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DISCIPLINA_GESTAO_DE_CUSTOS

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DISCIPLINA: GESTÃO DE CUSTOS 
Professor Alex Batista 
E-mail: resumosdoalex@gmail.com 
 
 
 Conceito de margem de lucratividade e “equação do lucro” 
Lucratividade 
Inicialmente, para entender o que é lucratividade, há a necessidade de primeiro 
entender o que é Lucro. Um conceito básico de lucro é dado pela receita de vendas 
menos as deduções (as deduções de vendas e despesas variáveis como impostos, 
fretes e comissões estão diretamente atreladas ao volume de vendas. 
Obs.: O lucro pode ser sobre o preço de compra, no caso de uma revenda, ou sobre o 
preço de venda de um produto acabado ou de um serviço prestado, sendo o lucro 
quando não for especificado. 
Custo (C) + lucro (L) = venda (V)  L = V - C 
 
Lucro bruto 
Lucro bruto é a diferença entre receita total e custos variáveis: 
Receita total – custos variáveis = lucro bruto 
 
Ele representa a diferença entre as vendas efetivadas e o quanto se gasta na 
produção do produto ou na realização do serviço. 
 
Lucro líquido 
Lucro líquido é a diferença entre a receita total e o custo total: 
É a diferença entre as vendas efetivas (de mercadorias ou de serviços) e o total de 
gastos da empresa (tanto os custos fixos quanto os custos variáveis). 
Receita total – custo total = lucro líquido 
 
Receita bruta ou receita total 
A receita bruta ou receita total, para fins contábeis, é o produto da venda de 
bens e serviços e as suas quantidades, isto é, trata-se da receita total decorrente das 
atividades-fim da organização, isto é, das atividades para as quais a empresa foi 
constituída. 
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É a receita total e refere-se ao resultado da multiplicação do preço do produto ou 
serviço pela quantidade de vendas desse mesmo produto ou serviço. A fórmula 
matemática para o cálculo da receita total é: 
Preço x quantidade = receita bruta 
 
A Lucratividade é dada em percentual (%) e indica o ganho obtido sobre as 
vendas realizadas. Para calculá-la, basta dividir o lucro pelo total das vendas e 
multiplicar por 100: 
LUCRATIVIDADE = (LUCRO LÍQUIDO / RECEITA BRUTA) x 100 
 Há lucro, se o resultado é positivo, e prejuízo, quando é negativo. 
Saber se uma empresa dá lucro ou prejuízo, e mais do que isso, o quanto de 
lucro ou prejuízo, dará ao empresário condições de tomar medidas para atingir suas 
expectativas financeiras. 
 
 Assim, os ganhos passam a ter papel importantíssimo na análise de resultados 
de um empreendimento. 
 A lucratividade se refere ao percentual do lucro de uma empresa pela 
faturamento (receita bruta) da mesma, em um determinado período. 
 Por exemplo, uma empresa com receita bruta de 100 mil reais e lucro líquido de 
12 mil reais, a lucratividade será de 12%. 
12 / 100 = 0,12 x 100 = 12% 
 
ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DE CUSTOS 
 A redução de custos é um processo quase natural para a sobrevivência e 
crescimento das empresas, não é uma tarefa simples, ela exige planejamento, 
dedicação e abrangência para que os resultados sejam satisfatórios. 
 Percebe-se que cortar custos sempre requer tomada de decisões adequada 
para que a redução de custos não implique na perda de qualidade ou a 
transformação do clima organizacional em um clima mais tenso. 
 A redução de custos deve acompanhar um planejamento eficaz e uma 
vantagem a mais para a empresa como implantação de tecnologias, melhoria em 
processos e outros. 
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Redução de custos exige o envolvimento e um trabalho de conscientização de 
toda a equipe. 
Para reduzir os custos é necessário que as empresas estruturem um 
planejamento para corte de custos nos departamentos críticos, ou seja, que exigem 
maior atenção em corte de custos para que se obtenha assim um melhor desempenho 
de custos benefícios. 
Muitas empresas consideram que o corte de custos é um processo complexo e 
que exige medidas drásticas como demissões ou perda de qualidade em produção e 
atendimentos, mas os cortes de gastos nem sempre exigem um processo complexo, 
medidas simples podem resultar em redução de custos de maneira eficiente, basta 
que a empresa tenha planejamento e criatividade suficientes para isso. 
Exemplos de processos que podem gerar a redução de custos no âmbito 
empresarial. 
-Custos de contratos e de terceirizações: os contratos de serviços e as 
terceirizações exigem custos e para isso planejamento de custos e despesas. 
Os contratos são responsáveis pela maioria dos custos da empresa, os 
contratos podem ser de locação de máquinas, serviços como departamento pessoal, 
refeições, limpeza e outros. Assim, a empresa deve pesar a razão custo-benefício dos 
contratos antes de serem realizados. 
Para organizar os orçamentos de custos com contratos, é necessário pesar 
quais serviços realmente são imprescindíveis para a empresa e quais serviços 
são mais caros do que os benefícios gerados e ainda, quais serviços precisam 
ser realmente terceirizados. 
-Custos com compras e fornecimentos: o departamento de compras e 
fornecimentos é um dos departamentos que mais gastam e não só por conta do custo 
das mercadorias, mas também com custos de transações administrativas, custos de 
transportes e outros. 
Como nenhuma empresa funciona sem estoques ou se materiais de escritório, 
então a solução é planejar para reduzir custos com estoques. 
Para reduzir os custos com estoques é preciso administração de estoques, com 
o uso do lote econômico de compras que visa comprar a quantidade certa no momento 
certo. 
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Outros mecanismos são utilizados para redução de custos administrativos 
gerados pelos pedidos de mercadorias, esses custos podem ser diminuídos com o uso 
de tecnologias de integração de dados como o ERP e outros softwares que têm a 
função crucial de estabelecer integração de dados para entregas mais eficientes e que 
reduzem custos intermediários e de transação. 
-Corte de custos operacionais:os custos por menores que sejam não devem 
ser negligenciados, pois são estes custos que pesam no orçamento geral da empresa 
e fazem com que as metas de redução de custos fiquem bem abaixo do ideal. (O custo 
operacional é composto por todos os itens considerados de custo direto + mão de obra 
familiar e custo indireto (MATSUNAGA et al., 1976). Por exemplo, em uma empresa de 
TI, os custos operacionais são aqueles resultados do uso do dia a dia dos serviços de 
TI da organização (exemplo, custos de equipe, eletricidade, manutenção de hardware) 
e relacionam-se a pagamentos repetitivos, cujos efeitos podem ser medidos dentro de 
um curto espaço de tempo (normalmente menos de 12 meses). 
Negocie as tarifas bancárias: uma grande parte da receita da empresa é 
usada para pagar tarifas bancárias. O que poucos sabem, no entanto, é que essas 
tarifas podem ser renegociadas com o banco. Para conseguir uma redução, é 
necessário ter controle do caixa e estar em dia com os pagamentos. Essa é uma 
excelente forma de reduzir custos. 
 
Então a palavra de ordem é economizar com medidas simples, para isso 
conscientize toda a equipe sobre a importância em reduzir o número de papéis 
impressos e outras medidas como uso de copos de vidro ao invés de copos 
descartáveis. A diminuição de descartávies além de economizar é uma medida 
sustentável para o meio ambiente. 
Utilize a educação, pois essa é a arma mais propícia para a economia geral de 
gastos e para educar a equipe realize cursos, palestras, e outros. 
-Redução de custos com mão de obra: a mão de obra tem custos diretos e 
indiretos. Os custos diretos são com admissão de colaboradores, salários e 
demissões, já os indiretos são com pagamentos de telefone, por exemplo. 
Para economizar com custos de admissão a solução não é rápida nem fácil, 
mas envolve soluçõesde gestão como diminuição de rotação de colaboradores, ou 
seja, é necessário atrair bons colaboradores e retê-los. 
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Outro custo representativo para a empresa é o custo com demissões, pois a 
empresa paga todos os direitos e ainda indenizações caso houver, isso dá a empresa 
custos extras com a folha de pagamento. As demissões não devem ser um processo 
frequente, antes de demitir, a empresa pode encontrar soluções como programas de 
disciplina, coaching e motivação e outros. 
Para diminuir custos indiretos uma solução é tornar a jornada de trabalho mais 
flexível, diminuir jornadas de 12 horas e plantões, pois isso acarretará redução de 
custos indiretos. Uma solução é permitir que alguns colaboradores trabalhem em casa 
ou ainda a diminuição de prazos para entregas como relatórios com o objetivo de se 
reduzir a jornada de trabalho. 
Férias coletivas é também uma solução para diminuir os custos indiretos, se não 
for temporada de intenso fluxo de trabalho, então dê férias coletivas. 
-Terceirização: com planejamento, funções que não sejam de atividades-fim 
poderão ter contrate pessoal de forma esporádica ou quando o fluxo de trabalho for 
maior, contrate por temporada. 
Implante um programa de melhoria de processos e assim cada departamento 
fará o melhor com menos, diminuindo tempo e custos. 
Adote também uma estrutura enxuta com poucos níveis hierárquicos, desta 
forma a empresa focará mais o trabalho em equipe e terá menos gastos com cargos 
de chefia. 
E por fim, envolva todos os colaboradores na missão de cortar custos e sobre os 
benefícios que essa resolução traz. 
Uma empresa não vive sem marketing e para realizar um programa de 
marketing eficiente, a empresa tem custos e investimentos de curto e longo prazo. 
Quando for necessária a viagem de negócios seja estratégico e controle de 
despesas com passagens não deixando a compra para a última hora, evite 
adiantamentos de dinheiro e controle todos os recibos de diários, táxi e outros. 
Analisar de forma efetiva e periódica seus custos: em um movimento de 
desespero para reduzir custos, é comum que as empresas comecem a fazer cortes 
sem critérios, o que acaba por não otimizar o processo de redução de custos. Para 
isso não acontecer, deve-se fazer um levantamento de todos os custos da empresa e 
manter um histórico deles, realizando cortes naqueles que têm menos participação no 
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lucro. O que deve ser cortado é aquilo que não afeta nem a produtividade da empresa 
e nem o bem-estar dos funcionários. 
 
