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CONCURSO DE PESSOAS

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Concurso de pessoas. 
Conceito: colaboração de 2 ou mais pessoas que planejam e/ou praticam atos 
buscando atingir um resultado penalmente relevante (seja de CRIME OU 
CONTRAVENÇÃO PENAL). 
- Requisitos: 
1) Pluralidade de agentes: requer, ao menos, 2 agentes culpáveis. 
Devem ser diferenciadas 2 situações: 
1.1 Agente imputável pratica crime valendo-se de menor imputável/doente 
mental (autoria mediata). 
1.2 Maior de idade + menor de idade praticam crime juntos. Jurisprudência 
entende que é concurso de pessoas. O menor responde por ato infracional, o 
maior responde pelo crime. 
Exemplo: furto qualificado pelo concurso de pessoas, roubo majorado pelo 
concurso de pessoas (crimes eventualmente plurisubjetivos). 
2) Relevância das condutas: a contribuição para a prática do delito há 
de ser relevante e, em regra, anterior à consumação. 
Observação: a contribuição pode ser posterior à consumação, desde que 
AJUSTADA PREVIAMENTE. Exemplo: o motorista no caso de fuga de roubo de 
banco. 
Observação 2: a participação inócua ou negativa não se insere no concurso de 
pessoas. 
3) Liame subjetivo entre os agentes/vínculo subjetivo/concurso de 
vontades (+ COBRADO CESPE!): os agentes devem estar conscientes de que 
estão atuando de forma conjunta para o resultado almejado. NÃO REQUER 
AJUSTE PRÉVIO OU O PACTO SCELERIS! 
Exemplo: A e B tem um desafeto em comum e combinam de matar esse desafeto. 
Liame subjetivo comprovado. 
Exemplo 2: A tem um desafeto contra C. B também tem um desafeto contra C. 
Estes, sem saber da vontade um do outro, atiram contra C na mesma hora com 
dolo de matar. Não agem em concurso, somente autoria colateral. Para que 
configure o liame subjetivo, basta que um agente tenha conhecimento da 
conduta do outro, não os dois. 
4) Identidade da infração penal: todos os agentes respondam pelo 
mesmo delito – caput do artigo 29. 
Ou seja, a teoria monista/monística/unitária (ADOTADA EM REGRA PELO 
CP): autores e partícipes respondem pelo MESMO crime. Exemplo: 3 pessoas 
planejando o homicídio da Maria. A planeja, B compra a arma, C dispara a 
arma. Todos respondem por homicídio. 
 Outras teorias relacionadas: 
- Teoria dualista: vai diferenciar, dá um crime específico pro autor e outro pro 
partícipe. 
* Teoria pluralista/pluralística/da cumplicidade do crime distinto (ADOTADA 
EXCEPCIONALMENTE PELO CP): tipos penais diversos para agentes que 
buscam o mesmo resultado. A lei tem que dizer que os agentes respondem por 
tipos diversos! Exemplos de onde pode adotar: aborto provocado por terceiro 
com consentimento da gestante (gestante responde pelo 124 e terceiro responde 
pelo 126); corrupção passiva e corrupção ativa (particular responde pelo 333 e 
o funcionário público pelo 317); 
- Crimes UNISSUBJETIVOS de concurso EVENTUAL: podem ser praticados 
por 1 ou vários agentes, em concurso. Exemplo: crime de homicídio. 
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide 
nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode 
ser diminuída de um sexto a um terço. 
§2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime 
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será 
AUMENTADA até metade, na HIPÓTESE DE TER SIDO 
PREVISÍVEL O RESULTADO MAIS GRAVE. 
- Crimes PLURISUBJETIVOS de concurso NECESSÁRIO: não existe a 
hipótese desses crimes serem praticados por uma só pessoa. Exemplos: 
associação criminosa, rixa, motim de presos. 
 Autoria x participação – teorias: 
- Teoria subjetiva ou unitária: não há distinção entre autor e partícipe. 
Adotada pelo CP DE 1940. 
- Teoria extensiva: é uma espécie da teoria subjetiva; também não 
diferencia autor de partícipe, todavia, estabelece causas de diminuição 
de pena conforme a menor relevância da contribuição para o resultado. 
- Teoria objetiva ou dualista: estabelece clara distinção entre autor e partícipe. 
Se divide em DUAS teorias: 
- Teoria objetivo-material (MUITO COBRADA EM PROVA CESPE!): autor 
é quem presta a contribuição mais relevante. Partícipe é quem presta a 
contribuição menos relevante. É uma teoria de aplicação prática muito 
complicada, por isso é rechaçada pelo CP. 
- Teoria objetivo-formal: (ADOTADA PELO CÓDIGO PENAL 
BRASILEIRO ATUALMENTE!) traz um conceito restritivo de autoria. 
