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Caderno processo do trabalho

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2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 1 
 
Processo do Trabalho 
 
1 - Princípios gerais do processo do trabalho 
 
1.1 Do contraditório 
O reclamado poderá se defender amplamente, tendo prazo para arguir 
fundamentadamente suas razões, bem como juntar documentos na intenção de 
provar as tais razões. 
 
1.2 Oralidade 
Na área trabalhista predominam atos com o uso da palavra falada, propiciando celeridade 
processual. 
 
1.3 Princípio da identidade física do juiz 
 
No processo trabalhista o juiz pode dirigir a instrução e outro julgar o caso. 
 
1.4 Princípio da concentração da audiência 
A audiência trabalhista é una. O processo decisório e instrutório ocorre em uma única 
audiência, com exceção de instruções de maior complexidade ou que requeiram 
perícia. 
 
1.5 Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias 
Decisão interlocutória é o ato pelo o qual, o juiz no curso do processo, resolve questão 
incidente. Na justiça do trabalho não cabe agravo de instrumento para despacho 
interlocutório. 
A apreciação do agravo de instrumento apenas em decisão definitiva. 
Agravo de instrumento caberá apenas em despachos que denegarem a interposição de 
recursos. 
O correto é que o advogado faça protesto para que depois a matéria seja enviada ao tribunal. 
Não havendo protesto, ocorre a preclusão consumativa, ou seja, que impede que o tribunal 
examine a matéria. 
 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 2 
 
1.6 Princípio da proteção 
As regras são interpretadas mais favoravelmente ao empregado. 
A legislação visa assegurar superioridade jurídica ao empregado em razão de sua inferioridade 
econômica. 
 1.6.1 Gratuidade 
Para o hipossuficiente, há a gratuidade do processo com dispensa do pagamento das custas. O 
empregado não precisa pagar custas para ajuizar a ação. As custas são pagas por quem perder. 
Em caso de acordo, as custas poderão ser divididas entre o empregado e empregador. 
Podendo o empregado ser dispensado pelo juiz se for beneficiário de gratuidade de justiça. 
 
A união é responsável pelos honorários periciais quando a parte sucumbente no objeto de 
perícia for beneficiária de gratuidade de justiça. 
 
1.7 Celeridade 
Não há rigor técnico. O que permite mais celeridade na busca de um processo mais efetivo. 
 
1.8 Princípio da Conciliação 
Sempre haverá proposta de conciliação no início da audiência, e no final, antes da decisão. 
 
1.9 Princípio da Verdade Real 
Os juízos poderão determinar as diligências necessárias em busca de verdade real. 
 
1.10 Princípio do Jus Postulandi 
Ítem 4.1 
 
1.11 Princípio da Normatização Coletiva (Poder Normativo da Justiça do Trabalho) 
O tribunal sempre que necessário, poderá, nos casos em que se verificar as condições 
necessárias, criar norma por meio dos dissídios coletivos proferindo as chamadas sentenças 
normativas. 
 
1.12 Princípio do Dispositivo e do Inquisitivo/ da Iniciativa ex offício 
O processo se da por iniciativa das partes mas se desenvolve por impulso oficial. 
 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 3 
 
1.13 Princípio da Extrapetição 
O julgador pode conceder mais do que o pleiteado em casos específicos. Ítem 17.4 
1.14 Princípio da garantia recursal 
Os recursos só serão admitidos com o pagamento das custas processuais e com efetuação de 
um depósito de garantia. Que será levantado posteriormente pelo vencedor. 
 
2. Solução dos conflitos trabalhistas 
 
2.1 Dissídios individuais 
São aqueles entre o empregado e o empregador individualmente considerados. - Reclamação 
trabalhista. 
Não é o número de pessoas que definirá se o dissídio é individual ou coletivo, e sim a natureza 
dos interesses discutidos. 
Os beneficiários dos dissídios individuais são pessoas determinadas, individualizadas. 
 
2.2 Dissídios coletivos – Sentença normativa 
Abrange a coletividade, a categoria – uma comunidade específica de trabalhadores ou 
empregadores. As partes são pessoas indiscriminadas, representadas em juízo pelos órgãos 
sindicais, salvo exceções. 
Tratam-se de interesses abstratos, pertinentes a categoria. 
Compete aos órgãos regionais de trabalho, originariamente, os dissídios coletivos, que não são 
processados perante os órgãos de primeiro grau. 
Os processos coletivos podem ser voluntários, ajuizados pelas partes interessadas ou 
instauradas de oficio por órgão jurisdicional ou por iniciativa da procuradoria da justiça do 
trabalho. 
Antes da fase judicial, ocorrerá uma assembleia sindical autorizando a diretoria abrir o dissídio. 
Na fase judicial, a petição inicial será designada pelo presidente do TRT a audiência de 
conciliação em 10 dias. 
Havendo acordo, deverá ser homologado pelo tribunal. Não havendo, será designada sessão 
de julgamento. O nome da decisão chama-se Sentença normativa. 
Na sessão de julgamento, as partes poderão fazer sustenção oral durante 10 minutos cada, e 
será votado cada item da reivindicação. 
Da sentença normativa caberá recurso ordinário ao TST. 
 
2.3 Formas de solução de conflitos 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 4 
 
 
2.3.1 Autotutela ou Autodefesa 
As próprias partes fazem a defesa de seus interesses. O conflito só é solucionado quando uma 
parte cede a imposição da outra. 
É o meio mais primitivo de resolução de conflitos, onde uma das partes, com utilização da 
força, impõe sua vontade sobre a parte mais fraca. Nessa modalidade, há a ausência do estado 
na solução do conflito sendo uma espécie de vingança privada. 
Ex: greve 
 
2.3.2 Autocomposição 
Esta forma de resolução de conflitos trabalhistas é realizada pelos próprios interessados, 
através da negociação coletiva. 
Ex: Acordo coletivo e convenção coletiva 
Pode ser Bilateral ou Unilateral. A primeira quando há concessões recíprocas, ao que 
denomina transação. E a segunda, quando uma parte renuncia em benefício da outra. 
 
2.3.3 Heterocomposição 
Quando um terceiro determina a forma de solução do conflito. 
Ex: Arbitragem, mediação, jurisdição ou tutela, comissão de conciliação prévia. 
 
2.3.3.1 Mediação 
O mediador se insere entre as partes, procurando aproxima-las para que elas próprias 
cheguem a uma solução consensual. 
 
 2.3.3.2 Conciliação 
Nesta hipótese, o conciliador pode apresentar eventuais soluções. Buscando concessões 
recíprocas entre as partes para que elas próprias solucionem o conflito. 
 
2.3.3.3 Comissões de conciliação prévia 
Foram criadas com o intuito de desafogar a justiça do trabalho. Descentralizando o sistema de 
composição de conflitos. 
As CCPs tem a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho, sem caráter 
obrigatório. O STF entende que é facultativo ao empregado recorrer a CPP. Podendo recorrer 
direto ao judiciário. 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 5 
 
São compostas por representantes dos empregados e empregadores. Mínimo de 2 e máximo 
de 10 membros, tendo um suplente para cada membro. 
O mandato é de 1 ano, sendo permitida apenas uma recondução. 
Os representantes dos empregados, membros ou suplentes, terão estabilidade de até um ano 
após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave. O período que o empregado estiver 
atuando como conciliador será contabilizado como hora extra. 
As CCPs tem o prazo de 10 dias para realização da sessão de tentativa de conciliação, a partir 
da provocação do interessado. 
O prazo prescricional fica suspenso a partir da provocação da comissão, recomeçando a fluir, 
pelo o que lhe resta, a partirda tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo 
previsto. 
 
