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ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA DOENÇA CARDIOVASCULAR Doença Arterial Coronariana (DAC) ■ Decorre do acúmulo de gordura nas células que revestem as artérias coronárias podendo causar obstrução, isquemia miocárdica e lesão cardíaca. DAC • Evidenciou-se após a Revolução Industrial Estrutura de sociedade basicamente rural População urbana DAC - DADOS EPIDEMIOLÓGICOS • BRASIL: 400.000 IAM/ano • 60.080 mortes por IAM/ano 340 mil “sobreviventes”/ano Doença Arterial Coronariana (DAC) ■ Aterosclerose ■ estreitamento da luz do vaso (lipídios e tecido fibroso) → insuficiência no aporte de O2 → angina ou infarto. ATEROSCLEROSE PROGRESSÃO DA DAC • Tipo I: Lesão inicial- acúmulo de LDL nos macrófagos Processo inflamatório ■ Tipo II: Lesão de estria gordurosa- acúmulo intracelular de lipídeos ■ Tipo III: Lesão intermediária- pequeno acúmulo extra celular de lipídeos (lesão silenciosa) ■ Tipo IV: Ateroma- Presença de macrófagos e células musculares lisas formando células espumosas. Inicia-se a oclusão parcial do vaso. PROGRESSÃO DA DAC ■ Tipo V: Fibroateroma- Presença de fibroblastos, musculatura lisa e pouco depósito de lipídeos. Apresenta placa fibrosada que pode sofrer calcificação. ■ Tipo VI: Complicada- Úlceras ou fissuras na placa Acúmulo de sangue trombo Trombo desprende-se da placa Oclusão da coronária IAM ou MS FATORES DE RISCO • Hereditariedade • Idade • Sexo - homens > chance • Sedentarismo – 3 a 4 x - IAM • Fumo – responsável por 25 % dos IAM • Dislipidemia (Colesterol alto) • Obesidade - 1 kg ↑ = 3,1% risco de DAC • HAS – responsável por 40% das DCV • DM – 2/3 morrem do coração • Estresse – principal desencadeador FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS • Idade e sexo ✓ Até 50 anos: H > M ✓ Após a menopausa: risco ❖ Hereditariedade ✓ HF: IAM, MS, HAS, DM... ✓ Fator genético ou estilo de vida familiar? MENOPAUSA • Privação estrogênica • Estrogênio: vasodilatador e antioxidante • Mulheres de mesma faixa etária: Risco 1:3 pós-menopausa Risco 1:9 pré-menopausa Cardioprotetor Declínio gradual do estrogênio sanguíneo pré-menopausa Redução da atividade dos receptores de LDL ( na parede dos vasos sanguíneos) LDL e dos triglicerídeos plasmáticos Estrogênio: Aumento da síntese de HDL e degradação de LDL Reduz concentração/efeito de radicais livres Ex: Oxidantes de LDL formação de ateromas proc infl. injúria vascular FUMO • O cigarro é um dos produtos mais vendidos no mundo • Até 700 aditivos químicos • Fumantes e fumantes passivos, ficam expostos a pelo menos 43 substâncias cancerígenas • Os fumantes correm um risco 70% maior de apresentar doenças cardíacas FUMO • O consumo do tabaco é fator de risco para 6 das 8 principais causas de mortes no mundo: ✓ Dça. cardíacas isquêmicas ✓ AVC ✓ Infecções de VA inferiores ✓ DPOC ✓ TB ✓ Cânceres de pulmão, traqueia e brônquios FISIOPATOLOGIA- DÇA RESPIRATÓRIA • Obstrução vias aéreas (hipersecreção / obstrução pequenas vias aéreas). • Destruição parênquima. • Anomalias vasculares pulmonares (espessamento vasos). HIPOXEMIA/HIPERCAPNIA HIPERTENSÃO PULMONAR COR PULMONALE FUMAR CAUSA: • Vasoconstricção e redução do fluxo de sangue para os tecidos; • Aumento da pressão arterial; • Aumento da frequência cardíaca; • Redução do colesterol bom (HDL); • Redução da liberação do oxigênio para os tecidos; FUMAR CAUSA: • Aumento da acidez do estômago; • Alteração na irrigação e inflamação dos olhos, garganta e vias aéreas; • Paralisação e destruição dos cílios das vias aéreas dificultando a eliminação de muco e catarro; FUMAR CAUSA: • Aumento da produção de radicais livres que lesam as células e endotélio arterial; • Triplica o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos e aumenta em 10 vezes o risco de tromboembolia venosa e infarto em mulheres que tomam anticoncepcionais orais (efeito na coagulação); • Aceleração da aterosclerose (aumento da adesividade das plaquetas) OBESIDADE • Doença multifatorial • 67% da população adulta sofre de sobrepeso, enquanto 34% apresentam obesidade • 30kg/m² de IMC: maior risco de DAC da gordura visceral risco de DAC “gordura visceral”- H:106 cm M: 94 cm Obesidade andróide IMC Cálculo IMC Situação Abaixo de 18,5 Você está abaixo do peso ideal Entre 18,5 e 24,9 Parabéns — você está em seu peso normal! Entre 25,0 e 29,9 Você está acima de seu peso (sobrepeso) Entre 30,0 e 34,9 Obesidade grau I Entre 35,0 e 39,9 Obesidade grau II 40,0 e acima Obesidade grau III OBESIDADE • Contribui para: ✓ Resistência a insulina, ✓ HAS, ✓ Elevação dos níveis de lipídeos no sangue, ✓ Hipertrofia ventricular, ✓ Insuficiência cardíaca, ✓Apneia do sono, ✓Alteração de fatores humorais (regulam a quantidade circulante de glicose, insulina e lipídeos). DIABETES MELLITUS • Dça. Metabólica • Afeta cerca de 12% da população no Brasil • O risco de desenvolvimento de doença coronária é 2 vezes maior em homens e 3 vezes maior em mulheres diabéticas • Deficiência na produção ou utilização da insulina. DIABETES MELLITUS • Tipo 1 (insulino dependente): ✓ Destruição das células beta do Pâncreas (ilhotas pancreáticas), usualmente levando à deficiência completa de insulina ➢ Auto-imune ➢ Idiopático (causa desconhecida) • Tipo 2: ✓ Presença de insulina porém sua ação é dificultada , o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. Efeito direto da obesidade e associado a HAS DIABETES MELLITUS TIPO 2 Glicose elevada ação destrutiva (endurecimento das paredes dos vasos) Lesão vascular Aprisionamento de LDL, maior permeabilidade vascular, atividade pró-coagulante e proliferação celular exacerbada . DISLIPIDEMIAS • Excesso de subst. Lipídicas no sangue, • Colesterol é o lipídeo predominante na lesão aterosclerótica, • Consequências: HAS, IAM, AVC... • 70% do colesterol circulante é produzido pelo fígado e 30% pela dieta. ✓ Lipoproteína de baixa densidade (principal proteína transportadora de colesterol no sangue) ✓ Retira a gordura das células e facilita sua eliminação pelo organismo ✓ Ajuda a gordura entrar na célula fazendo que os excessos se acumulem nas artéria em forma de placas ou ateromas (aterosclerose). ❖ Lipoproteínas transportam o colesterol e triglicerídeos para as células que estão necessitando dessa substância. ✓ Retira o colesterol do sangue e envia para o fígado 130mg/dl 60mg/dl DISLIPIDEMIAS HAS Níveis de pressão sanguínea nas artérias Maior esforço do coração para manter fluxo sanguíneo ■ Cerca de 40% dos óbitos por DAC são resultantes da HAS HAS- DAC 1 Pulsatilidade arterial: Degeneração das artérias acelerada em consequência: Mudanças nas características ✓ mecânicas da onda de pulso arterial , ✓ maior pressão de pico, ✓ maior amplitude de oscilação, ✓ maior variabilidade e maior taxa de variação Fatores de estresse agem na produção de fratura das fibras elásticas e fibrosas, dilatação e, por fim, na formação de aneurismas com sua posterior ruptura. HAS- DAC 2 Disfunção endotelial: ✓ Cel. Endoteliais- possuem sistema secretor local de importantes moduladores do tônus vascular (fatores relaxadores e constrictores) Alterações: ➢ Podem participar, primariamente, na gênese da hipertensão arterial (insuficiência de substâncias vasodilatadoras endoteliais), ➢ Participar do espectro de dano vascular, em consequência desta última. ➢ Participar nas etapas iniciais da deposição de lípideos na íntimavascular Induz disfunção do endotélio HAS- DAC 3 Hipertrofia das células musculares lisas vasculares: Em resposta ao estresse aumentado, ocorre hiperplasia das células musculares Contribui: Processo de formação da placa de ateroma, Perpetuação e progressão do distúrbio hipertensivo. SEDENTARISMO Aumento do risco para: ✓ Obesidade ✓ Ansiedade ✓ HAS ✓ DM tipo 2 ✓ Redução dos níveis de HDL Falta ou grande diminuição da atividade física ESTRESSE- DAC ESTRESSE- DAC • Fator de risco para DAC Exacerbação de alterações vasculares e metabólicas Alterações plaquetárias