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07/05/2017 1 DIABETES MELLITUS Distúrbio caracterizado por uma elevação do nível de glicose no sangue; - Insulina normalmente produzida pelo pâncreas regula o nível de glicose sanguínea, seu armazenamento e sua produção. Tipos: DM Tipo I (Insulino-Dependente) – 5-10%, tratamento Insulina; DM Tipo II (Não Insulino-Dependente) – 90 – 95%, associado a outras condições, tratamento dieta, hipoglicemiantes orais e insulina. Normal – INSULINA secretada pelas células Beta do pâncreas (Ilhotas de Langerhans); - A insulina é considerado um anabólico porque atua na estocagem de glicose ou da mesma; - Mobiliza a glicose da circulação para o músculo, fígado e células gordurosas; Estimulando o armazenamento da glicose no fígado e músculos (glicogênio); Aumenta o armazenamento de gordura dietética no tecido adiposo; Acelera o transporte de aminoácidos para as células; Inibe a degradação da glicose armazenada das proteínas e das gorduras. FÍGADO - Produz glicose: Glicogênio (glicose); Glicogênese (aminoácidos). 07/05/2017 2 TIPO I – Insulino-Dependente: Diminuição da produção de insulina; - Hiperglicemia de Jejum descontrolada (fígado); - Hiperglicemia pós-prandial (após as refeições); - Tríade do DM – Poliúria, Polidipsia e Polifagia; - Perda ponderal; - Fadiga e fraqueza TIPO II – Não Insulino-Dependente: - Resistência à insulina (deficiência de insulina); - Não ocorre a CAD, pois existe insulina que impede a degradação gorduras; - Pode levar a Síndrome Hiperosmolar Não- Cetótica (SHNC); - + de 30 anos e obesas. Complicações do DM: a) AGUDA – HIPOGLICEMIA e a HIPERGLICEMIA CRÔNICA Doenças Macrovasculares: coronarianas (IAM), cerebrovascular (derrame), doença vascular periférica; Doenças Microvasculares: retinopatia e nefropatia; Neuropatias: sensoriomotoras e autônomas (TGI, cardiovascular e geniturinário). Etiologia: TIPO I: destruição das células Beta do pâncreas (fatores genéticos, imunológicos e fatores ambientais); TIPO II: secreção insuficiente de insulina e resistência à insulina (genéticos). Fatores de Risco: - Idade (+ de 65 anos); - obesidade e história familiar; - Glicemia de jejum prejudicada ou tolerância a glicose prejudicada 07/05/2017 3 Tratamento: a) Dieta e Controle Ponderal: - Atentar para uma ingestão calórica rica em carboidratos e pobre em proteínas e gorduras; - Adoçantes e avaliação peculiar de uma nutricionista. b) Exercícios: - Diminuía glicose sanguínea; - Aumenta a captação de glicose pelos músculos do corpo; - Eleva os níveis de HDL e diminui os níveis de colesterol e triglicerídeos; - Atentar para doenças cardíacas (macro e microvasculares, neuropatias); - Atentar para risco de hipoglicemia; - Deixar outras pessoas cientes. c) Monitorização da Glicose e Cetonas: - Glicemia Capilar (automonitorização); - Hemoglobina glicosilada (níveis de glicose nos últimos 2 a 3 meses); - Glicosúria e cetonúria. Medicações: - INSULINOTERAPIA: - Nos períodos de jejum a insulina impede a degradação da glicose, proteínas e lipídios estocados; - Automonitorização, rodízio na sua administração (lipodistrofia), sinas de Hipo e Hiperglicemia, condicionamento adequado da insulina e da seringa; Tempos de ação: · Ação Curta: insulina regular (início 30min. a 1 hora; pico 2 a 4 horas; duração de 6 a 8 horas) e semi-lenta (início 1 a 2 horas, pico de 4 a 6 horas e duração 8 a 12 horas)- aspecto claro; · Ação Intermediária: NPH e lenta (início de 3 a 4 horas, pico de 8 a 14 horas e duração 20 a 24 horas) – aspecto leitoso; · Ação Longa: insulina ultra-lenta (início de 6 a 8 horas, pico de 14 a 20 horas e duração maior que 32 horas. Local: abdome, braços (face posterior), coxa (face anterior) e quadril. Rodízio: - Recomendado para impedir alterações localizadas no tecido gorduroso (sentido horário); - A sua não realização prejudica a absorção da insulina; - Evitar aplicação de insulina em locais de exercícios intensos. 07/05/2017 4 Complicações da Insulina: - Reações alérgicas locais e sistêmicas (raras); - Lipodistrofia (perda da gordura subcutânea e desenvolvimento de massas fibro-gordurosas local); - Resistência a insulina (anticorpo). HIPOGLICEMIANTES ORAIS: - Sulfoniluréias – tem efeito primário no estímulo direto no pâncreas para secreção de insulina (pâncreas funcional), além de melhorar a ação da insulina a nível celular; clorpropamida (diabinese), glibencamida (daonil), glicazida (diamicron); - Biguanidas – guanidina, biguanida, fenformina. Ef. Col.: TGI (anorexia, náuseas e vômitos) e dermatológicos (raros). Educação em Saúde: Autocuidado (dieta, atividades físicas, estresse); Evitar complicações; Habilidades básicas: Fisiopatologia; - Modalidade de tratamento (Insulina e Hipog. Orais, automonitorização); - Prevenções