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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
DIREITO AMBIENTAL NOTURNO 8º PERÍODO TURMA N1
ALUNAS: Camila Pires Borges Marinho
 Camila Carvalho das Neves Borges
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO AMBIENTAL 
INTERNACIONAL ENTRE OS POVOS
 Os países têm que se pautar, conforme o Direito Internacional geral propugna, pela busca da cooperação internacional. Também aqui se inclui a responsabilidade por ações e omissões cometidas num dado território que podem afetar seus vizinhos. 
Os países têm responsabilidades ambientais comuns, mas diferenciadas, segundo seu desenvolvimento e sua capacidade. Reconhece-se como Princípio do Direito Internacional Público, o dever de cooperação. Pode-se ver isso na Resolução, quando assim propugna: Decorrente disto, o Princípio em apreço refere-se às ações cooperativas em favor do meio ambiente. 
Não só no domínio específico do Direito Internacional, mas nas relações entre as nações. Neste princípio está incluída a cooperação no sentido de repassar os conhecimentos de tecnologia limpa e conhecimentos de proteção do ambiente obtidos pelos países mais avançados e que têm possibilidade econômica de investir e obter resultados nas pesquisas ambientais. 
A cooperação internacional expressa-se na solidariedade entre os povos. Até porque, aduz-se, é máxima que as responsabilidades são comuns, mas diferenciadas, esclarecendo que os Países desenvolvidos o fizeram à custa de intensa exploração e contaminação do meio ambiente e, agora, espera-se que tais Países cooperem com os não desenvolvidos ou em desenvolvimento, para que possam minimizar os danos na sua busca legítima pelo desenvolvimento. 
Seu alcance é mundial e sua positivação no Direito brasileiro pode ser vislumbrado na Constituição Federal, quando refere-se à Cooperação entre os povos como um princípio a ser utilizado nas relações internacionais pelo Brasil ( C.F./88, artigo 4º ).
PRINCÍPIO DO USUÁRIO-PAGADOR
 
Dada a escassez e a sensibilidade dos recursos ambientais, é um direito do poder público cobrar do usuário do recurso, a devida contrapartida financeira para custear direta ou indiretamente, o movimentar da máquina administrativa pública visando a proteção em todos os níveis destes recursos ambientais. 
Também é de se considerar que o acesso específico de alguns a tais recursos (em detrimento da maioria), implica num certo retorno de recursos para a coletividade que não teve acesso a este recurso ambiental. Dito de maneira direta: “Entende-se por princípio do usuário-pagador aquele em que as pessoas que usam recursos naturais devem pagar por tal utilização.” 
Pode-se dizer que é um princípio da doutrina brasileira, de alcance nacional, positivado na cobrança de taxas para a obtenção das licenças e outorgas de uso dos recursos naturais. 
No dizer de TRENNEPOHL, “Apesar de ser complementar ao princípio do poluidor-pagador, Milaré o diferencia na medida em que atinge o usuário-consumidor, pois este paga ‘por um direito que lhe é outorgado pelo Poder Público competente, como decorrência de um ato administrativo legal’ não tendo conotação penal” De outro olhar, registre-se que “o princípio do poluidor-pagador protege a qualidade do ambiente e seus componentes, enquanto que o princípio do usuário-pagador protege o aspecto quantitativo dos bens ambientais, mediante conscientização quanto ao uso racional destes.” Outra perspectiva é encontrada na própria jurisprudência do S.T.F., a seguir abordada:[1: MILARÉ, Édis apud TRENNEPOHL, Terence Dorneles. Manual de Direito Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2010. P. 58.][2: RODRIGUES, Marcelo Abelha apud FURLAN, Anderson e FRACALOSSI, Willian. Direito Ambiental. Rio de Janeiro: GEN/FORENSE, 2010.]
 “EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 36 E SEUS §§ 1º, 2º E 3º DA LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. CONSTITUCIONALIDADE DA COMPENSAÇÃO DEVIDA PELA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS DE SIGNIFICATIVO IMPACTO AMBIENTAL. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL DO § 1º DO ART. 36. 
