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DIREITO CIVIL IV

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DIREITO CIVIL IV
PROF. RAIMUNDO CANO
31/08/2017
- Diferenciação entre Direito Real e Direito Pessoal
Direito Pessoal:
Identifica-se um vínculo inter-partes com sujeitopassivodeterminado ou determinável;
Em um Direito Pessoal a obrigação poderá ser de dar, fazer ou não fazer;
O objeto de um Direito Pessoal é sempre a entrega de uma prestação.
Direito Real:
O sujeito passivo é a coletividade e por essa razão, sujeito indeterminado;
No Direito Real o dever jurídico imposto a coletividade consistirá sempre em uma obrigação de não fazer, já que todos, indistintamente, assumem a obrigação de não praticar qualquer conduta que viole direito alheio;
O objeto de um Direito Real é próprio, bem móvel ou imóvel, já que o sujeito ativo retira do bem, sem a concorrência de quem quer que seja, todas as utilidades que ele pode oferecer, deliberando em vendê-lo, alugá-lo, emprestá-lo e etc;
Muito embora um Direito Real tenha início usualmente através de um Direito Pessoal, um contrato uma vez exaurido, executado, fica constituído Direito Real, pouco importando a forma pela qual foi criada.
HIPOTECA (Direito Real Imobiliário):
A hipoteca é Direito Real genuinamente imobiliário, onde o pretenso comprador de um imóvel, por não ter meios de quitá-lo, se socorre ao Sistema Financeiro de Habitação, que celebra com ele mútuo Feneratício, exigindo o agente financeiro como garantia do pagamento da dívida o próprio imóvel ou até mesmo outro, constituindo-se a partir daí a hipoteca.
Efetuando o registro da hipoteca junto ao Registro de Imóveis (RI), nasce um Direito Real da Caixa Econômica Federal sobre coisa pertencente a outrem, o proprietário, que só será extinto ao término do pagamento do preço. Nesse período, até que o pagamento pontual e final aconteça, o agente financeiro é titular de Direito Real sobre coisa alheia de forma que toda a coletividade tem o dever jurídico de respeitar a hipoteca. Caso não haja pagamento do empréstimo a juros pela hipoteca, o agente financeiro poderá requerer a execução da mesma, promovendo a alienação do bem para pagamento da dívida, na medida em que credor hipotecário tem interesse em receber e não no bem em si.
Há então dois Direitos Reais distintos recaindo sobre um mesmo bem imóvel: O Direito Real de Propriedade (do proprietário) e o Direito Real de Hipoteca (da Caixa Econômica Federal).
Sujeito Passivo da Hipoteca: A coletividade;
Sujeito Ativo da Hipoteca: Caixa Econômica Federal;
Sujeito Ativo: O proprietário;
Objeto: O imóvel.
02/08/2017
SERVIDÃO DE PASSAGEM (Direito Real Imobiliário):
Também é um genuíno Direito Real Imobiliário, um ônus real. O imóvel dominante passa a ser titular de um Direito Real sobre o imóvel serviente. O sujeito ativo da servidão só precisa do próprio bem, da própria coisa, independentemente de qualquer outro, para fazer valer o seu Direito Real de fazer uso da servidão, estabelece-se assim um vínculo do sujeito ativo com o bem. Uma vez efetuado o Registro da servidão no Registro de Imóveis (RI) passa a existir o Direito Real.
Há então dois Direito Reais distintos recaindo sobre um mesmo bem imóvel: O imóvel dominante tem o direito de propriedade e o direito real de servidão sobre o imóvel serviente.
Sujeito Ativo da Servidão: O imóvel que faz uso da servidão, chamando de imóvel dominante;
Sujeito Passivo da Servidão: A coletividade;
Objeto da Servidão: Faixa do imóvel que pertence ao terceiro e está delimitado na escritura (Servidão).
Se for por contrato de gaveta, só há eficácia "Inter Partes". Se for levado a registro, adquire eficácia "Erga Omnes"	Comment by Tiago Fadel: Eficácia entre as partes.	Comment by Tiago Fadel: Que tem efeito ou vale para todos.
OBRIGAÇÃO PROPTER REM:	Comment by Tiago Fadel: Propter rem significa “por causa da coisa”.
Obrigação de caráter pecuniário em que você tem o ônus, o dever de pagar, em função de ser titular de um Direito Real pré-existente.
É uma obrigação de caráter híbrido ou misto, pois tem um pouco de Direito Real e um pouco de Direito Pessoal.
Ela não pode ser tida como um típico Direito Pessoal, pois o que caracteriza um Direito Pessoal é o fato de a obrigação ser assumida em caráter voluntário, a pessoa assume a obrigação com voluntariedade, o que não existe na obrigação "Propter Rem”, pois a pessoa não assume essa obrigação voluntariamente, ela é compelida a pagá-lo, pois é titular de um Direito Real; e, nem como um típico Direito Real, pois o objeto de todo Direito Real é a coisa móvel ou imóvel, o objeto da obrigação “Propter Rem” é a entrega de uma prestação, da pecúnia (de dinheiro).
A doutrina afirma que a obrigação “Propter Rem” é uma obrigação de caráter híbrido, pois ela não é Direito Pessoal típico, justamente por ela não ser assumida voluntariamente, você precisa pagar por ser titular de um Direito Real e também não é Direito Real típico, pois o objeto dela é a entrega de pecúnia, dinheiro, obrigação de dar e não a própria coisa.
Exemplos de Obrigações Propter Rem: Condomínio (Cota condominial prescreve em cinco anos - Artigo 206, §5º, I, CC); IPTU, Taxa de Incêndio, Obrigação de construir o muro divisório, obrigação de pagamento para recomposição de danos ambientais.	Comment by Tiago Fadel: Art. 206. Prescreve:§ 5º - Em cinco anos: I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; 
Obs.: Débitos de água, esgoto e energia elétrica não são obrigações propter rem, e sim, obrigação de uma relação pessoal de consumo.
O que peculiariza uma obrigação propter rem é a possibilidade do titular atual ser responsabilizado pelas dívidas do seu antecessor (Direito Real). Ele tem que pagar e depois ajuizar ação regressiva diferentemente toque ocorre nas relações de consumo, onde há obrigação de Direito Pessoal e quem tem que pagar é o consumidor e não o novo dono do bem., conforme Artigo 1.345, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Caracteriza, evidenciar, definir, distinguir, identificar.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.345. O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios. 
√ Vide Folhas 27 / 30, do Livro Direito Civil Brasileiro, 2 - Teoria Geral das Obrigações - 13º Edição, de Carlos Roberto Gonçalves - Editora Saraiva.
PROMESSA DE COMPRA E VENDA:
No que diz respeito a Promessa de Compra e Venda, poderia-se imaginar que o custeio da obrigação "Propter Rem" diz respeito apenas do proprietário. Porém, algumas situações excepcionais afastariam essa regra.
Naquelas hipóteses em que a Promessa de Compra e Venda estiver registrada junto ao Registro de Imóveis (RI), o entendimento da jurisprudência é que a responsabilidade é solidária. Porém, em situações excepcionais em que o condomínio tem ciência inequívoca da Promessa de Compra e Venda e reconhece a posição do Promitente Comprador enviando-lhe boletos em seu nome e convocações para assembleias, não é possível admitir que o condomínio venha a cobrar o proprietário, considerando que até aquele momento tratavam suas relações jurídicas com o Promitente Comprador. A ideia de poder cobrar o proprietário constituiria verdadeiro comportamento contraditório (Venire Contra Factum Proprium).	Comment by Tiago Fadel: A expressão "venire contra factum proprium" significa vedação do comportamento contraditório, baseando-se na regra da pacta sunt servanda. Segundo o prof. Nelson Nery, citando Menezes Cordero, venire contra factum proprium' postula dois comportamentos da mesma pessoa, lícitos em si e diferidos no tempo. O primeiro - factum proprium - é, porém, contrariado pelo segundo.
Interesse Publico (Leis municipais) –Desapropriação 
 -Tombamento
 -Normas de construção 
Função Social - Ex:Redução dos prazos de usucapião Artigo 1238
 -Acessão invertida ou inversa artigo 1255 pg unico
Desapropriação Privada -1258
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOSREAIS:
É perfeitamente possível que um bem imóvel suporte Direitos Reais Distintos.
1) Oponibilidade "Erga Omnes”:A necessidade de todos respeitarem indistintamente a titularidade de um Direito Real alheio; Isso se dá com o Registro de Imóveis (no caso de bens imóveis). Por isso que se diz que o Direito Real é um direito absoluto, pois eu posso fazer valer o meu direito real contra quem quer que seja, todos indistintamente tem o dever jurídico de respeitar o meu direito real;tendo que ser respeitado a apartir do momento do registro junto ao RI se tratando de bem imovel e no cartorio de documentos...
