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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE BIOLOGIA DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA Fundamentos de Biologia Molecular Autores: Profa. Dra. Carmen Veríssima Ferreira (UNICAMP) Profa. Dra. Fernanda Ramos Gadelha (UNICAMP) Prof. Dr. Alexandre D. Martins Cavagis (UFSCAR) Ms. Daisy Machado Dr. Antonio Hernandes Chaves-Neto - Campinas (SP) - 2010 Fundamentos de Biologia Molecular 2 BIOLOGIA MOLECULAR Biologia molecular é a área de conhecimento que estuda diversos aspectos da função do material genético (genoma) e seus produtos de expressão, as proteínas. Na Disciplina Fundamentos de Biologia Molecular serão abordadas todas as etapas da informação gênica, além das aplicações da biologia molecular em diversos aspectos na área de saúde e finalmente, como alterações no fluxo da informação gênica podem causar patologias como câncer. O genoma caracteriza-se por toda a informação hereditária de um organismo que está codificada em seu DNA (ou, em alguns vírus, no RNA). Isto inclui tanto os genes como as sequências não-codificadoras (Figura 1). No ser humano o genoma é constituído de 23 cromossomos diferentes. O genoma é transmitido, com variações individuais, de geração em geração e determina a espécie do ser vivo. Desta forma, as doenças hereditárias também estão definidas no genoma. No caso específico dos humanos, a metade do genoma que se herda provém do pai e a outra metade, da mãe. No contexto químico, o genoma é definido pela seqüência de desoxiribonucleotídeos na molécula do ácido desoxiribonucléico (DNA). Figura 1. Representação simplificada de um cromossomo. O cromossomo é constituído de duas cromátides, cada uma contendo uma dupla fita de ácido desoxiribonucléico. No cromossomo existem seqüências codificantes e não codificantes (como por exemplo, os íntrons) Fundamentos de Biologia Molecular 3 ÁCIDOS NUCLEICOS A elucidação da estrutura tridimensional de proteínas, de ácidos nucleicos e outras biomoléculas bem como a elucidação do fluxo de informação do gene à proteína, o esclarecimento das vias metabólicas centrais e dos mecanismos de conversão de energia, tem contribuído muito, nos últimos anos, para a nossa compreensão da base molecular da vida. Nesta disciplina abordaremos como organismos tão diferentes quanto à bactéria Escherichia coli e os seres humanos utilizam os mesmos blocos de construção para fabricar macromoléculas. As proteínas, diferentemente das outras macromoléculas lipídeos e polissacarídeos, não são sintetizadas através da ligação pura e simples de seus monômeros constituintes, os aminoácidos. No caso das proteínas, os aminoácidos são ligados uns aos outros obedecendo a uma ordem, cuja informação está contida em uma outra classe de macromoléculas denominadas ácidos nucleicos (DNA e RNA). A informação genética para sintetizar uma proteína com uma sequência correta de aminoácidos está contida no DNA, através da sequência correta de seus monômeros, os desoxirribonucleotídeos. Esta informação genética ou gênica é passada de uma geração para outra, através de um processo denominado replicação. Esta informação passa do DNA para o RNA através de um processo denominado transcrição. Finalmente, a informação contida no RNA, através da sequência de seus nucleotídeos constituintes é passada para a proteína, em um processo denominado tradução, que é a própria síntese protéica (Figura 2). Fundamentos de Biologia Molecular 4 Figura 2. Fluxo da informação gênica. O gene é transcrito dando origem a um RNA primário, o qual para ter sua função biológica necessita sobre modificações pós-transcrição se tornando maduro (funcional). Em seguida, o RNAm se translocará para os ribossomos e será traduzido pela maquinaria responsável pela síntese protéica. Alguns proteínas após serem sintetizadas