Procure os menores preços: não compre sem pesquisar. Aposte nas 
pesquisas de fornecedores mais baratos (na medida, é claro, que não perca qualidade) 
e tente sempre barganhar preços. Estudos mostram que fornecedores de materiais 
similares podem apresentar uma discrepância de preço de 90%. 
 
Materiais de escritórios: você sabia que a grande maioria das empresas 
conseguiria funcionar perfeitamente com 60% dos materiais de escritório que ela 
possui? Faça um corte nos seus materiais, se não for de 40% que seja de um pouco 
menos, baseado em suas análises sobre os recursos das empresas. Em certas 
empresas é o próprio fornecedor que faz os levantamentos dos materiais a serem 
comprados. Salve raras exceções, nunca deixe que um fornecedor orce os próprios 
produtos que vai vender. 
 Do exposto, nota-se que a redução de custos em uma empresa, requer 
planejamento e a integração de toda a equipe de colaboradores. O pensamento de 
que o crescimento da empresa depende de todos deve estar evidente aos mesmos. 
Outro fato importante, o gestor necessitará de levantamentos de custos pontuais a fim 
de possibilitar cortes de custos que não promovam crises ou agravamento das 
mesmas. 
O CONCEITO DA GESTÃO DE PROCESSOS (VISÃO DE MELHORIA NOS 
CUSTOS) 
Para entender melhor o que é gestão de processos organizacionais é preciso 
compreender com clareza as funções dos processos. 
Os processos organizacionais referem-se à sequência de tarefas que, ao 
agregarem valor a essas variáveis e trabalharem sobre elas, geram como resultado 
final o produto ou serviço oferecido pelas empresas. 
 A doutrina traz conceitos sobre o entendimento de gestão de processos. No 
âmbito empresarial: 
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 Definição de Gestão de Processos segundo O Guia BPM CBOK 
 “Gestão de Processos de negócio ou BPM – Business Process Modeling é uma 
abordagem disciplinada para identificar, desenhar (ou projetar), executar, medir, 
monitorar e controlar processos de negócio, automatizados ou não, para alcançar 
consistência e resultados alinhados aos objetivos estratégicos da organização, 
envolvendo, ainda, com ajuda de tecnologia, formas de agregar valor, melhorias, 
inovações e o gerenciamento dos processos ponta a ponta, levando a uma melhoria do 
desempenho organizacional e dos resultados de negócios”. (2009) 
Definição de Gestão de Processos segundo Gregório Varvakis 
“O gerenciamento de processos é a definição, análise e melhoria continua dos 
processos com objetivo de atender as necessidades e expectativas dos clientes”. 
Definição de Gestão de Processos segundo John Jaston e Johan Nelis 
 “BPM é a realização dos objetivos de uma organização através da melhoria, do 
gerenciamento e controle dos seus processos de negócio essenciais”. 
 Definição de Gestão de Processos segundo Rafael Scucuglia 
 “Conceitualmente, a gestão por processos significa muito mais do que 
simplesmente mapear as atividades organizacionais. Significa muito mais do que 
apenas nomear cada etapa de trabalho com um nome que a identifique […] 
Resumindo: toda organização é um sistema. Ou seja, funciona como um 
conjunto de processos. A identificação e o mapeamento destes processos permitem 
um planejamento adequado das atividades, a definição de responsabilidades e o uso 
adequado dos recursos disponíveis”. 
Dessa forma, a empresa, no contexto da gestão de processos, persegue a redução de 
custos, melhorias e inovações do produto ou serviços prestados e uma arrojada gestão 
de processos. 
 
 
 
O QUE É SISTEMA ERP (ENTERPRISE RESOUCE PLANNING)? 
 Planejamento de recurso corporativo 
 ERP é um sistema de gestão empresarial que gerencia as informações relativas 
aos processos operacionais, administrativos e gerenciais das empresas. 
 