2) Taxatividade:Os contratos são de livre criação. Qualquer pessoa não está presa aos contratos previstos no Código Civil e é perfeitamente possível criar uma nova figura contratual, que não esteja no Código Civil. No Direito Real não se tem essa possibilidade. Só se pode se valer dos Direitos Reais que estão expressamente previstos em Lei. Apenas a Lei pode criar Direitos Reais. A autonomia da vontade não pode criar direito real, as partes não podem criar direito real a seu bel prazer, estão presas ao conteúdo da norma. A maioria dos Direitos Reais estão no Artigo 1.225, do Código Civil. Esse não é o único Artigo que prevê Direitos Reais, isso é admitido desde que estejam previstos em Lei.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela MEDIDA PROVISÓRIA Nº 700 DE 8 DE DEZEMBRO DE 2015) XIII - os direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou às suas entidades delegadas e respectiva cessão e promessa de cessão. (Incluído pela MEDIDA PROVISÓRIA Nº 700 DE 8 DE DEZEMBRO DE 2015) 
3) Aderência: Na aderência, uma vez estabelecido um Direito Real sobre o bem, cria-se um vínculo inafastável entre o Direito Real e a própria coisa, de forma que não é mais possível enxergar o bem sem o Direito Real que sobre ele incide.
4) Ambulatoriedade (Deriva da aderencia):É a capacidade de deslocamento do Direito Real, de forma que o titular do mesmo não precisa ter a coisa sobre seu poder físico a todo tempo para que o Direito Real sobreviva. Assim, o proprietário de um imóvel não perde sua qualidade considerando que o bem esteja sobre o contato físico do inquilino, por exemplo.
5) Sequela (Deriva da aderencia): É o direito de retomar a coisa fazendo uso das demandas judiciais por parte do titular de um Direito Real, onde quer ou com quem quer que ela se encontre, desde que a pessoa tenha o bem consigo injustamente.
Data:07/08/2017
6)Exclusividade: por essa caracteristica não é possivel que duas ou mais pessoas postulem direito real identico e ao mesmo tempo recaindo sobre o mesmo bem.Nesse contexto é impossivel que esses individuos postulem autonomamente o mesmo direito real sob a coisa.Por outro lado é perfeitamente admissivel que duas ou mais pessoas exerçam direito real identico sob o mesmo bem desde que um não pretenda reivindicar a do outro.No condominio onde duas ou mais pessoas são co-proprietarias é perfeitamente passivel se verificar essa situação.Por outro lado a coisa movel ou imovel pode suportar direitos reais distintos recaindo sobre ele ao mesmo tempo como se ve por exemplo na hipoteca onde o imovel suporta a propriedade e o credor hipotecario tem o direito real de fazer uso daquele bem na hipotese de inadimplemento.
Exclusividade: A característica da exclusividade significa que é impossível que duas pessoas, sozinhas, ou ao mesmo tempo, postulem ou sejam os titulares sobre o mesmo Direito Real recaindo sobre o mesmo bem. Iremos importar um conceito la de física, onde dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço.
Poderá haver mais de um titular de um mesmo bem, como por exemplo, uma propriedade em condomínio. Nesta hipótese, haverão dois titulares ou mais em uma co-propriedade.
Mas é perfeitamente possível que eu tenha um bem, móvel ou imóvel, que suporte direitos reais distintos. Como por exemplo, na hipótese de uma hipoteca
7) Preferência (Hipoteca,Penhor(pignoraticio),Anticrese): Ela é típica de uma espécie de Direito Real. Ela não se aplica a todos os Direitos Reais, mas sim a algumas espécies, aos chamados Direitos Reais de Garantia: Hipoteca, Penhor, Anticrese.
Credor quirografario=Não tem garantia 
É chamado Direito Real de Garantia, pois o indivíduo oferece um bem para garantir dívida (Mútuo Feneratício). A preferência é a prerrogativa do titular de um Direito Real de Garantia de receber na frente dos demais credores em caso de insolvência ou falência.
Essa prerrogativa não é absoluta, conforme o Artigo 83, da Lei de falência (Lei 11.101/2005).	Comment by Tiago Fadel: Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: I - os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; 
Erga Aliquos: A preferência do Direito Real de Garantia é oponível contra alguns credores,tendo o direito de receber...
Muito embroa a lei de falencias não tenha tratado dos debitos condominias a sumula 478 resolveu de vez a questão deixando claro que a prioridade é o pagamento das dividas do condominio.Inicialmente o não custeio das dividas desta natureza acaba por onerar os demais condominos que são obrigados a fazer frente as despesas do inadimplente na medida em que as dividas do condominio não cessam com aquele não pagamento pontual.Ademais,se o imovel não se conserva,porque o condominio não possue patrimonio para tanto,no momento em que o imovel prcisar ser alienado a consequencia sera o imovel desvalorizado de forma que o numero menor de credores sera satisfeito com essa situação.Por fim,estamos diante de verdadeira obrigação propter rem e como tal não seria justo que o novo adquirente tivesse que suportar uma divida que não lhe pertence o que seria a consequência inafastavel da continuidade do debito condominial.
O condomínio tem prioridade sobre o credor hipotecário considerando a Súmula 478, do STJ, e ainda, por que o não pagamento de despesas desta natureza cria para os demais condôminos a obrigação de arcar pelo inadimplente, o que não se revela medida correta. Ademais, o objetivo da taxa condominial é o custeio da coisa comum, o que deixa de acontecer diante do não pagamento do condomínio. Assim, se a coisa comum não se conserva, o imóvel que precisa ser alienado terá valor menor, abarcando por consequência o menor numero de créditos, o que justifica a necessidade do condomínio ser pago em primeiro lugar, reforçando a Súmula 478, do STJ.	Comment by Tiago Fadel: Súmula Nº 478 - Na execução de crédito relativo a cotas condominiais, este tem preferência sobre o hipotecário.
8) Perpetuidade x Temporariedade: A perpetuidade significa que o Direito Real é criado, estabelecido para ter um tempo indefinido de existência, sem limitação. Essa característica é da propriedade, assim como sabem é de outros Direitos Reais, como por exemplo, temos a servidão que é um direito perpétuo.
Alguns direitos reais também são temporários. O temporário esta relacionado ao fato de que aquele direito real ao ser instituído, criado, já se sabe que terá um tempo de duração. Como por exemplo, a hipoteca, que é essencialmente um Direito Real Temporário. Ao término do pagamento do preço, aquela hipoteca se resolve.
9) Elasticidade: Essa característica é própria de um Direito Real, o Direito Real da Propriedade, extraída do Artigo 1.228, do Código Civil).	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poderde quem quer que injustamente a possua ou detenha.
• PODERES INERENTES DA PROPRIEDADE: Usar, gozar, dispor e reivindicar.	Comment by Tiago Fadel: As “Alíneas A, B e C” revelam os chamados Aspectos Internos da propriedade, pois o titular só precisa da própria coisa, do próprio bem, para fazer uso dessas faculdades.
Poder de usar(Jus Utendi) (Fazer uso, morar, emprestar);
Fruir ou gozar (Jus Fruendi)(Perceber os frutos civis, naturais e industriais);
Dispor (Jus Abutendi): Alienar (Transferir a titularidade a título oneroso ou gratuito, vender, doar, trocar) / Gravar (Oferecer a coisa em garantia. Hipoteca em caso de bem imóvel, navio ou avião, ou penhor no caso de bens móveis); São conhecidos (A,B,C) como aspectos internos da propriedade pois o titular so precisa da propria coisa para fazer uso desses poderes ou faculdade.
	Comment by Tiago Fadel: Reivindicar é o poder de tomar a coisa de quem injustamente a possua ou detém. É o Aspecto Externo.Como por exemplo, se alguém invade um imóvel meu, tenho o direito de tomar o imóvel de novo.O proprietário para conseguir reivindicar, precisará de uma terceira pessoa, que estará desrespeitando o seu direito real. Trata-se de um Aspecto Externo.
Reivindicar Aspecto externo da propriedade pois o individuo precisa de terceiro violando seu direito real para fazer uso de seu poder de reivindicar.O terceiro precisa ter a coisa consigo injustamente. (Direito de Sequela).
O usual é que os quatro poderes ou faculdades inerentes a propriedade estejam concentrados nas mãos daquele que se qualifica como proprietario.Porem é usual que estes poderes não estejam concentrados nas mãos do proprietario seja porque não tem parte de um desses poderes,não tem algum,ou alguns desses poderes.Na servidão por exemplo o individuo continua dono porem a sua propriedade é limitada na medida em que sofre uma restrição no poder de usar.Toda vez que o individuo não tem esses poderes em sua totalidade sera conhecido como proprietario limitado ou restrito e isso so se torna possivel devido a caracteristica da elasticidade na medida em que devido a mesma é possivel que as faculdades não estejam consentrados todas elas nas mãos do proprietario .
