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Administração Publica e Privada - Aula 3

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3ª Aula
A concepção social do Estado.
As Organizações Não Governamentais ONG
Estado x Mercado.
TITULO III
Da Organização do Estado
CAPÍTULO I
Da Organização Político-Administrativa
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição. (EC nº 15/96)
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
(CF 1988 – p. 25)
I - A CONCEPÇÃO SOCIAL DO ESTADO 
O modelo de Estado social, ou Estado provedor.
Surge na primeira metade do século XX.
É o contraponto ao modelo liberal.
Propõe políticas públicas onde o Estado passa a assumir papéis de intervenção no domínio econômico. 
A partir de então:
A máquina administrativa avoluma-se de forma a prover a sociedade com serviços públicos que estejam à disposição de todos, independentemente de situação social. Um exemplo disso é o sistema público de ensino brasileiro. 
Nele, o Estado provê educação gratuita a quem não possa contratá-la de escolas da rede privada, ou que dessa forma opte. Assim, ricos e pobres passam a ter acesso à educação. O custo disso corre por conta da arrecadação de impostos, que, a cada nova política social, avoluma-se. 
O exemplo de política de cunho social e intervencionista do Poder Público no acesso à educação de nível superior é a Lei nº 12.711, de 2012, que estabelece cotas sociais para alunos das universidades federais. 
Com a lei, 50% das vagas devem ser preenchidas por alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas, com reservas para alunos negros, pardos e indígenas, em percentuais que variam conforme a distribuição dessas etnias no respectivo estado da federação. 
Outro exemplo de política social é a transferência direta de renda, na forma de programas como o Bolsa Família. Nele, famílias com baixa renda per capita mensal recebem um benefício assistencial do Estado, a título de apoio à cobertura de suas necessidades mínimas de subsistência. 
São críticas que se apresentam ao Estado social:
1 - As pessoas queixam-se por pagarem muito e não desfrutarem do respectivo retorno. 
2 - O discurso geral é o de que as pessoas pagam duplamente pelos serviços, ou seja, tanto pelo recolhimento de impostos quanto na contratação de serviços de mercado, para terem atendidas as necessidades para as quais a opção do Estado não seja satisfeita.
São argumentos fortes, que têm desafiado os gestores públicos no sentido de que a Administração elimine, ou reduza ao mínimo possível: 
1 - a ineficiência, o desperdício e a corrupção;
2 – decorrência disso: resultará em menor necessidade de impostos e sua utilização mais racional;
3 – tendo por consequência o aumento e a melhor qualidade dos serviços públicos. 
Outra crítica é a de que as pessoas atendidas por políticas públicas tendem a se acostumar e acomodar com o benefício concedido pelo Estado. Deixando de buscar condições melhores, por meio da conquista de independência da política social. 
Exemplo: 
Uma disfunção do programa Bolsa Família surge quando o beneficiário, por opção própria, recusa chances de emprego formal. 
Se aceitar, será excluído do programa.
Então, opta pelo mercado informal, que não gera impostos e nem garante proteção ao trabalhador. 
 
II - As Organizações Não Governamentais (ONGs) 
Atuando paralelamente a essa aparente disputa entre o Estado e o mercado, com muita competência, a sociedade se organizou e constituiu as Organizações Não Governamentais - ONGs, também chamadas de 3º setor. 
Considerando essa classificação:
- O Estado é o 1º setor;
- O mercado o 2º setor. 
- O bem público não estatal é o 3º setor. 
O que são as ONGs? 
1 - Regidas pela Lei nº 9.790, de 1999.
2 - São entidades da sociedade civil organizada sem fins lucrativos. Têm personalidade jurídica de direito privado que, por iniciativa autônoma e voluntária de seus membros, organizaram-se para atuar em espaços públicos desocupados tanto pelo Estado quanto pelo mercado. 
Principais características dessas organizações sociais:
- Desinteresse pelo lucro. 
- Realizam trabalhos sociais de cunho relevante para a comunidade, na qualidade de entidades filantrópicas. 
- Os valores que porventura recolham de sua clientela servem, exclusivamente, para a realimentação da própria organização. 
A natureza filantrópica dessas entidades tem o reconhecimento do Estado, e por essa condição podem se conveniarem com o Poder Público. A partir daí:
- podem receber subvenções; 
- a esses valores aplicam-se as mesmas obrigações dos gastos públicos, ou seja, por se tratar de dinheiro público, cabe a prestação de contas e a contratação por meio de concorrência pública. 
São exemplos de ONGs: 
Federação Nacional das APAES (FENAPAES);
União dos Escoteiros do Brasil (UEB).
 