 O Objetivo de um Sistema ERP é centralizar as informações e gerir o seu 
fluxo durante todo processo de desenvolvimento da atividade empresarial, 
integrando os setores da organização e possibilitando aos gestores acesso ágil, 
eficiente e confiável às informações gerenciais, dando suporte à tomada de 
decisões em todos os níveis do negócio. 
 
 
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 Construídos sobre um banco de dados centralizado, os sistemas ERP 
consolidam todas as operações de uma empresa em um único sistema, que pode 
residir em um servidor centralizado, ser distribuído em unidades de hardware 
autônomas em rede local ou ser hospedado remotamente via web. 
 
 
 Os sistemas ERP abrangem cada passo da operação, desde as compras, 
provisões, planejamento, manufatura, formação de preços, contas a pagar e receber, 
processos contábeis, controle de estoque, administração de contratos, venda de 
serviços e todos os níveis de comércio varejista ou atacado, passando pela gestão 
eficaz dos relacionamentos com clientes e fornecedores, pós-venda, análise de 
resultados e muitos outros fatores personalizados, altamente adaptáveis a qualquer 
empresa, em qualquer ramo de negócios. 
 
 
 O uso de um Sistema ERP em uma empresa dá a seus gestores o controle total 
sobre a empresa, auxiliando na tomada de decisões e fornecendo todas as 
informações vitais de maneira acessível e clara. 
 
Os Principais objetivos da implantaçãode um sistema ERP são: 
- Automatização de tarefas manuais; 
- Otimização de processos; 
- Controle sobre as operações da empresa; 
- Disponibilidade imediata de informações seguras; 
- Redução de custos; 
- Redução dos riscos da atividade empresarial; 
- Obtenção de informações e resultados que auxiliem na tomada de decisões e 
permitam total visibilidade do desempenho das áreas da empresa. 
 
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- Aumento na eficiência do uso da capacidade instalada; 
- Blindagem contra fraudes e furtos; 
- Redução de erros; 
- Eliminação de retrabalho; 
- Melhor proximidade e conhecimento sobre os clientes; 
- Informação precisa e segura, sincronizada em tempo real com as 
operações da empresa; 
- Padronização dos processos em todas as áreas, com integração e 
uniformidade; 
- Redução de despesas administrativas, gerais e de vendas; 
- Queda nos custos de estoque; 
- Redução em custos de materiais; 
- Redução do ciclo de venda; 
- Reduz o lead time de produção e entrega; 
- Diminuição de impressão em papel; 
- Eliminação de erros de sincronização entre diferentes sistemas; 
- Controle sobre processos de negócios que envolvem diferentes 
departamentos; 
- Segurança da informação através da definição de permissões de acesso 
e log de alterações; 
- Facilita o aprendizado do negócio e a construção de visões comuns; 
- Favorece o desenvolvimento, a implantação e utilização de SGQs (Sistemas de 
Gestão da Qualidade) e adequação a normas como ISO e outras 
 
As empresas fornecedoras de sistemas ERP projetam suas soluções para atender às 
variantes mais comuns dos processos empresariais, baseados nas boas 
práticas de negócio. Contudo, nem sempre a totalidade das atividades da 
empresa é contemplada pelo ERP. 
 
Por isso, as empresas que desejam implementar um sistema ERP precisam 
adaptar seus processos para que o pacote ERP possa contemplar os processos 
existentes, de forma que esses mesmos processos sejam aprimorados e 
tornados mais eficientes pelo uso do Sistema Integrado. Negligenciar o 
mapeamento dos processos atuais antes de iniciar a implantação do sistema é 
uma das principais razões para o fracasso de projetos ERP. 
 
Portanto, é crucial que as organizações executem um processo de profunda 
análise do negócio antes de escolher um fornecedor de ERP e do início da 
implantação do sistema. Esta análise deve delinear todos os processos atuais, 
possibilitando a seleção de um sistema ERP, cujos módulos padrão estejam 
mais bem alinhados com a realidade da empresa. 
 
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Um bom sistema ERP deve ser evolutivo, para que, além de suprir as 
necessidades presentes de uma empresa, estejam atualizados para 
atender às novas demandas e ao crescimento do negócio. 
 
O sistema ERP também deve manter-se atualizado com as inovações 
tecnológicas em hardware, sistemas operacionais, softwares complementares, 
novas práticas estabelecidas de negócios e exigências legais. 
 
Portanto, um sistema ERP deve atender às necessidades que surjam da 
evolução natural da atividade empresarial e também introduzir a 
possibilidade de utilizar recursos até então inexistentes, agregando o valor 
ao negócio. 
 