Havendo acordo: 
O termo de conciliação é título executivo extrajudicial. Se o acordo firmado não for cumprido 
cabe ação de execução. 
O acordo tem eficácia liberatória geral, ou seja, lavrado o termo de conciliação, o acordo 
automaticamente quita o contrato. Não podendo mais ser ingressada ação em juízo, salvo se 
tiver ressalvas. 
Havendo vício na manifestação de vontade (erro, dolo ou coação) o acordo será anulado. 
 
Sem acordo: 
O empregado junta a declaração de tentativa frustrada em sua ação trabalhista. 
 
 
3 Competência da justiça do trabalho 
 
3.1 Competência em razão da pessoa 
Leva em conta a qualidade das partes, a identificação. Pessoas físicas ou jurídicas. 
Não existe foro privilegiado na justiça do trabalho. 
 
 
3.2 Competência em razão da matéria 
INSS, execução de créditos – compete a Justiça do trabalho 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 6 
 
As ações relativas a acidentes de trabalho competem a Justiça comum, e não a justiça do 
trabalho 
 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e 
da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
 
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
 
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e 
entre sindicatos e empregadores; 
 
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado 
envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
 
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto 
no art. 102, I, o; 
 
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de 
trabalho; 
 
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos 
de fiscalização das relações de trabalho; 
 
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus 
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
 
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
 
§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 
 
§ 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às 
mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça 
do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao 
trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 
 
§ 3º - Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse 
público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça 
do Trabalho decidir o conflito. 
 
3.3 Competência em razão do lugar 
Trata-se de um modo de delimitação territorial da jurisdição. Toma-se como base o último 
lugar da prestação de serviço. 
Não importa o local onde o contrato de trabalho tenha sido ajustado, nem a sede da empresa. 
Por regra geral, o empregado ingressará com a reclamação trabalhista onde fisicamente 
estiver trabalhando. 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 7 
 
No caso do empregado viajante, o foro competente será onde o empregador estiver 
domiciliado. Salvo se o empregado estiver subordinado à agência ou filial, caso em que será 
competente o foro onde a mesma estiver situada. 
É inaplicável a cláusula do foro de eleição. 
 
3.4 Competência em razão do valor da causa 
Leva em consideração o valor do pedido, que determina o rito processual. 
 
 3.5 Outras considerações sobre a competência 
 - É fixada no momento do registro ou da distribuição. Sendo irrelevante as modificações do 
estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente. 
 - É interrompida a prescrição no momento da distribuição. A citação é válida, ainda que 
ordenada por juízo incompetente. 
- A arguição da incompetência (absoluta ou relativa) na própria contestação. Exclui-se peça 
apartado. 
 
3.6 Incompetência Absoluta e Relativa 
 3.6.1 Absoluta 
Em razão da matéria, parte ou função. 
É iderrogável pelas partes. E pode ser conhecida de ofício a qualquer tempo. 
Quanto ao valor da causa, só será absoluta se determinar o rito sumaríssimo. 
 
3.6.2 Relativa 
Em razão do território. A parte deve invoca-la por meio de exceção de incompetência na 
contestação. E não pode ser declarada de ofício. 
Quanto ao valor da causa, será também relativa, salvo se determinar o rito sumaríssimo. 
Há a prorrogação a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de 
contestação. Ou seja, se o réu não disser nada na contestação, a competência prorrogar-se-á 
ao foro qual foi distribuída. 
Pode ser alegada pelo MP nas causas em que ele atuar. 
 
4 Partes no processo 
 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 8 
 
4.1 Capacidade postulatória, jus postulandi 
É permitido o jus postulandi, a reclamação sem advogado, ou seja, verbal perante o próprio 
reclamante. 
A forma verbal, sem representação do advogado, é permitida somente em dissídios 
individuais. 
 Os empregados ou empregadores poderão propor reclamações pessoalmente perante a 
Justiça do Trabalho e poderão acompanhar suas reclamações até o final. Porém o jus 
postulandi não se aplica à: 
- ação rescisória; 
-à ação cautelar; 
- ao mandado de segurança; 
- aos recursos de competência do TST. 
A postulação se dá através da petição inicial, escrita ou verbal. 
 
4.2 Representação 
É atribuída a alguém a qualidade para agir em nome de outrem. 
 4.2.1 Espécies 
 4.2.1.1 Legal 
Decorre da previsão em lei. 
- Pais, tutores, curadores para o menor de 18 anos. 
- Procuradores, pela procuração expressa indicando os poderes conferidos ao procurador ou 
mandato tácito, aquele em que a parte comparece a audiência com advogado, aceitando os 
atos praticados em seu nome. O mandato tácito só alcança os poderes para o foro geral. 
- Substituição processual, a possibilidade de alguém vir a juízo postular em nome próprio, 
direito alheio, quando autorizado por lei. 
O substituto, defendendo direito alheio pode praticar todos os atos processuais (postular, 
recorrer, executar a decisão), exceto transigir, renunciar ou reconhecer juridicamente o 
pedido, salvo se houver expressa autorização. 
 - Substituição processual pelo sindicato de classe 
O sindicato de classe terá legitimidade extraordinária para propor ações trabalhistas em nome 
próprio pleiteando direito dos trabalhadores associados ou não daquela categoria. 
 
 4.2.1.2 Convencional 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 9 
 
Facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que 
tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o preponente. 
O preposto deve ser empregado. Exceto quanto a reclamação de empregado doméstico, ou 
contra micro e pequeno empresário. 
É facultado ao empregador de microempresa ou empresa de pequeno porte fazer-se substituir 
por terceiros que tenham conhecimento dos fatos, ainda que não possuam vínculo trabalhista 
ou societário. 
 
4.3 Litisconsórcio 
Autorização legal para que mais de uma pessoa figure no polo ativo, passivo ou em ambos os 
polos da relação jurídica. 
 4.3.1 Quanto a formação 
 4.3.1.1 Inicial – Formado já na propositura da ação 
 4.3.1.2 Ulterior – Instaurado no curso da ação. 
 4.3.2 Quanto a obrigatoriedade 
 4.3.2.1 Facultativo– Subordinado a vontade das partes 
 4.3.2.2 Necessário – Constituído por força de determinação legal. A sentença 
jurídica depende que todas as pessoas legitimadas estejam no processo. 
 4.3.3 Quanto aos efeitos 
 4.3.3.1 Simples- A decisão pode ser diferente para cada litisconsorte. 
 4.3.3.2 Unitário – A decisão é uniforme para todos os litisconsortes. 
 4.3.4 Quanto ao polo 
 4.3.4.1 Ativo - Mais de um litigante no polo ativo 
 4.3.4.2 Passivo - Mais de um litigante no polo passivo 
 4.3.4.3 Misto – Mais de um litigante nos dois polos do processo. 
 
4.4 Litisconsórcio previsto na CLT 
4.4.1 Polo ativo: Reclamação trabalhista com diversos autores. 
- Desmembramento: O juiz pode limitar o litisconsórcio facultativo, se comprometer a rápida 
solução do litígio. 
 
 4.4.2 Polo passivo 
 4.4.2.1 Grupo econômico 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 10 
 
A responsabilidade é solidária quanto as dívidas de natureza trabalhista. Não há litisconsórcio 
necessário pois mesmo no caso de grupo econômico, não é necessário o chamamento de 
todas ao processo. 
 4.4.2.2 Terceirização 
A responsabilidade é subsidiária do tomador de serviços, quanto ao inadimplemento das 
obrigações trabalhistas por parte do empregador. 
 