O proprietário pleno é aquele que tem em suas mãos os quatro poderes ou faculdades inerentes a propriedade. Em algumas hipóteses o proprietário deixa esse status e passa a se qualificar como restrito ou limitado. Nestas circunstâncias estará desprovido de uma das faculdades inerentes a propriedade, de mais de uma dessas faculdades, ou até mesmo de parte de uma dessas faculdades. A limitação a propriedade variará de acordo com a espécie de direito real. Na hipoteca, por exemplo, o proprietário tem o poder de usar, fruir, reivindicar e dispor, porém, quanto a esse último, há uma restrição na medida em que o proprietário não pode resolver aliená-lo sem a anuência do credor hipotecário.
√ Vide Artigos 1.228, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Os Direitos Reais Obedecem Duas Condicionantes:
Interesse Público: O Direito Real é restringido em prol do interesse público (desapropriação, tombamento);
Função Social: A função social deixa claro que os Direitos Reais tem que estar de acordo com a função social (Usucapião).
Acessão Invertida ou Inversa: Pois foge a regra geral de o acessório seguir a sorte do principal.
√ Vide Artigos 1.255, § Único e Artigo 1.258, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização. Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção.
POSSE-Enquanto a propriedade reconhece a titulariedade das faculdades inerentes a mesma,a posse é um fenomeno relacionado ao exercicio desses poderes ou faculdade.Normalmente a pessoa exerce esses poderes ou faculdade por estar apoiado na titulariedade de um direito real.Porem é perfeitamente possivel vizualizar aquele individuo que exerce esses poderes ou faculdade sem estar amparado em qualquer relação juridica preconstituida.Imaginando o individuo que invada determinado imovel que logo em sequência construa no mesmo,alugue uma de suas construções e pretenda vender outras.Nesse contexto este individuo não é titular de relação juridica alguma porem exerce as faculdades inerentes a propriedade como permite o artigo 1196 .A doutrina discute sob a natureza juridica da posse entendendo alguns que se trata de fato na medida em que estamos diante de um fenomeno de nossa vida cotidiana e que é possivel observar a todo momento e para outros é verdadeiro direito na medida em que tanto o codigo civil quanto o CPC tratam da questão.O melhor entendimento parece ser aquele que compreende a posse como um fato mas tambem como verdadeiro direito,a depender da análise do caso concreto.	
- A POSSE é fenômeno fático relacionado diretamente a nossa vida cotidiana e está ligada ao exercício de um, mais de um ou de todos os poderes inerentes à propriedade. O titular de um direito real, dependendo de sua espécie tem o direito de exercer algumas ou todas as faculdades da propriedade, o que certamente, não significa que o faça. Por outro lado, o exercício com autonomia dessas faculdades não exige a prévia titularidade. A posse é fenômeno democrático visto a todo instante em nossa vida cotidiana pelo indivíduo que faz uso de seu carro, por aquele que está alugando o seu imóvel e etc.
A posse é direito por que é resguardada pela norma e fato por estar presente em nosso dia-a-dia, ao nosso cotidiano.
√ Vide Artigo 1.196, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
Data:09/08/2017
Existem duas correntes que explicam a posse:
De 
A 1º é a chamada de "Teoria subjetiva da posse” - criada pelo Professor Savigny. Por esta teoria, para que uma determinada pessoa fosse enquadrada como possuidora, ela precisaria ter ao mesmo tempo, “Corpus + Animus Domini”, ou seja,Corpus é a coisa ou bem (móvel ou imóvel) e um conjunto de Atos Materiais que revelam um poder físico sobre a coisa. Pela Teoria Subjetiva da posse, "Corpus"" sem “Animus" não é posse, é detenção.	Comment by Tiago Fadel: O Direito Brasileiro não acolheu a Teoria Subjetiva da Posse como regra. Foi acolhida em caráter excepcional, como por exemplo, no Usucapião. Vide Artigo 1238, CC.	Comment by Tiago Fadel: A coisa, o bem e um conjunto de atos materiais que revelam um poder físico sobre a coisa.	Comment by Tiago Fadel: Animus Domini é a intenção de adquirir a propriedade, de se tornar proprietário.	Comment by Tiago Fadel: Detentor: Usufrutuário, arrendatário, comodatário, locatário)
Animus Domini é a inteção de adquirir a coisa.Comporta-se em relação a coisa com objetivo de se tornar dono da mesma.Sendo uma posse qualificada,tendo a intençãode adquirir a propriedade. A detenção é corpus sem animus domini sendo chamado de Detentor.
A 2º é a chamada de "Teoria Objetiva da Posse” = Foi idealizada pelo Professor Ihering. Nesta teoria, é irrelevante "Corpus" e "Animus Domini”, sendo importante a Visibilidade do domínio da posse ou a Exterioridade do domínio, que significa que o indivíduo adota comportamento em relação a coisa como se dono dela fosse. Ele procede em relação ao bem como o dono procederia naquelas circunstâncias, sendo irrelevante a intenção de propriedade e sim a atuação como proprietário. Se a coletividade observando a conduta do sujeito, puder concluir que ele é o proprietário, pois o seu comportamento revela isso, estaremos diante de um possuidor (comodatário, locatário). O importante é conseguir tentar detectar a maneira em que ele atua em relação ao bem.	Comment by Tiago Fadel: É a teoria acolhida no Brasil.
O direito brasileiro adotou como regra a teoria objetiva da posse deixando de lado os requisitos do corpus e do animus .Para essa teoria o individuo sera considerado possuidor toda vez que ostentar a chamada Visibilidade ou exterioridade do dominio.A coletividade observando a conduta daquele individuo pode afirmar que o mesmo procede em relação a coisa como se dono dela fosse sendo irrelevante indagar se o individuo tem ou não a intenção de adquirir a propriedade do bem.Trata-se de um conceito bem mais elastico da posse que permite inserir em seu contextoa posição do comodatario,do locatario e de todos os demais titulares de direito real ou pessoal como regra . 
Irrelevância de Animus e Corpus;
Visibilidade ou exterioridade do domínio;
Adoção de comportamento ou reação a coisa como se dono dele fosse;
A coletividade observando a conduta do indivíduo pode concluir que ele é o proprietário (possuidor);
Teoria adotada majoritariamente no Brasil.
√ Vide novamente o Artigo 1.196, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
DETENÇÃO: É possível visualizamos duas modalidades de detenção:
Detenção Interessada: O detentor possui interesse jurídico na coisa que tem consigo, por outro lado, na Desinteressada, ocorre exatamente o contrário.O individuo que tem a coisa consigo tem interesse economico na coisa.
Detenção Desinteressada: O detentor não possui interesse jurídico no bem (coisa) que tem consigo.
Posse Degrada ou Inferiorizada pela Lei: Na "Teoria Objetiva da Posse”, o indivíduo só não é possuidor porque a Lei assim determina. Para a Teoria Objetiva da Posse o detentor seria aquele que retira a qualidade de possuidor. Qualquer indivíduo que se enquadrar na hipótese do Artigo 1.198, do CC, será chamado de “Fâmulo ou Servo da Posse” (Caseiro).
- Posse Degrada ou Inferiorizada pela Lei:Por esta teoria o detentor seria aquele a quem a Lei, a norma retira a qualidade de possuidor. Você só não é possuidor porque a norma expressamente assim determina.
A hipóteses mais usual de detenção é a prevista no Artigo 1.198, do Código Civil (hipótese do caseiro). √ Vide Enunciado nº 493.1210 pg 1	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário.	Comment by Tiago Fadel: O detentor (art. 1.198 do Código Civil) pode, no interesse do possuidor, exercer a autodefesa do bem sob seu poder. 
A ocupação de um bem público jamais conduzirá o indivíduo a ter posse sobre o bem diante do poder público. Assim, mesmo que o indivíduo ocupe este bem por grande lapso temporal, jamais será considerado possuidor diante da Fazenda Pública e sim Detentor Interessado. Porém, em relação ao restante da coletividade, entende a jurisprudência que, o mesmo será possuidor com todos os efeitos que possam ser atribuídos a posse merecendo destaque a possibilidade de ajuizar contra qualquer particular uma ação possessória.
Ditado :O Fâmulo da posse é detentor desinteressado e por esta razão,por não ter posse jamais podera fazer uso das ações possessorias podendo apenas na forma do enunciado 493 da jornada de direito civil fazer uso da auto defesa da posse de um bem que não é possuidor.A autodefesa da posse consiste na possibilidade de fazer uso da força fisica para reagir a agressçao da posse alheia.A norma exige 2 requisitos para que o individuo possa fazer uso desse instituto que seja realizado com proporcionalidade bem como logo apos a agressão a posse ser formalizada.
A doutrina discutia sobre o depositario ter ou não posse lembrando que no contrato dessa natureza o depositario so tem a possibilidade de guardar o bem de maneira que não podera utiliza-lo.Em um primeiro momento entendia-se que o depositario não seria possuidor sobre o argumento de que como não pode faer uso da coisa não pode revelar a coletividade a chamada visibilidade do dominio de maneira que não tenha coletividade a possibilidade de tomar conhecimento daquela ocupação.Atualmente prevalece a ideia de que tem posse na medida em que o poder de administração do bem é exclusivamente dele e como este poder de administração revela parte do poder de usar é possivel se compreender que o individuo na qualidade de depositario tambem tera posse,podendo por certo propor as ações possessorias em favor do depositante.
