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NITERÓI QUE QUEREMOS UMA ESTRATÉGIA

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NITERÓI QUE QUEREMOS: UMA ESTRATÉGIA 
INOVADORA DE PLANEJAMENTO 
 
 
ANDRÉA MAYER GOMES 
PEDRO DA SILVA REYS 
 
 
2 
 
Painel 34/104 Práticas participativas em governos municipais 
 
NITERÓI QUE QUEREMOS: UMA ESTRATÉGIA INOVADORA DE 
PLANEJAMENTO 
 
Andréa Mayer Gomes 
Pedro da Silva Reys 
 
 
RESUMO 
 
 
O Plano Estratégico 2033 “Niterói Que Queremos” – NQQ é uma iniciativa inédita na 
municipalidade elaborado pela Secretaria de Planejamento, Modernização da 
Gestão e Controle – SEPLAG concebido através da escuta de mais de 5.700 
cidadãos via mídias sociais; a realização de um Congresso com a participação de 
cerca de 1.000 munícipes, que discutiram os problemas e soluções para a cidade; 
entrevistas qualitativas com personalidades de várias áreas de conhecimento e 
atuação; e concurso de redação e desenho com alunos da rede municipal de ensino 
e ainda, reafirmando o ineditismo conferido ao Plano, ressalta-se o financiamento 
total de sua elaboração pela iniciativa privada. A elaboração de um Diagnóstico 
Socioeconômico de Niterói, organizado e analisado através de indicadores 
georreferenciados, focados em áreas estratégicas para seu desenvolvimento, e a 
análise apurada da capacidade financeira do município, constituíram-se em peças 
fundamentais à efetiva implantação do Plano que reflete um novo modelo de 
governança pública apoiado na participação plena da sociedade - fundamento 
básico nas tomadas de decisão sobre o seu destino. 
 
 
 
 
3 
 
O Planejamento Estratégico é o processo contínuo de tomar decisões atuais 
que envolvam riscos, organizar sistematicamente as atividades necessárias 
à execução destas decisões e medir o resultado destas decisões com as 
expectativas almejadas. (DRUCKER, 1998, p.136). 
O Plano Niterói que Queremos 2033 surgiu da necessidade de 
implementação de um Planejamento Estratégico de Desenvolvimento para a cidade, 
de longo prazo, que restituísse a credibilidade na atuação efetiva das estruturas 
administrativas municipais. O Plano foi a forma de recolocar Niterói nos tri lhos do 
desenvolvimento social e econômico, demonstrar à população que a Prefeitura 
Municipal de Niterói desempenha papel central na condução e nas decisões que 
dizem respeito ao planejamento e a gestão da cidade. 
Trata-se de uma iniciativa de estruturar um planejamento para a cidade 
que extrapolasse os limites do mandato de governo, construído a partir de 
contribuições advindas de diferentes atores sociais, obtidas a partir de metodologias 
e estratégias diferenciadas de coleta de dados e opiniões. 
Fundamenta-se no entendimento de que, um planejamento estratégico 
para os próximos 20 (vinte) anos, deve ter como premissa o processo de construção 
de uma esfera pública tal qual evidencia Raichellis (2006) como: 
um processo de interlocução ente sociedade civil e Estado, que possa 
fortalecer iniciativas democratizantes no interior dos aparatos 
governamentais, favorecendo a construção de alianças em direção a uma 
nova institucionalidade pública. 
Todos os órgãos e Entidades que compõem a Administração Municipal de 
Niterói foram envolvidos no processo de elaboração do Plano Niterói que Queremos 
e na sua implementação, sendo a SEPLAG a referência para a condução dos 
procedimentos metodológicos que envolvem o monitoramento das metas 
estabelecidas e as avaliações necessárias à correção das estratégias de 
implantação. Este trabalho é considerado por todos não só um marco, mas 
sobretudo ferramenta norteadora desta Administração e do Desenvolvimento 
Municipal para os próximos anos. 
Com relação a participação da sociedade, esta ocorreu em duas 
vertentes: a primeira na viabilização financeira para o processo de construção do 
Plano e a outra, por meio de sugestões, opiniões e análises acerca da cidade. 
 
4 
 
A PARCERIA ENTRE EMPRESÁRIOS E A PREFEITURA MUNICIPAL DE 
NITERÓI E O FINANCIAMENTO DO PROJETO NITERÓI QUE QUEREMOS. 
 
