNCIA E QUEIXA – at os q ue dã o i n í c i o à ação pe na l.
Q u a n d o u m rec l a m a n te v a i à de l e ga c i a de p o l í c i a, f a z n o t i t i a c r i m i n i s , de l a t i o 
c r i m i n i s , r e g is t r o de o c o r r ê n c i a o u b o l e t i m de o c o r r ê n c i a.
CRI ME I MPOSSÍVEL, QUASE CRI ME, TENTATIVA INÓCUA
Código Penal
A r t. 1 7 - N ã o se p u ne a te n ta t i v a q ua n d o, p o r i ne f i c á c i a abso l u t a d o m e i o 
o u p o r abs o l u t a i m p r o p r i e da de d o o b j e t o, é i m p oss í v e l c o ns u ma r-se o 
c r i m e.
ERRO DE TIPO
ABERRATIO CAUSAE – q ua n d o o res u l t a d o p r e t e n d i d o v e i o p o r u m a ca usa nã o 
c o g i t a da. O age n te res p o n de pe l o d o l o ge ra l, o u se ja, pe l o q ue p r e te n d i a f a zer. P o r 
e xe m p l o, o age n te p r e te n d i a m a t a r a v í t i m a a f o ga da e a j o ga da p o n t e R i o-N i t e r o i, só 
q ue e la ba te c o m a ca beça e m o r r e de t ra u m a t i s m o c r a n i a n o. O age n te res p o n de rá p o r 
h o m i c í d i o d o l o s o p o r a f o ga m e n t o.
ERRO DE TIPO ESSENCIAL – q ua n d o a f a l sa pe r ce p çã o da rea l i da de f a z c o m q ue 
o age n te desc o n heça a na t u re za c r i m i n osa da c o n d u t a. P o r e xe m p l o, a t i r a n u m a 
pessoa, ac ha n d o t r a ta r-se de u m an i m a l.
INEVITÁVEL, 
INVENCÍVEL
OU ESCUSÁVEL
q ua n d o o en ga n o nã o p o de r i a se r e v i t a d o pe l o c u i d a d o 
o b j e t i v o d o age n te, o u se ja, q ua l q ue r pess oa i n c o r r e r i a 
n o m es m o e r r o; e x c l u i o d o l o e a c u l pa .
EVITÁVEL, 
VENCÍVEL
OU INESCUSÁVEL
q ua n d o o en ga n o p o de r i a te r s i d o e v i t a d o pe l o c u i d a d o 
o b j e t i v o; u m a pessoa m e d i a na nã o c o m e te r i a o er r o; 
e x c l u i o d o l o , m as nã o a c u l p a .
ERRO DE TIPO PERMISSIVO OU SUI GENERIS – q ua n d o o age n te p r a t i ca a 
c o n d u t a ac re d i t a n d o es ta r c o be r t o p o r a l g u m e x c l u de n t e de i l i c i t u d e d o ar t. 23 d o CP, 
q ua is se ja m o es ta d o de ne cess i da de, a l e g í t i m a de f esa, o est r i t o c u m p r i m e n t o d o 
de ve r l e ga l o u e xe r c í c i o r e g u l a r de d i r e i t o, m as nã o está. P o r e xe m p l o, q ue m m a t a 
a l g ué m, ac re d i t a n d o q ue essa pessoa esta r i a l h e ap o n ta n d o u m a ar m a de f o g o, m as 
e ra, na v e r da de, u m a ar m a de b r i n q ue d o.
INEVITÁVEL, 
INVENCÍVEL
OU ESCUSÁVEL
q ua n d o o en ga n o nã o p o de r i a se r e v i t a d o pe l o c u i d a d o 
o b j e t i v o d o age n te, o u se ja, q ua l q ue r pess oa i n c o r r e r i a 
n o m es m o e r r o; e x c l u i o d o l o e a c u l pa .
EVITÁVEL, 
VENCÍVEL
OU INESCUSÁVEL
q ua n d o o en ga n o p o de r i a te r s i d o e v i t a d o pe l o c u i d a d o 
o b j e t i v o; u m a pessoa m e d i a na nã o c o m e te r i a o er r o; 
e x c l u i o d o l o , m as nã o a c u l p a .