já se encontram na forma ativa, outras necessitam sofrer modificações pós-tradução para poderem exercer a função biológica. Transcrito primário RNAm Proteína inativa Proteína ativa TRANSCRIÇÃO MODIFICAÇÃO PÓS-TRANSCRIÇÃO MODIFICAÇÃO PÓS-TRADUÇÃO TRADUÇÃO Fundamentos de Biologia Molecular 5 Para se entender melhor todos estes processos, devemos conhecer um pouco sobre os constituintes dos ácidos nucleicos, os desoxirribonucleotídeos e os ribonucleotídeos, monômeros constituintes de DNA e de RNA, respectivamente. I. ESTRUTURA E SÍNTESE DO DNA Os ácidos nucleicos são requeridos para o armazenamento e expressão da informação genética. Existem dois tipos quimicamente distintos de ácidos nucleicos: DNA (ácido desoxirribonucléico) e o RNA (ácido ribonucléico). O DNA está presente não somente nos cromossomos no núcleo dos organismos eucarióticos, mas também na mitocôndria e nos cloroplastos de vegetais. As células procarióticas, que não possuem núcleo, possuem um cromossomo único, mas também podem conter DNA não-cromossômico em forma de plasmídeo. O DNA é responsável pela codificação das informações, sendo capaz não somente de replicar-se precisamente cada vez em que a célula se divide, como também fazer com que a informação que contém seja expressa seletivamente. O RNA participa na expressão da informação genética armazenada no DNA. O RNA difere do DNA por apresentar uma molécula polimérica simples de mononucleotídeos unidos por ligações fosfodiéster. O DNA é consideravelmente maior que o RNA e contém o açúcar desoxirribose em vez de ribose e a base nitrogenada timina em vez de uracil. O DNA é um polidesoxirribonucleotídeo constituído de monodesoxirribonucleotídeos covalentemente unidos por ligações 3’,5’-fosfodiéster (o grupo 5’-hidroxila da desoxipentose de um nucleotídeo liga-se ao grupo 3’- hidroxila da desoxipentose de outro nucleotídeo através de um grupo fosfato), e as bases nitrogenadas localizadas junto ao esqueleto de desoxirribose-fosfato, são por convenção, escrita em sequência do 5’-terminal da cadeia ao 3’-terminal (Figura 3). Fundamentos de Biologia Molecular 6 Ligação de hidrogênio entre as bases nitrogenadas Figura 3: A Cadeia de DNA dupla fita, com a seqüência de nucleotídeos mostrada sendo escrita na direção 5’-3’. Uma ligação 3’-5’ fosfodiéster é destacada. As bases A e T estão ligadas por duas pontes de H, e as bases C e G, por tres pontes de H. Observar que o terminal 5’ encontra-se fosforilado e o terminal 3’ possui um grupamento hidroxila (OH) livre. C 5’ C 3’ C 5’ C 3’ Ligação fosfodiéster 3’ 5’ 3’ 5’ Fundamentos de Biologia Molecular 7 Com exceção de uns poucos vírus que contêm DNA de fita simples, o DNA existe como uma molécula de fita dupla, formando uma dupla hélice. Na dupla hélice, as duas cadeias são dobradas em torno de um eixo comum, sendo pareadas de modo antiparalelo – isto é, o 5’-terminal de uma fita é pareado com o 3’-terminal de outra fita. As bases de uma fita são pareadas de acordo com as bases da segunda fita, de modo que uma Adenina (A) é sempre pareada com a Timina (T), enquanto a Citosina (C) é sempre pareada com a Guanina (G). Assim, uma cadeia polinucleotídica da dupla hélice de DNA é sempre o complemento da outra (Figura 4). Figura 4: Dupla Hélice do DNA. A dupla hélice do DNA é mantida por interações fracas tais como: pareamento das bases por ligações de hidrogênio, interações hidrofóbicas, interações iônicas e interações de Van der Waals. Outro ponto que pode ser observado é que as fitas sempre estarão na forma antiparalelas e são complementares (G e C; A eT). Fundamentos de Biologia Molecular 8 Desnaturação de DNA - Efeitohipercrômico O DNA pode ser desnaturado pela adição de ácidos, bases, remoção de Mg2+, ou pelo calor. Na desnaturação do DNA pelo calor, as duas fitas se separam, no entanto, caso haja resfriamento, as duas