No início de 2013, a nova gestão municipal encontrou um ambiente de 
incerteza e fragilidade das instituições públicas e uma profunda crise político-
financeira no Município, confirmada, sobretudo pelas dívidas da Prefeitura com 
fornecedores, empresas locais, cidadãos e com o próprio fisco, dificultando inclusive 
a captação de recursos e a inserção em programas de apoio à administração e à 
prestação de serviços sob sua responsabilidade. 
Neste sentido, a equipe gestora iniciou sua jornada focada no ajuste 
fiscal, na melhoria da qualidade do gasto e, principalmente, implementando uma 
cultura de planejamento e melhoria da gestão, criando uma Secretaria de 
Planejamento e executando suas atividades sempre baseadas no planejamento 
anual. O objetivo da nova administração era inverter a situação negativa em que se 
encontrava a cidade e resgatar o processo de desenvolvimento econômico e 
inclusão social no município. 
A Gestão Municipal, motivada pelo cenário acima descrito e pautada no 
entendimento de que este processo de desenvolvimento da cidade não é uma 
prerrogativa somente do setor governamental, mas do conjunto de atores sociais 
que, imbuídos no interesse público buscam criar iniciativas, muitas vezes, 
inovadores de parceria em prol do melhoramento da gestão pública iniciou um 
processo de articulação e mobilização de diversos setores da sociedade visando dar 
materialidade à construção desta importante ferramenta de planejamento. 
Por meio de uma parceria estreita com o Movimento Brasil Competitivo – 
MBC – foi possível garantir a participação maciça dos empresários da cidade, 
representados principalmente pela Associação Conselho Empresarial e Cidadania – 
ACEC. 
A ACEC tinha como missão articular projetos e programas de forma a 
propor soluções para os problemas e contribuir para o desenvolvimento de Niterói. 
Fundada em 2005, congrega empresas e entidades de classe que, juntas, 
representam mais de 90% do PIB do município. 
5 
 
O Movimento Brasil Competitivo (MBC) é uma organização não 
governamental sem fins lucrativos, liderada por alguns dos maiores empresários do 
Brasil, como Jorge Gerdau, seu fundador, Carlos Salles e Elcio de Lucca, o atual 
Presidente da ONG. Na relação com a esfera pública, o MBC tem como meta 
exatamente melhorar a gestão pública por intermédio de uma participação cidadã. 
Para isso, desenvolve o Programa Modernizando a Gestão Pública – PMGP – que 
auxilia o Setor Público a aumentar a capacidade de investimento por meio de ações 
como treinamento do corpo gerencial e colaboradores. Entre os principais objetivos 
do Programa está o aumento da receita, a redução dos gastos correntes e a 
melhoria de índices em áreas como Saúde, Educação e Segurança Pública. O 
PMGP agrega métodos de gestão, técnicas de gerenciamento de receitas e 
despesas e a reestruturação de processos e órgãos para promover mudanças na 
administração pública, com apoio da iniciativa privada. Além de propor incremento 
de receita sem aumento de impostos, redução dos gastos correntes, o Programa 
atua na melhoria de índices em áreas como Saúde, Segurança Pública, Educação e 
Meio Ambiente, de acordo com as prioridades locais. 
A Macroplan e SEPLAG dialogaram amplamente sobre o 
desenvolvimento de um Plano Estratégico de Desenvolvimento para Niterói que 
orientasse os próximos 20 anos da cidade, a partir de metas traçadas com base na 
participação ampla de toda a sociedade de Niterói. 
Para os empresários de Niterói, investir na estruturação de um Plano 
Estratégico de Desenvolvimento de curto, médio e longo prazo representou 
incrementar e organizar as perspectivas de futuro da cidade, nos aspectos sociais, 
econômicos e políticos. Isto significa estimular o desenvolvimento do palcode seus 
negócios e promover o desenvolvimento coletivo de Niterói. 
A METODOLOGIA ADOTADA PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO 
O processo metodológico de construção do Plano Estratégico incluiu 
primeiramente a elaboração de um diagnóstico utilizando fontes oficiais e dados 
institucionais, uma pesquisa de opinião e uma atividade envolvendo a participação 
6 
 
popular. Para a elaboração do Diagnóstico Socioeconômico de Niterói foram 
organizados e analisados indicadores georreferenciados relativos ao contexto 
socioeconômico do município, em áreas estratégicas para seu desenvolvimento 
econômico nos próximos anos: Perfi l Demográfico; Educação; Saúde; 
Desenvolvimento Econômico e Renda; Mobilidade e Transporte; Meio Ambiente e 
Saneamento; Habitação; Segurança; e Social. A construção das análises foi 
estruturada com base em dados oficiais públicos, bem como dados fornecidos pelas 
Secretarias Municipais de Niterói. Todos os dados levantados diziam respeito ao ano 
de 2010 em diante. Seu produto, o Diagnóstico Socioeconômico de Niterói, foi uma 
radiografia detalhada da cidade em todas as áreas. Tornou-se um importante 
insumo para identificação de potenciais riscos e oportunidades para o município, 
com forte potencial de influência nas próximas etapas de elaboração do Plano 
Niterói 2033, importante para os negócios do empresariado niteroiense e para o 
desenvolvimento da cidade. A Prefeitura disponibilizou o Diagnóstico 
Socioeconômico na Internet para download. 
 