ABERRATIO PERSONAE (art. 20, §3º CP) – q ua n d o o age n te p r a t i c a u m c r i m e 
c o n t r a u m a pessoa, ac re d i t a n do es ta r p r a t i ca n d o c o n t r a o u t r a. P o r e xe m p l o, m a t a u m 
pa d re, ac re d i t a n d o esta r m a t a n d o u m p o l i c i a l. N ã o i sen t a da pe na. São c o ns i de ra das 
as q ua l i d a des da v í t i m a p r e te n d i d a, e nã o da q ue so f r e u a açã o c r i m i n osa.
ABERRATIO ICTUS OU ERRO NA EXECUÇÃO (art. 73 CP) – q ua n d o o 
age n te, p o r e r r o na e xe c u çã o d o c r i m e, at i n ge pessoa d i f e r e n t e da p r e te n d i d a. N ã o 
i se n t a da pe na. R es p o n de c o m o se h o u v esse at i n g i d o a q ue p r e te n d i a i n i c i a l m e n t e.
T a n t o e m abe r r a t i o pe rs o nae, c o m o e m abe r r a t i o i c t us , i g ua l m e n te nã o se p u ne a 
te n ta t i v a b r a n ca o u i n c r u e n t a.
DA ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
Se r c o n t r á r i o ao o r de na me n t o j u r í d i c o.
EXCLUDENTES DE IL IC ITUDE
A) SUPRALEGAL – CONSENTIMENTO DO OFENDIDO
Requisitos objetivos:
 ca pa c i da de pa r a c o nse n t i r
 o f a t o t í p i c o te r s i d o p r a t i ca d o n os l i m i t es d o c o nsen t i m e n t o
 o be m j u r í d i c o t u t e l a d o ser d i s p o n í v e l
Requisito subjetivo – te r c o n hec i m e n t o da p r esen ça d os r e q u i s i t os o b j e t i v o s.
OBS: e x ce p c i o na l m e n t e o c o nse n t i m e n t o p o de rá e x c l u i r a t i p i c i d a de f o r m a l.
B) EXCLUDENTES LEGAIS (Art. 23 CP)
ESTADO DE NECESSIDADE (Art. 24 CP)
 Justificante – e x c l u i a i l i c i t u d e
 Exculpante – e x c l u i a c u l p a b i l i d a de
Requisitos objetivos (art. 24 caput CP):
 pe r i g o at ua l
 nã o p r o v o ca çã o d o pe r i g o
 r a z oa b i l i d a de n o sac r i f í c i o d o be m j u r í d i c o
Requisito subjetivo – te r c o n hec i m e n t o da p r esen ça d os r e q u i s i t os o b j e t i v o s.
Art. 24 CP
§ 1 º - N ã o p o de a le ga r esta d o de ne cess i da de q ue m t i n ha o de v e r l e ga l de 
en f r e n t a r o pe r i g o.
§ 2º - E m b o r a se ja ra z oá ve l e x i g i r-se o sac r i f í c i o d o d i r e i t o a meaça d o, a 
pe na p o de r á ser r e d u z i da de u m a d o i s te r ç os.
LEGÍTI MA DEFESA (Art. 25 CP)
Requisitos Objetivos:
 ag ressão i n j u s ta a t ua l o u i m i n e n t e
 us o m o d e r a d o d os m e i os necessá r i os
Requisito subjetivo – te r c o n hec i m e n t o da p r esen ça d os r e q u i s i t os o b j e t i v o s.
OBS: nã o ca be l e g í t i m a de f esa c o n t r a ag ressão c o be r ta p o r e x c l u de n t e de i l i c i t u d e, 
sa l v o q ua n d o é p u t a t i v a (imag i ná r i a) o u há e x cesso.
ESTRITO CUMPRI MENTO DO DEVER LEGAL (Art. 23, I I I, 1ª parte CP)
Requisito objetivo – de ve r l e ga l.