 É um sistema de informação que integra todos os dados e processos de uma 
organização em um único sistema. A integração pode ser vista sob a perspectiva 
funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, 
marketing, vendas, compras etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de 
processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio 
a decisão, etc). 
O ERP é uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos 
departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de 
todas as informações do negócio. 
ERP é a espinha dorsal dos negócios eletrônicos, uma arquitetura de 
transações que liga todas as funções de uma empresa, por exemplo, de 
processamento de pedido de vendas, controle e gerenciamento de estoque, 
planejamento de produção e distribuição e finanças. 
A tomada de decisões também ganha uma outra dinâmica. Imagine uma 
empresa que por alguma razão, talvez uma mudança nas normas de segurança, 
precise modificar aspectos da fabricação de um de seus produtos. Com o ERP, todas 
as áreas corporativas são informadas e se preparam de forma integrada para o evento, 
das compras à produção, passando pelo almoxarifado e chegando até mesmo à área 
de marketing, que pode assim ter informações para mudar algo nas campanhas 
publicitárias de seus produtos. E tudo realizado em muito menos tempo do que seria 
possível sem a presença do sistema. 
 
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O método ABC (custeio por atividades) 
Custeio baseado em atividades ou custeio ABC (Activity Based Costing) é 
um método de custeio que está baseado nas atividades que a empresa efetua no 
processo de fabricação de seus produtos. Esta é uma metodologia desenvolvida 
pelos professores americanos Robert Kaplan e Robin Cooper em meados da década 
de 1980, na Universidade de Harvard. Fornece um método para o tratamento dos 
custos indiretos, através da análise das atividades, dos seus geradores de custos, e 
dos utilizadores. 
Um conceito necessário é o de “Custeio por absorção”, também 
chamado custeio integral, ou custo integral, é aquele que faz debitar ao custo dos 
produtos todos os custos da área de fabricação sejam esses custos definidos como 
custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio 
nome do critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer 
com que cada produto ou produção (ou serviço) absorva parcela dos custos diretos e 
indiretos, relacionados à fabricação. 
Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos (rateados) 
para todos os produtos feitos. 
 Consiste na identificação, análise e alocação de custos aos processos de 
uma determinada empresa, visando melhor gerenciar a lucratividade. O uso 
deste método permite uma melhor mensuração dos custos. Os recursos são 
atribuídos a cada atividade; em seguida, as atividades são atribuídas a objetos de 
custo com base no seu uso. O custo baseado em atividades reconhece os 
relacionamentos de causa dos responsáveis pelos custos das atividades. Também 
ameniza as distorções provocadas pelo uso do rateio usado na tradicional lógica de 
absorção dos custos. 
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 O sistema de custeio ABC permite melhor visualização dos custos através 
da análise das atividades executadas dentro da empresa e suas respectivas 
relações com os objetos de custos. Nele, os custos tornam-se visíveis e passam a 
ser alvos de programas para sua redução e de aperfeiçoamento de processos, 
auxiliando, assim, as organizações a tornarem-se mais lucrativas e eficientes. 
 O sistema de custeio baseado em atividades (ABC – Activity Based 
Costing) procura, igualmente, amenizar as distorções provocadas pelo uso do 
rateio, necessários aos sistemas tratados anteriormente, principalmente no que tange 
ao sistema de custeio por absorção. 
Conceitos 
Martins (2003, p. 87), informa que o Custeio Baseado em Atividades "é uma 
metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções 
provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos". Este sistema tem como 
fundamento básico a busca do princípio da causa, ou seja, procura identificar de forma 
clara o agente causador do custo, para lhe imputar o valor. 
A ideia básica é atribuir primeiramente os custos às atividades e 
posteriormente atribuir custos das atividades aos produtos. Sendo assim, 
primeiramente faz-se o rastreamento dos custos que cada atividade causou, 
atribuindo-lhes estes custos, e posteriormenteverificam-se como os portadores finais 
de custos consumiram serviços das atividades, atribuindo-lhes os custos definidos. 
Conforme Eller (2000, p. 82), "o Custeio Baseado em Atividades parte da premissa de 
que as diversas atividades desenvolvidas geram custos e que os produtos consomem 
essas atividades". Segundo Martins (2003, p. 96) busca atribuir custos às atividades e 
aos produtos. 
Martins (2003, p. 96) ensina ainda que "há que se distinguir dois tipos de 
direcionador: … direcionador de custos de recursos, e os …direcionadores de custos 
de atividades". O citado autor continua afirmando que "o primeiro identifica a maneira 
como as atividades consomem recursos e serve para custear as atividades". Afirma 
ainda que "o segundo identifica a maneira como os produtos consomem atividades e 
serve para custear produtos". 
Nakagawa (2001, p. 42), conceitua atividade "como um processo que combina, 
de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente, tendo 
como objetivo a produção de produtos". Assim para o estudo do método ABC deve-se 
ponderar sobre as atividades envolvidas em cada processo de produção, seja de uma 
mercadoria ou um serviço. 