TEORIA SOCIOLÓGICA DA POSSE: Existe também a chamada de “Teoria Sociológica da Posse” - Não tem o objetivo de superar, prevalece sobre as demais. O seu objetivo é o fortalecimento do fenômeno fático da posse diante da propriedade. A aplicação da "Teoria Sociológica da Posse" tem por efeito, ora a extinção da propriedade ou de outros direitos reais, e ora, a sua limitação, a sua restrição.
A redução dos prazos do usucapião é um dos efeitos da Teoria Sociológica da Posse. Outro exemplo é, sem duvida, o Artigo 1258, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção.
√ Vide também o § Único do Artigo 1.238, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
• CLASSIFICAÇÃO DA POSSE:
Posse Plena: O indivíduo tem a posse plena quando ele exerce todos os poderes (4) inerentes a propriedade. Possuidor pleno é aquele que exerce com autonomia todos os poderes inerentes a propriedade.
A posse poderá ser desmembrada em “Posse Direta” ou “Posse Indireta”.
- Posse Direta: Possuidor direto é aquele que tem contato físico, imediato com a coisa. Por exemplo, temos o locatário, o comodatário,usufrutoe etc.
- Posse Indireta: Possuidor indireto é aquele que já recebe a coisa ou ele mesmo por direito real ou pessoal e transfere o contato direto da coisa para outrem reservando-se o direito de recobrá-la em momento futuro.
	A importância prática é que tanto o possuidor direto quanto o indireto podem defender a coisa de terceiros, sozinhos e com exclusividade. Poderão também, tanto o possuidor direto como o indireto podemum contra o outro exercer o direito da posse (ação possessória). Ex: Eu alugo um imóvel (possuidor indireto) para Felipe (possuidor direto). Se alguém invade o imóvel, tanto eu quanto Felipe poderemos ajuizar a ação possessória.
√ Vide Artigo 1.197, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. 
	O possuidor indireto pode ajuizar ação possessória contra o direto e vice e versa, pois ambos possuem a posse.
Ditado:Disse possuidor pleno aquele individuo que exerce os 4 poderes ou faculdades inerentes a propriedade.É possivel que esta posse seja desmembrada hora porque o proprio possuidor pleno procedeu dessa forma hora porque o possuidor indireto ja assumiu a coisa dessa forma.De qualquer forma sera conhecido como possuidor pleno aquele individuo que transferiu o contato fisico com a coisa para terceiro reservando-se o dirieito de no futuro recupera-lo .O possuidor direito é aquele que tem a coisa consigo em carater imediato,direito.A grande importancia pratica desta classificação,consiste no fato de que tanto um quanto o outro poderão defender a posse da integralidade da coisa diante de terceiros de maneira que por exemplo se o imovel alugado é invadido tanto o locador quanto o locatario poderão ajuizar ação possessoria para recuperar o bem .Da mesma forma ambos os envolvidos poderão propor ação possessoria um contra o outro.O fato de eventualmente uma das partes ser considerada proprietario da coisa não significa que tera êxito na ação possessoria na medida em que nela se discuti apenas a posse e nada mais.
Ius Possedendi:Posse que vem amparada em uma relação juridica previa.Ha um direito real ou pessoal que autoriza o individuo a possuir.Relação juridica previa de direito real ou pessoal (posse do locatario)
Ius possessionis esta presente quando nos estamos diante da posse pela posse;o individuo tem a posse da coisa por sua propria força pois não esta amparado em qualqur relação juridica previa (invasor)
14/08/2017
2) Composse (Artigo 1.199, do Código Civil):
Ocorre quando duas ou mais pessoas simultaneamente exercem a posse sobre o mesmo bem. Normalmente proveniente da compropriedade, mas não necessariamente.
Se apenas um dos compossuidores tiver a posse direta do bem e os demais se insurgirem em relação a isso, estes últimos poderão exigir ação de arbitramento de aluguel, ou seja, os compossuidores poderão exigir o pagamento de um aluguel proporcional, a ser pago pelo compossuidor que obtiver a posse.
1º Exemplo de Composse Direta: Dois inquilinos no mesmo imóvel.
A composse fere a característica da exclusividade dos Direitos Reais? Não, pois pela exclusividade eu tenho duas pessoas reivindicando o mesmo direito sobre o mesmo bem. Na Composse o direito é um só, exercido em conjunto por duas ou mais pessoas.
2º Exemplo de Composse Direta: Herança - O pai morre e deixa um imóvel para quatro filhos. Todos terão um único direito sobre o mesmo bem.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores. 
	Comment by Tiago Fadel: Como exemplo, um casal que possui um imóvel. Os dois são proprietários de um mesmo imóvel.
Exceção do Artigo 1.199, do Código Civil: Se o possuidor é casado, ele precisará que os dois litiguem, ou um litigue com a anuência do outro, ou tenha o suprimento deste consentimento, conforme expressa o Artigo 73, § 2º, do CPC.
Pro indiviso-Aquele possuidor que habitar sozinho ou tiver a coisa consigo sozinho,podera ser compelido ao pagamento de verba a titulo de aluguel pela ocupação exclusiva.	Comment by Tiago Fadel: Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.
Pro Diviso- A coisa não esta juridicamente dividida porem a uma divisão fatica daquele bem de maneira que cada um ocupa parte d acoisa com exclusividade.Consequencia,como não ha ocupação de todo por todos;cada um so pode defender a sua parte e não o todo.Não se apica o artigo 1199.
Posse Ad Usucapionem=Animus Domini – Animus domini é a posse com intenção de adquirir a propriedade
3) Posse Derivada e Originária:
A Posse Derivada é aquela em que há o fenômeno da transmissão, ou seja, o sucessor recebe a posse do antecessor por ato “inter-vivos”( Ex:Individuo vende o imovel,o ocmprador passa a ter uma posse derivada.	Comment by Tiago Fadel: Não está em Lei.	Comment by Tiago Fadel: Doação, compra e venda, cessão de posse e etc.
) ou "mortis causa” (Posse em razão do obito).Conclusão:Essa posse é assumida com os mesmos vicios e caracteristicas que existiam em relação ao antecessor.Artigo legatario:aquele que recebe bem especifico e determinado em razão de testamento.Artigo 1206	Comment by Tiago Fadel: herança, testamento e etc…
 Importância prática: O sucessor assume a posse com todas as qualidades, características e classificações que esta posse tinha em relação ao anterior. Se minha posse era de má-fé e eu a transfiro para outrem, este também possuirá uma posse de má-fé.
Na Posse Originária não há o fenômeno da transmissão, ou seja, o indivíduo obtém a posse por sua própria força. Neste o possuidor não assume o histórico da posse. As características da posse referentes ao antecessor, não são transmitidas ao sucessor, pois não há o fenômeno da transmissão. Ele assume por ato próprio, sem vícios e sem as características do anterior.Ex:individuo que invade o bem e dele se ocupa.Como na posse originaria o inviduo adquire a posse por sua propria força ele não tem a trasnmissão de vicios e defeitos que essa posse tinha em razão do antecessor 
4) Posse Justa e Injusta:
Posse Justa: O possuidor justo é aquele que tem a posse desacompanhada de um dos vícios objetivos da posse. - Artigo 1.200, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Posse Injusta: O Possuidor Injusto é aquele que tem a posse acompanhada de um dos vícios objetivos da posse, essa posse será injusta até que um ato o legitime. A partir da publicidade o possuidor é considerado como possuidor injusto perante o proprietário, porém, diante da sociedade é possuidor justo.
√ Vide Artigo 1.208, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. 
(A) Violência ou Posse Vi;
(B) Clandestinidade;
(C) Precariedade.
Ditado: A posse é qualificada como injusta quando vem acompanhada de um dos vicios objetivos da posse previstos no artigo 1200 do codigo civil.Basta que o individuo tenha a coisa consigo sem a presença de um desses vicios objetivos para que seja considerado possuidor justo.Na violencia o individuo imprega a força fisica ou a coação moral para obter o contato imediato com o bem.Enquanto aquele que faz uso da força fisica para obter a posse ainda estiver diante da resistencia do possuidor legitimo que faz uso da autotutela ou imediatamente ingressa com a medida possessoria cabivel estamos diante de uma hipotese de detençao interessada que so passara a ser posse no momento em que o legitimo possuidor deixar de oferecer resistencia.A partir dai sera considerado um possuidor injusto daquela coisa ate que fato superveniente e eventual legitime aquela posse tal como o usucapião ou a celebração de um contrato com o legitimo possuidor.A posse injusta ostenta essa qualidade apenas em relação ao possuidor legitimo de maneira que diante da coletividade aquele individuo sera tratado como possuidor justo.