1. O compartilhamento-compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985/2000 não ofende o princípio da legalidade, dado haver sido a própria lei que previu o modo de financiamento dos gastos com as unidades de conservação da natureza. De igual forma, não há violação ao princípio da separação dos Poderes, por não se tratar de delegação do Poder Legislativo para o Executivo impor deveres aos administrados.
 2. Compete ao órgão licenciador fixar o quantum da compensação, de acordo com a compostura do impacto ambiental a ser dimensionado no relatório - EIA/RIMA. 
3. O art. 36 da Lei nº 9.985/2000 densifica o princípio usuário-pagador, este a significar um mecanismo de assunção partilhada da responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade econômica. 
4. Inexistente desrespeito ao postulado da razoabilidade. Compensação ambiental que se revela como instrumento adequado à defesa e preservação do meio ambiente para as presentes e futuras gerações, não havendo outro meio eficaz para atingir essa finalidade constitucional. Medida amplamente compensada pelos benefícios que sempre resultam de um meio ambiente ecologicamente garantido em sua higidez. 
5. Inconstitucionalidade da expressão "não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento", no § 1º do art. 36 da Lei nº 9.985/2000. O valor da compensação-compartilhamento é de ser fixado proporcionalmente ao impacto ambiental, após estudo em que se assegurem o contraditório e a ampla defesa. Prescindibilidade da fixação de percentual sobre os custos do empreendimento. 
6. Ação parcialmente procedente.” (grifado). 
Ainda: “O usuário-pagador segue o mesmo conceito, só que ao invés de ser um poluidor que tem que se ajustar a normas de prevenção de impactos, ele é um usuário dos recursos naturais, que paga por usar um recurso que é público. Um grande exemplo é a água, que é um bem público pelo qual as pessoas pagam para usar, já que estão se apropriando de recurso que a princípio é de todos. 
Esse princípio evita que uns poucos usem muito de um recurso, portanto, deixando uma fatia menor para o resto da população, sem compensar de nenhuma forma essa população que teve seus recursos disponíveis diminuídos.”
PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO
 
Tal princípio tem raízes nos movimentos reivindicatórios da sociedade civil e, como tal, é essencialmente democrático. 
Ele concretiza-se através do direito à informação e do direito à participação. Sua origem está associada à Declaração de Estocolmo, onde o momento ambientalista evidenciou-se.
Assegura ao cidadão o direito pleno de participar na elaboração e na execução das políticas públicas ambientais. 
A Constituição brasileira estatui: 
1) O dever jurídico do povo defender e preservar o meio ambiente; 
2) Direito de opinar sobre as políticas públicas, através das audiências públicas e integrando os órgãos colegiados ambientais.
 Previsões legais: 
1) O direito à informação tem a previsão legal no art. 5º, XXXIII da Constituição Federal de 1988; 
2) O direito de petição (art. 5º, inciso XXXIV, "a", C.F.). Assim, o cidadão pode acionar o poder público para que este, no exercício de sua auto-tutela, ponha fim a uma situação de ilegalidade ou de abuso de poder. 
3) O Estudo Prévio de Impacto Ambiental (Art. 225,1V, § 1º C.F.). O Decreto 99.274 de 06/06/1990, explicita em seu artigo 14, I, que o SISNAMA deverá observar: "o acesso da opinião pública às informações relativas às agressões ao meio ambiente e às ações de proteção ambiental, na forma estabelecida pelo Conama;". 
Há ainda os mecanismos jurídicos (medidas judiciais) fundados no princípio democrático: ação popular e ação civil pública, dentre outras.
 A Educação ambiental em todos os níveis também se insere em tal princípio. Cabe a esta um papel transformador no lidar com as questões ambientais da sociedade, possibilitando um tratamento holístico que o meio ambiente requer e a sociedade como sujeito da história. 
Especificamentequanto à educação ambiental, vale mencionar o art. 225, art. da Constituição Federal de l988. Tal Princípio tem como sinônimo o Princípio da Participação Comunitária, Princípio da Participação Popular ou Princípio da Participação Social.