Requisito subjetivo – te r c o n hec i m e n t o da p r esen ça d o re q u i s i t o o b j e t i v o.
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO (Art. 23, I I I, 2ª parte CP)
Requisito objetivo – d i r e i t o.
Requisito subjetivo – te r c o n hec i m e n t o da p r esen ça d o re q u i s i t o o b j e t i v o.
OBS: OFENDÍCULAS, OU DEFESAS MECÂNICAS PREDISPOSTAS – são 
f o r m as de de f esa de be ns j u r í d i c os. N o r m a l m e n t e são u t i l i z a das na de f esa da 
p r o p r i e da de, c o m o p o r e xe m p l o, ce r ca e lé t r i ca, a ra m e f a r pa d o, p o n t a de l a n ça, ca c o 
de v i d r o, ca c h o r r o, a r m a d i l has, e t c.
Q u a n d o a o f e n d í c u l a, o u o f e nsác u l o, q ua n d o é au t o r i z a d o, r e g u l a m e n t a d o, c o ns t i t u i 
e xe r c í c i o re g u l a r de d i r e i t o. P o r t a n t o, m es m o q ue at i n j a te r ce i r o i n o ce n t e, nã o ha ve r á 
c r i m e.
E n t r e ta n t o, sen d o desau t o r i z a d o, nã o re g u l a m e n ta d o, p r o i b i d a, o u se ja, u m a de f esa 
m e câ n i ca p r e d i s p os ta, c o ns t i t u i r á l e g í t i m a de f esa f u t u r a o u p r e o r d e na da e, caso at i n j a 
te r ce i r o i n o c e n t e, será l e g í t i m a de f esa p u ta t i v a e v i t á v e l o u v e n c í v e l, res p o n de n d o o 
au t o r da c o n d u t a a t í t u l o de c u l p a, c o n f o r m e o ar t. 20 § 1 º CP.
Art. 20, §1º, 2ª parte, CP
... Nã o há i se n çã o de pe na q ua n d o o e r r o de r i v a de c u l pa e o f a t o é p u n í v e l 
c o m o c r i m e c u l p os o.
CULPABILIDADE
R e p r o v a b i l i d a de é d i f e r e n t e de ca pac i d a de (ci v i l).
ELE MENTOS DA CULPABILIDADE
1. I MPUTABILIDADE
Excludente de imputabilidade (inimputabilidade)
a) Art. 26, caput, CP
 c r i t é r i o b i o ps i c o l ó g i c o
 se m i-i m p u t a b i l i d a de (art. 26, p. ú n i c o, C P)
 abso l v i ç ã o i m p r ó p r i a (med i da de seg u r a n ça é sançã o pe na l)
A r t. 26 - É isen t o de pe na o age n te q ue, p o r d oe n ça m e n t a l o u 
desen v o l v i m e n t o m e n t a l i n c o m p l e t o o u re ta r da d o, e ra, ao te m p o da ação o u 
da o m i ssão, i n t e i r a m e n t e i n ca pa z de en te n de r o ca rá te r i l í c i t o d o f a t o o u de 
de te r m i n a r-se de ac o r d o c o m esse en te n d i m e n t o.
Pa rá g r a f o ú n i c o - A pe na p o de se r r e d u z i da de u m a d o i s te r ç os, se o 
age n te, e m v i r t u de de pe r t u r b a çã o de saú de m e n t a l o u p o r desen v o l v i m e n t o 
m e n t a l i n c o m p l e t o o u r e ta r da d o nã o era i n t e i r a m e n t e ca paz de en te n de r o 
ca rá te r i l í c i t o d o f a t o o u de de te r m i n a r-se de ac o r d o c o m esse 
en te n d i m e n t o.
b) Art. 27 CP
 c r i t é r i o p u r a me n te b i o l ó g i c o
 E C A (Le i 8069/90)
 se m e n o r de 1 2 an os, ne n h u m a m e d i d a é t o ma da
 se m a i o r o u i g ua l a 1 2 an os, m e d i d a sóc i o-ed u ca t i v a (c o n de naçã o 
i m p r ó p r i a)
A r t. 27 - O s m e n o r es de 1 8 (dezo i t o) an os são pe na l m e n t e i n i m p u t á v e is, 
f i c a n d o su j e i t os às n o r m as esta be l e c i d as na l e g i s l a çã o espec i a l.