Autor é quem realiza o verbo núcleo do tipo penal; partícipe é quem presta 
QUALQUER CONTRIBUIÇÃO para o delito, mas não pratica o verbo 
núcleo do tipo penal. Exemplo: 3 pessoas planejando o homicídio da 
Maria. A planeja, B compra a arma, C dispara a arma. Todos respondem 
por homicídio. C é o autor, A e B os partícipes. 
- Teoria do domínio do fato/objetiva-subjetiva (ATENÇÃO PARA ESSE NOME, 
POIS A CESPE USA PARA CONFUNDIR): não foi adotada pelo CP, mas a 
doutrina e jurisprudência admitem aplicação (isso está pacificado pelo STF e 
STJ, exemplo Ação Penal 470 – “Mensalão”), ela não se contrapõe com a outra 
adotada. Foi criada por Hans Welzel e diz que: autor é quem possui o controle 
final do fato, quem domina o transcorrer do crime e decide se e quando ele 
deve ocorrer. Há, portanto, uma AMPLIAÇÃO no conceito de autor, para a 
teoria do domínio do fato, serão autores: 
* autor propriamente dito: aquele que realiza o verbo núcleo do tipo penal 
(quem diz isso é a teoria objetivo-formal). 
* autor intelectual: aquele que planeja o crime para que seja executado 
por outras pessoas e que determina a prática do fato. 
* autor de escritório: aquele que possui influência e determina, sem 
praticar a conduta, as ações que devem ser realizadas por subalternos. 
* autor mediato: aquele que se utiliza de um agente não culpável ou de 
pessoa que atua sem dolo ou culpa para executar o tipo. A teoria objetivo-
subjetiva recebe crítica por não explicar especificamente a autoria 
mediata. 
Observação: a TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO só tem aplicação nos crimes 
dolosos, uma vez que nos crimes culposos não há que se falar em domínio final 
de um fato não desejado pelo agente. 
CONCURSO DE PESSOAS 
Teorias unitárias (não diferenciam 
autoria de participação) 
Teorias diferenciadoras (distinguem 
autoria de participação) 
Teoria subjetiva ou unitária Teoria objetiva ou dualista 
Teoria extensiva Teoria objetivo-material 
- Teoria objetivo-formal 
- Teoria do domínio do fato 
 Espécies de participação: 
1. Participação moral: pode ocorrer de 2 formas – INDUZIMENTO (fazer surgir a 
ideia criminosa) e INSTIGAÇÃO (reforçar a ideia preexistente). 
2. Participação material: prestação de auxílio, não apenas no âmbito das ideias. 
* Como se dá a punição do partícipe? Caput do artigo 29: mesmo crime do autor, 
NA MEDIDA DE SUA CULPABILIDADE (lembrar! teoria unitária/monista). O 
artigo 29 é uma norma de extensão pessoal, porque consegue alcançar uma 
pessoa distinta do autor. 
 
AUMENTO/DIMINUIÇÃO DA PENA 
Participação de menor importância Diminuição de 1/6 a 1/3 
Quis cometer crime menos grave Aplica a pena do crime menos grave 
Resultado mais grave previsível Aumentada até a metade 
- O artigo 2º traz os conceitos de cooperação dolosamente distinta/desvios 
subjetivos entre os agentes/participação em crime menos grave. 
Exemplo: A e B combinam de praticar um furto, supondo que no dia 
determinado os donos da casa não estarão em casa porque estariam na igreja. 
Enquanto A e B estão dentro da casa furtando, o dono aparece, então A foge da 
cena do crime, porque o dolo dele era apenas furtar. No entanto, B tem uma 
arma de fogo e mata o proprietário para que este não o denuncie ou atrapalhe 
seu furto. Ou seja, A responde pelo furto e B pelo latrocínio (aqui aconteceu o 
desvio subjetivo). 
 Seria diferente se A soubesse que B portava uma arma, porque o 
resultado seria previsível. 
Circunstâncias incomunicáveis 
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, 
salvo quando elementares do crime. 
- Elementares do crime são aqueles pontos essenciais do crime que se retirados, 
nãohaverá aquele crime. O crime é formado pelo verbo núcleo e pela elementar. 
Exemplo prático: João cuja filha foi estuprada pelo ‘Jack’. João decide 
matar Jack. Mas através de um pistoleiro, que receberia R$ 500,00 para efetivar 
esse homicídio. João é considerado partícipe? Mas está amparado por uma 
privilegiadora, que é o relevante valor moral (responde pelo §1º do 121), mas o 
pistoleiro responde pelo homicídio qualificado pela paga ou promessa de 
pagamento (somente aplicável ao mercenário, quem matou por dinheiro, não ao 
mandante). 
