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DIREITO PENAL P1

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Concurso de Pessoas
Ocorre quando duas ou mais pessoas se reúnem para a prática de um mesmo delito. Essa colaboração recíproca pode ocorrer tanto nos casos em que são vários os autores quanto naqueles onde existam autores e partícipes.
Requisitos:
Pluralidade de agentes e de condutas
Relevância causal de cada conduta
Liame subjetivo entre os agentes
Identidade de infração penal
A pluralidade de agentes (e de condutas) é requisito indispensável à caracterização do concurso de pessoas. Como o próprio nome diz, há a necessidade de, no mínimo, duas pessoas que, envidando esforços conjuntos, almejam praticar determinada infração penal.
O segundo requisito diz respeito à relevância causal das condutas praticadas por aqueles que, de alguma forma, concorreram para o crime. Se a conduta levada a efeito por um dos agentes não possuir relevância para o consentimento da infração penal, devemos desconsiderá-la a concluir que o agente não concorreu para a sua prática.
Ex: A está com propósito de matar B, e pelo fato de não ter encontrado sua arma, vai até a residência de C e, explicando-lhe o fato, pede-lhe o revólver emprestado. C, mesmo sabendo da intenção de A, empresta-lhe a arma. Antes de ir ao encontro de B, A resolve, mais uma vez, procurar sua pistola, calibre 380, e, para sua surpresa, consegue acha-la. Assim, deixa de lado a arma que havia solicitado a C, e agora, com a sua pistola, vai à procura de B e causa-lhe a morte. 
A questão é se há relevância causal de que a conduta de C foi relevante a ponto de podermos atribuir-lhe o delito de homicídio praticado por A, ou, em razão de não ter o agente utilizado a arma tomada de empréstimo de C, a conduta deste último deixou de ser relevante na cadeia causal? Como o agente já estava decidido a cometer o crime, entendemos que, pelo fato de não ter utilizado a arma emprestada por C, a conduta deste passou a ser irrelevante, uma vez que não estimulou ou, de qualquer modo, influenciou o agente no cometimento de sua infração penal. Logo, a irrelevância de sua conduta fará com que não seja responsabilizado penalmente pelo resultado.
O terceiro requisito indispensável à caracterização do concurso de pessoas diz respeito ao liame subjetivo, isto é, o vínculo psicológico que une os agentes para a prática da mesma infração penal. Se não conseguir vislumbrar o liame subjetivo entre os agentes, cada qual responderá, isoladamente, por sua conduta.
Por exemplo, sendo A e B atiram contra C, sendo que um deles acerta mortalmente o alvo e o outro erra, não se sabendo alcançar o resultado morto, dependendo da conclusão que se chegue com relação ao vínculo psicológico entre os agentes, as imputações serão completamente diferentes. Se dissermos que A e B agiram unidos pelo liame subjetivo, não importará saber, a fim de condená-los pelo crime de homicídio, qual deles efetivamente conseguiu acertar a vítima, logo, o liame subjetivo fará com que ambos respondam pelo homicídio consumado.
 Entretanto, se chegarmos à conclusão de que os agentes não atuaram unidos pelo vínculo subjetivo, cada qual responderá pela sua conduta. No caso em exame, não sabemos quem foi o autor do resultado morte. A dúvida, portanto, deverá beneficiar os agentes, uma vez que um deles não conseguiu alcançar esse resultado, praticando assim uma tentativa de homicídio. Dessa forma, ambos responderão pelo crime de homicídio tentado. 
Liame subjetivo: Significa que o partícipe deve Ter ciência de estar colaborando para o resultado criminoso visado pelo outro. Segundo a melhor doutrina é desnecessário o prévio ajuste entre as partes, bastando a unidade de desígnios, ou seja, que uma vontade adira à outra. Ex.: por desavenças anteriores, uma pessoa deixa a porta da casa da vítima aberta e o ladrão se aproveita desse fato para praticar um furto. O autor da subtração não sabe que foi ajudado, mas quem ajudou é partícipe do furto. 