c) Art. 28, §1º, CP
 o bs: a r t. 28, ca p u t, C P
 i n c i s o I (arts. 1 2 1 , § 1 º e 65, I I I , c, C P)
 i n c i s o I I (teo r i a da ac t i o l i be ra i n ca usa)
A r t. 28 - N ã o e x c l u e m a i m p u t a b i l i d a de pe na l:
I - a e m o çã o o u a pa i x ã o;
I I - a e m b r i a g ue z, v o l u n t á r i a o u c u l p osa, pe l o á l c o o l o u su bs tâ n c i a de 
e fe i t os aná l o g os.
§ 1 º - É ise n t o de pe na o age n te q ue, p o r e m b r i a g ue z c o m p l e t a, p r o v e n i e n t e 
de caso f o r t u i t o o u f o r ça m a i o r, e ra, ao te m p o da açã o o u da o m i ssã o, 
i n t e i r a m e n te i n ca pa z de en te n de r o ca rá te r i l í c i t o d o f a t o o u de de te r m i n a r-
se de ac o r d o c o m esse en te n d i m e n t o.
A r t . 1 2 1
§ 1 º Se o age n te c o m e te o c r i m e i m pe l i d o p o r m o t i v o de re l e v a n t e v a l o r 
so c i a l o u m o r a l, o u so b o d o m í n i o de v i o l e n t a e m o çã o, l o g o e m seg u i d a a 
i n j us ta p r o v o c a çã o da v í t i m a , o j u i z p o de re d u z i r a pe na de u m se x t o a u m 
te r ç o.
A r t . 65 - São c i r c u ns tâ n c i as q ue se m p r e ate n ua m a pe na:
I I I - te r o age n te:
c) c o m e t i d o o c r i m e so b c oaçã o a q ue p o d i a r es i s t i r, o u e m c u m p r i m e n t o de 
o r de m de au t o r i d a de su pe r i o r, o u so b a i n f lu ê n c i a de v i o l e n t a e m o çã o, 
p r o v o c a da p o r a t o i n j u s t o da v í t i m a ;
ESPÉCIES DE EMBRIAGUEZ
 v o l u n t á r i a o u d o l osa (art. 28 C P)
 c u l p osa (art. 28 C P)
 pa t o l ó g i c a (art. 26 C P)
 p r e o r de na da (art. 6 1, I I , l, C P)
 p o r caso f o r t u i t o o u f o r ça m a i o r (art. 28 §§ 1 º e 2º, C P)
A r t. 6 1 - São c i r c u ns tâ n c i as q ue se m p r e ag r a v a m a pe na, q ua n d o nã o 
c o ns t i t ue m o u q ua l i f i c a m o c r i m e:
I I - te r o age n te c o m e t i d o o c r i m e: 
l) e m esta d o de e m b r i a g ue z p r e o r de na da.
2. POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA IL IC ITUDE
 E x c l u de n t e: e r r o de p r o i b i ç ã o i ne v i t á v e l o u esc usá ve l
ERRO DE DIREITO x ERRO DE PROIBIÇÃO
a r t. 2 1, ca p u t, 1 ª pa r te, C P
c/c
a r t. 65, I I , C P
EVITÁVEL INEVITÁVEL
a r t. 2 1, ca p u t,
3ª pa r te, C P
a r t. 2 1, ca p u t,
2ª pa r te, C P
A r t. 2 1 - O desc o n he c i m e n t o da l e i é i n esc usá ve l. O e r r o so b r e a i l i c i t u d e 
d o f a t o, se i n e v i t á v e l, i se n t a de pe na ; se e v i t á v e l, p o de r á d i m i n u í-l a de u m 
se x t o a u m te r ç o .