fitas podem voltar a se parear (processo chamado de renaturação) (Figura 5A). A desnaturação de uma molécula de DNA pela temperatura pode ser acompanhada por um parâmetro denominado por temperatura de fusão (Tm), que corresponde a ponto de equivalência na curva de fusão do DNA (gráfico de A260 em função da temperatura), a absorbância a 260 nm (A260) também aumenta, mostrando um perfil semelhante ao de uma curva de titulação ácido-base. Este comportamento consiste no chamado efeito hipercrômico, onde a A260 do DNA dupla fita nativo é menor que a soma das A260 dos nucleotídeos constituintes, devido às interações (van der Waals e hidrofóbicas) entre as bases empilhadas no DNA desnaturado, promovendo nuvens eletrônicas distintas das existentes no DNA nativo (Figura 5B). Devido aos diferentes conteúdos dos DNAs temos diferentes valores de temperaturas de fusão. Assim, por exemplo, a Tm de um DNA viral pode ser maior que a Tm de um DNA de bactérias. Como a desnaturação do DNA consiste na abertura das duas fitas, que são mantidas pareadas por pontes de hidrogênio, e sabendo-se que o pareamento A-T envolve duas pontes e G-C, três pontes, um DNA com maior conteúdo de G e C, terá uma temperatura de fusão maior. A determinação da Tm de um DNA pode fornecer uma estimativa de sua composição de bases. Com aumento controlado da temperatura é possível abrir uma região rica em A-T, sem comprometer a abertura de trechos ricos em G-C. A Figura 5C mostra diferentes perfis de desnaturação do DNA da E. coli e do M. phlei. De acordo com as curvas, podemos supor que o conteúdo de C e G do M. phlei é maior que o da E. coli, pois a temperatura necessária para que o DNA deste último seja desnaturado, é maior. Fundamentos de Biologia Molecular 9 Figura 5. Desnaturação do DNA. (a) Desnaturação e renaturação do DNA; (B) Efeito hipercrômico; (C) DNAs de fontes diferentes podem requerer temperaturas diferentes para causar desnaturação dos mesmos. As curvas mostras em (C) sugerem que o conteúdo de C e G do M. phlei é maior que na E. coli, por isto é necessária uma temperatura maior, para observamos aumento da absorbância a 260 nm. Calor Resfriamento lento DNA nativo (dupla fita) DNA desnaturado A B C Calor Resfriamento lento DNA nativo (dupla fita) DNA desnaturado A B C Fundamentos de Biologia Molecular 10 REPLICAÇÃO DO DNA Os mecanismos que regulam a replicação do DNA e a divisão celular estão relacionados. A replicação e o ciclo celular devem ser conectados de tal forma que a frequência dos ciclos de replicação se ajuste à velocidade do crescimento da célula e o término da replicação seja relacionado à divisão celular. Devem existir, portanto, sinais celulares para o crescimento da célula, tais como velocidade de síntese protéica, resposta à falta de aminoácidos ou fontes de carbono, que induzem os ciclos de eventos da divisão celular. Em células eucarióticas, o processo de replicação do DNA ocorre durante a fase do ciclo celular denominada período de síntese (S). A replicação apresenta algumas características típicas: a) a replicação ocorre de forma semiconservativa; b) requer um grande consumo de energia, na forma de nucleotídeos trifosfatados (ATP, GTP, CTP e TTP); c) a reação catalisada pela DNA polimerase (enzima responsável para unir um nucleotídeo ao outro) se dá no sentido 5’ para 3’. Replicação é semiconservativa A hipótese Watson-Crick propõe que cada fita de dupla hélice do DNA seja usada como um molde para a replicação das fitas-filhas complementares. Desta forma, duas moléculas de fitas duplas de DNA, idênticas ao DNA parental, serão formadas, cada uma contendo uma fita intacta do DNA parental (Figura 6). Figura 6: Replicação Semiconservativa do DNA. Após a replicação, a dupla hélice formada conterá uma fita parental pareada com a fita recém-sintetizada (fita nova) Fundamentos de Biologia