Ao mesmo tempo, era necessário realizar uma análise profunda da 
capacidade financeira da Prefeitura Municipal de Niterói, para que se pudesse 
verificar primeiro qual seria a projeção das Receitas para os próximos 20 anos como 
a previsão das Despesas para o mesmo período. Dessa forma, ao construir as 
estratégias a longo prazo, seria possível conhecer a capacidade do município em 
investir e oferecer políticas públicas de qualidade que garantissem um futuro 
sustentável e desenvolvido para Niterói. 
7 
 
O próximo passo foi ouvir a população e conhecer a opinião e aspirações 
das pessoas para o futuro da cidade. Quais seriam as expectativas e de que forma 
poderia, a Prefeitura, contribuir para alcançar esses objetivos. 
O Planejamento Estratégico da cidade, financiado com recursos 
provenientes do setor privado, contou como fonte de informações o conteúdo 
proveniente de entrevistas qualitativas realizadas com pessoas expoentes e 
representativas no contexto municipal. Entre agosto e setembro de 2013 foram 
realizadas 40 (quarenta) entrevistas com o objetivo de colher as percepções sobre 
aquele momento da cidade, contribuições e medições das potencialidades e 
barreiras para a realização da visão de futuro, levantamento de ações prioritárias a 
serem implementadas, o legado a ser deixado pela atual gestão e a percepção 
sobre quais cidades poderiam ser tomadas como referência no modelo de 
desenvolvimento urbano e econômico de Niterói. A lista dos 40 entrevistados contou 
com a participação de professores, acadêmicos, empresários, lideranças sociais, 
juristas, esportistas, jornalistas e urbanistas, sem distinção de opinião política ou 
partidária. 
Os resultados das Entrevistas Qualitativas demonstraram que os 
diferenciais competitivos de Niterói são o perfil e qualidade da população, o 
patrimônio natural, a localização estratégica entre o Rio de Janeiro, capital do 
estado, e o Leste Metropolitano, a oferta de ensino superior de qualidade e o 
potencial de desenvolvimento de serviços tecnológicos articulados à universidade. 
As colaborações dos entrevistados para a visão de futuro de Niterói foram 
no sentido de que a cidade tem de ser inclusiva, com serviços públicos de qualidade, 
com opções de mobilidade integrada e com um novo ordenamento urbano, mais 
sustentável e com um cenário político renovado, mais transparente e participativo. 
Para garantir que um maior número de pessoas pudessem também 
contribuir para o Plano, foi lançado em dezembro de 2013, o Portal Niterói 
que Queremos. O Portal permitiu que os cidadãos apresentassem suas 
opiniões sobre a cidade e dessem sugestões sobre o futuro dela. Lançado em 
dezembro de 2013, o Portal disponibi lizou, além de informações sobre a 
elaboração do Plano Niterói que Queremos 2033, um formulário de pesquisa 
quali tativa que contou com a participação de mais de 5.700 cidadãos, um dos 
8 
 
maiores resultados de pesquisas dessa natureza realizadas pela Internet, no 
Brasi l, tornando o projeto um benchmark. Destaca-se ainda o estímulo a 
participação da sociedade a realização de campanha de mobilização por 
meio de mensagens de SMS realizado durante o período em que a pesquisa 
esteve no ar. 
A construção do Plano Niterói que Queremos enfatizou a escuta 
popular e, para uma participação ainda mais ampliada e rica, foi necessária 
uma divulgação crescente, fluída e contínua nas redes sociais e páginas 
governamentais do Município. 
Nos últimos anos é notável uma atividade mais intensa através do 
debate sobre questões públicas por meio das redes sociais. Percebe -se que 
os espaços de participação cobrados pela sociedad e estão se ampliando. 
Existem grupos de discussão que se fazem presentes no mundo virtual, como 
em um ponto de encontro entre os cidadãos, permeados pelas vozes de 
participação da sociedade, que demanda cada vez mais serviço ao poder 
público e aos governos de uma forma geral. O público exige urgência nas 
respostas às demandas sociais. 
 
A pesquisa solici tava que o cidadão avaliasse os três principais 
problemas de Niterói. Em seguida, solici tava que ele avaliasse as quatro 
principais dimensões da cidade, aspectos urbanos, culturais, sociais, 
9 
 
econômicos, políticos e insti tucionais do município, atribuindo -lhes notas 
numa escala de 1 a 10. Ao término, o cidadão era convidado definir qual 
seria a Niterói dos seus sonhos. 
Na avaliação dos principais problemas da cidade, as principais respostas 
foram nas áreas de Segurança, Trânsito e Saúde. 
 