A r t . 65 - São c i r c u ns tâ n c i as q ue se m p r e ate n ua m a pe na:
I I - o desc o n hec i m e n t o da l e i;
ERRO DE PROIBIÇÃO x ERRO DE TIPO
o age n te sabe o q ue f a z,
m as ac ha q ue p o de f a zer.
o age n te nã o sabe o q ue f a z.
i n c i de na c u l p a b i l i d a de,
p o de n d o e x c l u i r a p o t e n c i a l
c o ns c i ê n c i a da i l i c i t u d e
i n c i de na t i p i c i d a de,
p o de n d o e x c l u i r o d o l o e a c u l p a
SEMI-I MPUTÁVEL – art. 26, p. único, CP
CONDENAÇÃO
PENA COM M INORANTE
OU
MEDIDA DE SEGURANÇA
A r t. 28, §2º C P - A pe na p o de ser 
r e d u z i da de u m a d o i s te r ç os, se o 
age n te, p o r e m b r i a g ue z, p r o v e n i e n t e 
de caso f o r t u i t o o u f o r ça m a i o r, nã o 
p ossu í a, ao te m p o da ação o u da 
o m i ssão, a p l e na ca pac i d a de de 
en te n de r o ca rá te r i l í c i t o d o f a t o o u de 
de te r m i n a r-se de ac o r d o c o m esse 
en te n d i m e n t o.
O c ó d i g o pe na l so me n te p r e v ê pe nas 
p r i v a t i v as de l i b e r da de, res t r i t i v as de 
d i r e i t o, e m u l t a.
D e ssa f o r m a, o age n te p o de rá se r 
c o n de na d o, p o r é m, c o m o a m e d i d a 
de seg u ra n ça nã o é sançã o pe na l, 
f i c a rá se m a pe na.
SISTEMA VICARIANTE (DE SUBSTITUIÇÃO)
3. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
Hipóteses de Inexigibilidade de Conduta Diversa
a) Coação moral irresistível
COAÇÃO
FÍSICA
IRRESISTÍV
EL
e x c l u i a c o n d u t a
e x c l u i o f a t o t í p i c o.
RESISTÍVEL nã o e x c l u i a c o n d u t a
a te n ua a pe na.
MORA
L
IRRESISTÍV
EL
e x c l u i a c u l pa b i l i d a de,
p o r i ne x i g i b i l i d a de de c o n d u ta d i v e rsa.
RESISTÍVEL nã o e x c l u i a c u l p a b i l i d a de
a te n ua a pe na.
b) Obediência hierárquica (art. 22, 2ª e 3ª partes, CP)
SUPERIOR + SUBORDINADO + ORDEM ILEGAL, APARENTEMENTE 
LEGAL
H i e r a r q u i a é re l a çã o de d i r e i t o p ú b l i c o ; e m d i r e i t o p r i v a d o, te m-se ascen dê n c i a.
ORDEM LEGAL ORDE M ILEGALAparentemente Legal Manifestamente Ilegal
A r t. 23, I I I , C P A r t. 22, 2ª e 3ª pa r t es, C P A r t. 65, I I I , c, 2ª pa r te, C P
A r t. 23 - N ã o há c r i m e q ua n d o o age n te p r a t i c a o f a t o:
I I I - e m est r i t o c u m p r i m e n t o de de v e r l e ga l o u n o e xe r c í c i o re g u l a r de 
d i r e i t o.
A r t . 22 - Se o f a t o é c o m e t i d o.../...em est r i t a o be d i ê n c i a a o r de m, nã o 
m a n i f es ta m e n te i l e ga l, de su pe r i o r h i e r á r q u i c o, só é p u n í v e l o au t o r da 
c oaçã o o u da o r de m.
A r t. 65 - São c i r c u ns tâ n c i as q ue se m p r e ate n ua m a pe na:
I I I - te r o age n te:
c)...e m c u m p r i m e n t o de o r de m de au t o r i da de su pe r i o r...
c) Estado de necessidade exculpante
A r t. 24 - C o ns i d e ra-se e m es ta d o de ne cess i da de q ue m p r a t i ca o f a t o pa ra 
sa l v a r de pe r i g o at ua l, q ue nã o p r o v o c o u p o r sua v o n t a de, ne m p o d i a de 
o u t r o m o d o e v i t ar, d i r e i t o p r ó p r i o o u a l he i o, c u j o sac r i f í c i o, nas 
c i r c u ns tâ n c i as, nã o era ra z oá ve l e x i g i r-se.