O quarto e último requisito necessário à caracterização do concurso de pessoas é a identidade de infração penal. Isso quer dizer que os agentes, unidos pelo liame subjetivo, devem querer praticar a mesma infração penal. Seus esforços devem convergir ao cometimento de determinada e escolhida infração penal.
Em síntese, somente quando duas ou mais pessoas, unidas pelo liame subjetivo, levarem a efeito condutas relevantes dirigidas ao cometimento de uma mesma infração penal é que poderemos falar em concurso de pessoas.
Teorias sobre o concurso de pessoas 
Tem por finalidade distinguir e apontar a infração penal cometida por cada um dos seus participantes (autores e partícipes). 
Teoria Pluralista
Teoria Dualista 
Teoria Monista 
Para a teoria pluralista seria como se cada autor ou partícipe tivesse praticado a sua própria infração penal, independentemente da sua colaboração para com os demais agentes. Assim, se alguém tivesse induzido duas outras pessoas a praticar UM delito de furto, teríamos TRÊS infrações penais DISTINTAS.
Já a teoria Dualista distingue o crime praticado pelos autores daqueles cometidos pelos partícipes. Nessa teoria, haveria uma infração penal para os autores e outra para os partícipes. Para Manzini, se a participação pode ser principal e acessória, primária e secundária, deverá haver um crime único para os autores e outro crime único para os chamados cúmplices. A consciência e a vontade de concorrer num delito próprio confere unidade ao crime praticado pelos autores; e a de participar no delito de outrem atribui essa unidade ao praticado pelos cúmplices. 
A teoria Monista, também conhecida como unitária adotada pelo nosso código penal, aduz que todos aqueles que concorrem para o crime incidem nas penas a esse cominadas, na medida de sua culpabilidade. Para a teoria Monista, existe um crime único, atribuído a todos aqueles que para ele concorreram, autores ou partícipes. Embora o crime seja praticado por diversas pessoas, permanece único e indivisível. Para Esther de Figueiredo, o delito cometido graças ao concurso de várias pessoas não se fraciona em uma série de crimes distintos. Ao contrário, conserva-se íntegro, indiviso, mantendo sua unidade jurídica à custa da convergência objetiva e subjetiva das ações dos múltiplos participantes. Resumindo: haveria um único crime de furto, atribuído ao partícipe e aos coautores. 
Autoria 
Teoria restritiva: 
Para os que adotam a teoria restritiva, autor seria somente aquele que praticasse a conduta descrita no núcleo do tipo penal. Todos os demais que, de alguma forma o auxiliassem, mas que não viessem a realizar a conduta narrada pelo verbo do tipo penal seria considerado partícipe. Exemplo: A e B, ligados pelo Liame Subjetivo, resolvem furtar um televisor na casa de C. A tem a função de vigiar a porta de entrada da casa, bem como de transportar a coisa furtiva, enquanto B nela ingressa e efetua a subtração do televisor. Pela teoria, como foi B quem praticou a conduta descrita no núcleo do tipo do art. 155, SOMENTE ELE seria considerado o autor, sendo A o partícipe de um crime de furto, uma vez que mesmo querendo a subtração, não realizou a conduta descrita no tipo.
Trata-se, portanto, uma teoria com muitos conflitos, porque é viável dizer que, por exemplo, não necessariamente o autor é aquele que pratica e esteja no núcleo do verbo. Por exemplo, um médico possui um inimigo que está internado em seu hospital. Ele dá ordens para uma enfermeira aplicar uma injeção letal nele, sem a enfermeira ter ciência disso. Logo, quem praticou o verbo do crime fora a enfermeira. Mas quem foi o mandante, na verdade, foi o médico.