4.5 Litisconsortes com procuradores distintos 
Não há prazo em dobro. Em razão da incompatibilidade com o princípio da celeridade dos atos 
processuais. 
 
5- Ritos Processuais 
 
5.1 Procedimento sumário ou de alçada 
O valor da causa não poderá ser superior a 2 vezes o salário mínimo. 
Instância única. Não há previsão de irrecorribilidade, salvo por ofensa direta a constituição 
federal. 
 
5.2 Procedimento sumaríssimo 
Objetivo: Tem como objetivo propiciar maior rapidez as ações trabalhistas de menor valor. 
Requisito: É cabível somente nas ações de 2 a 40 salários mínimos. 
Estão excluídas desse procedimento as demandas em que for parte a administração pública 
direta, autárquica ou fundacional. 
Prazos: A audiência deverá ocorrer no prazo máximo de 15 dias contados do ajuizamento. 
Podendo constar de pauta especial, de acordo com o movimento de cada vara. 
Citação: Não haverá citação por edital, logo, o reclamante deverá oferecer endereço completo 
da reclamada. A citação será feita somente via postal. 
Pedido: O pedido deverá ser certo e determinado, indicando valor correspondente. Não 
cabendo portanto pedido ilíquido. 
Audiência: A audiência será una, haverá tentativa de conciliação e na ata será registrados 
resumidamente os atos essenciais. Aditamento somente antes da audiência. 
Testemunhas: 2 para cada parte. Que deverão comparecer em juízo independentemente de 
intimação. 
Provas: As provas são produzidas em audiência. 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 11 
 
Reconvenção: Não se admite reconvenção. 
Sentença: As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que o juiz a prolatar. 
Recursos admitidos: São admitidos recurso ordinário e de revista. 
O recurso ordinário será imediatamente distribuído, sendo que o relator designado deverá 
libera-lo no prazo máximo de 10 dias. E a secretaria do tribunal ou turma deverá colocá-lo 
imediatamente em pauta. Não haverá juiz revisor, e o parecer da procuradoria do trabalho 
será oral na sessão de julgamento. O acórdão a ser proferido é simplificado em decorrência da 
dispensa de relatório, bastando apenas a indicação suficiente do processo a parte dispositiva e 
as razões de decidir do voto vencedor. E na eventualidade da sentença submetida à apreciação 
do tribunal regional, vir a ser confirmada pelos próprios fundamentos jurídicos, bastará esse 
registro a certidão de julgamento que servirá de acórdão. 
O recurso de revista somente será admitido quando se constatar contrariedade à súmula de 
jurisprudência uniforme do TST ou violação direta a CF. 
 
 
5.3 Procedimento ordinário ou comum 
Requisito: O valor da causa deverá ser maior do que 40 salários mínimos. 
Testemunhas: no máximo 3 para cada parte. 
Citação: Neste rito, pode haver citação por edital. 
Audiência: A audiência pode ser desmembrada em inicial e de instrução. 
Pedido: Não é preciso liquidar a inicial. 
Prazos: Não há prazo para conhecimento da reclamação nem para a retomada de audiência. 
 
5.4 Procedimento especial 
5.4.1 inquérito judicial de apuração de falta grave 
Além de específico, tem cabimento somente quando um empregado portador de estabilidade 
comete falta grave ensejando a rescisão do seu contrato de trabalho. 
Prazo: O prazo para aforamento desta ação é de 30 dias. Com natureza decadencial, a contar 
da suspensão do empregado. 
Testemunhas: até 6 para cada parte. 
 
 5.4.2 Ação de dissídio coletivo 
 5.4.3 Ação de cumprimento 
 5.4.4 Mandado de segurança 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 12 
 
 
 
6- Atos, termos e prazos processuais 
 
6.1 Fatos processuais 
Acontecimentos naturais, não decorrentes da vontade humana que produzem efeitos 
processuais. 
6.2 Atos processuais 
Praticados pelas partes, pelo juiz ou auxiliares de justiça. Decorrem da vontade humana 
visando determinado efeito processual. Ex: petição inicial, sentença 
O processo se desenvolve por meio de uma série ordenada de atos processuais. 
Horário das audiências trabalhistas é de 08h as 18h dias úteis. 
 6.2.1 Princípios atos processuais 
 6.2.1.1 Publicidade 
Todos os atos serão públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse social, 
intimidade das partes ou se realizar entre 18h e 20h. (caso alguma se estenda, as audiências 
não podem ultrapassar 5h consecutivas) 
 6.2.1.2 Preclusão 
É a perda do direito de se praticar alguma faculdade processual. 
 6.2.1.2.1 Preclusão temporal 
Não exercício no prazo previsto em lei. 
 6.2.1.2.2 Preclusão consumativa 
Já ter exercido o ato. 
 6.2.1.2.3 Preclusão lógica 
Por ter praticado ato incompatível com ato já praticado 
 6.2.1.2.4 Preclusão por fases 
As partes devem apresentar de uma só vez e na fase adequada todos os meios de ataque e 
defesa de que dispõe 
 6.2.1.2.5 Pro Judicato 
Atinge o magistrado. Lhe sendo defeso conhecer ou julgar novamente questões já decididas. 
 
6.2.2 Atos das partes 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 13 
 
Declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzindo efeitos quanto a constituição, 
modificação ou extinção de direitos processuais. 
Ata de audiência. 
Recibo de petições e etc. 
Atos processuais eletrônicos, até as 24h do último dia do prazo. 
 
 6.2.3 Atos do juiz 
 6.2.3.1 Sentença 
O juiz efetuando entrega da prestação jurisdicional põe fim ao processo, decidindo sobre o 
mérito da causa. 
Possui prazo de 30 dias. 
Extinção do processo apenas por sentença. 
Deve ser fundamentada. 
 
 6.2.3.2 Decisão interlocutória 
Atos pelos quais o juiz decide questões incidentes. São irrecorríveis no processo trabalhista. 
Prazo de 10 dias. 
Deve ser fundamentada. 
 6.2.3.3 Despachos 
Todos os demais atos que o juiz pratica no processo, de ofício ou a requerimento da parte. 
Prazo de 5 dias. 
Apenas impulsionam o processo, logo não é necessário fundamentação. 
 
6.3 Termos processuais 
A redução a escrito de certos atos processuais praticados no processo. A documentação de um 
ato para que sejam retratados nos autos. 
 
6.4 Prazos processuais 
A fixação de prazo é necessária como condição de desenvolvimento do processo. 
Limite temporal estabelecido pela lei, partes ou pelo juiz para prática de um ato processual 
sobre consequência da preclusão temporal.2017.1 Direito Processual do Trabalho 
Nathália Klein Página 14 
 
Há prazos preclusivos denominados peremptórios ou fatais e outros não preclusivos 
denominado de dilatórios. 
 
 6.4.1 Dilatórios: prazos prorrogáveis 
Decorrem das normas dispositivas e devem ser requeridas antes do término do prazo, ou seja, 
prazos que postergam os atos não extinguido-os. 
 
 6.4.2 Peremptórios: prazos fatais 
Decorrentes de normas cogentes imperativas ou de ordem pública. Não se prorrogam. 
Extinguindo-se a possibilidade de se praticar determinado ato. 
 
