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TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA (TLV)(TLV) d TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA (TLV) Doação de pares de elétrons pelos ligantes. A configuração eletrônica é proposta com base no conhecimento prévio (experimental) da geometria e do comportamento magnético do complexo. HIBRIDIZAÇÃO Hibridização sp: s + pz d10 Diamagnético Linear Hibridização sp3: s + px + py + pz d8 Paramagnético Tetraedro Hibridização dsp2: dx2-y2 + s + px + py d8 Diamagnético Quadrado d8 Hibridização d2sp3: dx2-y2 + dz2 + s + px + py + pz Diamagnético Octaedro d6 Complexo de orbitais internos Complexo de spin baixo Hibridização sp3d2: s + px + py + pz + dx2-y2 + dz2 Paramagnético Octaedro d6 Complexo de orbitais externos Complexo de spin alto A TLV: 1) Racionalizou as geometrias e as propriedades magnéticas observadas para os complexos, mas não as prevê nem as justifica; 2) Não explica as cores dos complexos; 3) Não explica as propriedades envolvendo o estado excitado dos compostos. TEORIA DO CAMPO CRISTALINOTEORIA DO CAMPO CRISTALINO (TCC) TCC: → Década 30 - físicos Bethe e Van Vleck → Década de 50 – químicos → Teoria baseada em princípios físicos: a) Interações M-L puramente eletrostáticas b) Os ligantes são cargas negativas pontuais (NH3, Cl -, ...) c) Tem como origem os orbitais d e f parcialmente preenchidos E n e r g i a ( u . a . ) íon livre + ligantes Repulsão ligantes-elétrons d no campo esférico Desdobramento ∆∆∆∆ο ο ο ο dos orbitais d no campo ligante octaédrico Lei de Coulomb Teoria do campo cristalino Orbitais d degenerados E n e r g i a ( u . a . ) Atração íon-ligantes no campo esférico e g t 2g Orbitais d degenerados Orbitais d degenerados menor repulsão maior repulsão g = gerade Campo octaédrico (Oh) tem centro de simetria t2g – triplamente degenerado menor energiamenor energia são ocupados pelos elétrons do M eg – duplamente degenerado maior energia sua ocupação pelos elétrons do M é desfavorecida t2g MENOR repulsão, menor desdobramento eg MAIOR repulsão, maior desdobramento Desdobramento dos orbitais d em complexos octaédricos: 6 ligantes que se aproximam pelos eixos x, y, z. Desestabilização de 6 Dq para cada e- Estabilização de 4 Dq para cada e- 10 Dq ou ∆∆∆∆o = é a medida do desdobramento no campo cristalino. O valor de 10 Dq é calculado através dos espectros de UV-Vis, ou seja, da energia absorvida para ocorrer a transição eletrônica do nível t2gpara eg. dxy dyz dzx dx2-y2 dz2 Exemplo: Campo esférico Campo octaédrico Ti d4 4 elétrons Ti3+ d1 1 elétron Exemplo 1: Calcule 10 Dq para [Ti(H2O)6] 3+ 1 kJ/mol → 83,7 cm-1 x ← 20.300 cm-1 Absorve: violeta Emite: verde Ti3+= d1 x ← 20.300 cm-1 x = 243 kJ/mol (10 Dq) Ti = d Exercício: Calcule 10Dq para [ReF6] (νmáx = 32.500 cm -1). Preenchimento dos orbitais d: Spin alto Spin baixo Spin alto Spin baixo ∆o ∆o d4 Ligante de campo fraco Spin alto t2g 3 eg 1 L = Cl-, H2O d4 Ligante de campo forte Spin baixo t2g 4 L = CO, CN- Figura 82. Determinação da suscetibilidade magnética com a balança de Gouy. Energia de