Teoria Extensiva: 
Encontra-se numa situação diametralmente oposta à do conceito restritivo. Segue atrelado à Teoria Subjetiva da participação. Tal teoria busca traçar um critério de distinção entre autores e partícipes. Logo, existe uma vontade de ser autor (quando o agente quer o fato como si próprio), e uma vontade de ser partícipe (quando o agente deseja o fato como alheio).
Segundo essa teoria, o autor estariarealizando a conduta como protagonista da história; já o partícipe, não querendo o fato como si próprio, mas sim, como alheio, exerce um papel secundário, sempre acessório.
Por exemplo, um homem mata um recém-nascido. Ele é condenado como cúmplice, na verdade, porque não tomou o fato como si próprio. Já como a autora dos crimes, foi condenada a mãe, que solicitou ao homem.
Teoria do domínio do fato:
A teoria do domínio do fato afirma que é autor - e não mero partícipe - a pessoa que, mesmo não tendo praticado diretamente a infração penal, decidiu e ordenou sua prática a subordinado seu, o qual foi o agente que diretamente a praticou em obediência ao primeiro. Ela é considerada objetivo-subjetiva; aquele que realiza a conduta descrita no núcleo do tipo penal tem o poder de decidir se irá até o fim com o plano criminoso, ou, em virtude de seu domínio sobre o fato, isto é, em razão de ser o senhor de sua conduta, pode deixa de lado a empreitada criminosa. 
 Somente na presença de todas as circunstâncias se pode estabelecer quem “dominou o fato”, quem é o que “tem as rédeas dos fatos nas mãos; ou bem quem é o que pode decidir se o fato chegará à consumação. Ou seja, quem tem o poder que definirá o crime, é o autor. O que POSSUI O MANEJO DOS FATOS e o leva a sua realização, é autor; o que simplesmente COLABORA, sem ter poderes decisórios a respeito da consumação do fato, é partícipe.
ESPÉCIES DE AUTORIA:
Autoria Mediata: 
É aquele que se utiliza de um terceiro que lhe sirva como instrumento para o cometimento da infração penal. 
Autoria Colateral:
Fala-se em autoria colateral quando dois agentes, embora convergindo suas condutas para a prática de determinado fato criminoso, não atuam unidos pelo liame subjetivo.
Exemplo: Imagine que A e B queiram a morte de C. Por mera coincidência, os dois se colocam de emboscada, aguardando a vítima passar. Quando avistam a presença de C, os dois atiram, no mesmo instante, sem que um soubesse da presença do outro naquele local.
SÃO NESSES CASOS QUE SE DIZ QUE OCORREU AUTORIA COLATERAL, COMO O PRÓPRIO NOME DIZ “COLATERAL”, É PORQUE HOUVE UMA MERA COINCIDÊNCIA, EMBORA ELES QUISESSEM, DE QUALQUER MODO, A MORTE DE C. Não se pode dizer que são coautores, e sim, autores colaterais.
Autora Incerta:
Pode acontecer, contudo, que saibamos os autores dos disparos, como no caso acima em que A e B atiraram contra C, mas, mesmo assim, NÃO CONSIGAMOS identificar aquele que levou a vítima à morte. Existe autoria colateral, haja vista que NÃO atuaram unidos pelo liame subjetivo. Dessa mesma autoria colateral, surgirá outra, chamada autoria incerta. Sabem-se quais são os POSSÍVEIS AUTORES, mas não se consegue concluir, com a certeza exigida pelo Direito Penal, quem foi o produtor do resultado. Daí dizer que a autoria é INCERTA.
Autora desconhecida:
Quando não se faz ideia de quem teria causado ou ao menos tentado praticar a infração penal, surge outra espécie de autoria, chamada de desconhecida. Essa forma de autoria difere da incerta, visto que nesta última sabe-se quem praticou as condutas, sendo que somente não se conhece, com precisão, o produtor do resultado. Na autoria desconhecida, os autores é que não são conhecidos, não se podendo imputar os fatos a qualquer pessoa.