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Com seu poder de assinalar as causas que levam ao surgimento dos custos, o ABC 
permite aos gerentes uma atuação mais seletiva e eficaz sobre o comportamento 
dos custos da organização. 
O ABC determina que atividades consomem os recursos da empresa, 
agregando-as em centros de custos por atividades. Em seguida, e para cada um 
desses centros de atividades, atribui custos aos produtos baseado em seu consumo de 
recursos. Com isso, é possível se determinar quais são os produtos subcusteados e 
quais são os supercusteados, possibilitando uma melhoria nas decisões gerenciais. O 
ABC permite ainda que se tome ações para o melhoramento contínuo das tarefas de 
redução dos custos, como a melhora dos serviços, avaliação das iniciativas de 
qualidade, corte de desperdícios, aprimoramento dos processos de negócio da 
empresa, entre outros 
Um diferencial do sistema de custeio ABC é que a sua utilização, por exigir 
controles pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos 
processos internos da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação 
e/ou aperfeiçoamento dos controles internos da entidade. 
A implementação do ABC requer uma cuidadosa análise do sistema de controle 
interno da entidade. Sem este procedimento que contemple funções bem definidas e 
fluxo dos processos, torna-se inviável a aplicação do ABC de forma eficiente e eficaz. 
O ABC, por ser também um sistema de gestão de custos, pode ser implantado com 
maior ou menor grau de detalhamento, dependendo das necessidades de informações 
gerenciais para o gestor, o que está intimamente ligado ao ramo de atividade e porte 
da empresa. 
Pelas suas próprias características, o ABC tem como fortes candidatas a sua 
implantação as organizações que utilizam grande quantidade de custos indiretos no 
seu processo produtivo e que tenham significativa diversificação em produtos, 
processos de produção e clientes. 
Embora suficientemente simples, o sistema de custeio ABC, tem 
contribuído para melhorar sensivelmente a tradicional metodologia de análise de 
custos. Seu objetivo é rastrear as atividades mais relevantes, para que se 
identifiquem as mais diversas rotas de consumo do recursos da empresa. Por 
meio dessa análise de atividades, busca-se planejar e realizar o uso eficiente e 
eficaz dos recursos da empresa. A atribuição de custos às atividades é feita de uma 
forma criteriosa de acordo as seguintes prioridades: 
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1) alocação direta: isto se faz quando há uma identificação clara, direta e objetiva de 
certos itens de custos com certas atividades; 
2) rastreamento: é uma alocação com base na identificação da relação, causa, 
efeito, entre a ocorrência da atividade e a geração de custos. Essa relação é 
expressa através de direcionadores de custos, como direcionadores de custos e 
recursos; 
3) rateio: o rateio é realizado quando não há a possibilidade de utilizar a alocação 
direta. 
A medida que as empresas utilizam tecnologia de produção mais avançadas os 
custos indiretos de fabricação aumentam e o valor da mão de obra direta diminui. 
Assim a distribuição dos custos indiretos proporcionalmente a mão de obra direta 
conduz a um custeio incorreto dos produtos. Nesse intenso movimento de mudanças o 
processo de gestão empresarial passa por novos desafios e os gestores, 
necessariamente, passam a trabalhar com novos modelos de decisão e esses novos 
modelos de decisão demandam novas informações. Não podemos esquecer que a 
informação é a matéria-prima do processo de tomada de decisões. 
O ABC é um sistema de custos que tem o objetivo de avaliar com maior 
precisão as atividades desenvolvidas em uma empresa, utilizando direcionadores para 
alocar as despesas indiretas de uma forma mais realista aos produtos e serviços. 
Segundo Kaplan (1998), o Custeio Baseado em Atividades é uma abordagem que 
analisa o comportamento dos custos por atividade, estabelecendo relações entre as 
atividades e o consumo de recursos, independentemente de fronteiras departamentais, 
permitindo a identificação dos fatores que levam a instituição ou empresa a incorrer em 
custos em seus processos de oferta de produtos e serviços e de atendimento a 
mercado e clientes. De acordo com Martins (1998), o ABC é uma ferramenta que 
permite melhor visualização dos custos através da análise das atividades executadas 
dentro da empresa e suas respectivas relações com os produtos. 
Segundo wernke (2004) o método ABC pode ser dividido em cinco etapas: 
- Definir os processos prioritários: nesta etapa a área fabril é dividida em vários 
processos para melhor analisá-los; 
- Determinar quais atividades são executadas em cada processo: detalhamento das 
atividades necessárias para executar cada processo. Neste ponto vale o bom senso 
dos gestores, a fim de ponderar sobre o nível de detalhamento desejado ou possível, 
pois um número maior ou menor de atividades a serem utilizadas está vinculado aos 
interesses dos encarregados da implementação; 
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- Listar as possíveis tarefas de cada processo: identificação das atividades relevantes 
em cada processo. É recomendável listar apenas as tarefas inerentes às atividades 
quando se deseja obter informações a respeito de possíveis retrabalhos ou quando 
determinados produtos, serviços ou clientes fazem uso delas; - Alocar os recursos às 
atividades: esta etapa consiste em atribuir os recursos as atividades conforme o 
consumo desta; 
- Direcionar o custo das atividades aos produtos: para isto é necessário a utiliza 
ação de atividades, que as alocam, em proporção ao seu consumo, pelos objetos 
de custeio. 
 