 6.4.3 Prazos quanto a espécie 
 6.4.3.1 Legal 
Prazos fixados em lei. 
Ex: prazo de 20 minutos para apresentar contestação em audiência e o de 5 dias, quando o juiz 
não fixar prazo e não houver previsão legal. 
 6.4.3.2 Judicial 
Fixados a critério do juiz quando a lei for omissa 
 6.4.3.3 Convencional 
Fixados entre as próprias partes de comum acordo. Somente os prazos dilatórios podem ser 
fixados pelas partes. 
 6.4.3.4 Comum ou sucessivo 
É o período de tempo separado que cada uma das partes tem num processo para se 
manifestar. 
Ex: 15 dias para o autor, passados esses dias, abre-se prazo para a outra parte, que terá 15 
dias. Totalizando 30 dias. 
 6.4.4 Próprios e impróprios 
 6.4.4.1 próprios 
Diz respeito as partes. São aqueles cuja inobservância causam efeitos de natureza processual, 
como a preclusão. 
 6.4.4.2 impróprios 
Dizem respeito ao juiz e seus auxiliares, uma vez descumprido, pode acarretar consequências 
de orem disciplinar, mas não há a preclusão. 
Ex: Sentença não proferida em 30 dias. 
2017.1 Direito Processual do Trabalho 
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 6.4.5 Contagem dos prazos 
São contados como regra geral excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do 
vencimento. Se o dia do vencimento for dia não útil prorrogar-se-a para o primeiro dia útil 
subsequente. Caso o dia do início seja dia não útil, o prazo se iniciará no primeiro dia útil 
subsequente. 
Dentro dos prazos, os dias não úteis são cotados. 
Os prazos são contínuos, entretanto há a possibilidade de suspensão e interrupção. 
 6.4.5.1 Suspensão 
A contagem do prazo paralisa-se pelo tempo correspondente ao fato determinante. 
O tempo já fruído é aproveitado. 
A partir da suspensão, voltará a fruir de onde parou. 
Pode ocorrer várias vezes no curso do processo. 
Ex: recesso forense 
 6.4.5.1 Interrupção 
A contagem é inutilizada. Recomeçando a se feita quando cessar a causa determinante da 
paralisação. 
Não se aproveita nada. Assim, o prazo começa desde o zero. 
Pode ocorrer apenas uma vez no processo. 
Ex: apresentação de embargos de declaração 
 6.4.6 Privilégios de prazo 
O MP gozará de prazo em dobro. 
 
6.5 Principais prazos 
 Contestação: Não existe prazo para apresentar em cartório. Devendo ser apresentada 
na própria audiência por 20 minutos, se oralmente, ou escrito. 
 Recursos: Prazos unificados em 8 dias. 
 Contrarrazões: 8 dias 
 Embargos declaratórios: 5 dias 
 Exceções e reconvenção: devem ser apresentadas junto com a contestação, em peças 
apartadas, na audiência. 
 Depósito recursal: No prazo do recurso, ou seja, 8 dias. 
 Custas são pagas e comprovadas dentro do prazo de interposição de recurso. 
 Se o empregado fizer reclamação verbal tem 5 dias para comparecer em cartório e 
reduzir reclamação a termo. 
 Na exceção de incompetência o exceto tem o prazo de 24 horas para se manifestar. 
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 Exceção de suspeição deve ser instruída e julgada no prazo de 48 horas. 
 A audiência não pode durar mais do que 5 horas consecutivas. 
 Não comparecendo o juiz a audiência, os presentes poderão se retirar após 15 minutos 
do horário marcado. Advogados, após 30. 
 A petição inicial deverá ser enviada ao reclamado no prazo de 48h. 
 As razões finais deverão ser oferecidas em 10 minutos na audiência. 
 A ata de julgamento deverá ser juntada aos autos em 48h. 
 Caso o empregado estável tenha sido suspenso, a apuração de falta grave deve ser 
proposta em 30 dias. 
 A notificação do reclamado deverá ser recebida nos 5 dias anteriores a realização da 
audiência. 
 
 
 
 
6.5 Da comunicação dos atos processuais 
 6.5.1 Citação 
Ato pelo qual se da ciência a alguém de que consta contra si uma ação em curso, para que, 
querendo, venha se defender ou para integrar a relação processual. 
Ex: Réu, executado, interessados 
Regra geral é de que a citação seja encaminhada pelo correio com aviso de recebimento. Ou, 
nos lugares em que não há a circulação dos correios, por meio de um oficial de justiça. 
Se o reclamado estiver em local incerto, não sabido, haverá a citação por edital (última ratio) 
O réu deverá comparecer a audiência de instrução e julgamento depois de 5 dias da citação 
positiva. 
 
 6.5.2 Intimação 
Ato pelo qual se da ciência as partes dos atos e termos no processo. 
 
7- Preclusão 
7.1 Temporal 
Simples perda do direito de praticar um ato processual, em função do seu não exercício no 
momento oportuno. 
Logo, a perda do prazo é a omissão que resulta em preclusão. 
7.2 Lógica 
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Quando um ato não pode mais ser praticado, pelo fato da parte ter praticado outro 
incompatível anteriormente. 
7.3 Consumativa 
No curso do processo é proibida as partes discutirem questões anteriormente decididas, em 
razão de ato praticado com produção de efeitos imediatos. 
7.5 Por fases 
As partes devem apresentar de uma só vez, na fase adequada, todos os meios de defesa e 
ataque que dispõem. 
Princípio da eventualidade. 
7.6 Pro Judicato 
Essa modalidade de preclusão atinge o magistrado, lhe sendo defeso conhecer ou julgar 
novamente questões já decididas, salvo as de ordem pública. 
 
8- Proposição da Reclamação Trabalhista 
8.1 Condições da ação 
 8.1.1 Interesse de agir 
Há o interesse de agir quando o provimento jurisdicional postulado for capaz de ser 
efetivamente útil ao demandante. Operando uma melhora em situação a vida comum. 
 8.1.2 Legitimidade 
O autor tem o direito que reivindica. 
 8.1.2.1 Legitimidade exclusiva 
Só uma pessoa tem legitimidade para atuar em determinada causa. 
 8.1.2.2 Legitimidade concorrente 
Quando a lei faculta a mais de uma pessoa defender o mesmo direito 
 8.1.2.3 Legitimidade extraordinária 
Quando alguém, autorizado pela lei, pode vir a juízo postular em nome próprio direito alheio. 
 8.1.3 Possibilidade jurídica do pedido 
Previsto em lei. 
 
8.2 Pressupostos de validade 
 8.2.1 Competência 
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Somente poderá julgar o processo o órgão jurisdicional que seja competente em razão da 
matéria. Se o juiz não tiver competência material para atuar no processo, ele será nulo. 
 8.2.2 Insuspeição e não-impedimento do juiz: 
Juiz imparcial. Afastado os casos de suspeição e impedimento. 
 8.2.3 Capacidade processual das partes 
A parte deve ser apta a exercer o direito que postula e ter condições de estar em juízo. 
 8.2.4 Petição inicial apta 
Não haja defeitos.8.2.5 Citação regular da parte ré ou executado 
A parte que ocupará o polo passivo deve ser devidamente notificada para integrar o processo. 
O vício da citação é insanável tornando todos os atos praticados posteriores a citação nulos. 
 