Molecular 11 Etapas na Síntese do DNA 1) Início da Replicação A. Separação das duas fitas de DNA complementares: Para que as duas fitas da dupla hélice parental de DNA sejam replicadas, elas devem ser primeiramente separadas, pois as polimerases usam somente DNA fita simples como molde. Nos procarióticos, a replicação do DNA inicia em uma sequência de nucleotídeos específica que representa a origem única de replicação. Nos eucarióticos, a replicação inicia em múltiplos sítios (origens de replicação) ao longo da hélice de DNA. Estes sítios incluem sequência curtas de pares de bases AT. B. Formação da zona de replicação A medida que as duas fitas se desenrolam e se separam, formam uma região parecida com um “V” designada forquilha de replicação, onde as proteínas que participarão da síntese da fita nova, incluindo a DNA polimerase, irão se ligar. A partir da origem, a replicação prossegue ao longo da fita de DNA. A replicação do DNA de dupla fita é bidirecional e a forquilha de replicação se move em ambas as direções a partir da origem. Algumas proteínas são requeridas para o reconhecimento da origem de replicação e/ forquilha de replicação, formando um Complexo. Proteínas estas que são responsáveis por manter a separação das fitas parentais (fitas que serão utilizadas como molde) e por desenrolar a dupla hélice. Estas proteínas incluem (Figura 7): - Proteína DNA: é responsável pela separação das fitas, formando regiões localizadas de DNA de fita simples. - DNA Helicases: Enzimas que tem como função a quebra das pontes de hidrogênio entre as bases, separando as duas fitas de DNA. As helicases requerem energia, fornecida pelo ATP. - Proteínas SSB ou proteínas que se ligam à DNA fita simples: Também denominadas de proteínas desestabilizadoras da hélice, ligam-se somente em DNA Fundamentos de Biologia Molecular 12 fita simples impedindo o “repareamento” da dupla fita. A presença de proteínas SSB, durante a replicação, é extremamente importante, pois evitam que regiões despareadas sofram torções. Desta forma, as SSBs garantem uma conformação do DNA ideal para a replicação e pareamento da fita recém sintetizada, além de proteger as fitas simples de degradação por nucleases. - Topoisomerases: são enzimas que promovem quebras transitórias nas ligações fosfodiésteres, gerando uma forma intermediária, onde a proteína permanece ligada covalentemente ao DNA, permitindo que as fitas do DNA passem umas sobre as outras, alterando, assim, o superenrolamento da molécula. Figura 7: Proteínas responsáveis por manter separação das fitas parentais e desenrolar da hélice dupla adiante da zona de replicação avançada. 5' 5' 3' 3' DNA Girase Helicase Direção do movimento da forquilha de replicação Proteínas que se ligam ao DNA simples fita (SSB) SSB Fita líder (contínua) Fita seguidora (descontínua) Fundamentos de Biologia Molecular 13 2) Adição do primer As DNA polimerases (enzimas responsáveis pela síntese da nova fita do DNA) não podem iniciar a síntese de uma fita complementar através de um molde totalmente composto de fita simples. Elas requerem um primer ou iniciador que são regiões curtas de RNA sintetizadas pela DNA primase ou iniciase (uma RNA polimerase), estes primers são complementares e antiparalelos ao molde de DNA. A fita contínua necessita somente de um primer inicial enquanto a fita descontínua utilizavários primers (Figura 7). 