PARTÍCIPE
É sempre aquele que determina, instiga ou auxilia na prática do crime, sem realizar a conduta típica, ou ter o domínio final dos fatos. 
Espécies:
Moral: ocorre quando há induzimento (determinação) e instigação, estímulo de um crime.
Material: é quando há a participação por cumplicidade (prestação de auxílios materiais).
Teorias da participação:
Mínima: para a teoria da acessoriedade mínima, haverá participação punível A PARTIR DO MOMENTO EM QUE O AUTOR JÁ TIVER REALIZADO UMA CONDUTA TÍPICA. Basta, para essa teoria, que o autor pratique um fato típico, para que possa haver a responsabilização penal do partícipe. “A participação é acessória ao mínimo quando para sua punição é suficiente que o autor principal haja concretizado um tipo penal”. 
Limitada: mesmo qráue o autor não tenha culpabilidade, se a conduta for típica e ilícita, o partícipe pode responder criminalmente (adotada pelo Brasil). 
Máxima: haverá a punição do partícipe somente se o autor tiver praticado uma conduta típica, ilícita e culpável. Na divisão tripartida do conceito analítico, é um crime de fato.
DESVIO SUBJETIVO DE CONDUTA ou COOPERAÇÃO DOLOSA DISTINTA:
Participação em crime menos grave:
Ocorre quando um dos participantes vem a praticar um crime MAIS GRAVE e diferente do anteriormente combinado, fazendo com que responda sozinho pelo mesmo. Segundo entendimento do STF, se o crime planejado for com violência ou grave ameaça, caso um dos agentes produza um resultado mais grave, todos responderão em razão da previsibilidade. 
Por exemplo: 
Imaginemos que A estimula B a causar lesões em C. Ao dar início às agressões, B, agindo agora com dolo de matar, espanca C até a morte. Como se percebe, B não fora instigado por A a causar a morte de C. Tal fato se deveu, exclusivamente, a um desvio subjetivo da conduta de B. Em razão do disposto, A só deverá ser responsabilizado por seu dolo, ou seja, se a finalidade de sua participação era ser responsabilizado pelo seu dolo, ou seja, se a finalidade era estimular, instigar o agente a causar lesões a alguém, e se, durante a execução do crime, o autor executor resolveu ir mais adiante e praticar outra infração pena que não aquela sugerida ou estimulada pelo partícipe, este último só poderá ser responsabilizado pelo seu dolo. Se o dolo foi o de estimular o agente a cometer o delito de lesões corporais, por ele deverá ser responsabilizado.
Pode ocorrer também, que um dos autores queira concorrer para a prática de determinado crime e aquele encarregado da sua execução pratique outra mais grave. Suponhamos que A e B resolvam praticar um furto de um televisor existente na residência de C. Sabem que a residência de C está praticamente abandonada e que o seu proprietário já não a frequenta há muitos meses. Na certeza de que lá não havia qualquer pessoa, A e B para lá se dirigem. A, segundo o critério de distribuição de tarefas, próprio da teoria do domínio funcional do fato, permanece do lado de fora da residência, fazendo a vigilância dentro do veículo o qual transportariam o televisor, sendo ele o seu motorista. Se, ao entrar na aludida residência, B vier a perceber a presença de seu inesperado morador, e mesmo assim, prosseguir com o seu plano de subtração, agredindo-o fisicamente para que possa subtrair o bem, e só depois transportá-lo para um local seguro, vier a narrar a A os fatos que aconteceram no interior daquela residência, este último não poderá responder pelo delito de roubo e sim pelo furto.
O desvio subjetivo da conduta levado a efeito pelo autor executor não fará com que A responda pelo delito por ele não pretendido inicialmente. O seu dolo, o seu liame subjetivo, diz respeito a concorrer para a prática do furto e não do roubo (sem violência).