Para melhor entendimento apresentamos as vantagens e desvantagens da 
aplicação do método de custeio ABC. 
Como vantagens podemos ressaltar: 
 informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio da redução do 
rateio; 
 adequa-se mais facilmente as empresas de serviços, pela dificuldade de 
definição do que seja custos, gastos e despesas nessas entidades; 
 menor necessidade de rateios arbitrários; 
 atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade; 
 obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos; 
 proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos; 
 identifica, de forma mais transparente, onde os itens em estudo estão 
consumindo mais recursos; 
 identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade; 
 pode ser empregado em diversos tipos de empresas; 
 pode fornecer subsídios para gestão econômica, custo de oportunidadee custo 
de reposição; 
Por outro lado, pode-se enumerar como desvantagens: 
 alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados; 
 necessidade de revisão constante; 
 leva em consideração muitos dados; 
 dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa; 
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 necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação; 
 dificuldade na integração das informações entre departamentos; 
 necessidade de formulação de procedimentos padrões; 
 não é aceito pelo fisco; 
 
O sistema de custeio ABC pode apresentar alto custo, relativo às atividades da 
empresa. 
Não se pretendeu ser finalista nos estudos sobre vantagens e desvantagens do 
ABC, visto que em cada entidade poder-se-ão numerar outros pontos. O que deve 
ocorrer é manter-se sempre pronto para as mudanças mercadológicas e estar sempre 
preparados para reorganizar o sistema de custeio ABC de maneira harmônica com 
cada momento da economia. 
Exemplos: 
 
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18 
PLANO DE CONTAS 
 
Conceitos importantes 
 Conta é o nome técnico que identifica cada componente do patrimônio (Bens, 
Direitos e Obrigações ou Patrimônio Líquido) e cada elemento de resultado (Despesas 
e Receitas). A função da conta é representar a variação patrimonial que um fato 
promove no patrimônio da empresa a teoria usualmente adotada no Brasil. 
Segundo ela, criada por Vincenzo Masi, o objeto de estudo da ciência contábil é 
o Patrimônio de uma entidade. A contabilidade tem como finalidade controlar este 
patrimônio e apurar o resultado das empresas. O Plano de Contas, também 
conhecido como Modelo Contas, Estrutura de Contas ou Elenco de Contas, é uma 
lista que apresenta as contas necessárias para que a empresa possa registrar todos os 
eventos e movimentações econômicas e financeiras que acontecem durante suas 
atividades e operações. É regulado conforme a Lei 6.404/76. 
 Plano de Contas é a estrutura básica da escrituração contábil, pois é com sua 
utilização que se estabelece o banco de dados com informações para geração de 
todos os relatórios e livros contábeis, tais como: Diário, Razão, Balancete, Balanço 
Patrimonial, Demonstração de Resultados e Análises, além de outros. (CFC, 2002:31). 
 Plano de Contas é uma peça na técnica contábil que estabelece previamente a 
conduta a ser adotada na escrituração, através da exposição das contas em seus 
títulos, funções, funcionamento, grupamentos, análises, derivações, dilatações e 
reduções. (Sá, 2004:22). 
 As contas que compõem o Plano de Contas se classificam da seguinte forma: 
 a) Contas Patrimoniais: são as contas representativas dos bens e dos direitos 
(Ativo), das obrigações (Passivo) e do Patrimônio Líquido (PL) da entidade. 
 As contas patrimoniais representam a situação da organização em um 
determinado momento, ou seja, representam o patrimônio total da empresa, 
subdivididas em bens, direitos e obrigações. O Patrimônio Líquido ou situação 
patrimonial líquida é a diferença entre o Ativo e o Passivo. As situações líquidas 
possíveis são: 
 