3) Elongação DNA polimerase é a enzima que faz a síntese de uma nova fita de DNA, possuindo a capacidade de adicionar nucleotídeos na extremidade 3’OH, possibilitando o crescimento da cadeia no sentido 5’-3’. São constituídas de três tipos: DNA polimerase I, DNA polimerase II e DNA polimerase III. - DNA poli I: possui atividades de síntese (DNA polimerase) e atividade de degradação 5’-3’ exonuclease, sendo capaz de remover hidroliticamente o primer de RNA e atividade 3’-5’ exonuclease, importante para que a replicação ocorra livre de erro (Figura 6). - DNA poli II: sua principal função em extratos celulares está relacionado aos processos de reparo do DNA. - DNA poli III: é a principal enzima responsável pelo elongamento da cadeia do DNA em procariotos, possuindo atividade de síntese e degradação. As DNA polimerases responsáveis por copiar o molde de DNA somente são capazes de ler as seqüências de nucleotídeos no sentido 3’-5’, polimerizando a fita em direção oposta ao sentido da zona de replicação 5’-3’(continua). Esta fita que está sendo copiada na direção da zona de replicação é denominada Fita Líder e a outra fita que está sendo sintetizada na direção oposta (5’- 3’) de modo descontínuo, é Fita secundária. A fita secundária é sintetizada descontinuamente, em fragmentos curtos de DNA, denominados de Fragmentos de Okazaki (Figura 8). O alongamento da cadeia de DNA é catalisada pela DNA polimerase III, utilizando o grupo 3’-hidroxila do primer de RNA como aceptor do primeiro desoxirribonucleotídeo. A DNA polimerase III começa a adicionar os nucleotídeos ao Fundamentos de Biologia Molecular 14 longo do molde de fita única, que especifica a sequência de bases da cadeia recém- sintetizada (Figura 9). À medida que o nucleotídeo está sendo adicionado, a DNA polimerase III faz correção (atividade 3’-5’ exonuclease). É importante para a sobrevivência dos organismos que a sequência de nucleotídeos seja replicada com mínimo de erros, para evitar mutações. A DNA polimerase III continua a sintetizar o DNA até ser bloqueada pela proximidade ao primer de RNA. Quando isso ocorre, o RNA é excisado e a lacuna preenchida pela DNA polimerase I que remove os nucleotídeos de RNA. A ligação fosfodiéster final entre o grupo 5’-hidroxila na cadeia de DNA sintetizada pela DNA polimerase III e o grupo 3’-hidroxila da cadeia feita pela DNA polimerase I é catalizada pela DNA-ligase. A junção destas duas fitas de DNA requer energia, a qual, em seres humanos, é fornecida pela clivagem de ATP em AMP+2Pi. Figura 8: Alongamento das fitas líder e secundária. 5' 5' 3' 3' 3'5' DNA Girase Helicase Direção do movimento da forquilha de replicação Proteínas que se ligam ao DNA simples fita (SSB) SSB DNA primase RNA iniciador RNA iniciador DNA polimer.III DNA Polimer. I DNA ligase Fita líder (contínua) Fita seguidora (descontínua) Figura 9: Formação da ligação fosfodiéster catalisada pela DNA polimerase. Fundamentos de Biologia Molecular Formação da ligação fosfodiéster catalisada pela DNA polimerase. O grupo hidroxila livre, no C 3’, do primeiro nucleotídeo, através de seu par de elétrons, ataca o grupamento fosfato (substituição nucleofílica) do nucleotídeo, no C 5’, que se encontra com carga parcialmente positiva, devido ao deslocamento de elétrons para o oxigênio, mais eletronegativo Liberação do grupamento pirofosfato Formação da ligação fosfodié entre o oxigênio do C3’ do primeiro nucleotídeo, e o oxigênio do C5’ do segundo nucleotídeo. O dinucleotídeo formado possui uma hidroxila livre no C 3’, necessário para a formação da próxima ligação fosfodiester. Fundamentos de Biologia Molecular 15 Formação da ligação fosfodiéster catalisada pela DNA polimerase. O grupo hidroxila livre, no C 3’, do primeiro nucleotídeo, através de seu par de elétrons, ataca o grupamento fosfato (substituição nucleofílica) do segundo nucleotídeo, no C 5’, que se encontra com carga parcialmente positiva, devido ao deslocamento de elétrons para o oxigênio, mais eletronegativo. Liberação do grupamento Formação da ligação fosfodiéster, entre o oxigênio do C3’ do primeiro nucleotídeo, e o oxigênio do C5’ do segundo nucleotídeo. O dinucleotídeo formado possui uma hidroxila livre no C 3’, necessário para a formação da próxima ligação
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