9- Petição Inicial 
9.1 Propositura da ação 
Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, mas a ação só produz 
efeitos depois do réu devidamente citado. 
9.2 Forma 
 9.2.1 Verbal 
Se a Reclamação for constituída verbalmente, será reduzida a termo, em duas vias, datadas e 
assinadas pelo escrivão ou secretário. 
 9.2.2 Escrita 
Formulada em duas vias. Devendo conter além dos requisitos, a assinatura do reclamante ou 
de seu representante. 
 9.2.3 Processo judicial eletrônico – PJE 
Petição em pdf e documentos anexados escaneados. 
9.3 Requisitos 
 9.3.1 Do requerimento 
- Designação ao juízo 
- Qualificação das partes 
- Meios de prova com que se pretende comprovar a veracidade dos fatos 
- Valor da causa 
 9.3.2 Requisitos dos pedidos: 
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-Fatos e fundamentos jurídicos 
- Pedido certo com especificações 
9.4 Pedidos 
 9.4.1 Classificação quanto a espécie: 
 9.4.1.1 Genérico 
A quantidade só se estabelecerá no curso do processo ou liquidação da sentença. 
 9.4.1.2 Alternativo 
Quando pela natureza da obrigação, poder ser satisfeito por mais de um modo. 
 9.4.1.3 Sucessivo 
Possibilidade de formulação de mais de um pedido, em ordem sucessiva, de sorte. – não sendo 
acolhido o primeiro, acolhe-se o outro. 
 9.4.1.4 Cominatório 
Obrigações de fazer ou não fazer, bem como nas obrigações de entregar coisa. Incabível nas 
ações que tenham por objeto obrigação de dar ou de pagar. 
 9.4.1.5 Sucessivo eventual ou Subsidiário 
O segundo pedido apenas pode ser concedido se o primeiro, de que é dependente for 
deferido. 
 9.4.1.6 Implícitos 
Entendidos os que não precisam ser expressamente postulados. 
 9.4.1.7 Cumulação de pedidos 
Possibilidade de formulação de diversos pedidos que não guardam correlação entre si, num 
mesmo processo. 
 9.4.2 Classificação quanto ao valor econômico 
 9.4.2.1 Líquido 
Tem valor determinado, já especificando o quantum debeatur. Já delimita de forma qualitativa 
e quantitativa, o valor correspondente a determinada obrigação. (Parcela/direito) 
 9.4.2.2 Ilíquido 
Tem valor indeterminado, mas deve ser estimado para fins de atribuição ao valor da causa. 
9.5 Valor da causa 
Deve-se calcular o valor das custas, na hipótese de extinção por não comparecimento do autor 
a audiência inicial. 
Fixa a alçada, ou seja, define o rito processual, inclusive para efeito de interposição de 
recursos. 
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9.6 Documentos ( Instrução probatória antecipada) 
 9.6.1 Produção de prova documental 
São destinados a comprovação das alegações. Copias dos documentos originais. Que Poderão 
ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade. 
Impugnada a autenticidade do documento, as partes que produziu deverá ser intimada para 
apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original. 
9.7 Inépcia da petição inicial 
 Será considerada inepta quando: 
- lhe faltar pedido ou causa de pedir 
-o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite pedido 
genérico 
- da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão 
- contiver pedidos incompatíveis entre si 
 
9.7.1 Extinção da petição inicial 
9.7.1.1 Intimação 
O indeferimento a petição inicial por encontrar-se desacompanhada de documento 
indispensável a sua propositura ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se 
após intimada para suprir a irregularidade em 15 dias, mediante indicação do que deve ser 
corrigido ou completado, a parte não o fizer. 
9.7.1.2 Recurso e juízo de retratação 
Indeferida a petição inicial o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 dias retratar-
se. 
9.7.1.3 Indeferimento liminar 
Nas causas que dispensam a fase instrutória, o juiz, independente da citação do reclamado, 
julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar enunciados ou acórdãos do STJ e 
STF. 
 
10- Antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional 
Tutela provisória e tutela de urgência. 
10.1 Hipóteses específicas 
- Para tornar sem efeito transferência de empregado para localidade diversa do contrato, sem 
anuência do empregado. 
- Para reintegrar empregado estável. 
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10.2 Incidência da tutela de urgência condicionada a requerimento da parte. 
- Existência de prova inequívoca e verossimilhança das alegações 
- Periculum in mora ( perigo de dano ou risco só resultado útil do processo) 
-Fomus boni júris (probabilidade de existência do direito ) 
- Existência de pedido confirmatório (ratificação) da liminar concedida na parte dispositiva do 
julgado 
 
11 Da distribuição da Reclamação 
11.1 Vara única 
Nas localidades em que houver apenas uma junta de conciliação e julgamento ou um escrivão, 
a Reclamação será apresentada diretamente a secretaria da junta, ou no cartório do juízo. 
11.2 Livre distruibuição 
Quando houver mais de uma junta ou mais de um juízo ou escrivão, a Reclamação será, 
preliminarmente, sujeira a distribuição. 
 
12 Comparecimento das partes a audiência 
12.1 Notificação as partes 
Protocolada a reclamação, a parte reclamada será citada para audiência que será a primeira 
desimpedida depois de 5 dias. 
A notificação (Intimação para o autor ou citação para o réu) deverá ser feita tanto na pessoa 
do advogado da parte quanto da parte, em razão da audiência ser personalíssima. 
E a ausência das partes não é suprida pelo comparecimento do advogado com procuração. 
Importando no arquivamento, na ausência do reclamante, ou revelia para a reclamada. 
12.3 Comparecimento das partes 
- O juiz decalcará aberta a audiência na hora marcada, o secretário ou escrivão fará a chamada 
das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer. 
- Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante é reclamado, 
independente do comparecimento dos representantes. Salvo nos casos de reclamatorias 
plúrimas ou ações de cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo 
Sindicato de sua categoria. 
- O reclamante ou reclamado deverão levar suas próprias testemunhas e apresentar demais 
provas. 
12.4 Comparecimento de terceiro 
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O terceiro deverá informar ao juiz os fatos de que tenha conhecimento, exibir coisa ou 
documento que esteja em seu poder. 
Em caso de descumprimento, o juiz poderá determinar além da multa outras medidas 
indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias. 
12.5 Ausência na audiência 
 12.5.1 Do autor 
Implicará no arquivamento da Reclamação se o autor faltar injustificadamente. 
Se houver motivo relevante, o juiz poderá suspender o julgamento e designar nova audiência. 
 12.5.1.1 Perempção 
Há perempção se houver desinteresse, abandono da causa por três vezes. O autor não poderá 
propor nova ação com as mesmas partes, causa de pedir e pedido. 
 12.5.2 Do reclamado12.5.2.1 Revelia 
Implicará revelia, mesmo se o advogado do reclamado estiver presente munido do objeto de 
procuração. Presunção de veracidade quanto a matéria de fato. 
A revelia pode ser desconsiderada mediante atestado médico que deverá declarar 
expressamente a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto na 
audiência. 
Aplica-se revelia também quanto a ente público. 
 
13- Proposta conciliatória e Termo de audiência 
A audiência deve ser una. Ou seja, no mesmo ato ocorrerá a conciliação, instrução e 
julgamento. 
O juiz irá propor conciliação no início da audiência. 
Se houver acordo, lavrar-se-á o termo, assinado pelo presidente e litigantes, condicionando se 
o prazo é demais condições para seu cumprimento. 
A tentativa de conciliação é obrigatória no início e no final da audiência, podendo ser facultada 
a ocorrer a qualquer momento. A ausência de qualquer uma dessas tentativas obrigatórias 
gerará nulidade. 
A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a ultima proposta de conciliação. 
Quanto a nulidade em decorrência da ausência de tentativa da última proposta de conciliação 
por parte de juiz há duas correntes. 
 
13.1 Nulidade por ausência de tentativa de conciliação 
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 13.1.1 Primeira corrente, majoritária 
Em razão do princípio da conciliação, parte da jurisprudência trabalhista tem sustentado a 
nulidade do processo, caso o juiz não tente ao menos a última proposta de conciliação na 
audiência de instrução e julgamento. 
 13.1.2 Segunda corrente, minoritária 
É necessário avaliar o prejuízo para acarretar nulidade por ausência da última proposta 
conciliatória. 
 
