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bacia de campos

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Ponto de Interesse Geológico: Bacia de Campos
A Bacia de Campos é a maior produtora de petróleo no Brasil. Ela se assenta sobre rochas de aproximadamente 2 bilhões de anos de idade, como as 
que vemos aqui nos costões rochosos da Praia de Cavaleiros. Estas rochas formam o que denominamos embasamento e são as mais antigas da região. A 
Bacia de Campos foi formada pelo processo que separou a América do Sul da África e criou o Oceano Atlântico, iniciado há cerca de 130 milhões de anos. 
Para um melhor entendimento da bacia, os geólogos separam sua evolução em estágios que mostram as grandes mudanças ambientais ocorridas durante o passado 
geológico, conforme descrito a seguir.
Ponto de Interesse Geológico: Bacia de Campos
ESTÁGIO 5
Avalanches Submarinas - Com o afastamento entre Brasil e África, a bacia sedimentar se torna 
cada vez mais profunda. Por volta de 90 milhões de anos atrás, o fundo do jovem oceano Atlântico 
passou a receber violentas descargas de sedimentos trazidos nas grandes enchentes dos rios, 
produzindo correntes turbulentas que escavaram canyons e despejaram extensos depósitos 
arenosos, chamados turbiditos, em águas profundas. Esses turbiditos são as rochas produtoras 
de óleo nos campos gigantes de Marlim, Albacora e Roncador. As figuras acima apresentam um 
esquema de como estes depósitos se formaram.
Sedimentos de
 plataforma rasa
Canyon com canal 
preechido por sedimentos 
Sedimentos vindos do 
continente, transportados
pelos rios
(Guardado et al. 1989)
Modelo paleogeográfico da Bacia de Campos 
no Período Terciário
Areias de 
turbiditos
Sedimentos 
do canyon
Modificado de 
Arienti et al. (2001)
Cascalho
Areia 
Grossa
Níveis 
de Lama
Esquema de Deposição dos 
Sedimentos do Reservatório do 
Campo de Marlim
Areia 
Fina
ENQUANTO ISSO, NO MAR PROFUNDO ...
ESTÁGIO 4
O Caribe Era Aqui - Em torno de 
105 milhões de anos atrás, houve 
uma invasão mais efetiva da água 
do mar sobre o continente. 
Desenvolveram-se extensos bancos 
de areias carbonáticas (areia com 
algas calcárias) em um mar raso, 
de águas límpidas e mornas, 
semelhantes ao Caribe atual. Essas 
areias deram origem aos 
calcarenitos, que são as rochas 
que funcionam como reservatórios 
de óleo nos campos de Pampo e 
Garoupa, dentre outros 
descobertos pela PETROBRAS.
Sequência de mar raso - ESTÁGIO 4
Sequência continental - ESTÁGIOS 1 e 2
Sedimentos da época do Golfo - ESTÁGIO 3
Modificado de 
Esteves et al., 1987.
Cascalhos e Areias
 Depósitos de Sal
Areias e Lamas
Embasamento
Depósitos de Conchas
Mapa de Localização - 
principais campos de 
petróleo da Bacia de 
Campos, ou seja, mostra 
as regiões onde estão as 
acumulações de petróleo 
que são economicamente 
exploráveis.
Acima, mapa do Estado 
do Rio de Janeiro com 
destaque para Macaé.
Mapa Político-Administrativo do 
Estado do Rio de Janeiro - 
Fundação CIDE-2002
Macaé
511
150
485
403
377
10
0
10
0
40
0
40
0
10
00
20
00
20
00
10
00
10
0
211
388
409
504
405A
RONCADOR
ALBACORA LESTE
FRADE
ALBACORA
MORÉIA
VERMELHO
CARAPEBA
GAROUPINHA
PARATI BAGRE
CHERNE
PARGO
VIOLA
MARLIM
MARLIM LESTE
MARLIM SUL
GAROUPA
NAMORADO
CONGRO
CORVINA
ENCHOVA
BADEJO
LINGUADO
PAMPO
GUARAJUBA
BICUDO
SALEMA
BIJUPIRÁ
CARATINGA
ESPADARTE
BONITO
MARIMBÁ
BARRACUDA
BACIA DE CAMPOSBACIA DE CAMPOS
CABO FRIO
MACAÉ
CAMPOS DOS
GOYTACAZES
RIO DAS OSTRAS
SÃO TOMÉ
ATAFONA
SÃO FIDÉLIS
CONCEIÇÃO
DE MACABU
LAGOA FEIA
G4487w
40 Km
Você está 
aqui
ESTÁGIO 1
Quando Macaé Não Tinha Praia - Há 150 
milhões de anos, a América do Sul e a África 
estavam unidas fazendo parte de um 
supercontinente chamado Gondwana. Nesta 
época a praia mais próxima da atual região do 
norte fluminense encontrava-se a mais de 2.000 
km de distância. Onde hoje vemos belas praias, 
como Búzios, Macaé e Rio das Ostras, havia um 
grande planalto na região central desse 
megacontinente.