Logo, o desvio subjetivo da conduta nada mais é quando o partícipe pratica um crime mais grave que o autor, logo, o autor não poderá ser responsabilizado pelos crimes do partícipe se no início, os mesmos só buscavam realizar um delito menos grave.
SISTEMAS PARA A DEFINIÇÃO DA PENA
Concurso Material: Ocorre quando o agente, mediante duas ou mais ações, pratica dois ou mais delitos, idênticos ou não, fazendo com que as pessoas sejam somadas. Via de regra, se o agente for condenado a pena proativa de liberdade, por um dos crimes, não será cabível a pena alternativa para o outro se incompatíveis entre si. É somente se o aguente praticou várias ações que resultaram em mais de um crime. Aqui, as penas são SOMADAS.
Por exemplo, uma pessoa é condenada por tráfico de drogas a uma pena de 05 anos de reclusão; e por uso de documento falso, a uma pena de 01 ano de reclusão. Nesse caso, houve o concurso material de crimes, pois o agente praticou mais de uma conduta(vendeu drogas e usou documento falso) e com elas mais de um crime (tráfico de drogas e uso de documentos falsos).
PORTANTO, A PENA FINAL APLICADA A ELE, SOMADAS AQUELAS APLICADA A CADA UM DOS CRIMS (5+1), SERÁ DE 06 ANOS.
Concurso formal: Configura-se quando o agente, mediante uma só ação, pratica mais de um crime. Aqui, uma só ação foi responsável por mais de um crime. Por isso, em regra, as penas de cada um dos crimes não serão somadas, mas uma delas será acrescida de uma fração que pode variar de 1/6 a ½. 
Por exemplo, um motorista atropela e mata 3 pessoas que estavam na calçada, cometendo, assim, o crime do artigo 302 três vezes, sendo condenado a uma pena de 02 anos de detenção em cada um dos crimes.
Logo, com uma só ação, o motorista praticou mais de um crime e, por isso, deverá ser aplicado o concurso formal, à fração de 1/5, por serem 03 crimes, fazendo com que a pena final seja de 02 anos, 04 meses e 24 dias de detenção. 
Se fosse hipótese de concurso material, as penas dos três crimes seriam somadas, totalizando 06 anos de detenção.
Concurso formal perfeito: Ocorre quando o agente produz dois ou mais resultados criminosos, mas não tinha o desígnio de praticá-los de forma autônoma.
Exemplo: João atira para matar Maria, acertando-a. Ocorre que, por culpa, atinge também Pedro, causando-lhe lesões corporais. João não tinha o desígnio de ferir Pedro. 
Exemplo: Um motorista causa um acidente e mata 3 pessoas. Não havia o desígnio autônomo de praticar os diversos homicídios.
Ele pode ocorrer em duas situações:
Dolo + Culpa: quando o agente tinha dolo de praticar um crime e os demais delitos foram praticados por culpa (exemplo 1).
Culpa + Culpa: quando o agente não tinha a intenção de praticar nenhum dos delitos, tendo todos eles ocorridos por culpa (exemplo 2).
A fixação da pena em regra geral, ocorre a exasperação da pena. Aplica-se, então, a maior das penas, aumentada de 1/6 até ½. Para esse aumento ou diminuição, o juiz leva em consideração a quantidade de crimes.
Concurso material imperfeito: Ocorre quando o agente, com uma única conduta, pratica dois ou mais crimes dolosos, tendo o desígnio de praticar cada um deles (desígnios autônomos). São todos os delitos praticados por uma única ação, com dolo (intenção de matar).
Exemplo: Jack quer matar Bill e Paul, seus inimigos. Para tanto, Jack instala uma bomba no carro utilizado pelos dois, causando a morte de ambos. Jack matou dois coelhos numa cajadada só.