	Comment by Tiago Fadel: A posse é obtida através da violência.
Violênciaou Posse Vi:
Na violência o indivíduo faz uso da força física ou da coação moral para obter o contato imediato com a coisa. Enquanto o legítimo possuidor estiver oferecendo resistência a investida do agressor, será considerado aquele que faz uso da violência, como mero detentor interessado. Por força do Artigo 1.210, § 1º, do Código Civil, o agredido poderá fazer uso da autodefesa de sua posse, situação em que a norma permite que o indivíduo faça uso da força física para repelir a agressão. A norma exige a presença de dois requisitos para o uso da autodefesa, a proporcionalidade, bem como, que o uso da força física seja concomitante ou logo em seguida a prática do ato e não no momento em que o legítimo possuidor tomar conhecimento. A partir do momento que o legítimo possuidor deixar de oferecer resistência, não chamando a polícia, a ajuda de familiares, o detentor interessado passa a possuidor injusto até que fato superveniente eventual legitime a sua posse, seja um contrato ou usucapião.
	Comment by Tiago Fadel: § 1º - O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
	Comment by Tiago Fadel: Assemelha-se ao crime de furto. O indivíduo obtém a coisa sorrateiramente, na calada da noite, sem publicidade, de maneira furtiva.
Clandestinidade ou Posse Clam:
Na Posse Clandestina o indivíduo obtém a coisa sorrateiramente, na calada da noite, sem publicidade, de maneira furtiva. Ele será considerado possuidor quando começar a dar publicidade na posse do bem, deixando de ser um detentor interessado e passando a ser um possuidor injusto.
Ditado:Na clandestinidade o individuo obtem o contato fisico,imediato com a coisa as escondidas sorrateiramente de maneira que mantera a situação de detentor ate que fato supeveniente eventual,legitime a minha posse devendo ser lembrado que enquanto mantiver a coisa sob seu poder sem conferir publicidade sera tido como mero dententor interessado.A posse justa ou injusta não significa posse de boa ou de ma fe ate mesmo por que os vicios objetivos devem ser interpretados restritivamente.Assim,se uma pessoa ocupa o imovel sem conferir a ele publicidade é mero detentor interessado ate conceder esta publicidade momento em que passa a ser possuidor injusto. Em ambos os vicios é o seu cometimento que permite aquele que faz uso dele ter o contato direto,imediato com a coisa.
	Comment by Tiago Fadel: É o vício mais comum.
Precariedade ou Posse Precária:
A norma no Artigo 1.208, Segunda Parte, do Código Civil, não faz menção ao vício da precariedade de maneira que alguns doutrinadores com amparo nessa norma sustentam que o vício da precariedade jamais se convalescem de maneira que o indivíduo será tratado indefinidamente como detentor interessado. A interpretação deste artigo, vai de encontro a "Teoria Sociológica da Posse", de forma que o indivíduo em dado momento deverá ser tratado como Possuidor Injusto, já que figurava na qualidade de Detentor ou Possuidor Direto Justo até determinado momento. A grande questão que se coloca está em saber a partir de que momento o indivíduo poderá ser considerado possuidor Injusto. A melhor compreensão da norma e da Teoria Sociológica entende que isso seria possível a partir do momento que o legítimo possuidor tem a negativa expressa na devolução do bem ou aquele que faz uso da precariedade começa a adotar uma série de comportamentos objetivos que revelam a sua intenção em não devolver o bem, tais como, construindo, reformando, plantando ou criando animais. O Enunciado nº 301 da Jornada de Direito Civil, reforça a ideia de que o indivíduo possa se tornar possuidor pela precariedade.	Comment by Tiago Fadel: 301 Art.1.198. c/c art.1.204. É possível a conversão da detenção em posse, desde que rompida a subordinação, na hipótese de exercício em nome próprio dos atos possessórios.
Ditado:Na precariedade o contato com a coisa se da de forma previa ao cometimento do vicio.O individuo tinha o contato com o bem em razão de um fato legitimo e ao ser solicitado a devolução por parte do legitimo possuidor este se nega a faze-lo como aconteceria por exemplo na hipotese do individuo que demite seu caseiro e mesmo apos pagar todas a sverbas trabalhistas não conta com o bem desocupado.Como o artigo 1208 não faz qualquer menção a precariedade alguns doutrinadores entendem que a mesma não convalece,ou seja,que aquele que comete esse vicio jamais podera se tornar possuidor.O referido entendimento vai de encontro a teoria sociologica da posse na medida em que não é justo tratar determinada pessoa indefinidamente como detentor encontrando a jurisprudencia grande dificuldade em estipular o momento que o individuo passa a se qualificar como possuidor.Prevalece o entendimento de que o individuo passa a possuidor quando nega a devolução da coisa com o conhecimento do legitimo possuidor ou quando revela atraves de comportamentos objetivos como construir,reformar,plantar que modificou o seu comportamento em relação ao bem o que normalmente vem associado a uma intenção de adquirir a propriedade que se constata atrasves de tais condutas.
√ Vide Artigo 1.208, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. 
A Posse com Vício Subjetivo é a posse de má-fé.
√ Vide Artigo 1.201, Caput, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.
16/08/2017
• INSTITUTO DA “INTERVERSÃO, INVERSÃO OU CONVERSÃO NO TÍTULO DA POSSE”:
A prática da precariedade é o exemplo mais recorrente, clássico da "Intervenção, Inversão ou Conversão do Título da Posse”. Estaremos diante de um fenômeno que tenha esses três nomes todas as vezes que o indivíduo alterar as qualidades, especificações e atributos de sua posse, ou quando ele era detentor e passa a ser possuidor. Tinha-se uma posse justa, uma detenção e ao negar devolução da coisa eu me torno um detentor injusto. É o que acontece na precariedade. Pode ser dada de 02 formas a inversão do título da posse:
A) FATO DE NATUREZA JURÍDICA: Estará presente quando a inversão acontecer consensualmente(bilateralmente) através da celebração de um Direito Real ou Pessoal,no sentindo de inverter/alterar aqela posse.Ex:Invasor chega a um consenso com o logitimo proprietario e eles celebram um contrato de arrendamento,ele tinha uma posse injusta e com a celebração de arrendamento passou a ter uma posse justa.
Ex.: Constituto Possessório ou Cláusula Constituti: 	Comment by Tiago Fadel: Posse de coisa própria que passa a ser coisa alheia.Se opõe ao “Traditio Brevi Manu”. O indivíduo é possuidor direto ou detentor legítimo e adquire a propriedade do bem se tornando proprietário pleno e por consequência possuidor pleno.Ex: inquilino que compra o imóvel que a ele era locado.2º Ex.: O invasor que adquire o imóvel através do usucapião.
A interversão do título da posse por fato de natureza jurídica também acontecerá através do Constituto Possessório. Este fenômeno estará presente quando o indivíduo aliena bem de sua propriedade, faz inserir através de cláusula expressa a entrega da posse em favor do adquirente, permanecendo o alienante com o contato imediato com a coisa na qualidade de possuidor direto ou detentor. Muito embora a eficácia da cláusula não esteja condicionada a um prazo de ocupação por parte do alienante, o correto que a cláusula preveja prazo específico para a desocupação do bem. A entrega da posse em favor do adquirente se dá de forma ficta na medida em que a cláusula tem o efeito de entregar a posse ao adquirente, que imediatamente devolve ao alienante. A grande vantagem da previsão expressa da entrega da posse está justamente no fato deque o adquirente conseguirá obter a retomada do bem contra o alienante de maneira mais célere caso este não entregue a coisa. A Cláusula Constituti produz eficácia unicamente inter-partes, justamente por estar prevista no contrato, esta cláusula não é oponível Erga Omnes. Ela se opõe ao “Traditio Brevi Manu”. O indivíduo é possuidor direto ou detentor legítimo e adquire a propriedade do bem se tornando proprietário pleno e por consequência possuidor pleno. Enquanto no Constituto se tem o desmembramento da posse, aqui teremos a concentração da posse plena.
Como exemplo, temos o caseiro que recebe doação de seus patrões o imóvel que ele ocupava. O Constituto Possessório é uma forma de aquisição Da Posse Ficta, pois ocorre única e exclusivamente por causa da cláusula.