§ 1 º - N ã o p o de a le ga r esta d o de ne cess i da de q ue m t i n ha o de v e r l e ga l de 
en f r e n t a r o pe r i g o.
§ 2º - E m b o r a se ja ra z oá ve l e x i g i r-se o sac r i f í c i o d o d i r e i t o a meaça d o, a 
pe na p o de r á ser r e d u z i da de u m a d o i s te r ç os.
A m a i o r pa r t e da d o u t r i na en te n de q ue n o ca p u t d o ar t. 24 d o CP está p r esen te ape nas 
o es ta d o de necess i da de j us t i f i c a n t e , o u se ja, aq ue le e m q ue, c o n f o r m e a m á x i m a de 
N i c o l a u M a q u i a v e l, “o f i m j us t i f i c a os m e i os ”, de n t r o d o q ue o l e g i s l a d o r c ha m o u de 
sac r i f í c i o ra z oá ve l d o be m j u r í d i c o, nas c i r c u ns t â n c i as e m q ues tã o.
T o da v i a, e x i s te ta m bé m u m pe nsa me n t o, q ue é m i n o r i t á r i o, q ue en te n de q ue n o ar t. 
24 d o C P está p r esen t e ta m bé m o c ha ma d o esta d o de ne cess i da de e x c u l pa n t e , o u se ja, 
e m q ue, m es m o nas c o n d i ç ões e m q ue nã o ser i a r az oá ve l o sac r i f í c i o d o be m, 
ta m bé m nã o se r i a r az oá ve l e x i g i r d o age n te c o m p o r t a m e n t o d i v e rs o, a té p o r q ue o 
te x t o l e ga l nã o f a l a e x p r essa me n te e m p o n de ra çã o de v a l o r es, m as de 
“ raz oa b i l i d a de”.
Ta l se r i a o e xe m p l o de u m h o m e m q ue sac r i f i c a a l g u m as v i d as pa ra sa l v a r ape nas 
u m a, a d o p r ó p r i o f i l h o. E m b o r a nã o se ja ra z oá ve l sac r i f i c a r v á r i as v i d as pa ra sa l v a r 
ape nas u m a, ta m bé m nã o se r i a ra z oá ve l e x i g i r q ue o pa i sac r i f i c asse o p r ó p r i o f i l h o.
C o n f o r m e d i t o an tes, a m a i o r i a en te n de q ue ape nas o esta d o de ne cess i da de 
j us t i f i c a n t e é e x c l u de n t e l e ga l de i l i c i t u d e, t o r na n d o o at o t í p i c o, p o r é m nã o 
an t i j u r í d i c o, o u se ja, o at o se t o r na l í c i t o, pe r m i t i d o p o r l e i, re l e ga n d o o c ha ma d o 
esta d o de ne cess i da de e x c u l pa n t e à c l ass i f i c a çã o de su p ra l e ga l.
M e s m o de n t r o dessa m a i o r i a e x i s te d i v i sã o, p o i s m u i t os ac re d i t a m q ue o e x c u l p a n t e 
r ea l m e n t e e x c l u i a c u l p a b i l i d a de, p o r nã o se r ra z oá ve l e x i g i r d o age n te c o n d u t a 
d i v e rsa, des na t u ra n d o i g ua l m e n t e o c r i m e.
M a s m u i t os ta m bé m ac re d i t a m q ue, p o r se r su p ra l e ga l, nã o de ve e x c l u i r a 
c u l p a b i l i d a de, p o r nã o esta r p r e v i s t o e m l e i, j á q ue a c u l p a b i l i d a de é de na t u re za 
n o r m a t i v a, f i c a n d o ape nas c o m o d i r e i t o à m i n o r a n t e de pe na, p r e v i s ta n o §2º d o a r t. 
24 d o CP.

Outros materiais