Exemplo: Rambo vê seu inimigo andando de mãos dadas com a namorada. Rambo pega seu fuzil e resolve atirar em seu inimigo. Alguém alerta Rambo: "Não atire agora, você poderá também acertar a namorada", mas Rambo responde: "Eu só quero matá-lo, mas se pegar nela também tanto faz". Rambo, então, desfere um tiro e mata os dois.
Ocorre, portanto, quando o sujeito age com dolo em relação a todos os crimes produzidos.
Aqui é DOLO + DOLO.
Pode ser: Dolo direto + Dolo direto (exemplo 1).
 Dolo direto + Dolo eventual (exemplo 2)
A fixação da pena, no caso de concurso formal imperfeito, as penas dos diversos crimes são sempre SOMADAS. Isso porque o sujeito agiu com desígnios autônomos.
Crime continuado: Ocorre quando o agente, mediante duas ou mais ações, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, desde que haja uma relação de identidade entre eles. No que se refere à análise de crimes referentes ao tempo, lugar e meio de execução.
Requisitos:
- Crimes da mesma espécie: trata-se de matéria divergente. Para uma corrente, são aqueles que se encontram no mesmo tipo penal, pois mesma espécie é diferente de mesmo gênero. Porém, para uma segunda corrente, são aqueles que ofendem o mesmo bem jurídico, pois mesma espécie e diferente de idênticos. 
- Há uma necessidade de que os crimes posteriores, levando-se em consideração as condições de tempo, lugar, maneiro de execução, dentro outros, sejam considerados como uma continuação do primeiro crime.
Assim, apesar da prática de vários crimes, eles serão considerados como sendo um crime único, para fins de aplicação da pena, pois estarão "unidos pela semelhança de determinadas circunstâncias (condições de tempo, lugar, modo de execução ou outras formas que permitam deduzir a continuidade).
Requisitos objetivos: 
Tempo: +/- 30 dias para entendimento do STF
Lugar/Meio: mesmo município 
Exemplo: Roubo e furto não podem ser considerados crime continuado.
A consequência da continuação delitiva é, assim como no concurso formal, a aplicação da pena de um dos crimes, caso sejam idênticas, ou, caso sejam diferentes, a mais grave, aumentada de 1/6 a 2/3.
Assim como no caso do concurso formal, a fração a ser aplicada no caso concreto dependerá da quantidade de crimes concorrentes.
Logo, sendo 2 crimes, aumenta-se em 1/6; três crimes, 1/5; 4 crimes, ¼... sendo a fração máxima 2/3. 
PENA 
-É a sanção máxima do Direito Penal;
-Só existe pena no Direito Penal;
-É uma ferramenta sancionadora e aflitiva a ser aplicada ao autor de um delito.
Espécies:
-PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
-PENA PRIVATIVA DE DIREITO
MULTA: ferramenta sancionadora mais comum em todo ordenamento jurídico (difere-se para o direito penal).
Princípios:
1) Dignidade da pessoa humana: 
Significa ter humanidade das penas. Tendo em vista que o Estado foi formado para satisfazer necessidades humanas, na realização de seus atos, o indivíduo sempre deve ser tradado como fim, e nunca como meio. Assim o Estado de Necessidade é o sacrifício de um bem jurídico para salvar o outro de maior valor.
2) Princípio da legalidade:
Diz que não há crime sem lei anterior que o defina, não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem prévia cominação legal. Se a lei impôs o limite máximo, o juiz não poderá supera-lo.
3) Princípio da Personalidade da Pena:
Significa que a pena não pode ultrapassar a pessoa do condenado. Multa em caso de falecimento só ocorre se houver um espólio e nos limites da herança.
4) Princípio da proporcionalidade:
Sendo um reflexo do princípio da razoabilidade, significa que tanto o legislador como o juiz, ao definir a pena, esta deve guardar relação com a gravidade dos delisto e a relevância do bem jurídico.
TEORIAS JUSTIFICACIONISTAS
1) Teoria Absoluta ou Retributiva: A finalidade da pena era de retibuir o meu causado com a prática dos delitos.