Ditado:O constituto possessorio tambem conhecido como clausula constituti é exemplo de intervenção por um fato de natureza juridica.Atraves desse fenomeno o individuo ao alienar a sua propriedade a titulo oneroso ou gratuito transfere atraves de clausula expressa a posse me favor do adquirente e este imediatamente lhe devolve sendo mais coerente inserir prazo de posse direta por parte do alienante.O objetivo desta clausula que não se presume é o de permitir em favor do adquirente o uso das ações possessorias caso o alienante não devolva a coisa depois do prazo ajustado.Trata-se de inversão considerando que o alienante era possuidor pleno e agora passou a possuidor direto o que so foi possivel de acontecer pela presença da clausula.O alienante tinha posse de coisa propria e agora passou a ter posse sobre coisa alheia.Caso o documento de alienação não peveja expressamente a presença dessa clausula o adquirente sera proprietario porem não podera fazer uso das ações possesorias contra o alienante.Muito embora o uso correto dessas ações esteja relacionado aquelas hipoteses o que se assegura o alienante expressamente a posse direta por mais um periodo transferindo assim a posse ao adquirente é perfeitamente possivel e uito utilizado a clausula constituti em toda e qualquer situação de alienação de um bem para a eventualidade do alienante não desocupar a coisa permitindo ao adquirente a propositura das ações possessorias.Clausula contratual não se presume precisa ser expressa.So possuindo eficacia interpartes 
Traditio Brevi Manu:Ex:Caseiro que recebe retribuição O fenomeno da traditio brevi manu é o oposto ao constituto possessorio.Atraves desse fenomeno eterminado individuo é detentor ou possuidor direto da coisa e adquiri a sua propriedade e neste momento tambem obtem a posse plena.O caseiro que recebe em doação a casa que ocupava bem como o inquilino que compra o seu imovel são exemplos claros de aplicaão desse fenomeno.A traditio tambem é exemplo tipico de inversão do titulo da posse, considerando que o individuo era mero possuidor direto ou detentor e agora passou a ostentar a qualidade de possuidor pleno alterando assim as qualidades da sua posse.
Forma de Tradição:
Efetiva: É o indivíduo ser investido na posse;
Fictícia: Posse obtida pela cláusula;
Simbólica: Onde há a entrega das chaves.
B) FATO DE NATUREZA MATERIAL: A grande diferença é que no fato de natureza material o indivíduo inverte a sua posse unilateralmente, sem a concordância do legítimo possuidor, isso precisa ser acompanhado por atos objetivos, precisa-se demonstrar objetivamente que eu modifiquei o meu comportamento, construir, plantar, reformar e etc.	Comment by Tiago Fadel: O indivíduo inverte a sua posse unilateralmente, sem a concorrência do legítimo possuidor. Vide Enunciado nº 301 da Jornada de Direito Civil.
√ Vide Enunciado nº 301 da Jornada de Direito Civil.	Comment by Tiago Fadel: 301 Art.1.198. c/c art.1.204. É possível a conversão da detenção em posse, desde que rompida a subordinação, na hipótese de exercício em nome próprio dos atos possessórios. 
5) POSSE AD USUCAPIONEM - ANIMUS DOMINI:Falou
É aquela que tem amparo em uma relação jurídica prévia, seja um direito real ou pessoal. É a mesma coisa que posse "Animus Domini", Intenção de Adquirir a propriedade.
6) POSSE JUS POSSIDENDI E JUS POSSESSIONIS:
A Jus Possiendi é aquela que tem amparo em uma relação jurídica prévia, seja um Direito Real, seja um Direito Pessoal.
A Jus Possessionis é a posse desamparada por qualquer relação jurídica. É a posse pela posse. Eu sou possuidor pela própria situação fática.Mesmo o possuidor injusto pode defender a sua posse diante da coletividade,não diante daquele a quem cometeu o vicio .
7) POSSE AD INTERDICTA:Falou
É a posse que permite ser defendida através do uso das ações possessórias. Toda posse é Ad Interdicta, pois toda posse permite defender-se através das ações possessórias. 
8) POSSE COM JUSTO TÍTULO: Falou	Comment by Tiago Fadel: Para efeito desta classificação de posse, justo título é aquele indivíduo que tem a posse constituída em razão de um fato legítimo, seja um direito real ou pessoal.
É aquele indivíduo que tem a posse constituída em razão de fato legítimo, seja Direito Real ou Direito Pessoal. O principal efeito dessa classificação é identificar que esse indivíduo goza de posse de boa-fé. Esta classificação encontra-se expressa no Artigo 1.201, § Único, do Código Civil: "O possuidor com justo título tem por si a presunção"relativa"de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.”
Ditado:O possuidor com justo titulo goza da presunção relativa de boa fe e por esta razão incumbira a outra parte fazer prova da inexistencia deste elemento subjetivo.Disse possuidor com justo titulo aquele individuo que tem em suas mãos documento legitimodireito real ou pessoal que lhe autoriza a possuir.Assim,se um individuo recebe em parceria agricula a posse de determinado bem daquele que julga ser o proprietario legitimo possuidor e depois vema ter o conhecimento de que outra pessoa é a dona incubirar ao proprietario afastar eventual boa fe do parceiro agricula que se presumira ate prove o contrario.
9) POSSE NATURAL E / OU CIVIL (JURÍDICA):Falou
Na Posse Natural o indivíduo tem o contato direto, imediato com a coisa. Na Posse Civil ou Jurídica o indivíduo recebe a posse em virtude de determinação legal ou de disposição contratual expressa, independentemente do contato direto com a coisa (Constituto Possessório e Lei - Morte).Artigo 1206
Ditado:A posse natural é aquela que exige o efetivo contato físico,material com o bem de maneira que apenas o possuidor direto ostentara essa condição.A posse civil ou jurídica é aquela em que o individuo obtém a posse através de lei ou contrato independentemente do efetivo contato com a coisa,serve de exemplo o constituto possessório onde a entrega é feita ao alienante apenas por conta da clausula e a aquisição da posse em virtude do óbito onde os herdeiros assumem por força de lei a continuidade da posse dos bens e do patrimônio do morto de maneira que não ha necessidade do efetivo contato direto,material com a coisa para que seja caracterizada essa posse.
21/08/2017
10) VÍCIO SUBJETIVO DA POSSE (POSSE DE BOA-FÉ E MÁ-FÉ):	Comment by Tiago Fadel: Artigo 1.202, CC.
Estará presente quando a posse for de má-fé. O legislador optou em não estabelecer um conceito de boa-fé entendendo que o indivíduo ostenta essa qualidade toda vez que ignora o vício que lhe impede de possuir a coisa. A ignorância a que se refere a norma deve ser escusável, tolerável, não sendo justo entender que o indivíduo que acaba de invadir alegue desconhecer que aquele bem pertence a alguém. O possuidor de boa-fé manterá essa qualidade até que fato superveniente presuma de maneira inequívoca que ele passou a conhecer o vício. Na falta de um marco determinante para a inversão do título da posse deverá ser considerado a citação válida seguida da sentença que determina a entrega da coisa. Em regra o possuidor injusto é também de má-fé. Porém, excepcionalmente é possível sustentar que passado um tempo razoável da prática do ato de precariedade, aqueleindivíduo possa ser considerado um possuidor de boa-fé, como por exemplo, o caseiro que passados 06 (seis) anos sem ter notícias de seu patrão e sem receber salário, passa a partir de então a acreditar que tem direito a permanecer no imóvel.
√ Vide Artigos 1.201 e 1.202, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente. 
JUS RETETIONIS - É um dos efeitos da Posse de Boa-fé. O Direito de Retenção funcionará como uma forma de exceção de um contrato não cumprido (a pessoa não pode demandar da outra parte sem ter cumprido a sua própria), pois se o juiz reconhece o direito de retenção, o réu alega que não cumprirá o contrato naquele momento. Na verdade é um fato impeditivo do direito do autor. O que se discuti não é o conteúdo e sim se deve retornar a coisa naquele momento. porque o réu ao alegá-la não pretende discutir que não tem a posse, mas sim que não devolverá a coisa naquele momento, pois a devolução do bem está relacionada ao direito de pagamento.
- Modalidade de Exceção do contrato não cumprido: Porque o réu ao alegá-la não pretende discutir o conteúdo do contrato, não pretende discutir que não tem a posse, mas sim que não devolverá a coisa naquele momento. Só tem razão de ser se o juiz julgar procedente.
Ditado:O possuidor de boa fe ao ser citado em uma ação onde se pretenda a devolução da coisa podera a seu favor alegar o deireito de indenização e retenção pelas benfeitorias necessarias e uteis.O direito de retenção não tem por objetivo discutir o dever de devolver a coisa mas sim o de não devolver naquele momento.A sua alegação funciona como uma modalidade uma especie de exceção do contrato não cumprido ja que seu objetivo é postergar a devolução do bem para depos do pagamento dos valores pagos.Não basta para a alegação deste direito que as benfeitorias tenham sido realizadas de maneira que é fundamental que elas ainda estejam presentes no momento em que o juiz sentenciar aquele processo.Muito embora este direito de retenção confira grande segurança em favor daquele que deve devolver o bem apos ser pago o retomante caso queira podera ao seu pedido de devolução acrescentar poder aluguel pena,sanção pela não devolução da coisa e eme caso de procedencia do pedido de retomada esse valor sera devido desde a citação compensando-se assim com as benfeitorias que o reu eventualmente tenha recebido.