III - Estado x Mercado 
Outra abordagem acerca do dilema Estado x Mercado bastante pertinente ao nosso estudo diz respeito aos motivos que colocam as organizações públicas e privadas para funcionar. 
A - Que interesses distintos movem a Administração Pública e a organização privada? 
Embora tenham convivência harmônica, Estado e Mercado atuam em áreas bastante distintas, havendo fortes diferenças entre um e outro. 
Na esfera privada:
o objetivo principal das organizações é a obtenção de lucro; 
a ampliação de mercado por meio da competitividade; 
uma empresa privada bem sucedida em termos de resultados operacionais e lucro tende a prosperar e estabelecer-se;
enquanto que a mal sucedida tende a perder posição no mercado competitivo, ou mesmo a desaparecer. 
Outro aspecto de forte evidência do mercado: 
é a liberdade para investir e inovar;
os administradores do mercado possuem total liberdade para adquirir tecnologias;
selecionar pessoal, adotar metodologias, criar padrões;
seguir rumos gerenciais e fazer tudo o mais que possa proporcionar maiores crescimento e lucro. 
O ônus dessa liberdade reside na consequência do insucesso, qual seja, o prejuízo financeiro e a perda de mercado. 
Os administradores gerenciam:
bens privados, respondendo diretamente aos seus proprietários pela gestão patrimonial que executam;
podem eles ser valorizados, premiados, promovidos por mérito;
demitidos à livre vontade do patrão;
o direito privado cuida dessa relação. A legislação a tudo permite exceto o que seja expressamente proibido. 
B - E o gestor público, o que move seu interesse na Administração Pública? 
não é o lucro, ou a competitividade de mercado;
é a qualidade dos serviços prestados à sociedade;
o pleno atendimento do cidadão;
a qualidade da gestão em benefício do cidadão.
No mercado a liberdade de gestão é absoluta, no Estado o gestor deve conduzir-se conforme a Lei determina. 
Na área pública, a liberdade de ação encontra-se estritamente vinculada à legislação vigente, ou seja, só pode ser feito aquilo que seja expressamente permitido, sendo tudo o mais tacitamente proibido – Trata-se do império das Leis. 
Na atividade pública é o direito público que cuida das relações. 
O gestor público lida com o patrimônio comum da nação. 
Não presta contas ou se reporta diretamente aos “donos da firma”, mas sim à coletividade, representada pelos Poderes Constituídos; 
Nessa situação é o legislador, representante do povo, por meio das Leis que elabora;
Presidente da República, Governadores e Prefeitos são os que sancionam e definem o que seja, ou não, permitido fazer.O Mercado caminha com passos mais rápidos do que o Estado.
comparação injusta é aquela que busca colocar lado a lado um e outro. 
a diferença de ritmo, imposta pela natureza diversa de ambos os setores, é a responsável pela desigualdade que resulta da mera comparação que muitos fazem entre Estado e Mercado; 
pela distinção de desenvoltura, muitos associam ao mercado e seus trabalhadores a vantagem da eficiência, enquanto que ao Poder Público e seus servidores, a pecha da ineficiência. 
Há que se compreender e aceitar que o processo de mudança e inovação na atividade pública seja bem mais demorado do que na atividade privada. 
Visando propiciar caminhos legislativos para o melhor entrosamento entre o Estado e o Mercado, o Poder Público tem criado e aperfeiçoado legislações que regulam a interação entre um e outro. Dentre estas, destacam-se:
A Lei nº 8.666, de 1993
Que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública.
A Lei nº 11.079, de 2004
Que institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública. 
Conforme a lei, na contratação de parceria público-privada será observada as seguintes diretrizes:
eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade;
respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incumbidos da sua execução;
indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do poder de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado;
responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;
transparência dos procedimentos e das decisões;
repartição objetiva de riscos entre as partes;
sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria.
Atividade: exercícios
1. Considerando o que dispõe Art. 19 (CF 1988) o que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
A – 
B – 
C –
 
2. Visando propiciar caminhos legislativos para o melhor entrosamento entre o Estado e o Mercado, o Poder Público tem criado e aperfeiçoado legislações que regulam a interação entre um e outro. Qual institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e qual institui a parceria público-privada no âmbito da administração pública.
3. Considerando o que dispõe Art. 18 da CF 1988, como está disposta a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil? Pesquise a respeito e faça breves comentários a respeito. 
4. No mercado a liberdade de gestão é absoluta, no Estado o gestor deve conduzir-se conforme a Lei determina. Pesquise a respeito e faça comentários.

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