Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
3 2 INTRODUÇÃO Na disciplina de Química Analítica Experimental I serão estudados os principais conceitos de determinação quantitativa volumétrica e suas aplicações. As determinações quantitativas envolvem o equilíbrio iônico e as reações do tipo: ácido-base, oxi-redução, precipitação e complexação, todas em meio aquoso. O funcionamento das aulas práticas é constituído de procedimentos rotineiros que foram estabelecidos para um melhor aproveitamento do curso, como se segue: na primeira hora de cada aula (e fração), o professor explicará os principais pontos referentes à prática (como: o objetivo, a técnica e os cálculos). F eito isso, os alunos, em grupo de dois, seguirão para as bancadas para a execução do trabalho e xperimental. Durante as aulas, serão verificadas as atividades de cada aluno, tais como: comportamento disciplinar, técnicas de análise, cuidado com o material de laboratório, etc. As atitudes de cada componente do grupo serão de responsabilidade individual. À medida que o trabalho experimental vai se desenvolvendo, o grupo deverá anotar os resultados obtidos e as observações pertinentes à prática (padrão primário, titulante, i ndicador, mei o reacional, viragem, etc), para posterior confecção de um rela tório. O relatório de cada grupo será entregue ao professor para ser avaliado e a nota será lançada individualmente. OBSERVAÇÃO: Para a execução dos trabalhos práticos, os alunos deverão estar sempre vestidos adequadamente: com jaleco, com calça comprida e com calçado fechado. Deve-se observar também o uso de material de segurança, tal como óculos para a proteção dos olhos, por exemplo. Os cuidados com o material de trabalho compreendem: (a) Antes de iniciar o trabalho prático, através da lista fornecida, conferir o material guardado no armário da bancada. (b) Verificar se o material se encontra em boas condições. Observar, particularmente, se a vidraria em geral não apresenta quebras ou rachaduras – as pontas de pipetas e de buretas são as partes mais frágeis, verifique-as. A torneira da bureta pode não estar vedando o escoamento da água, apesar de fechada. Observe-a, muitas vezes a mesma pode não estar se adaptando bem ao seu orifício (c) Após execução do trabalho prático, proceder à limpeza da vidraria e da bancada. (d) Guardar o material no armário da bancada, conferindo sempre com a lista. (e) Informar ao professor sempre que casos de quebras de material ocorram. 1 ANÁLISE QUANTITATIVA A análise quantitativa tem a finalidade de determinar o teor de um ou mais elementos ou substâncias (analito) em uma matriz específica (amostra). Para isto é indispensável o conhecimento prévio sobre a composição qualitativa da matriz que se estuda. No geral, esse compromisso, no entanto, é dispensado, uma vez que a composição qualitativa da maioria das amostras que se estuda – como, minerais, ligas, adubos, alimentos – já é conhecida. As principais técnicas utilizadas na análise quantitativa são: 1- Clássica - Gravimetria. 2- Clássica - Volumetria. 3- Instrumental: espectrofotometria (de Emissão e Absorção Atômica, Vísivel, Ultra-Violeta) e eletroanalítica (Voltametria, Polarografia, Potenciometria, Amperometria, Coulometria). Alguns métodos modernos de análise envolvem a separação, a identificação e a quantificação dos elementos em um mesmo equipamento (acopladas), como é o caso da cromatografia, que separam os vários compostos presente s em uma amostra, identificando-os e quantificando-os. A escolha de uma ou outra técnica depende, principalmente, d a natureza do elemento ou substância a ser analisado e de sua concentração na amostra. Assim, concentrações da ordem de g L-1 (ppb) requerem técnicas sofisticadas, enquanto que concentrações maiores, g L -1 (título) ou mg L-1 (ppm), são detectadas por técnicas mais simples, como a clássica volumetria. A escolha da técnica adequada implica, acima de tudo, na obtenção de resultados precisos dentro de um intervalo de confiança, na maioria das vezes, de 95%. Este é o principal alicerce da análise quantitativa. 2 INTRODUÇÃO À ANÁLISE VOLUMÉTRICA Nem todas as reações químicas podem ser usadas nas determinações volumétricas. Para esse fim, o ideal é que a reação química preencha os seguintes requisitos: a) Ser uma reação extremamente rápida, para que o equilíbrio seja rapidamente atingido, pois assim o ponto final torna-se facilmente detectável. b) Ser uma reação completa no ponto estequiométrico. c) Ser uma reação bem definida quimicamente, pois reações paralelas entre titulante e titulado são indesejáveis e constituem uma fonte séria de erros. 2.1 VIDRARIAS Os principais materiais de trabalho, na análise volumétrica, são os instrumentos de vidro. Servem basicamente para medir, conter, preparar e transportar soluções. As características das vidrarias mais comuns, suas finalidades, técnicas de uso e o procedimento de limpeza são apresentados a seguir: III.1.1 - DESCRIÇÃO E USO a) Bureta Volumétrica – Instrumento de medida de precisão. É um instrumento que serve para medir o volume de soluções. É constituído por um tubo cilíndrico de seção uniforme, graduado em subdivisões de mililitros (mL), com uma torneira que controla o fluxo do fluido. A característica de escoar a solução gota a gota e, a o mesmo tempo indicar o volume por ela escoado, faz da bureta um instrumento importante na titulação (ver conceito mais adiante). As buretas volumétricas usadas mais comuns são as que possuem capacidade de: 5,00; 10,00; 25,00 e 50,00 mL. Existem também micro-buretas de pistão, automáticas, etc. 9 Técnica de uso: Antes de introduzir a pipeta, pela primeira vez, na solução a ser medida, secar a sua extremidade inferior externa com um pedaço de toalha de papel para evitar diluições, e rinsar (lavar com a solução a ser pipetada). Introduzir a pipeta na solução e aspirar essa solução de interesse com equipamento próprio. Parar de aspirar e reter a solução com o equipamento ou o dedo indicador. Escoar no recipiente desejado. 