PRINCÍPIO DA NATUREZA PÚBLICA DA 
PROTEÇÃO AMBIENTAL
 
Os comentários sobre a colocação do Direito Ambiental como um Direito Difuso, o deixam, sob certo aspecto, de lado da clivagem público x privado. 
Todavia, num exercício de preponderância e exclusividades de medidas unilaterais, pende o Direito Ambiental a acomodar-se, na escolha entre um direito público ou um direito privado, como um direito público. 
Ao lado da participação comunitária, o poder público tem o dever indeclinável de exercer tal proteção, devendo levar em consideração a variável ambiental no processo decisório político-administrativo. 
Cabe-lhe elaborar uma legislação nacional eficaz, tanto no aspecto material, quanto processual, delineando o papel de cada esfera do poder neste âmbito. 
Há atos e instrumentos da política nacional do meio ambiente que só serão válidos se tiverem a tramitação pelos órgãos públicos ambientais (Licenciamentos, licenças, EIA/RIMA, etc.). 
Neste sentido, a natureza pública da proteção ambiental se faz muito presente.
O artigo 225 da Constituição federal, no seu parágrafo primeiro, informa que "Para assegurar a efetividade desse direito (ao meio ambiente ecologicamente equilibrado) incumbe ao poder público:" e daí em diante lista as incumbências do poder público na defesa do meio ambiente. 
Neste caso, tomado como uma proposta da doutrina brasileira, aponta-se de alcance nacional.
PRINCÍPIO DA DESTINAÇÃO FINAL
AMBIENTALMENTE ADEQUADA
Aplicável a certos aspectos da utilização do meio ambiente que possam gerar resíduos ou rejeitos. Aqueles, reaproveitáveis, estes não. A ideia é que o usuário do meio ambiente, seja o governo, o cidadão, o empresário, etc. tenham a percepção do ciclo total dos produtos, visando a sua destinação adequada. 
Neste sentido, o princípio tem a ver com a ideia de RESPONSABILIZAÇÃO AMBIENTAL, ou seja, no ciclo do produto que cabe a intervenção do usuário, este deve participar da sua função na cadeia ou ciclo, que leva à destinação final. 
É a denominada responsabilidade compartilhada, percebíveis no bojo do artigo 225 da Constituição Federal de 1988. 
No âmbito dos resíduos sólidos, por exemplo, tem-se a logística reversa, também aplicável a vários outros aspectos. Deste modo, dá-se uma destinação que se possibilite a sua reutilização ou reaproveitamento lucrativo ou não é seguro. É o caso dos resíduos, das pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, agrotóxicos, dentre outros. Estes últimos, aliás, a legislação prevê que a responsabilidade pela destinação final das embalagens é da indústria que os geraram. 
Sua positivação pode ser observada na legislação sobre agrotóxicos e na lei da política nacional de resíduos sólidos. 
Pode-se dizer que tem uma origem nacional. Todavia, é didático considerar que mundialmente tem-se esta percepção, tangenciando o princípio do poluidor-pagador. 
Daí, tem-se certo, que a ação antrópica traz consequências que podem assim ser entendidas: além “da interdependência, as relações ecológicas destacam-se pelo caráter cíclico, expresso através dos laços de realimentação dos ecossistemas. 
Na natureza todos os organismos vivos produzem resíduos. Mas o que constitui resíduo para uma espécie é considerado alimento para outra, de modo que os ambientes em equilíbrio ecossistêmico permanecem, em regra, livres de resíduos. 
Esse equilíbrio dinâmico somente é rompido pela ação humana, já que, como afirma CAPRA, enquanto a natureza é cíclica, os sistemas industriais são lineares, extraindo recursos que são transformados em produtos e em resíduos. 
Os produtos são consumidos e convertidos em novos resíduos, que são descartados em proporções que normalmente ultrapassam os limites da tolerância do meio ambiente.”.[3: CAPRA, apud CARNEIRO, Ricardo. Direito Ambiental: uma abordagem econômica. Rio de Janeiro: Forense, 2011 p. 14.]
 Deste modo menciona-se a Lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos ( Lei Federal 12.305/2010 ), como sua interessante expressão.

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