2) Teoria Relativa (Prevenção): A finalidade da pena deve ser medida de intimidação para a sociedade.
- Geral: é quando a pena tem como finalidade inibir futuros delitos, intimidando os demais membros da sociedade.
- Especial: Art. 1º da lei de execução penal 7210/84; aqui, a pena é voltada para a pessoa do condenado, visando o seu tratamento ou intimidando-o para que não volte a delinquir (tem por finalidade a ressocialização).
3) Teoria Mista ou Eclítica (art. 59, CP)
A pena deve castigar, prevenir e ressocializar. Há críticas, porque há finalidades incompatíveis entre si, e a pena não se castiga ou ressocializar.
4) Teoria Garantista:
A finalidade da pena substitui a vingança privada ao tempo que limita o poder punitivo do Estado.
5) Teoria Apostólica da Pena:
Segundo essa teoria, a pena não se justifica por ser uma mera ferramenta de poder para impor o controle social. Para Zaffarani, a pena não se justifica; a decisão de punir é unicamente política.
FIXAÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
1) Circunstâncias judiciais: 
Pena Base -> mínimo legal (o juiz sempre sairá desse mínimo) 
2) Circunstâncias legais: 
AGRAVANTES e ATENUANTES
Estão sempre na parte geral e não definem o limite do quanto se agrava ou atenua. Não podem ser aquelas previstas no próprio tipo penal.
3) Causas para aumento e diminuição da pena:
Qualificadora é um tipo penal derivado presente na parte especial que modifica a pena em abstrato, podendo alterar o mínimo legal (6 anos).
Obs: Se o condutor cometer crime simples, sairá da PENA BASE, mínimo legal de 6 anos; e caso o crime for qualificado,a pena base é de 12 ANOS.
Qualificadora é qualquer previsão feita pelo legislador de forma que a pena mínima ou máxima de um determinado tipo penal seja aumentada em um tipo derivado, chamado tipo qualificado. O tipo qualificado traz uma circunstância a mais, um elemento mais grave que o tipo original. Em razão dessa maior gravidade, a pena prevista para o delito é aumentada.
 Ex:
Tipo Original 
Art. 121. Matar alguém 
Pena: 6 a 20 anos
Tipo Qualificado
Art. 121, §2°. Se o homicídio é cometido:
I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe.
II – por motivo fútil.
Pena: 12 a 30 anos
Agravantes ou Atenuantes: hoje se entende que elas não podem ultrapassar o limite de 1/6.
REINCIDÊNCIA
Ocorre a reincidência quando o agente, após trânsito em julgado, VOLTA A PRATICAR NOVOS CRIMES.
Tendo em vista o Princípio da presunção de inocência, só podem ser maus antecedentes os crimes com condenação transitada em julgado, que não configurem em reincidência. Súmula 241 e 444 STJ.
Ou seja, se uma pessoa cometer um crime de furto e ter sentença condenatória em transito em julgado, se essa mesma pessoa cometer outro crime de roubo, já que o 1˚ crime transitou em julgado, não se tratará de maus antecedentes. Caso o trânsito em julgada não tivesse ocorrido, aí sim seria maus antecedentes.
Ex: CR1 -> Condenação -> Transito em Julgado -> CR2 
Quanto à personalidade e a conduta social, só se consideram fatos concretos presentes nos autos e que tenham relação com o delito.
OS MOTIVOS SÃO AS FONTES PROPULSORAS DAS VONTADES CRIMINOSAS:
Crime triplamente qualificado (3 coisas): quanto maior o número, maior a pena. Ela pode sair do mínimo legal ao ter PELO MENOS 1 QUALIFICADORA. Lembrando que isso tudo depende do juiz. Se não tiver qualificadora e sim um crime simples, o juiz saíra do mínimo legal (6 a 20 anos).