- A Natureza Jurídica do Direito de Retenção possui duas correntes: A doutrina discute sobre a natureza jurídica do direito de retenção de maneira que para alguns, estamos diante de direito pessoal sui generis, pessoal por que uma vez quitada a indenização, cumprida a obrigação, o retomante poderá exigir a entrega da coisa e Sui Generis por que várias características dos Direitos Reais a ele se aplicam, tais como, a oponibilidade erga omnis, a aderência e a sequela. Argumenta-se como forma de rejeitar a classificação como Direito Real Típico o fato de não estar previsto expressamente no Artigo 1.225, CC, bem como, diante da impossibilidade de registrá-lo.
Há os que sustentam se tratar de Direito Real Típico argumentando que trata-se de Direito Real previsto em Lei cumprindo assim a característica da taxatividade e quanto a impossibilidade registral, o Artigo 1.227, CC, permite que aquela situação seja tratada como Direito Real, já que prevista no Código Civil.
A 1º Corrente acredita que tem Natureza Pessoal Sui Generis, pois não está no rol dos direitos reais do Artigo 1.225, do Código Civil (Princípio da Taxatividade). Uma vez pago o dever de indenizar, o direito de retenção fica esvaziado. Se o autor pagar as benfeitorias imediatamente, esvazia-se o direito de retenção. As características dos direitos reais se aplicam também oponível erga omnes, direito de sequela, ambulatoriedade.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela MEDIDA PROVISÓRIA Nº 700 DE 8 DE DEZEMBRO DE 2015) XIII - os direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou às suas entidades delegadas e respectiva cessão e promessa de cessão. 
A 2º Corrente acredita que tem Natureza de Direito Real, pois o direito de retenção tem todas as características do Direito Real. O argumento de que ele não é direito real cai por terra por causa do Artigo 1.227, do Código Civil. O direito de retenção está previsto em Lei, no Código Civil, não necessariamente precisa ser no Artigo 1.225, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. 
Ditado:As benfeitorias realizadas para permitir indenização e retenção não precisam estar legalizadas bastando que esta legalização seja possivel em poder do retomante.Constituiria verdadeiro enriquecimento sem causa a ideia de que o individuo pudesse recuperar a coisa depois legalizando ja com o bem em seu poder .A doutrina discute a natureza juridica do direito de retenção.Alguns defendem se tratar de direito pessoa atipico argumentando que possuem algumas caracteristicas de direito real como a oponiilidade erga omnes e a sequela mas não podem ser tratadas como direito real considerando que nã estão sujeitos a registro,são provenientes de sentença judicial e não da lei argumentando ainda que não podem ser direitos reais considerando que uma vez pago o valor o direitos real se extingue .Outros doutrinadores sustentam se tratar de genuino direito real argumentando que a impossibilidade registral é admitida pela leitura do artigo 1227.O fato do pagamento extinguir o direito real tambem não seria impecilio considerando que outros direitos reais,ou de garantia possuem essas caracteristicas.
Nesta classificação é importante detectar o momento em que se evidencia o fenomeno da inversão do titulo da posse.Caso o retomante não consiga comprovar o momento que isto aconteceu sera considerado a sua sitação valida acompanhada da procedencia do pedido de retomada para que o juiz possa concluir pela inversão.É perfeitamente possivel em alguns casos que o retomante faça a prova de que ha inversão ocorreu em momento anterior tal como se daria no constituto possessorio onde se tenhasido estipulado o prazo de devolução por parte do alienante.
Regra Geral: Artigos 1.219 e 1.220, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. 
- Se o indivíduo é Possuidor de Má-fé, o juiz assegura o pagamento das benfeitorias necessárias, pois o possuidor de má-fé contribuiu para a conservação da coisa, devendo ser indenizado para não constituir o enriquecimento sem causa. Artigo 1220, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantaras voluptuárias. 
- Em se tratando de Benfeitorias Não Legalizadas estas darão direito a indenização e retenção, desde que possam ser legalizadas pelo retomante, evitando o enriquecimento sem causa.
- Em se tratando de Benfeitorias Que Não Puderem Ser Legalizadas por estarem por exemplo em local indevido, estas não darão direito a indenização e nem retenção. O réu só poderá requerer indenização e retenção com benfeitorias concomitantes ao processo.
- Valor da indenização:Artigo 1.222, do Código Civil.
- Na hora de ajuizar ação de retomada, ela deve ser cumulada com a ação de perdas e danos: Artigo 1.201, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual. 	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem. 
• Retenção No Comodato:
- Em um Comodato com prazo, pode se requerer a resilição extinção sem inadimplemento: Sim, se houver justificativa.
- Se extingue o comodato verbal? Sim, através de notificação extrajudicial, comunicando ao comodatário, instituindo prazo e aluguel pena. Será considerado de má-fé a partir do término do prazo da notificação extrajudicial.
- No Comodato, as benfeitorias úteis realizadas de boa-fé, para alguns doutrinadores, não conferem indenização e nem retenção, por decorrerem do natural uso da coisa, na forma do Artigo 584, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Art. 584. O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada. 
Ditado:Em se tratando de contrato de comodato em especial o verbal o comodante podera se ver obrigado a ajuizar demanda requerendo aretomada o bem.Porem nesse contexto devera de inicio notificar o comodatario extrajudicialmente informando-lhe da intenção em reaver a coisa fixando-lhe ainda aluguel pena caso o mesmo insista em ficar no bem apos o prazo ajustado.Nessas circunstancias caso o pedido de retomada precise ser proposto o comodatario sera considerado de ma fe desde o termo final da notificação.A leitura do artigo 584 permite a doutrina divergir sobre a sua interpretação.Alguns entendem que o comodatario so teria indenização e retenção pelas benfeitorias necessarias argumentando que as demais seriam inerentes ao natural uso da coisa inviabilizando assim a sua percepção.Outros doutrinadores sustentam que aplica-se a regra o artigo 1219 que consiste na regra geral conto a disciplina da posse de boa fe.
Nos Contratos de Locação:
- Em se tratando de Contrato Verbal ou Sem Cláusulas que dizem respeito às benfeitorias, serão indenizadas e com direito a retenção as necessárias e as úteis, se forem autorizadas. As voluptuárias não serão indenizadas, mas poderão ser retiradas desde que não tragam prejuízos ao bem (Vide Artigos 35 e 36 da Lei 8.245/91). Se for locação, será aplicado os Artigos 35 e 36, da Lei 8245/91 (Lei do Inquilinato).
Súmula 335 do STJ - "Nos contratos de locação, é válida a cláusula de renúncia à indenização das benfeitorias e ao direito de retenção."
- Benfeitoria x Acessões: As benfeitorias são tratadas pelo Código como bens acessórios, exigem obrigatoriamente a intervenção do homem e não possuem valor econômico autônomo na medida em que a coisa é avaliada como um todo. As acessões podem ser naturais ou com a participação do homem, são tratadas pela norma como uma forma de aquisição da propriedade imobiliária, e por fim, possuem valor econômico autônomo, afastado o bem em que aderem. O Artigo 1.255, do Código Civil, prevê apenas o direito de indenização ao possuidor de boa-fé. A norma não trata da possibilidade da retenção. Porém, é pacífico o entendimento sentido de que se aplica por analogia o direito de retenção sem prejuízo de eventual acessão invertida (Artigo 1.255, § único, do Código Civil).	Comment by Tiago Fadel: Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo. 
Ditado:As benfeitorias não devem ser confundidas com as acessões em especial no que diz repeito as acessões artificiais.Inicialmente as benfeitorias exigem a efetiva conduta humana,são tratadas pelo codigo como bens acessorios a um bem movel ou imovel e por fim não possuem valor economico proprio,afastado da coisa a que adere .as acessões podem acontecer por fenomeno da natureza ou por intervenção humana são tratas pela norma como forma de aquisição da propriedade imobliaria e possuem valor economico proprio com autonomia em relação a coisa a que adere.Na forma do artigo 1255 o possuidor que realizar acessões de boa fe tera direito de ser indenizado caso não possa se valer da acessão invertida.Quanto a disciplina relativa ao direitos de retenção muito embora a norma nada disciplinea a esse respeito a unanimidade da doutrina e da jurisprudencia entendem te-la aplicação analogica do artigo 1219 a discplina das acessões.
Acessões: Artigo 1.248, do Código Civil.	Comment by Tiago Fadel: Da Aquisição por AcessãoArt. 1.248. A acessão pode dar-se:I - por formação de ilhas;II - por aluvião;III - por avulsão;IV - por abandono de álveo;V - por plantações ou construções.
Data:23/08/2017
•Responsabilidade pelos Frutos e Responsabilidade da Coisa:
Responsabilidade pelos Frutos (Possuidor de Má-fé Artigo 1.216, do Código Civil / Possuidor de Boa-fé Artigo 1.214, do Código Civil).
	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. 	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. 
Responsabilidade pela Coisa (Possuidor de Má-fé - Artigo 1.218, do Código Civil / Possuidor de Boa-fé - Artigo 1.217, do Código Civil).	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante. 	Comment by Tiago Fadel: Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa. 