Dinossauros, Terremotos e Vulcões - Sobre este planalto passeavam os grandes 
dinossauros até que, no final do Período Jurássico, terríveis cataclismas começaram 
a se abater sobre essas terras. Em torno de 130 milhões de anos atrás, poderosos 
esforços no interior da Terra iniciaram o processo de ruptura do Gondwana, 
separando o Brasil da África. Imensas quantidades de lava vulcânica extravasaram, 
espalhando-se desde o Espírito Santo até o Uruguai.
“A Terra levou alguns bilhões de anos para construir as rochas, os 
minerais, as montanhas e os oceanos. Proteja esta obra-prima! “
Companhia de Turismo do
Estado do Rio de Janeiro
TurisRioDEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS 
Www.drm.rj.gov.br
drm@drm.rj.gov.br
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R E D E D E
TECNOLOGIA
RIO DE JANEIRO
R E D E D E
TECNOLOGIA
CAMINHOS
GEOLÓGICOS
CAMINHOS
GEOLÓGICOS
PR OJ ETO
Elaboração: Ricardo Defeo de Castro e Webster U. Mohriak (PETROBRAS); Felipe Medeiros e Kátia Mansur (DRM-RJ).
Colaboração: Eliane Guedes, Paulo Guimarães (DRM-RJ) 
Coordenação: Kátia Mansur, Eliane Guedes e Flavio Erthal (DRM-RJ).
Principais Figuras: Dados da Petrobras, Geosat e outros parceiros. 
Agradecimentos: J. B. L. Françolin, C. Bentz, C.S. Pontes, R. J. Jahnert, P. M. Magalhães, L. Arienti, M. Hanashiro, M. P. Franco, 
R. Schmitt, A. L. R. Rosa, A.T. Dias, L. H. Blower, F. Nepomuceno Filho e G. O. Estrella.
SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA, 
DA INDÚSTRIA NAVAL E DO PETRÓLEO
ESTÁGIO 3
O Nascimento de um Oceano - O mar invade a depressão entre África e Brasil 
por volta de 112 milhões de anos atrás, formando um longo golfo que se estendia 
desde Santa Catarina até Alagoas. O clima árido com evaporação intensa tornava 
estas águas uma verdadeira salmoura, depositando espessas camadas de sal. 
Com o peso dos sedimentos o sal, que sob pressão é muito maleável, deformou-
se. Este evento foi muito importante na produção de armadilhas que aprisionaram 
o petróleo em alguns dos atuais campos produtores.
ESTÁGIO 2
Uma Época de Lagos e Lagoas - 
Há 120 milhões de anos, o antigo 
planalto já havia se fragmentado. 
Formaram-se depressões que foram 
preenchidas inicialmente por lagos 
de água doce. Por volta de 115 
milhões de anos atrás, o ambiente 
desses lagos, já em condições 
salobras, se tornou favorável a um 
intenso desenvolvimento de algas. 
NE
Areias
Cascalhos
Conchas
Lamas
Rochas do Embasamento
Modificado de 
 Esteves et al. 1987.
Acumulações de 
Conchas
A - Depósitos
Continentais
B - Depósitos
Lacustres
B
A
Conchas se multiplicavam às suas margens. A abundante acumulação de restos 
vegetais no fundo do lago deu origem à rocha rica em matéria orgânica, que 
gerou o grande volume de petróleo descoberto na bacia. 
O QUE É UMA BACIA SEDIMENTAR?