Neste contexto foi fundamental para o planejamento estratégico estar 
alinhado com o chamamento nas redes sociais para que a participação da pesquisa 
no site fosse amplamente divulgada. Niterói nunca teve um plano estratégico de 
desenvolvimento de curto, médio e longo prazo, estabelecendo prioridades, 
estratégias e programas para um desenvolvimento continuado. Por isso, o uso das 
redes sociais como ferramenta para o envolvimento da sociedade neste novo projeto 
foi realizado de forma transparente, clara e convidativa. 
O compartilhamento e o envolvimento da população nessas mídias 
sociais ampliou a participação nas pesquisas e informou a sociedade sobre o 
desenvolvimento de todas as etapas do Plano. Em continuidade, será possível o 
monitoramento e acompanhamento das ações do Niterói que Queremos pela 
sociedade através das mídias sociais, que atingem o cidadão de maneira 
instantânea e massiva. 
10 
 
A convergência entre o Diagnóstico Socioeconômico elaborado e os 
problemas, demandas e sonhos dos cidadãos, tanto na entrevista quanto nos 
resultados das pesquisas, confirmaram a percepção de que o caminho metodológico 
estava correto. Em ambas as situações, verificou-se que o Diagnóstico era uma boa 
base para os próximos passos e que as colaborações continham qualidade 
substancial. Havia ainda, contudo, o desafio de estender a pesquisa sobre o futuro 
da cidade aos cidadãos que não têm acesso à Internet. Por isso, foi realizado um 
grande Congresso, com a participação de cerca de 1.000 pessoas, que foram 
convidadas a discutir os problemas e soluções da cidade, dividida em seis regiões. 
Destaca-se que, no sentidode agrupar pessoas e grupos que discutem a 
cidade a partir de diferentes pontos de vista, que exercem o controle social nas 
diferentes pautas, foram mobilizados desde usuários dos serviços a conselheiros 
municipais passando ainda por integrantes de fóruns, estudantes, unidades 
acadêmicas, trabalhadores do setor públicos, associações de moradores e 
organizações da sociedade civil. 
A construção do Plano Niterói que Queremos 2033 foi marcada por 
iniciativas importantes e talhadas para que o desenvolvimento da cidade fosse 
democrático e estruturado. A participação colaborativa de todos os grupos sociais na 
elaboração do Planejamento Estratégico dos próximos 20 anos da cidade foi seu 
maior destaque. 
O Congresso foi elaborado pela Prefeitura Municipal de Niterói e realizado 
em 14 de junho de 2014, contando com a participação de aproximadamente 1.000 
munícipes que contribuíram direta e substancialmente na identificação de problemas 
e na formulação de propostas para Niterói. Este evento foi destacadamente uma 
realização inédita no sentido de que a população participou ativamente na 
proposição de soluções para aquilo que identificou como problemas de Niterói. 
O que foi produzido pelo Congresso foi aproveitado na elaboração do 
Plano. A participação qualitativa dos cidadãos niteroienses se tornou, em primeiro 
lugar, fator de consolidação do Plano como determinante do futuro da cidade nos 
próximos 20 anos. 
11 
 
Com base em todos os dados acumulados e a partir de uma construção 
conjunta da SEPLAG e da Macroplan, o Prefeito Rodrigo Neves aprovou a 
metodologia que foi seguida. Foi realizada a primeira rodada de Oficinas de 
Elaboração Estratégica com os Secretários Municipais, nas presenças das equipes 
da SEPLAG e da Macroplan, para definição de sete áreas de resultado e seus 
respectivos focos estratégicos: 
 Niterói Organizada e Segura: 
Focos: Mobilidade, Desenvolvimento e Ordenamento Urbano, 
Prevenção e Segurança. 
 Niterói Saudável: 
Focos: Saúde, Saneamento Básico, Gestão de Resíduos. 
 Niterói Escolarizada e Inovadora: 
Focos: Educação, Ciência e Tecnologia. 
 Niterói Próspera e Dinâmica 
Focos: Desenvolvimento Econômico e Inserção Produtiva. 
 Niterói Vibrante e Atraente 
Focos: Meio Ambiente, Lazer e Esporte, Cultura & Entretenimento. 
 Niterói Inclusiva 
Foco: Igualdade de Oportunidades. 
 Niterói Eficiente e Comprometida 
Focos: Gestão Pública, Participação Cidadã e Integração Regional. 
É importante observar que as áreas de resultado não estavam 
relacionadas especificamente a uma ou outra Secretaria Municipal do Governo, por 
ser ponto pacífico a ideia de que o Plano Niterói que Queremos 2033 não é um 
Plano de Governo, mas um Plano de Desenvolvimento Estratégico da cidade de 
Niterói para os próximos 20 anos. Do mesmo modo, durante a execução das metas 
por parte do atual Governo, uma Secretaria Municipal podia estar presente em 
várias áreas de resultado. 
A partir da definição das áreas de resultados e dos focos estratégicos, 
abriu-se uma nova rodada de Oficinas com os Secretários Municipais para 
estabelecer, com base em todas as informações coletadas sobre o município, 
inclusive as reunidas no Congresso, os desafios mais importantes para cada área. 
12 
 