e lipídicas Caráter aterogênico ■ Desencadeador de eventos isquêmicos agudos em pacientes com aterosclerose coronariana estabelecida Diagnóstico ■ Exame clínico; ■ Exame laboratorial; ■ Exames de imagem; ■ ECG; ■ Enzimas cardíacas. Tratamento ■ Determinado pela gravidade da doença (cateterismo cardíaco). ■ Tratamento conservador; ■ Angioplastia , ■ Cirurgia Revascularização Miocárdio. PREVENÇÃO • Primária: Identificação dos riscos e modificação antes do desenvolvimento da doença. • Secundária: Indivíduo que já manifestou doença cardiovascular e fará prevenção de novo evento PREVENÇÃO • Alimentação saudável ● Evitar alimentos gordurosos (saturada/trans) ● Evitar carne vermelha – preferência branca Peito frango, filé peixe (água fria) ● Dar preferência verduras e legumes ● Ingerir regularmente frutas, azeite, aveia e derivados de soja • Exercício físico ● Aeróbico ou sustentado 40 minutos, 3x semana • Manter sob controle fatores de risco ● Colesterol, hipertensão, diabetes, peso , cintura abdominal ● Deixar de fumar 20 AOS 30 ANOS Procurar cardiologista para exames clínico, laboratoriais, eletrocardiograma para identificação dos fatores de risco. Se identificados mais de 2 fatores teste ergométrico 30 AOS 40 ANOS Sem fatores de risco – reavaliação cada 3 anos exames clínico, laboratoriais, teste ergométrico e ecocardiograma pelo menos 1x. Com 3 ou mais fatores de risco – reavaliação anual exames clínico, laboratoriais, eletrocardiograma, teste ergométrico cada 2 anos. 40 AOS 50 ANOS Sem fatores de risco – reavaliação anual exames clínico, laboratoriais, teste ergométrico 2/2 anos, e ecocardiograma 5/5 anos. Com 3 ou mais fatores de risco – reavaliação anual exames clínico, laboratoriais, eletrocardiograma, teste ergométrico e ecocardiograma cada 3 anos. 50 AOS 60 ANOS Sem fatores de risco – reavaliação anual exames clínico, laboratoriais, teste ergométrico 2/2 anos, ecocardiograma 5/5 anos e holter 1x. Com 3 ou mais fatores de risco – reavaliação anual exames clínico, laboratoriais, eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma 3/3 anos e holter 1x. > 60 ANOS Sem fatores de risco – reavaliação anual exames clínico, laboratoriais, teste ergométrico 2/2 anos, ecocardiograma 3/3 anos e holter cada 5 anos. Com 3 ou mais fatores de risco – reavaliação anual exames clínico, laboratoriais, eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma 3/3 anos e holter 5/5 anos. < 20 ANOS - Atleta - Teste Ergométrico e Eco - História de morte súbta - Teste Ergométrico, Eco e Holter - Intolerância ao exercício - Eco e Teste Ergométrico - Síncope - Holter e Eco EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO • Efeitos Fisiológicos; • Efeitos Hemodinâmicos; • Efeitos sobre o sistema nervoso autônomo, • Efeitos Periféricos. EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO • Efeitos sobre os fatores de risco: ● Diminuição da PA sistólica; ● Aumento da fração HDL; ● Diminuição dos triglicerídios; ● Aumento da tolerância à glicose; ● Melhora da motivação para perda de peso, ● Diminuição da ansiedade e da depressão. EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NO CARDIOPATA • Aumento do VO2 máximo ou da oferta máxima de O2 ao miocárdio; • Diminuição FC e PA sistólica em repouso; • Melhora fluxo coronário; • Aumento da contratilidade miocárdica e da resistência a hipóxia; EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO • Outros: ● Evita os efeitos deletérios do repouso prolongado; ● Aumenta a capacidade funcional; ● Ajuda a controlar os fatores de risco; ● Aumento da tolerância ao esforço; ● Melhora da qualidade de vida. PO 1ª Sem 2ª Sem 3ª Sem 4ª - 6ª Sem FASE I – reabilitação hospitalar FASE II – convalescença pós-alta hospitalar FASE III e IV programa de ganho funcional FASES DA REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR: Diretrizes de Reabilitação Cardíaca. Sociedade Brasilelira de Cardiologia
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