Uma bacia sedimentar é uma depressão na superfície terrestre onde é possível 
acumular sedimentos em sucessivas camadas que, posteriormente, vão formar 
as rochas sedimentares. A formação inicial da depressão é disparada por 
forças provenientes do interior da Terra, chamados esforços tectônicos.
Na evolução geológica da bacia sedimentar, o preenchimento por sedimentos 
varia de acordo com os diversos tipos de ambientes que se sucedem, como 
rios, lagos, deltas (encontro das águas dos rios com o mar), praias, mar raso, 
mar profundo, etc. A reconstituição dos antigos ambientes é a base para 
entender a evolução da bacia (como mostrado nos estágios de evolução 
acima). Pela sua complexidade natural e muitas vezes pela falta de registro 
preservado de algumas épocas de sua evolução, pode ser muito difícil 
reconstituir-se um paleoambiente (ambiente do passado). 
Para facilitar tal entendimento, os geólogos utilizam algumas formas para 
representação da disposição
das rochas em uma bacia sedimentar. A seção 
geológica da Bacia de Campos apresentada ao lado mostra como estão 
representadas as diferentes rochas e estruturas geológicas (falhamentos e 
dobramentos) em um perfil que segue desde próximo ao continente (esquerda) 
até o fundo do oceano (direita).
Areias
Calcário
Lamas 
marinhas
Areias 
turbidíticas
Depósitos 
de conchas
Depósitos 
lacustresEmbasamento
Estágio 5Estágio 3Estágio 2 Estágio 4
Sal Areias e lamas
Lamas
hipersalinas
EW
E0164
LAMAS
LACUSTRES
LAMAS
MARINHAS
LAMA
PROTOMARINHO
HIPERSALINO
LAMAS
LACUSTRES
AREIAS
TURBIDÍTICAS
FUNDO DO MAR
SEÇÃO GEOLÓGICA ESQUEMÁTICA
Seção geológica esquemática da Bacia de Campos, entre a 
plataforma continental e região de águas profundas.
0
2
4
6
8
10
12
Pr
of
un
di
da
de
 (k
m
)
BACIA DE CAMPOS
Jahnert, R.J & Magalhães, P.M. 
Para que ocorra a formação do petróleo é necessária a deposição e 
preservação de matéria orgânica nas bacias sedimentares 
(principalmente restos de plantas e bactérias). Esta matéria orgânica 
terá, então, que passar por um processo chamado maturação - 
espécie de cozimento para que possa se transformar em petróleo. 
Este processo tem que ocorrer em condições especiais de 
temperatura, pressão e tempo geológico (em milhões de anos).
A rocha rica em matéria orgânica que forma o petróleo é chamada 
de rocha geradora. Após sua geração, é necessário que o óleo 
migre e seja armazenado em outras rochas, chamadas rochas 
reservatórios. E por fim, para que ele fique aprisionado e não se 
perca até o momento da exploração, precisa existir uma
rocha impermeável ou uma estrutura geológica de forma a reter a 
acumulação. Esse modelo é ilustrado na figura ao lado. 
Fotografia de uma rocha denominada arenito, 
visto em microscópio. Em sua composição, 
encontramos três tipos de minerais muito 
comuns: o quartzo, o feldspato e a mica. 
Quartzo
Poros
Feldspato em
decomposição
Mica
As fotografias abaixo ilustram dois importantes tipos de rochas reservatório da Bacia de Campos. As áreas em 
azul representam os poros - espaços vazios entre os grãos de minerais que são preenchidos por petróleo. O 
volume de poros é uma característica muito importante em uma rocha reservatório, chamada de porosidade, 
pois determina a quantidade de petróleo que ela pode armazenar.
Este outro tipo de rocha é chamada 
calcarenito. Ela é formada por grãos de 
carbonatos que foram arredondados pela 
ação das ondas em um ambiente de praia. 
Rocha
Geradora
Rocha Capeadora
Ro
ch
a Reservatório
Óleo
AS BACIAS SEDIMENTARES E O PETRÓLEO: DA FORMAÇÃO ATÉ A 
EXPLORAÇÃO
Figura modificada de Decifrando a Terra 
( W. Teixeira et al. 2000)
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drm@drm.rj.gov.br
(21)2620-2525

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