Entre as estratégias de pesquisa está a participação das crianças no 
Planejamento Estratégico de Niterói até 2033, através do Concurso ‘’Criando a 
Niterói do Amanhã’’, que envolveu alunos do Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto 
Ciclos do Ensino Fundamental da Rede Pública Municipal do 1º ao 9º ano. A ideia foi 
baseada no incentivo à prática de atividades artísticas e culturais e possibilitou a 
participação dos estudantes na elaboração do Plano Estratégico Niterói que 
Queremos. Os resultados das interpretações dos textos e das ilustrações 
forneceram insumos para a consolidação do Planejamento do Município de maneira 
criativa e lúdica, refletindo o que os alunos esperam para a Niterói do futuro. 
A pergunta “Que Niterói você quer” abarcou os estudantes em três 
categorias de inscrição: Desenho, Redação e Redação Ilustrada. 
Participaram cerca de 5.000 alunos de 42 escolas. Na primeira seleção, as 
escolas enviaram 713 trabalhos para a Banca Interna da Prefeitura. O trabalho da 
Banca Interna levou dois dias inteiros e selecionou 56 trabalhos para serem 
avaliados por uma Banca de Especialistas. Os sete integrantes da Banca Final eram 
profissionais que possuem um grande envolvimento com Niterói, através da Arte, da 
Literatura, do Jornalismo e das Letras. A missão da Banca foi escolher, em cada um 
dos quatro ciclos, os três primeiros colocados em cada uma das três categorias 
(Desenho, Redação e Redação Ilustrada), o que resultou em 34 prêmios. 
 
13 
 
A PARTICIPAÇÃO CIDADÃ 
A participação cidadã é elemento fundamental do tripé formador do Plano 
Niterói que Queremos. Concebe-se que este processo participativo está para além 
do engajamento as instâncias clássicas de organização coletiva, busca-se 
aprofundar nas percepções e experiências que estes diferentes atores possuem da 
realidade na qual está inserido. Conforme salienta Rizzini (2005), a participação 
cidadã é: 
[...] um direito e um componente essencial no exercício da cidadania ativa. 
É o processo de conscientização que resulta em ações coletivas de 
promoção da cidadania. Refere-se a formas legítimas de participação da 
população na esfera pública e política (RIZZINI et al., 2005, p.8). 
Desta forme, o interesse da iniciativa privada no financiamento e no 
monitoramento das estratégias e projetos municipais garante a continuidade do 
Plano. A participação da população agrega fidelidade à proposição de soluções 
democráticas e às reais necessidades da sociedade. 
A expressiva participação na elaboração do Plano Estratégico de 
Desenvolvimento de Niterói e a diversidade de estratégias garantiram espaços para 
que todos os grupos sociais exprimissem suas impressões e opinassem sobre o 
futuro da cidade, seja na forma da consulta online, no Congresso Niterói que 
Queremos ou através do Concurso Criando a Niterói do Amanhã. 
O Congresso teve participação de cerca de 1.000 munícipes e abrangeu 
seis regiões da cidade, para debater problemas e propostas nas áreas de Educação; 
Saúde; Mobilidade, Planejamento Urbano e Acessibilidade; Obras, Ordem Pública e 
Conservação, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Habitação e Regularização 
Fundiária, Cultura, Esporte e Lazer; Desenvolvimento Econômico, Turismo e 
Oportunidades, Inclusão Social. 
O Concurso Criando a Niterói do Amanhã envolveu a participação de 
crianças e adolescentes com a missão de representar Niterói de seus sonhos 
artisticamente, sendo protagonistas do público para quem especialmente o Plano vai 
se destinar dentro de 20 anos. 
14 
 