A respeito das circunstâncias (atenuantes e agravantes):
É pacífico que as agravantes não podem levar a pena além do máximo legal, porém há uma divergência se as atenuantes podem levar abaixo do mínimo. Para a corrente majoritária, não é possível por causa do princípio da legalidade, porém, para uma segunda corrente, é possível em razão de um critério de justiça.
No concurso entre Agravante e Atenuante, deve-se aplicar a PREPONDERANTE.
Não se aplica a agravante se a circunstância for uma elementar do crime, uma qualificadora ou uma causa de aumento da pena. 
Motivo fútil: desproporcional
Motivo torpe: repugnante, ignóbil. 
No Direito penal, para as Agravantes, abuso de autoridade é em relações privadas, e abusos de poder, relações públicas.
Reincidência – Art. 63 
Crime 1 -> condenação1 -> TJ1 -> CR2
Contravenção -> Condenação -> TJ1 -> Contravenção 2
Crime 1 -> Condenação -> TJ1 -> Contravenção 
Contravenção -> Cond. -> TJ -> Crime -> não há reincidência, apenas maus antecedentes.
Acabam os efeitos da reincidência a partir dos 5 anos contados da data em que foi extinta a sua pena. 
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:
Espécies: 
RECLUSÃO: é a mais grave. O juiz pode iniciar o regime aberto ou fechado. Aqui, o condenado pode iniciar seu cumprimento em regime fechado, semi-aberto ou aberto. Se o condenado é reincidente, ele vai para o regime subsequente.
DETENÇÃO: na detenção, a pena não pode ser iniciada no regime fechado, mas tão somente no regime aberto ou semi-aberto, porém, ele pode ser enviado para o fechado em regressão, caso pratique alguma falta disciplinar.
Segundo a súmula do 269 do STF, se o sujeito é condenado a uma pena até 4 anos e é reincidente, deverá ser enviado para o regime subsequente. 
Ex: é reincidente e está no aberto. Logo, ele vai para o semi-aberto. 
SE ELE FOR PRIMÁRIO: 1 a 4 anos (aberto) ou 4 a 8 (fechado).
REGIMES: 
FECHADO: no regime fechado, em estabelecimento de segurança máxima ou média, devendo o condenado trabalhar de dia e ficar isolado durante a noite.
Exceto o RRD, julgado pela LEP. Lá, isola-se totalmente o preso (exemplo de presos muito perigosos).
SEMI-ABERTO: cumpre em colônia agrícola ou industrial, podendo o condenado trabalhar ou estudar fora durante o dia, devendo retornar ao presídio à noite, e lá permanecer nos finais de semana.
ABERTO: Cumpre-se em casa de albergado, ficando o condenado em liberdade durante o dia, mas devendo-se recolher à noite e finais de semana, ou será aplicada a prisão domiciliar com monitoramento eletrônico. Nesse regime, conta-se com a auto disciplina do condenado. 
O SISTEMA PROGRESSIVO é a possibilidade do condenado sair de um regime mais rigoroso para outro mais brando, ao cumprir os requisitos necessários.
- Bom comportamento, cumprir parte da pena (1/6, ou em crimes hediondos, 2/5 ` primários, 3/5 (reincidentes)).
REGRESSÃO DE REGIME ocorre quando há uma falta disciplinar, sendo o apenado, enviado para um regime mais severo.
DETRAÇÃO é o desconto da pena correspondente ao tempo de prisão cautelar que o sujeito sofre durante o processo ainda que distinto, desde que contemporâneo. Pode ocorrer em processos distintos. Por exemplo, um homem é preso e fica 1 ano na cadeia, caso ele seja condenado a 5 anos, ele irá cumprir apenas 4 anos, pois já ficou 1 ano preso. 
REMIÇÃO é o desconto de 1 dia da pena para cada 3 dias de trabalho, ou a cada 12 horas de estudos, divididas, no mínimo, em 3 dias.

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