Estabilização do Campo Cristalino (EECC): - Energia liberada (estabilização) devido ao preenchimento dos orbitais. - Não é condição para a existência do complexo. Exercício: a) Calcule a energia de estabilização do campo cristalino (EECC) para complexos octaédricos d0 a d10 em campo fraco e em campo forte. b) Dê a configuração eletrônica em cada caso. Exercício: a) Calcule a EECC para o complexo [Ti(H O) ]3+.Exercício: a) Calcule a EECC para o complexo [Ti(H2O)6] 3+. b) Calcule a EECC em kJ/mol considerando que 10Dq é igual a 240 kJ/mol. Exercício: a) Preveja o número de elétrons desemparelhados, de acordo com o momento magnético obtido experimentalmente. b) Faça a distribuição eletrônica dos elétrons. Íon µ/µB N o de e- desemparelhados Configuração Eletrônica Ti3+ 1,73 V3+ 2,83 Cr3+ 3,87Cr3+ 3,87 Mn3+ 4,90 Fe3+ 5,92 Exercício: O momento magnético (µ) do complexo [Mn(NCS)6] 4- é 6,06 µB. a) Qual é a sua configuração eletrônica? b) NCS- é um ligante de campo fraco ou de campo forte? 0 2 1 4 3 5 0 2 1 2 3 1 Em vermelho, número de elétrons desemparelhados. P = Energia de pareamento. Energia necessária para manter dois elétrons em um mesmo orbital. 4 5 3 1 2 0 0 1 1 1 2 0 Desdobramento dos orbitais d em complexos tetraédricos: Tetraedro (Td): Não tem centro de simetria - u Orbitais d no cubo e ligantes em geometria tetraédrica. Vista superior Vista superior h Vista superior c c = cateto h = hipotenusaOrbital dLigante Com relação ao Campo Octaédrico: 10Dq(Td) = 4/9 10Dq(Oh) - Número de ligantes: 2/3 - Aproximação fora dos eixos: 2/3- Aproximação fora dos eixos: 2/3 Coordenação Tetraédrica: a) Quando EECC = 0 - Complexos de não-metais ou metais típicos; - Complexos de metais de transição com config. d0, d5 (spin alto) e d10; - Exemplos: [BF4] -, [AlCl4] -, [MnO4] -, [FeCl4] -, [ZnCl4] 2-. b) Ligantes volumosos ou carga negativa elevada - Exemplos: [FeO4] 2-, [CoCl4] 2-, [NiCl4] 2-. Exercício: a) Calcule a EECC para complexos tetraédricos d0 a d10. b) Dê a configuração eletrônica em cada caso. e1,t20 e2,t20 e2,t21 e2,t21 e2,t22 e2,t22 e4,t23 e ,t2 e2,t23 e2,t23 e3,t23 e3,t23 e4,t24 e4,t25 [Ni(H2O)6] 2+ [Ni(CN)4] 2- Fatores que afetam 10Dq: V3+ V2+V Mn2+ < Ni2+ < Co2+ < Fe2+ < V2+ < Fe3+ < Co3+ < Mn4+ < Mo3+ < Rh3+ < Ru3+ < Pd4+ < Ir3+ < Pt4+ π-básico I- < Br-- < S2- < SCN- < Cl- < N3 - < F- < NCO- < OH- < ONO- < C2O4 2- < H2O < NCS - < NC- < CH3CN < py < NH3 < en < dipy < phen < NO2 - < CNO- < P(C6H5)3 < CN - < CO π-ácido (No caso dos ligantes bidentados, o átomo que atua como doador do par de elétrons está escrito em negrito) Evidências da EECC: Valor esperado Valor observado Calores de hidratação para M2+ e M3+ Efeito Jahn-Teller: A assimetria na distribuição dos elétrons leva a um desdobramento secundário. Ocorre uma estabilização extra dos orbitais. A distorção é mais significativa nos orbitais eg. No octaedro Alongamento Compressão Evidências do Efeito Jahn-Teller Raio-X: Cu2+ d9 (equatorial) (axial) Alongamento em z para Cu2+ d9 UV-Vis [Ti(H2O)6] 3+ Ti3+ d1 Sobreposição de bandas
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