A implementação da Lei de Acesso à Informação – LAI – é passo 
importante para dar transparência ao andamento da Carteira de Projetos do Plano. A 
adesão ao programa permite a tramitação online de informações entre cidadão e 
poder público. Assim, os gastos da Prefeitura atenderão melhor aos critérios de 
transparência e planejamento. Os projetos, em andamento e a serem 
implementados, serão mais facilmente controlados pelo público em geral. 
O PLANO ESTRATÉGICO 
Até 2033, Niterói será a melhor cidade do Brasil para se viver e for feliz, 
de acordo com a Visão de Futuro da cidade. Todas as formas de consulta do Plano 
Niterói que Queremos foram inspiradoras da construção da Visão de Futuro, desde 
as contribuições pela Internet, até as inúmeras Entrevistas de Qualidade, passando 
por um amplo debate entre os técnicos da SEPLAG e da Macroplan com Prefeito e 
Secretários.A definição de uma Visão de Futuro envolve preceitos que estavam em 
crise antes do Plano, como dinamismo da economia, diminuição das desigualdades 
sociais, crescimento e modernização da infraestrutura urbana relacio nada à 
mobilidade, controle das áreas de risco, qualidade dos serviços de saúde, de 
educação básica e sensação de segurança. Para vencer os obstáculos, é preciso 
que a Prefeitura ofereça serviços eficientes e, com isso, resgate a confiança da 
população em seus gestores. 
O Plano Estratégico Niterói que Queremos 2033, construído pelos vários 
seguimentos sociais existentes em Niterói, é a bússola que dará o Norte para os 
objetivos traçados. A Análise da Capacidade Financeira da cidade e o Diagnóstico 
Socioeconômico, somados às pesquisas qualitativas de opinião na Internet, no 
Congresso e com as personalidades de Niterói, geraram a carta de navegação da 
cidade, com estratégias, metas, indicadores e tudo o que é necessário para que uma 
Carteira de Projetos obtenha resultados que alavanquem Niterói ao pódio da melhor 
cidade do Brasil para viver e ser feliz. 
15 
 
Tomando como ponto de partida a Niterói de hoje e tendo como objetivo 
maior a Niterói sonhada por todos dentro de 20 anos, foram traçados resultados 
indispensáveis para realizar o percurso. Os resultados estão divididos em áreas 
denotadas pelos resultados que são necessários para se alcançar o fim sonhado por 
todos os niteroienses. Elas são chamadas de Áreas de Resultados, que por sua vez 
reúnem focos orientadores da ação do município. Longe de serem áreas estanques, 
é justamente na sinergia entre as Áreas de Resultado que está a chave para a 
eficácia e a efetividade do Plano Niterói que Queremos 2033. 
 
A transformação de Niterói através dos resultados de cada área, 
transformando os sonhos da sociedade em realidade, depende de uma gestão 
eficiente. O primeiro passo foi definir o que são as prioridades que precisam ser 
trabalhadas para alcançar os resultados desejados. Com base no levantamento dos 
anseios e das potencialidades da cidade, foram estabelecidos ao menos três 
desafios para cada Área de Resultado, totalizando 25 Desafios Prioritários: 
16 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
A linha que relaciona as Áreas de Resultados com seus focos e os 
Desafios Prioritários depende das estratégias para alavancar as ações necessárias. 
As estratégias são a forma como vai se atingir as metas, para que elas tenham 
como resultado a transformação de um ou mais desafios em realidade. Essa 
transformação, no entanto, não ocorre na simples definição das metas. Ela depende 
das ações e do monitoramento periódico dessas ações, além de avaliações 
criteriosas dos indicadores em prazos especificados antecipadamente e ao termo 
do Plano. 
18 
 
Para haver monitoramento qualificado, foi elaborado um indicador para 
cada meta, com índices os índices tecnicamente viáveis, levando em conta que as 
avaliações serão feitas em 2016, considerando os resultados de curto prazo; em 
2020, considerando os resultados de médio prazo; e 2033, considerando os 
resultados de longo prazo. Os indicadores foram definidos tecnicamente, com 
critérios que passam pela pertinência, pela confiabilidade e pela viabilidade de 
verificação dos mesmos. Dessa forma, todos os indicadores foram escolhidos 
porque cumprem os papéis de mensurar o avanço das metas durante toda a 
evolução das mesmas, de terem fontes confiáveis de verificação e de serem 
indicadores que denotam como os desafios estavam antes de serem alvos de 
projetos, durante o desenvolvimento das ações e depois que o Plano terá chegado 
ao fim. 
 
19 
 
 
 
20 
 
 
 
 
21 
 
 
 
22 
 
 
 
23 
 
 
 
24 
 
 
 
25 
 
 
Uma vez estabelecidas as metas e as formas de mensurar suas 
evoluções, chegou a hora de estruturar os projetos estruturadores de curto prazo, 
que serão desenvolvidos no sentido de alcançar os indicadores estabelecidos para 
2016. A definição desse conjunto de projetos estruturadores tem como resultado a 
Carteira de Projetos do Plano Niterói que Queremos 2033. 
São 32 Projetos Estruturadores distribuídos entre sete áreas de 
resultados. Algumas vezes um projeto estruturador atende a mais de uma meta, 
constituindo uma rede complexa de relações entre projetos e metas. Cada projeto, 
porém, tem um resultado a ser alcançado a curto prazo, ao fim dos quatro primeiros 
anos do Plano, em 2016. 
 