13.2 Termo de conciliação 
O termo de conciliação valerá como decisão irrecorrível, a homologação do acordo fará coisa 
julgada material. Salvo para a previdência social, quanto as contribuições que lhe forem 
devidas. 
A homologação do acordo é de faculdade do juiz, assim, ele não fica obrigado a ratificar diante 
de eventual prejuízo a direito indisponível. 
O termo de conciliação devidamente homologado só poderá ser impugnado por ação recisória. 
 
14- Respostas do Réu 
14.1 Contestação 
É a peça defensiva, em que o reclamado terá a oportunidade de impugnar a pretensão 
abduzida na inicial e também aduzir toda a matéria de defesa que entende pertinente. 
 14.1.1 Prazo 
O reclamado terá 20 minutos para apresentar contestação oralmente, em audiência de 
instrução e julgamento, após a tentativa de conciliação frustrada, ou poderá apresenta-la em 
escrito. 
Se houver mais de um reclamado, terá 20 minutos cada para apresentar contestação oral. 
A contestação no processo do trabalho é apresentada na audiência. A audiência é marcada 
para o 5º dia livre após notificação do reclamado, sendo então o prazo de 5 dias para 
confeccionar contestação, porém, se a audiência for em 20 dias, por exemplo, o prazo para 
apresentar contestação também será esse. 
 14.1.2 Da forma 
Se a contestação for apresentada oralmente, será reduzida a termo na própria ata de 
audiência. 
Mesmo se a contestação for apresentada por escrito, deverá ser apresentada na própria 
audiência e não em cartório. 
 14.1.3 Princípios norteadores da contestação 
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 14.1.3.1 Princípio da eventualidade 
Consiste no ônus do réu em aduzir todas as defesas que tiver contra o processo (atacar 
diretamente a relação jurídico processual) de uma só vez. De modo que não sendo acolhida 
uma delas, poderá ser examinada a seguinte. 
 14.1.3.3 Ônus da impugnação específica 
Não é permitido a contestação genérica ou por negativa geral. É necessários impugnar todos 
os fatos alegados, sob pena de serem presumidos verdadeiros (revelia). Essa presunção é 
relativa, podendo ser elidida por prova em contrário. 
 
14.2 Reconvenção 
Ação proposta pelo réu contra o autor, no mesmo processo em que está sendo demandado. 
Há a necessidade de que exista um processo pendente em primeiro grau de jurisdição, não 
tendo havido a primeira audiência para apresentação da contestação. A reconvenção está 
sujeita ao mesmo procedimento da contestação. 
14.2.1 Prazo e forma 
A reconvenção, como a contestação, poderá ser apresentada oralmente. Porém , o prazo de 
20 minutos será tanto para apresentar contestação quanto reconvenção. 
Se apresentada de forma escrita, deverá sem em peça apartada da contestação, devendo 
conter pedido, causa de pedir e valor da causa. 
14.2.2 Audiência 
Com a apresentação da reconvenção, a audiência é adiada, pois o reconvindo é citado para 
apresentar contestação. Se o reconvindo estiver presente na audiência, será intimado 
imediatamente e deverá apresentar contestação a reconvenção. 
Se não apresentar contestação, o autor será considerado revel em relação ao pedido 
reconvencional, porém, não haverá julgamento imediato da reconvenção, se houver 
necessidade da produção de provas na ação principal, embora ação e reconvenção sejam 
julgadas na mesma sentença. 
 14.2.3 Revelia 
O réu pode propor reconvenção mesmo que não proponha contestação. 
 
14.3 Exceção 
Compreende a defesa processual indireta contra o processo, em que a parte denuncia a falta 
de capacidade do juiz. 
 14.3.1 Exceção de suspeição e Exceção de impedimento 
 14.3.1.1 Suspeição 
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A suspeição se refere a motivos de foro íntimo do julgador . (inimizade pessoal, amizade 
íntima, interesse particular na causa). 
 
Necessita de provocação da parte, convalidando-se caso esta praticar algum ato que consinta 
na pessoa do suspeito (Juiz). Passado esse momento sem argüição da parte não há o que se 
falar em nulidade de seus atos. Ocorreu a aceitação pela inércia. Poderá, no entanto, argüir 
novamente suspeição, se fundada em motivo superveniente. 
Apresentada a suspeição, devidamente instruída, o Juiz ou Tribunal marcará audiência de 
instrução e julgamento no prazo de 48 horas, para a instrução e julgamento da exceção . 
 
 14.3.1.2 Impedimento 
 
Impedimento se refere ao parentesco por consangüinidade ou afinidade até terceiro grau, é 
motivo de ordem pública. 
 
O impedimento é mais grave do que a suspeição, visto que o primeiro é insanável, podendo 
ser levantado a qualquer tempo sem sofrer preclusão e podendo, inclusive, ser motivo de ação 
rescisória; ou seja, uma vez argüida, a sentença será rescindida, mesmo que transitada em 
julgado. Os atos praticados serão nulos (nulidade absoluta). 
 
 
 14.3.2 Exceção de incompetência 
A exceção de incompetência relativa deve ser arguida em preliminar de contestação, e a de 
incompetência absoluta pode ser arguida a qualquer momento, e pode ser reconhecida de 
ofício pelo juiz. 
Obs: incompetência relativa, somente incompetência em razão do lugar, (quanto a 
incompetência em razão do valor ser relativa há divergência, e não cabe as regras da exceção 
de incompetência relativa) 
Apresentada a exceção de incompetência em audiência, devidamente instruída e indicado o 
juízo para o qual se declina, o exceto poderá oferecer resposta na própria audiência, se assim 
desejar, ou abrir-se-á vista dos autos por 24 horas improrrogáveis e neste caso a resposta será 
entregue na secretaria. 
O andamento do processo ficará suspenso até a decisão. Esta decisão poderá ser 
proferida na mesma audiência, quando não comportar prova e as partes assim o 
desejarem; ou na primeira audiência ou sessão que se seguir, caso, por exemplo, 
necessitar ser instruída. 
 
15- Das Provas 
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15.1 Ônus da prova 
Em regra, a prova incumbe a quem alega. 
Na inversão do ônus da prova, o juiz vai verificar quem detém o maior ônus da prova e 
começar a instrução probatória por ai. 
Na distribuição dinâmica do ônus da prova, o juiz irá determinar a prova a quem tem maior 
aptidão para provar. 
 15.1.1 cabe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito. 
Ex: Existência da relação de emprego 
O exercício da mesma função para efeito de equiparação salarial 
O trabalho em jornada extraordinária 
 O trabalho sem registro 
 O pagamento por fora e etc 
 15.1.2 cabe ao réu, quanto a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo 
do direito do autor 
Extintivos 
Exs: Pagamento das horas extras 
Feriados trabalhados de maneira dobrada 
Do término do contrato a termo 
Prescrição 
Compensação 
Impeditivos 
Ex: O reclamante alega na inicial ter sido dispensado, pedindo o pagamento das verbas 
recisórias, e o reclamado esclarece que as verbas rescisórias não foram pagas em razão da 
justa causa. A justa causa é um fato impeditivo da continuidade do contrato de trabalho. 
Modificativos 
Exs: Reclamante pede o pagamento imediato das comissões, a reclamada alega que as 
comissões eram devidas, mas de forma parcelada. 
O reclamante pede o pagamento de feriados dobrados; a empresa pondera que foi concedido 
outro dia na semana para folga do reclamante. 
 
Súmula 212 TST 
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e 
o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego 
constitui presunção favorável ao empregado. 
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15.2 Meios de prova 
Depoimento pessoal das partes, testemunhas, documentos, perícias e inspeção judicial. 
A produção de provas acontece na própria audiência. 
 