O Possuidor de Boa-fé terá direito a todos os rendimentos que a coisa que está em seu poder puder oferecer, tais como, aluguel, arrendamento agrícola e frutos naturais. Terá direito a essas verbas até ser citado em eventual ação em que se pretende a retomada, se não há fato anterior que promova a inversão do título da posse. Só responderá pela perda e deterioração da coisa caso tenha agido dolosa ou culposamente. Em se tratando Possuidor de Má-fé, deverá restituir todos os frutos requeridos pelo retomante e comprovadamente por ele recebido, e ainda, caso o bem venha a perecer em seu poder, responderá mesmo que por caso fortuito ou força maior, salvo se ficar provado, e o ônus da prova é dele, que a coisa pereceria de qualquer forma se estivesse em poder do retomante. Assim, se o bem vem a perecer por conta de uma tragédia natural, não possui o possuidor de boa-fé qualquer responsabilidade. Já o de má-fé, responderá pela perda caso não prove que o bem pereceria de qualquer forma.
Ditado:A disciplina dos frutos tambem se aplica a posse de boa fe e ma fe.No primeiro caso o possuidor tera direito a todos os rendimentos que a coisa lhe ofereceu como aluguel parceria rural e etc.O individuo passa a posso de ma fe com a citação valida confirmada pela sentença de procedencia do pedido de retomar.Em se tratando de ma fe o possuidor tera que devolver ao retomante tudo aquilo que comprovadamente percebeu mas aquilo que deixou de perceber muito embora poderia te-lofeito como aconteceria por exemplo com o individuo que adquiriu a posse de um bem e o deixou sem qualquer uso sem qualquer justificativa razoavel.O codigo Preve ainda 
A responsabilidade pela perda da coisa.O possuidor de boa fe não tera qualquer responsabilidade nesse sentido salvo se ficar caracterizado que agiu em relação ao bem com dolo ou culpa.Assim,se é possuidor de justo titulo o que faz presumir sua boa fe e o bem é alvo de uma explosão o retomante não podera responsabilizar quela individuo pela perda da coisa.Porem se o individuo esta de ma fe invertisse o ônus da prova cabndo ao possuidor caracterizar que se o bem estivesse na posse do retomante a perda da coisa aconteceria de qualquer forma sendo dele esse ônus.No caso da explosão o possuidor de ma fe teria que provar que se o bem estivesse em poder do retomante a explosão ocorreria de qualquer forma e que portanto tomou todas as cautelas no sentido de evitar que aquela explosão acontecesse.
• AÇÕES POSSESSÓRIAS:
O Código prevê três Ações Possessórias típicas ou Interditos Possessórios:
	Comment by Tiago Fadel: Somente admitem em razão da posse. A única causa para pedir essas ações, será a posse.
Interditos possessórias típicos admitem como única causa de pedir a alegação do autor ser o possuidor.
Prescindem da discussão acerca da propriedade; É irrelevante nessa ação a alegação de propriedade. O Juiz irá decidir por quem tem a melhor posse. Ex.: mesmo eu sendo um proprietário, ajuizando uma ação possessória, para o juiz não importa se eu sou proprietário ou não. o que importará será se eu tenho a posse ou não.
1º Regra: A ação precisa ser proposta no domicilio de situação do imóvel, a competência é absoluta do domicilio do imóvel, obrigatoriamente a ação precisa ser aflorada no local onde reside o imóvel. (Artigo 47, § 2º, do CPC).	Comment by Tiago Fadel: Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. § 2o: A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. 
2º Regra:Os cônjuges na posse de casal, a ação necessariamente deve ser proposta contra ambos. Se a pessoa é casada e há uma composse, esta ação tem que ser proposta pelo casal ou por um deles com o consentimento do outro.
Ditado:a proteção possessoria se faz atraves das ações possessorias tipicas tambem chamadas de interditos possessorios que so existem em razão e a serviço da posse.Para o julgamento de uma ação dessa natureza é absolutamente irrelevante a qualidade de proprietario ou a titularidade de um direito real considerando que o magistrado julga a demanda em favor daquele que comprova a ser melhor possuidor.Assim,o proprietario que ajuiza ação possessoria e recnhecidamente admite que não se dirige ao local a 3 anos estara sujeito a improcedencia dessa ação que em se tratando de bem imovel precisa ser proposta obrigatoriamente no foro de situação do imovel sendo essa competencia territorial e absoluta 
- A ação mais conhecida é a "Ação de Reintegração de Posse". Ela tem cabimento toda vez que o autor relata uma ocorrência de esbulho, que é privar injustamente um legítimo possuidor de exercer a sua posse de maneira total. É fundamental que o autor prove o esbulho e que um dia ele ou seu antecessor exerceu a posse direta em algum dia. O ônus de fazer prova que ele ou seu antecessor já teve posse direta do bem é do autor,tendo previsto normalmente um vicio objetivo (violência). Art. 561, CPC. 	Comment by Tiago Fadel: Art. 561. Incumbe ao autor provar: I - a sua posse; II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; III - a data da turbação ou do esbulho; IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração. 
Ditado:O codigo preve 3 ações possessorias tipicas pondendo-se afirmar que cada uma delas sendo certo que cada uma delas tem cabimento diante de uma lesão especifica.A demanda mais recorrente é a reintegração de posse que tera lugar toda vez que o individuo apontar apratica de um ato de esbulhar.Esbulhar significa privar injustamente o legitimo possuidor do exercicio de sua posse não bastando porem o autor fazer essa prova ja que precisara ainda provar que em algum momento ele ou seu antecessor exerceu a posse direta sobre aquele bem.Ajuiza-se comumente essa açao quando o autor relata a presença de um comodato entre as partes na medida em que em tese a propositura dessa ação seria adequada ja que o comodante autor da referida ação teria a posse plena tanto que a entregou ao comodatario a posse direta e agora pretende a retomada do bem.A vantagem do constituto possessorio consiste exatamente na possibilidade de que o adquirente possa atraves da clausula fazer prova de que em algum momento exerceu a posse direta.A presença e comprovação e um dos vicios objetivos da posse caracteriza o esbulho porem não dispensa o autor da ação de reitegração de provar que em algum momento exerceu a posse direta do bem.
Obs.: Caso se trate de um contrato de locação, o autor deverá entrar com uma ação de despejo, pois existe Lei específica. Art. 5º, da Lei 8.245/91.	Comment by Tiago Fadel: Art. 5º Seja qual for o fundamento do término da locação, a ação do locador para reaver o imóvel é a de despejo.
- A segunda ação possessória típica é a "Ação de Manutenção de Posse”: tem cabimento toda vez que o legitimo possuidor estiver sendo turbado. Na ação de Manutenção de Posse, o possuidor não foi totalmente privado da posse, só parcialmente. Ele permanece na posse do imóvel, mas sua posse está sendo atrapalhada por outrem. Ex.: Um vizinho que coloca uma cerca e invade meu terreno.	Comment by Tiago Fadel: Turbar = incomodar, atrapalhar, embaraçar.
- A última ação possessória típica é o chamado "Interdito Proibitório”: tem lugar toda vez que o autor relatar a presença de uma ameaça de esbulho ou de turbação. Precisa ser uma ameaça concreta e efetiva.
Para cada uma lesão, há uma respectiva ação para saná-la:Na primeira (ação de reintegração de posse) o indivíduo teve sua posse ceifada, esbulhada; Na segunda (ação de manutenção de posse) o indivíduo teve sua posse turbada, incomodada; e; Na terceira (interdito possessório) o indivíduo teve sua posse ameaçada.
Data:28/08/2017
- Fungibilidade das Ações Possessórias Típicas:Em matéria de ação possessória típica figura o princípio da fungibilidade prevista no Artigo 554, NCPC. A regra comum em matéria processual é no sentido de que caso o autor promova a ação equivocada, o magistrado deva extinguir o processo sem exame do mérito, de forma a exigir que o indivíduo proponha a outra ação. Nas possessórias típicas o juiz receberá a ação equivocadamente ajuizada como se correta fosse. A regra legal se justifica pelo fato de que todas as demandas possessórias típicas se prestam a defesa da mesma causa de pedir remota a posse, não havendo sentido em exigir que o autor proponha nova ação. Ademais, as lesões possessórias estão em constante modificação, de forma que, uma situação que hoje revelaria turbação, amanhã passa a esbulho ou regride a ameaça, não sendo razoável exigir a propositura de nova ação.	Comment by Tiago Fadel: Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. 
- O caráter Dúplice das Ações Possessórias estão previstos no Artigo 556, do NCPC: A ação possessória tem caráter dúplice e está previsto na norma de forma categórica, no Artigo 556, NCPC. O réu poderá, através da contestação, formular o pedido da proteção possessória, sem a necessidade da propositura de nova ação, também chamada de reconvenção.	Comment by Tiago Fadel: Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor. 
Duas Coisas Fundamentais: 
1) Quando houver uma

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