26 
 
 
 
27 
 
 
28 
 
 
29 
 
 
30 
 
 
A implantação dos projetos teve início antes mesmo da conclusão do 
Plano Niterói que Queremos 2033. Os Planos de Metas do foram 
desenvolvidos em sintonia crescente com tudo que foi veri ficado ao longo da 
elaboração do Plano, diminuindo a distância entre a fase anterior à 
consolidação de seus resultados e a posterior. 
A implantação do Plano Niterói que Queremos como norteador das 
metas de 2015, 2016 e de todos os outros anos até 2033 demanda a 
implementação simultânea de um sistema de monitoramento sensível às 
intersetorialidades entes os órgãos responsáveis pelo desenvolvimento de uma 
mesma meta. A definição clara de estratégias, metas, indicadores e projetos 
possibi li ta maior transparência à administração municipal e o monitoramento 
com base nesses indicadores, faci li tador do reconhecimento do papel de cada 
órgão na realização dos projetos é ponto fundamental para o sucesso do Plano 
e, consequentemente, para o legado desejado para Niterói e seus munícipes. 
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O livro contendo o Plano Niterói que Queremos 2033 na íntegra está em 
fase de revisão pelo Prefeito Rodrigo Neves e vai ser reproduzido em material que 
permita o acompanhamento das metas ao longo dos 20 anos de existência do 
Plano. Isto permite que todos os setores da sociedade niteroiense, entre 
empresários, líderes comunitários, acadêmicos, políticos, gestores e todos os 
munícipes, tenham acesso ao desenvolvimento de todo o Plano até que ele seja 
concluído. O lançamento do Plano Niterói que Queremos 2033 será no dia 22 de 
novembro de 2014, dia do aniversário da cidade. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Em 2033, Niterói vai ser a melhor cidade do Brasil para viver e ser feliz. 
Este é o desejo de todos os cidadãos niteroienses, de todos os segmentos sociais 
que participaram da elaboração do Plano Niterói que Queremos, se comprometendo 
e participando ativamente das várias iniciativas através das diversas formas de 
consulta adotadas pela Prefeitura Municipal, com a colaboração de empresários 
que, além do financiamento da elaboração do Plano, contribuíram com sugestões e 
apoio, com o claro entendimento de que o Plano é uma ferramenta a ser apropriada 
e utilizada por toda a sociedade. 
O Plano Niterói que Queremos se tornou, em primeiro lugar, evidência 
definitiva de que administração pública e iniciativa privada podem e devem caminhar 
juntas e estimular a participação da população na elaboração de estratégias de 
desenvolvimento. A população, por sua vez, demonstrou que pode participar de 
forma construtiva e bem fundamentada, por serem os munícipes os mais envolvidos 
no cotidiano da cidade, sendo o reflexo mais claro desse entendimento a 
demonstração dada pelas crianças que, nas produções apresentadas para o 
concurso “Criando a Niterói do Amanhã”, manifestaram ludicamente a sintonia com 
as questões de sua cidade. 
Toda participação popular e da sociedade civil, junto ao setor público, no 
desenvolvimento do Plano emprestaram tal peso a ele que suas áreas estratégicas, 
seus objetivos e o Inventário de Projetos a seremimplantados até 2016 tornaram-se 
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compromissos de toda a cidade com ela mesma. A difusão dos compromissos, 
assumidos por cada segmento de Niterói com o próprio município, colaboram para 
que os indicadores sejam monitorados e as metas perseguidas nos próximos 20 
anos. 
Do ponto de vista da continuidade da implantação do Plano, a SEPLAG 
será responsável por centralizar as informações sobre o monitoramento de cada 
projeto que concorre para seu bom desempenho. Partindo da elaboração dos 
indicadores e da experiência em monitoramento dos Planos de Governo, a 
Secretaria de Planejamento passou a deter o know-how e os dados necessários 
para, em parceria com as demais secretarias municipais e as autarquias, executar o 
Plano e alcançar as metas definidas para o curto prazo. 
Contribuindo ainda para o êxito total da iniciativa duas ações de porte 
estão sendo concomitantemente implantadas pela SEPLAG: 
1) O Programa de Modernização da Administração Tributária (PMAT) é 
uma linha de financiamento para municípios brasileiros do Banco Nacional de 
Desenvolvimento- BNDES que tem como objetivo “apoiar projetos de investimento 
da Administração Pública Municipal voltados à modernização da administração 
tributária e à melhoria da qualidade do gasto público, a fim de proporcionar aos 
municípios uma gestão eficiente, que gere aumento de receitas e/ou redução do 
custo unitário dos serviços prestados à coletividade”. 
No rol de projetos prioritários da SEPLAG está a contratação do PMAT 
com o intuito de viabilizar a modernização da gestão pública no município de Niterói. 