15.3 Honorários periciais 
Os honorários periciais devem ser suportados pela parte sucumbente na pretensão do objeto 
da perícia, porém, se for beneficiária de gratuidade de justiça, quem arcará será a União. 
 
16- Audiência de Instrução e julgamento 
A audiência deverá ser una, mas sempre que necessário, o juiz poderá convocar audiências 
extraordinárias. 
Deve também, a audiência ser continua, mas se não for possível o juiz designará outro dia para 
sua continuação, não podendo ultrapassar 5 horas consecutivas. 
 
Quase todos os atos da fase de conhecimento são praticados na AIJ; 
 O juiz toma contato pela primeira vez com o processo (Inicial, defesa e documentos) 
 Haverá a primeira tentativa de conciliação. 
Se for efetivada, porá fim ao processo. 
Se não for, passa a instrução do processo. 
 Será apresentada a contestação. 
A parte poderá apresentar sua defesa oralmente pelo prazo de 20 minutos. 
Os fatos não contestados presumem-se verdadeiros. 
 Réplica (nas causas em que couber) 
Não há previsão de réplica trabalhista, porém a prática adota os critérios do CPC, concedendo 
ao autor, o direito de ser ouvido com apresentação de novos fatos, no prazo estipulado pelo 
juiz. 
 Saneamento do processo 
Findo a defesa, passa-se ao saneamento do processo. Decidindo se possível questões 
preliminares ou prejudiciais, deferir ou indeferir a requerimento das partes formulados em 
audiência, bem como fixar ônus da prova, inclusive inverter ou aplicar a teoria do ônus 
dinâmico da prova. 
 Oitiva das partes 
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Haverá o depoimento pessoal das partes, com a finalidade de extrair a chamada confissão real, 
que é considerada a rainha das provas. Não havendo a confissão real, o processo segue seu 
curso a oitiva das testemunhas. 
 Oitiva das testemunhas 
Serão consideradas testemunhas aquelas que comparecerem a audiência com as partes, ou 
seja, não há notificação. A testemunha só poderá ser intimada após a recusa de comparecer 
espontaneamente a parte interessada. 
Número de Testemunhas 
Procedimento sumaríssimo: 2 testemunhas para cada parte 
Procedimento ordinário: 3 testemunhas cada parte 
Inquérito judicial movido pelo empregador contra empregado estável: 6 testemunhas cada 
 Razões finais 
Após a instrução as partes terão 10 minutos cada, para aduzir suas razões finais. Podendo ser 
escritas com prazo fixado a critério do juiz. 
Poderão as partes deixar de aduzir as razões finais, pois não constituem ato indispensável ao 
processo. 
 Última tentativa de conciliação 
Haverá por fim, após as razões finais uma tentativa final de conciliação, se não for aceita 
haverá a decisão do juiz. 
 
17- Sentença 
Principal peça da relação jurídica, onde o juiz decidirá se acolhe ou não a pretensão posta em 
juízo, ou extingue o processo sem resolução do mérito. É o ato pelo qual o juiz põe fim ao 
processo, resolvendo o mérito ou não. 
17.1 Princípios da sentença trabalhista 
 17.1.1 Princípio do convencimento motivado do juiz do trabalho 
O juiz é livre para valorar as provas, interpretar a controvérsia jurídica nos limites em que esta 
foi proposta. 
 17.1.2 Legalidade 
A sentença deve ser prolatada observando os requisitos legais na CLT. 
Deve ter, sob consequência de nulidade: Relatório, fundamentação e conclusão. 
No rito sumaríssimo, o relatório é dispensado. 
A sentença trabalhista é proferida em AIJ, devendo as partes sobre ela serem intimadas. 
 17.1.3 Fundamentação 
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O juiz não pode deixar de expor os motivos de se convencimento 
 
17.2 Requisitos estruturais da Sentença Trabalhista 
 17.2.1 Relatório 
Pequena síntese do processo em que são mencionados um resumo do pedido e da 
contestação, bem como as principais passagens do processo. 
 17.2.2 Fundamentação 
O juiz apreciará os argumentos que embasam a causa de pedir, razões pelas quais o reclamado 
resiste a pretensão do autor e valorará as provas existentes nos autos e tomará dos fatos 
provados ao Direito. 
 17.2.3 Conclusão ou dispositivo 
Mencionará se a decisão é de condenar o absolver o reclamado, e especificará os parâmetros 
de cumprimento da sentença. 
 
17.3 Classificação da sentença 
 17.3.1 Terminativas 
Extingue o processo sem a resolução do mérito, ou seja, se põe termo ao processo sem 
resolver a questão principal. 
 17.3.2 Definitivas 
Há a resolução do mérito, resolvendo a pretensão resistida. 
Pode ser classificada como: 
 17.3.2.1 Declaratória 
Se limita a declarar a existência de um fato ou direito preexistente 
 17.3.2.2 Constitutiva 
Cria, modifica ou extingue a relação jurídica. 
 17.3.2.3 Condenatória 
Condena o réu uma obrigação de dar, fazer ou não fazer. 
 17.3.2.4 Mandamental 
Expede uma obrigação de fazer ou deixar alguma coisa para o cumprimento imediato. 
 
17.4 Princípio da adstrição ou congruência 
O pedido é uma limitação da matéria a ser julgada. Se configurada uma das hipóteses abaixo, 
gerará a nulidade da sentença. 
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 17.4.1 Ultra petita 
Sentença decide além do pedido 
Autorização legal: pagamento dos salários incontroversos na 1ª audiência, sob pena de 
pagamento acrescido em 50%, ou férias em dobro. 
 17.4.2 Citra petita 
Sentença decide menos que o pedido, sem motivo justificável 
 17.4.3 Extra petita 
Sentença decide fora do pedido formulado na inicial. 
Autorização legal: cpnversão da reintegração em indenização substitutiva 
 
 
17.5 Intimação da sentença 
As partes deverão ser intimadas da sentença na própria audiênciaSe revel, o reclamado será intimado por notificação postal e o prazo do recurso começará a 
contar da data em que a parte receber a intimação. Se a parte já tiver sido intimada, o prazo 
para recurso começará a partir da data da publicação da sentença. 
 
18- Coisa julgada material e formal 
18.1 Coisa julgada material 
Torna imutável a decisão do mérito dentro da mesma relação jurídica-processual. Em razão de 
terem se escoado os recursos, ou não terem sido interpostos. E o processo ter sido transitado 
em julgado com decisão de mérito. (Não há coisa julgada material em questões de trato 
sucessivo) 
18.2 Coisa julgada formal 
Quando esgotados os recursos, por preclusão ou não, e nada mais pode se fazer dentro do 
processo. Em todo processo há coisa julgada formal, no momento em que ele chega ao fim. 
 
19- Recursos 
Recurso é o poder que se reconhece a parte vencida em qualquer incidente ou no mérito da 
demanda de provocar o reexame da matéria decidida. Pela mesma autoridade judiciária ou 
por outra hierarquicamente superior. 
19.1 Controle de admissibilidade 
O controle de admissibilidade ocorrerá nos recursos: 
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- Ordinário 
- De revista 
- Extraordinário 
-Agravo de instrumento 
- De petição 
 
Pois eles são interpostos perante o juiz prolator da decisão. Cabendo a ele verificar se foram 
cumpridos os pressupostos recursais: 
- Prazo recursal 
-Depósito de garantia, Depósito recursal (recorrente empregador) 
- Recolhimento das custas 
- prejuízo advindo da sentença condenatória 
 
 
19.2 Recursos admitidos das decisões 
Das decisões são admitidos os seguintes recursos: 
-Embargos 
-Recurso ordinário 
-Recurso de revista 
-Agravo de instrumento 
-Agravo de petição 
 
19.3 Princípios recursais 
 19.3.1 Duplo grau de jurisdição 
Possibilidade do cidadão recorrer a uma sentença que lhe foi desfavorável e controle dos 
órgãos inferiores pelos órgão superiores. 
 19.3.2 Taxatividade 
Somente são cabíveis os recursos na lei processual trabalhista. Não sendo possível 
interpretação analógica. 
 19.3.3 Princípio da singularidade ou unirrecorribilidade 
Só será cabível um recurso específico para cada decisão. 
 