de complicações agudas (Hipo e Hiperglicemia); - Informações práticas (administração da medicação e rodízio); - Dieta. Educação continuada/Aprofundada: - Dieta (acompanhamento); - Cuidados com pés e olhos; - Higiene geral; - Controle dos fatores de risco (Pressão arterial e sangue). Complicações Agudas do DM: HIPOGLICEMIA Causas: excesso de insulina, agentes hipoglicemiantes orais, pouca alimentação e atividade física excessiva; 07/05/2017 5 Sintomas e Sintomas: suor, tremores, taquicardia, fome, nervoso, palpitação, SNC: dificuldade de concentração, cefaléia, confusão, visão turva, Progressão: desorientação, convulsão, perda da consciência e coma; Tratamento: doce, açúcar imediato, suco. Estágio Grave: administração de glucagon (células alfa do pâncreas) estimula o fígado a liberar glicose (glicogenólise), dextrose venosa, automonitorização CETOACIDOSE DIABÉTICA (Hiperglicemia avançada no DM Tipo I) Características da CAD: Desidratação, Perda de eletrólitos, Acidose Metabólica; - Lipólise = ac. Graxos livres e glicerol são convertidos em corpos cetônicos pelo fígado; - Por serem ácidos os corpos cetônicos livres na circulação levam a uma acidose metabólica. Causa: dose de insulina baixa ou ausente, doença ou infecção ou DM não diagnosticado; Sinais e Sintomas: poliúria, polidipsia, visão turva, fraqueza, cefaléia, hipotensão ortostática, sintomas TGI (náuseas, vômitos, anorexia, dor abdominal, hálito de cetona), aumento da FR (Respiração de Kussmaul – tentativa orgânica de diminuir a acidose). Tratamento: - Reidratação (SF 0,9%), Sinais Vitais, BH; - Reposição de K+, ECG; - Insulina (inibe a quebra de gorduras), dextrose, glicemia capilar e exames de sangue. Tratamento: - Reidratação (SF 0,9%), Sinais Vitais, BH; - Reposição de K+, ECG; - Insulina (inibe a quebra de gorduras), dextrose, glicemia capilar e exames de sangue. SÍNDROME HIPEROSMOLAR NÃO-CETÓTICA: - Hiperglicemia e Diabetes Tipo II, não havendo CAD; - A pouca quantidade de insulina impede a quebra de gorduras (lipólise); - Leva a diurese osmótica (perda de H20 e eletrólitos = Hiperglicemia e desidratação. 07/05/2017 6 Sinais e Sintomas: Hipotensão, desidratação, taquicardia e sinais neurológicos. Tratamento: Similar a CAD (reposição de líquidos, eletrólitos e insulina). Avaliação: Glicemia capilar, sinais e sintomas de hipo e hiperglicemia, glicosúria, exames de sangue e glicemia capilar; Déficit visual, neurológico, motor, grau de instrução, fonte financeira, apoio familiar e rotinas diárias. Complicações a Longo Prazo do DM: a) Macrovasculares: doenças coronarianas (aterosclerose), doença vascular cerebral (êmbolo), doença vascular periférica (fatores de risco); b) Microvasculares: são únicas do DM – caracterizadas pelo espessamento da membrana basal dos capilares devido alterações bioquímicas e aumento da glicose sanguínea: Retinopatias Diabéticas: - É causada por alteraçõesnos pequenos vasos sanguíneos da retina; - Microaneurismas e derrame de líquidos (exsudatos); - Pequenas hemorragias na retina (edema macular – campo visual prejudicado); Isquemia com crescimento de novos vasos na retina e ao seu redor; - Perda visual ocorre quando o ponto hemorrágico atinge o humor vítreo (dificulta a passagem de luz - cegueira); - Com a cicatrização no humor vítreo traciona a retina. - Tratamento: Fotocoagulação (laser). Isquemia com crescimento de novos vasos na retina e ao seu redor; - Perda visual ocorre quando o ponto hemorrágico atinge o humor vítreo (dificulta a passagem de luz - cegueira); - Com a cicatrização no humor vítreo traciona a retina. - Tratamento: Fotocoagulação (laser). 07/05/2017 7 Nefropatia Diabética: - Aumento da filtração renal (hiperglicemia); - Espessamento da membrana basal e aumento da permeabilidade; - Aumento da pressão nos vasos sanguíneos do rim. - Tratamento: hemodiálise. Neuropatias (sensório-motora e autônoma): - Grupo de doenças que afeta todos os tipos de nervos; - Espessamento da membrana basal e obstrução capilar (distal e proximal); - Desmielinização dos nervos (distal e proximal). - Sintomas: formigamento, dormência, falta de propriocepção (sensação do corpo), dor, infecção em MMIIs. AVALIAÇÃO INICIAL: ANAMNESE • Classificar tipo 1 ou 2 • História pessoal da doença: – Tempo de diagnóstico – Forma de diagnóstico – Valores habituais – Tratamento – Últimos controles – Complicações agudas – História obstétrica AVALIAR RISCOS E COMPLICAÇÕES • Complicações crônicas. – Neuropatia – Retinopatia – Nefropatia – Infecção em dentes, pele – Problemas nos pés • Outras doenças e risco cardiovascular – HAS – Dislipidemia – Tabagismo • Estilo de vida – Alimentação – Exercício – Fumo – Álcool CRITÉRIOS DE CONTROLE GLICÊMICO • Pré-prandial: 90-130 mg/dl • Pós-prandial: < 180 mg/dl