Quais são as elementares desse crime acima? “ALGUÉM” (matar é o verbo 
núcleo). O pistoleiro não recebe a circunstância de caráter pessoal do pai da 
vítima, essas circunstâncias de caráter pessoal não se comunicam. 
 Exemplo com características que se comunicam: A mãe que acabou de 
ter um filho, vira pro marido e pede pra este pegar uma faca que ela vai matar 
o filho agora. O marido, que faz todas as vontades da esposa, pega a faca e 
entrega. E a mãe mata o bebê, sendo, portanto, a autora do crime. O pai não 
tem estado puerperal, porque esse estado só afeta a mãe, mas esse será 
partícipe do crime de infanticídio. Influência de estado puerperal é uma 
característica de caráter pessoal (somente a MÃE pratica infanticídio), mas esta 
condição se comunicou com seu marido. É uma ELEMENTAR do crime. 
LEMBRAR: Não pode atribuir um crime ao partícipe e outro ao autor. UNIDADE 
DE INFRAÇÕES PENAIS. 
Casos de impunibilidade 
Art. 31. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição 
expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a 
ser tentado. 
* Ajuste é a combinação, com base no princípio da executividade da 
participação. 
- Tem uma ressalva/exceção. Em algumas situações os atos executórios, por si 
só, configuram a infração penal (chamados de CRIME OBSTÁCULO). Por 
exemplo, a falsificação de moeda – petrechos para fabricação de moeda. 
 Teorias da acessoriedade: 
- Teoria da acessoriedade mínima: se o autor pratica um fato típico, o partícipe 
pode ser punido. Teoria rechaçada, pois não faz o menor sentido. Exemplo 
prático: alguém está vindo te matar com uma faca e seu parente está com uma 
espada na mão e joga pra você. Você está acobertado pela legítima defesa e não 
será punido, mas seu parente que arremessou a espada poderá ser punido. 
- Teoria da acessoriedade limitada (média): o partícipe poderá ser punido, 
mas somente se o autor praticar um fato típico e ilícito, ainda que ele não seja 
CULPÁVEL. É A MAIS SEGUIDA E ADOTADA NO DIREITO BRASILEIRO. 
- Teoria da acessoriedade extrema: o partícipe poderá ser punido se o autor 
tiver cometido um fato típico, ilícito e for culpável. 
- Hiperacessoriedade: o partícipe poderá ser punido se o autor tiver cometido 
um fato típico, ilícito, for culpável e também EFETIVAMENTE 
punido/condenado. De acordo com essa teoria, praticamente não se pode punir 
o partícipe. Também é rechaçada. 
 Participação sucessiva: 
Ocorre quando o mesmo agente/autor é induzido, instigado ou auxiliado por 
2 ou mais pessoas que desconhecem entre si a contribuição prestada. Todos 
que tenham induzido, instigado ou prestado auxílio para a prática do delito 
serão responsabilizados como partícipes. 
Exemplo prático: B induziu A à prática de crime, C auxiliou A pelo mesmo crime. 
B e C não se conhecem e nem conhecem a participação um do outro. A 
consequência é que todos serão punidos. É relevante para saber a punibilidade. 
 Participação em cadeia: 
Ocorre quando alguém induz ou instiga outra pessoa a induzir, instigar ou 
auxiliar terceiro a praticar um delito. Todos que tenham induzido, instigado ou 
prestado auxílio para a prática do delito serão responsabilizados como 
partícipes. 
Exemplo prático: A induz B à instigar C à prestar um auxílio a B para que B 
venha a praticar um crime. 
 Participação negativa, também chamada de conivência, crime 
silente ou concurso absolutamente negativo: 
O indivíduo simplesmente observa sua prática sem nada fazer. Não será 
considerado partícipe. 
Exemplo prático: A repara que tem algumas pessoas furtando um 
estabelecimento comercial e nada faz. Não há vínculo subjetivo nem dolo. 
Concurso de pessoas nos crimes culposos: (A CESPE GOSTA DESSA 
PERGUNTA!) 
- Admite-se a coautoria em crimes culposos? SIM. 
- Admite-se a participação em crimes culposos? NÃO. Como alguém seria 
intencionalmente partícipe de um resultado que não queria obter? Impossível. 
- É possível coautoria nos crimes omissivos próprios? Há uma divergência na 
doutrina, mas prevalece que SIM. Exemplo: crime de omissão de socorro. Dois 
amigos andando, veem um idoso cair, bater a cabeça e começar a convulsionar. 
O primeiro amigo diz que não quer ajudar, o outro concorda em também não 
ajudar. É aí que surge a parcela da doutrina. Uns dizem que são coautores e 
outros dizem que cada um é autor e “dono” de sua própria omissão. 