As negociações com o BNDES foram iniciadas logo no começo da gestão Rodrigo 
Neves em 2013 e, após amplo processo de elaboração da proposta e tratativas de 
trâmites burocráticos, o PMAT Niterói viria a ser aprovado pelo Banco em 2014. Os 
recursos deverão ser liberados no segundo semestre deste ano viabilizando a 
implementação de 13 projetos complementares e integrados, a saber: a) qualificação 
da gestão tributária; b) informatização e integração dos sistemas de gestão; c) 
desenvolvimento de competências dos servidores. 
A carteira de projetos estruturada no âmbito do PMAT contempla os 
seguintes projetos: 
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1. Modernização das instalações dos órgãos/entidades 
2. Sistema para gerenciamento de projetos da Prefeitura 
3. Transparência Pública 
4. Gestão de Mudanças 
5. Sistema de Geoinformação para aumento da arrecadação do IPTU 
6. Capacitação de Recursos Humanos 
7. Plano Estratégico Niterói que queremos e Gestão por Resultados 
8. Central de Atendimento ao Cidadão e Ouvidoria 
9. Gestão eletrônica de documentos e tramitação de processos 
10. Sala de Monitoramento e Controle de Metas, Reuniões Estratégicas, 
Videoconferência e Pregão Eletrônico 
11. Núcleo de estudos e pesquisas 
12. Infraestrutura e Plano Diretor de Tecnologia da Informação 
13. Aperfeiçoamento da gestão tributária, orçamentária, contábil e 
financeira 
Neste conjunto de projetos é possível identificar que o projeto “07 – Plano 
Estratégico Niterói que queremos e Gestão por Resultados” prevê a 
operacionalização do Planejamento Estratégico Niterói que Queremos. 
O escopo do projeto no PMAT parte do pressuposto de que com o 
planejamento estratégico para a PMN será possível melhorar a qualidade das 
políticas públicas de acordo com as prioridades elencadas pelos cidadãos no 
processo de consulta pública “Niterói que Queremos”. A adoção da metodologia de 
gestão orientada para resultados que busca o aumento da eficiência na 
administração pública e aumento da qualidade do gasto público será estruturante 
para a implantação da carteira de projetos do Plano na PMN, considerada como 
prioritária para dar consecução à proposta de modernização da gestão no município. 
Ademais, o PMAT garantirá a continuidade do Planejamento Niterói que 
Queremos na medida em que viabilizará o monitoramento e acompanhamento das 
metas definidas pelos órgãos/entidades e a construção de uma cultura de gestão 
para resultados em toda a PMN. 
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2) Núcleo de Informação, Dados Espaciais e Pesquisa (NIDEP), vem ao 
encontro do esforço e está em consonância com a premissa de consolidar no corpo 
da administração as bases fundamentais para o fortalecimento do planejamento 
como cultura de gestão. 
O NIDEP funcionará, sobretudo como um importante centro de 
organização, criação, sistematização e manutenção das bases de dados 
corporativos. 
Todo o processo de elaboração, as bases para a concreta implementação 
e o conjunto de medidas para a continuidade e retroalimentação do Plano, tem no 
PMAT e no NIDEP definitivos veículos para a garantia da sua concretização. 
Ressalta-se que tanto o PMAT como o NIDEP propiciarão sucessivos e 
necessários processos de capacitação dos servidores públicos da Municipalidade, 
envolvidos direta ou indiretamente com o Plano, no sentido de habilitá-los para o 
atendimento das demandas apontadas e transformadas em projetos que estarão a 
cargo das respectivas unidades administrativas, seja no detalhamento dos projetos, 
no seu gerenciamento e monitoramento, inclusive na captação dos recursos 
necessários ao seu desenvolvimento. 
Tornar Niterói a melhor cidade do Brasil para se viver e ser feliz é um 
plano viável se forem seguidas todas as estratégias desenhadas ao longo de todo o 
trabalho. Segui-las é a única opção, depois do pacto gerado através da participação 
de todos os segmentos da sociedade no trabalho que resultou no Plano Niterói que 
Queremos 2033. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
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workbook for Public and Nonprofit Organizations. São Francisco, Jossey-Bass 
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Paulo: Atlas, 2000. 
 
 
 
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___________________________________________________________________ 
AUTORIA 
Andréa Mayer Gomes – Subsecretária de Modernização da Gestão da Secretaria de Planejamento, 
Modernização da Gestão e Controle – Prefeitura de Niterói. 
Endereço eletrônico: andreamayer.niteroi@gmail.com 
 
 
Pedro da SilvaReys – Diretor da Subsecretaria de Modernização da Gestão da Secretaria de 
Planejamento, Modernização da Gestão e Controle – Prefeitura de Niterói. 
Endereço eletrônico: psreyspmn@gmail.com

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