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Adriel C. C. Campos Síndrome de disfunção de múltiplos órgãos Definição: Não existe um consenso quanta à definição exata. Em geral, a mais utilizada é a falência de 2 ou mais órgãos em pacientes agudamente críticos de tal maneira que a homeostase não possa ser mantida sem algum tipo de intervenção ou suporte. A SDMO é a principal causa de óbitos em UTI, é responsável por cerca de 50% de todos os óbitos em UTI. A disfunção orgânica única raramente resulta em óbitos. Entretanto, uma falência orgânica predispõe a outra e não há como dissociar essa relação profunda entre os sistemas. Para entender o prognóstico do paciente usa-se escores, o mais usado atualmente é o SOFA (sequential organ failure assesment score). Fisiopatologia: 70% dos casos de falência de múltiplos órgãos acontecem em pacientes sépticos. O dano pode ser primário, relacionado ao agente lesivo e secundário, que está associado à cascata de eventos que se sucedem ao evento inicial. A inflamação causa uma diminuição no aporte de oxigênio ofertado. Além disso, há ineficiência das células em utilizar o oxigênio ofertado, esse fato é atribuído à disfunção mitocondrial, que parece ser bastante comum nesses casos. Inúmeros distúrbios metabólicos também se relacionam com a SDMO, entre eles a hiperglicemia, alterações nos receptores de catecolaminas e metabolismo protéico, e alterações no eixo hipotálamo-hipófise com alterações na produção de seus hormônios. Adriel C. C. Campos Tratamento: Consiste em: 1. Identificação precoce 2. Extirpação do agente lesivo 3. Medidas de suporte: Deve-se tentar dar suporte imediato de oxigênio aos tecidos. 4. Prevenção de novas disfunções. 5. Reabilitação do órgão lesado. Referência Paciente Crítico - Diagnóstico e Tratamento - 2ª Ed. 2012
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