- É possível participação nos crimes omissivos próprios? SIM. Desde que o 
agente pudesse agir no caso concreto e tivesse o dever de agir para evitar o 
resultado (artigo 13, §2º, CP). 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia 
e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a 
quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o 
resultado; 
 c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência 
do resultado. 
- É possível coautoria nos crimes omissivos impróprios (quando o agente é 
garantidor)? Há uma divergência na doutrina, mas prevalece que SIM. Exemplo: 
dois pais que combinam de matar o vosso filho de fome. Pai e mãe tem dever 
legal de agir. E há o vínculo subjetivo. 
- É possível participação nos crimes omissivos impróprios? SIM. Desde que o 
agente pudesse agir no caso concreto e tivesse o dever de agir para evitar o 
resultado de uma conduta criminosa praticada por outrem (artigo 13, §2º, CP). 
Exemplo: pai cuidador do filho, mas a namorada diz para que ele não cuide mais 
da criança para que vivam só os dois. O pai era garantidor. 
 Coautoria: 
Conceito: dois ou mais autores, com liame subjetivo, que buscam atingir 
determinado resultado típico. 
- Coautoria parcial ou funcional: a soma dos atos de cada agente gera o 
resultado almejado. Há DIVISÃO de tarefas. Exemplo: filme 11 homens e um 
segredo, cada um tem uma função para que o roubo se efetive. 
- Coautoria direta ou material: Os agentes geral o resultado praticando a mesma 
conduta. 
* É possível a coautoria em crimes próprios (exemplo: peculato)? SIM. 
* É possível a participação em crimes próprios? SIM. Exemplo: alguém que induz 
o funcionário público a praticar peculato. 
* É possível a coautoria em crimes de mão própria (crimes onde a conduta não 
pode ser delegada a outra pessoa, exemplo: auto aborto)? NÃO. Mas tem a 
exceção do crime de falsa perícia (342 do Código Penal). ESSA EXCEÇÃO É 
COBRADA! 
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como 
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo 
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
* É possível a participação em crimes de mão própria? SIM. Exemplo: alguém 
que induz a mãe a praticar aborto. 
 Coautoria sucessiva: 
Autor inicia a execução sozinho, mas outro agente passa a colaborar e 
efetivamente agir para o alcance do resultado. NÃO HÁ O PRÉVIO AJUSTE. 
 Executor de reserva: 
Agente que somente praticará atos executórios se sua ação for necessária 
para obtenção do resultado. O executor de reserva é coautor ou partícipe? 
DEPENDE, se vai agir ou não. As consequências irão depender dessa ação. 
Exemplo: A quer matar a vítima. A vai com seu revólver para matar, e seu amigo 
B que também está armado. Há o liame subjetivo. B só vai executar os atos 
executórios se sua ação for necessária para consumação do crime. Estálá para 
agir se precisar agir, mas pode não agir. 
 Autoria mediata: 
Agente que, sem realizar diretamente a conduta descrita no tipo penal, 
pratica um crime se utilizando de outra pessoa, a qual não é culpável ou age 
sem dolo/culpa. Em outras palavras, o autor mediato se vale de um terceiro 
como instrumento do crime. Ou seja, agente culpável determinando para um 
agente não culpável cometer um crime. 
Situações em que se verifica a autoria mediata: 
1) Inimputabilidade (por menoridade, doença mental, embriaguez fortuita). 
2) Coação moral irresistível (se resistível, há concurso de pessoas). 
3) Obediência hierárquica a ordem não manifestamente ilegal. 
4) Erro de proibição escusável (inevitável), determinado por terceiro. 
5) Erro de tipo escusável (inevitável) determinado por terceiro. 
* É possível a coautoria mediata? SIM. 
* É possível a participação na autoria mediata? SIM. 
* Autoria mediata é compatível com os crimes culposos? NÃO. 
* Autoria mediata é compatível com os crimes próprios? E com os crimes de mão 
própria? SIM. 
 Autoria por convicção: 
Agente conhece a norma penal, mas prefere praticar o delito por questões de 
consciência política, religiosa, filosófica ou de qualquer outra natureza. 
Exemplo: sabe que quebrar as janelas do palácio do Planalto é crime de dano, 
mas quebra mesmo assim porque está insatisfeito com a atuação dos políticos 
brasileiros. 
 Autoria colateral: 
Dois ou mais agentes que buscam o mesmo resultado, mas desconhecem a 
conduta do outro. Não há concurso de pessoas em razão da ausência do liame 
subjetivo. 
Autoria incerta: se dá no âmbito da autoria colateral, quando não é 
possível determinar quem EFETIVAMENTE produziu o resultado. É 
sabido quem são os possíveis autores, mas não é possível concluir qual 
comportamento gerou o resultado. Então ambos respondem pela 
tentativa.

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