2.2 Limpeza das vidrarias Todos os instrumentos de vidro ou de porcelana devem estar absolutamente limpos a fim de possibilitar a realização de análises sem o perigo de contaminação. Devem, então, ser lavados imediatamente após o uso, sempre. Os resíduos de algumas soluções ou de precipitados atacam o vidro e a porcelana e, com o tempo, a remoção desses resíduos tornam- se cada vez mais difíceis provocando alterações na capacidade dos recipientes. Os instrumentos volumétricos devem ser totalmente desengordurados, caso contrário, a presença de traços de gordura provocará a retenção do líquido sob a forma de gotículas nas paredes dos recipientes, impedindo seu escoamento total. 2.3 Soluções de Limpeza Os equipamentos volumétricos, se construídos de vidro ou porcelana, não são atacados por ácidos (exceto o HF, ácido fluorídrico) ou soluções diluídas de detergente. Utilizam-se, geralmente, diferentes soluções de limpe za: (a) Solução de detergente 1 – 2 %; ou (b) Solução sulfo-nítrica (ácido sulfúrico concentrado em ácido nítrico concentrado); ou (c) Solução de hidróxido de sódio,ou potássio dissolvido em etanol (álcool etílico). Em muitos casos, dependendo do estado em que se encontra o materialvolumétrico, é suficiente usar a solução de detergente 1 – 2% (às vezes, ligeiramente aquecida) para desengordurar o material. O procedimento a se adotar está descrito abaixo. (a) Lavar o material volumétrico, primeiro com água. (b) Fazer a limpeza utilizando a s olução de detergente aquecida ou não. Se necessário, usar uma escova para a limpeza. (c) Em seguida, lavar repetidas vezes em água corrente. 10 (d) Lavar com água destilada. (e) Se ao final, ainda permanecer resquícios de gordura, limpar, cuidadosamente, com a mistura de sulfo-nítrica (ver lavagem com sulfo-nítrica). 24 1.2.2 – Recepção do Material a) Ao lhe ser designada uma bancada no laboratório, conferir o material recebido com o constante da relação fornecida. b) Verificar se o material está em boas condições de uso, observando, particularmente, a presença de fraturas ou rachaduras, se as pontas das pipetas e da bureta es tão perfeitas e se a torneira da bureta possui boa adaptação ao seu orifício, vedando o escoamento da água. c) Fazer uma lista do material constante na bancada e das condições desse material. 1.2.3 – Limpeza do Material a) Verificar a limpeza da vidraria. b) Lavar com detergente e água fria da torneira. c) Verificar de novo a limpeza da vidraria. Se for necessário, lavar com solução detergente aquecida. Observação 1: Jamais guardar vidraria suja. Todos os instrumentos volumétricos utilizados em uma análise quantitativa devem estar perfeitamente limpos antes de sua utilização, a fim de possibilitar a realização de análises dentro dos limites de confiança permitidos. A presença de quaisquer impurezas aderentes nas paredes internas dessas vidrarias pode introduzir erros no resultado final da análise. Logo, todo material deve ser lavado imediatamente após seu uso. Determinadas soluções ou seus resíduos e precipitados, normalmente reagem com o vidro e a porcelana ao ficarem em contato por um determinado tempo com recipientes de porcelana ou de vidro, sendo atacados, desgastados e alterados quanto a sua capacidade. Além disso, os instrumentos volumétricos devem estar totalmente isentos de partículas gordurosas, pois sua presença provoca a retenção do lí quido sob a forma de gotículas nas paredes dos recipientes, impedindo escoamento completo do líquido. Observação 2: O instrumento volumétrico é dado como limpo ao se verificar que a água destilada escorre uniformemente por suas paredes internas, indicando a ausência de quaisquer resíduos. Se forem detectadas películas não uniformes de água ou gotículas aderentes nas paredes internas do instrumento, torna-se necessário limpá-lo com mais cuidado e atenção. Para esta verificação encha o instrumento com água destilada e observe. 25 1.3 – PARTE EXPERIMENTAL 1.3.1 – Vidraria (Ver ítem 1) Apresentação da vidraria. Finalidade da cada vidraria. Limpeza da vidraria. Manipulação da vidraria. Manuseio da vidraria. 1.3.2 – Titulação – conceitos (ver ítem 2) Titulante/Titulado. Ponto estequiométrico/Ponto final da titulação. Indicador. Padronização. Padrão primário/Padrão secundário. 3.3 – Relatório (a) F azer um resumo sobre a finalidade, a limpeza e os cuidados que se deve ter com as vidrarias, destacando aquelas de precisão. (b) Fazer um resumo sobre titulação, tomando como exemplo uma reação ácido-base; destacar todos os detalhes dessa titulação. (c) Responder a diferença nesses termos: “não rinsar o erlenmeyer” e “não rinsar a proveta”. OBSERVAÇÃO: O relatório deve ser escrito a mão, em letra legível.
Compartilhar