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19.4 Recurso ordinário 
São destinados a impugnar todos os capítulos da decisão, e a correção tanto dos erros de 
procedimento (matéria processual) como incorreções do julgamento do mérito da causa (erro 
de julgamento) . 
19.4.1 Cabimento: 
a) Das decisões definitivas da vara do trabalho, ou do juiz de direito investido nessa 
função. – Exs: Reclamação trabalhista, inquérito para apuração de falta grave e ação 
consignatária 
b) Das decisões definitivas dos TRTs em processos de sua competência originária. – Exs: 
Dissídios coletivos, mandato de segurança, ação rescisória e habeas corpus. 
c) Das decisões interlocutórias de caráter terminativo do feito na justiça do trabalho. – 
Exs: A decisão que acolhe exceção de incompetência em razão da matéria 
d) Do indeferimento da inicial. Exs: Inépcia ou qualquer outro vicio 
e) Do arquivamento dos autos em razão do não comparecimento do reclamante a 
audiência. 
f) Da paralisação do processo por mais de 1 ano, em razão da negligência das partes. 
g) Do abandono da causa por mais de 30 dias. 
h) Do despacho judicial que verificou a ausência dos pressupostos de constituição e 
desenvolvimento válido do processo 
i) Do acolhimento da litispendência ou coisa julgada 
j) Quando o processo for extinto por carência da ação 
k) Da desistência da ação 
l) Do despacho que declara confusão entre autor e réu 
m) Da decisão que aplica pena ao empregado de não poder reclamar por 6 meses 
 
Não cabe recurso ordinário da decisão que homologa acordo entre as partes, esse somente 
pode ser atacado por ação rescisória. 
19.4.2 Prazo 
O recurso ordinário tem prazo de 8 dias, e só é aceito via de regra no efeito devolutivo. 
19.4.3 Custas 
É necessário o recolhimento de custas. E se o recurso for interposto pela reclamada, também 
recolhimento do depósito recursal. 
 19.4.4 Órgão a quo \ ad quem 
Do juiz do trabalho ao TRT 
Ou TRT ao TST 
 
19.5 Embargos de declaração 
São opostos contra: Omissão, Contradição ou Obscuridade da sentença ou acórdão. 
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Omissão 
Quando o julgado deixa de apreciar uma questão suscitada pelas partes. 
Contradição 
Quando a sentença possuir proposições inconciliáveis entre si 
Obscuridade 
É a sentença ininteligível, não propiciando a parte, a correta interpretação do que foi decidido. 
 
Os embargos declaratórios são endereçados e apreciados pelo próprio juiz prolator da 
decisão, logo, não são apreciados por uma instância superior. Servem para sanar vícios 
existentes da sentença ou acórdão. 
19.5.1Prazo: 
 5 dias. Sua utilização interrompe os prazos para interposição de outros recursos. 
Se os embargos forem notoriamente protelatórios o Tribunal pode aplicar multa de 1% sobre o 
valor da causa. E na reincidência, de até 10% do valor da causa. 
19.5.2 Órgão a quo\ ad quem 
Tanto nos tribunais quanto TRT, TST E STF. 
 
 
19.6 Agravo de petição 
É o recurso específico contra qualquer decisão do juiz na execução. Após o julgamento de 
embargos do executado. 
Não cabe agravo contra decisão interlocutória no processo do trabalho. 
Também ocorre juízo de admissibilidade. 
19.6.1Prazo 
8 dias 
19.6.2 Órgão a quo\ ad quem 
Do juiz do trabalho ao TRT. 
 
 
19.7 Recurso de revista 
Tem juízo de admissibilidade. 
19.7.1Cabimento 
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a) Por violação literal de norma. Lei federal ou afronta direta a Constituição Federal. 
b) Por divergência interpretativa. No caso de decisão que tenha dado interpretação 
diversa a jurisprudência de outro tribunal regional do trabalho. 
 
Tem natureza especial. Apenas efeito devolutivo. Não cabe em face de execução, salvo se 
houver ofensa direta e literal a CF. 
É necessário o recolhimento de custas. E se pela reclamada, também é necessário o 
recolhimento do depósito recursal. 
19.7.2 Prazo 
Prazo de 8 dias 
19.7.3 Órgão a quo\ ad quem 
Do TRT ao TST 
 
 
19.8 Embargos no TST 
Embargos de divergência 
19.8.1 Cabimento 
Cabe contra recurso de revista que julga recurso ordinário ou agravo de petição, ou agravo e 
agravo de instrumento de recurso de revista. 
19.8.2 Prazo 
8 dias 
19.8.3 Órgão a quo\ ad quem 
Do TST a Subseção de dissídios individuais SBDI-1. 
 
 
19.9 Extraordinário 
Não se destinam a correção dos erros de procedimento de julgamento nem a justiça da 
decisão. Tem por objetivo a uniformização da legislação constitucional. 
Forma indireta de controle de constitucionalidade das leis perante o STF. 
Devem ser esgotados todos os recursos padrões para que seja cabível o extraordinário. Ou 
seja, cabe contra as decisões do TST, destinado ao STF. 
Exige juízo de admissibilidade. 
19.9.1Cabimento: 
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nas hipóteses do artigo 102 da CF: 
As causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: 
 a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
 b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
 c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. 
 d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.Não é cabível contra divergência de interpretação, recurso de revista. 
Será processado conforme regimento interno do STF e de acordo com o CPC. 
O presidente do TST admitirá ou não o recurso. Se houver denegação ao recurso, caberá 
agravo de instrumento. 
19.9.2 Prazo 
15 dias 
19.9.3 Órgão a quo\ ad quem 
Do TST ao STF 
 
19.10 Agravo de instrumento 
É o recurso destinado a reexaminar despachos dos juízes que negarem seguimento a recurso. 
Agravo de instrumento também tem juízo de admissibilidade. 
É processado em autos separados, com cópias obrigatórias e facultativas das principais peças, 
sob pena de não conhecimento. 
19.10.1 Prazo 
8 dias 
19.10.2 Cabimento 
 Caberá contra despacho que denegar seguimento ao recurso ordinário, recurso de revista, 
agravo de petição e recurso extraordinário. 
Não caberá agravo de instrumento de despacho que decidir embargos, pois nesse caso, será 
agravo regimental. 
19.10.3 Órgão A quo \ ad quem 
É cabível nas varas do trabalho para fazer subir o recurso ordinário ao TRT. 
 
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19.11 Recurso adesivo 
Um recurso acessório a outro. Ou seja, refere-se a um recurso que irá aderir a outra 
interposto pela parte contrária. 
Se não houver prosseguimento ao principal, o recurso adesivo também não prosseguirá. 
 19.11.1 Cabimento 
É cabível para o recurso ordinário, de revista, embargos e no agravo de petição. 
Não cabe em agravo de instrumento. 
 19.11.2 Prazo 
8 dias, e deve ser apresentando junto com as contra-razões 
 19.11.3 Órgão A quo \ ad quem 
Tanto nos tribunais quanto TRT e TST

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