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DIVISÃO NO CONCURSO de pessoas 2017

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LEMBRANDO ...
DIVISÃO NO CONCURSO
AUTORIA MEDIATA
Autor mediato é aquele que realiza a ação típica através de outra pessoa que atua sem culpabilidade, ou seja, utiliza-se de outra pessoa como instrumento para a prática de um delito.
Os crimes de autoria mediata podem resultar de:
a) Valer-se de um inimputável:
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (CÓDIGO PENAL).
Imputabilidade é a capacidade para apreciar o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Todo agente é inimputável, salvo quando ocorrer uma causa de exclusão:
1 – Doença mental;
2- Desenvolvimento mental incompleto;
3- Desenvolvimento mental retardado;
4 – Embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior.
b) Coação moral irresistível: Coação moral é obrigar alguém por meio de grave ameaça a realizar uma conduta típica.
c) Obediência hierárquica;
d) Erro de tipo escusável, provocado por terceiro: O erro de tipo acontece quando o agente não sabe que está cometendo um crime, mas acaba por praticá-lo.
e) Erro de proibição escusável, provocado por terceiro: No erro de proibição o agente sabe o que faz, mas erra sobre a ilicitude da sua conduta.
Como exemplo de autoria mediata podemos citar a mãe que manda seu filho menor matar a vizinha, ou que subtraia algum objeto em uma loja, ou ainda, o pai que manda seu filho doente mental desferir golpes de faca em seu desafeto. Nesses casos inexistiu a vontade do executor material do fato.
O domínio do fato pertence exclusivamente ao autor e não ao executor, o qual não detém o domínio da ação e, consequentemente, do fato.
É, portanto, impossível nos crimes de mão própria e inaplicável nos tipos culposos. Admite-se, porém, a participação entre autor mediato e terceiro, como também coautores mediatos.
AUTORIA IMEDIATA
Autoria imediata consiste em que o domínio do fato pertence exclusivamente ao executor, ou seja, é autor imediato aquele que pratica o verbo previsto no tipo penal. É aquele que mata, que sequestra, que lesiona.
AUTORIA COLATERAL
Prática de um crime por duas ou mais pessoas sem que um saiba ou conheça a intenção da outra, ou seja, inexiste liame subjetivo entre eles. É o agir conjunto de diversos agentes, sem reciprocidade consensual.
Como exemplo, podemos citar a seguinte situação: A e B executam simultaneamente a vítima, sem que um conheça a conduta do outro.
Exemplo citado apenas o tiro de uma matou a vítima, para a autoria colateral é necessário que se saiba quem produziu o quê. Aquele autor do disparo causador da morte responderá por homicídio, enquanto o outro responderá por tentativa. Se houvesse liame subjetivo, ambos neste caso responderiam por homicídio em coautoria. Se, neste caso não pudesse saber quem matou a vítima, surge a autoria incerta.
AUTORIA INCERTA
Na autoria incerta sabe-se quem realizou a conduta, mas não se sabe quem foi o causador do resultado.
Apesar de alguns doutrinadores acreditarem que na iminência de condenar um inocente deve-se absolver ambos acusados, e outros, adeptos a teoria monista, acreditarem que todos deveriam responder pelo resultado, ou seja, neste caso A e B deveriam responder por homicídio, a maioria da doutrina acredita que nesses casos ambos deverão ser condenados por tentativa de homicídio, pois houve início da execução e a intenção dos agentes era de matar, porém na se conhece o verdadeiro autor do crime.
COAUTORIA
Coautoria ocorre quando dois ou mais agentes, conjuntamente, realizam o verbo do tipo, ou seja, o coautor é aquele que executa junto com outras pessoas a infração penal. A coautoria nada mais é que a própria autoria, e para que ela exista não é necessário um acordo prévio de vontades, bastando somente a consciência do agente de estar contribuindo para a ação.
É desnecessário também que todos pratiquem o mesmo ato executivo, para configurar a coautoria basta que cada um dos agentes contribua efetivamente na realização e no aperfeiçoamento do crime.
Funda-se a coautoria sobre o princípio da divisão do trabalho. Se duas pessoas disparam suas armas, alvejando a vítima e causando-lhe a morte, responderão por coautores, assim como aqueles que subtraem a coisa no crime de roubo, onde cada autor colabora com sua parte no fato.
Na coautoria, o domínio do fato pertence aos diversos agentes que se apresentam como peças fundamentais na execução do plano.
PARTICIPAÇÃO
Partícipes são aqueles que por meio de conduta acessória concorrem para o crime, ou seja, entende-se por partícipe não aquele que pratica o verbo previsto no tipo penal, mas quem pratica uma atividade que contribui para a realização do delito.
A participação pode se dar através da instigação, induzimento, organização e chefia, auxilio material e moral etc. A doutrina, entretanto, considera duas espécies mais relevantes:
a) Instigação: Instigar significa animar, estimular, reforçar uma idéia existente. Pode ser exercida por meio de mandato, persuasão, conselho, comando etc.
Segundo Julio Fabbrini Mirabete “a instigação deve dirigir-se à prática do crime determinado, não constituindo participação a incitação genérica para a prática de infrações penais. “
b) Induzimento : Reforçar a ideia existente .
c) Cumplicidade( auxílio) : É a participação material onde o partícipe exterioriza a sua contribuição através de um comportamento, como o empréstimo de arma de fogo, revelação do segredo de um cofre, empréstimo de veículo com o intuito de deslocar-se mais facilmente etc.
Existe também a cumplicidade por omissão nos casos em que o sujeito tem o dever jurídico de evitar o resultado mas não o faz, como no caso do vigilante que deixa a porta aberta propositalmente para facilitar a ação do autor do furto, ou a do empregado que não tranca o cofre para facilitar que o autor o roube .
ESPÉCIES TEORIAS SOBRE A NATUREZA JURÍDICA DA PARTICIPAÇÃO .
ACESSORIEDADE
Existem quatro classes de acessoriedade:
a) Acessoriedade mínima: para essa teoria é suficiente que a ação principal seja típica, sendo indiferente ser ilícito ou não. Como exemplo, aquele que induzir o autor a agir em legítima defesa responderá pelo crime, enquanto o executor, autor direto, será absolvido pela excludente de ilicitude.
b) Acessoriedade limitada: será considerado partícipe aquele que tiver participado de uma conduta típica e antijurídica, mesmo que o autor não seja culpável. Isso quer dizer que a participação é acessória da ação principal, de um lado, mas que também depende desta até certo ponto. Esta é a teoria adotada pela nossa Legislação.
c) Acessoriedade extrema: o partícipe somente é responsabilizado se o fato principal é típico, antijurídico e culpável. Por essa teoria, caso o executor seja inimputável ou tenha agido por erro de proibição escusável, não haveria participação uma vez que a conduta principal não é culpável.
d) Hiperacessoriedade: será considerado partícipe aquele que participou de uma conduta típica, antijurídica e culpável e, concorrerá inclusive as causas agravantes e atenuantes de caráter pessoal relativas ao autor principal.

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