19 
b) Contas de Resultado: são as contas que representam as receitas e as despesas da entidade. 
Grau de liquidez - é o maior ou menor prazo no qual os Bens e os Direitos podem ser 
transformados em dinheiro. Ex.: conta Caixa é a de maior liquidez, por já ser dinheiro. Já a 
conta Veículos é de menor liquidez que a conta Caixa, pois demora mais para se 
transformar em dinheiro (primeiro precisa-se vender o veículo para depois ter o 
dinheiro em mãos). 
 Cada empresa tem o seu Plano de Contas, ele visa a padronização. Não é 
relevante mudanças contínuas, porém poderão ocorrer. Cada empresa elabora o seu, 
conforme as suas operações. O Plano de Contas não deve ser rígido, mas flexível, 
conforme tais operações. Ele determina a função de cada conta, sendo que estas 
serão ordenadas e classificadas. 
 Segundo o Manual SIAFI, a estrutura do Plano de Contas atual objetiva, 
principalmente: 
 Realçar o estado patrimonial e suas variações, concentrando as contas típicas 
de controle nos grupos de compensação de forma a propiciar o conhecimento 
adequado da situação econômico-financeira da gestão administrativa; 
 Padronizar o nível de informações dos órgãos e entidades da administração 
direta e indireta com a finalidade de auxiliar o processo de tomada de decisão, 
ampliando o leque de alternativas gerenciais, e facilitar a elaboração do Balanço Geral 
da União; 
 Permitir, por meio da relação de contas e da tabela de conta-corrente, a 
manutenção de um sistema integrado de informações orçamentárias, financeiras e 
patrimoniais na Administração Pública Federal, com a extração de relatórios 
necessários à análise gerencial, incluindo balanços e demais demonstrações 
contábeis, capazes de atender aos aspectos legais e fiscais. 
Ideias básicas sobre o PC 
Imaginemos que possuímos uma conta Bancos, contudo, há três bancos que a 
compõe. Se todo o valor estiver demonstrado pela conta Bancos, não se saberá o 
valor de cada banco. Ou seja, o banco A conta com R$ 2.000.000,00, o B, com R$ 
3.000.000,00 e o C, com R$ 5.000.000,00, obtém-se uma conta Bancos com o valor 
R$ 10.000.000,00 e é importante, ressalta-se bem, saber o valor disponível em cada 
banco (A, B e C), pois será extremamente importante a uma tomada de decisão. 
Entende-se que o detalhamento de determinada conta no Plano de Contas se 
dá em níveis. 
Os códigos mostram o detalhamento dessa determinada conta. 
 
20 
 
Exemplo: 
Código Descrição da conta Saldo 
4.2 Outras Receitas Operacionais 10.000.000,00 
4.2.1 Vendas de Ativos Não Circulantes 2.000.000,00 
4.2.1.01 Receitas de Alienação de Investimentos 3.000.000,00 
4.2.1.02 Receitas de Alienação do Imobilizado 5.000.000,00 
 
Nesse exemplo, a conta “Outras Receitas Operacionais”, possui o código 
“4.2” e as contas “Vendas de Ativos Não Circulantes”, “Receitas de Alienação 
de Investimentos” e “Receitas de Alienação do Imobilizado” são detalhamentos da 
primeira. Os saldos das contas detalhadas devem somar o valor da conta detalhada. 
 
Para elaborar o Plano de contas é primordial saber onde alocar cada conta na 
estrutura do plano. De forma sintética, segue: 
a) CONTAS PATRIMONIAIS: 
1- ATIVO 
2- PASSIVO e PATRIMONIO LÍQUIDO 
b) CONTAS DE RESULTADO: 
 
3- RECEITAS 
4- DESPESAS 
 
Portanto, é fundamental conhecer essas contas e onde alocá-las 
Como exemplo, temos a conta "Caixa", que registrará o dinheiro em espécie (papel-
moeda) disponível na tesouraria da empresa. Trata-se de uma conta do Ativo 
Circulante, subgrupo Disponibilidades. 
 
No Plano de Contas os detalhamentos são classificados em níveis: 
21 
 
Nível 1: 
 
Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas, Custos e Despesas. 
 
Nível 2: 
 
Ativo: Circulante, Não Circulante / Passivo e Patrimônio Líquido: Circulante, Não 
Circulante e Patrimônio Líquido. / Receitas: Receita Bruta, Deduções da Receita Bruta, 
Outras Receitas Operacionais / Custos e Despesas Operacionais. 
 
Nível 3: Contas que evidenciem os grupos a que se referem, como por exemplo: 
 
Nível 1 - Ativo 
Nível 2 - Ativo Circulante 
Nível 3 - Bancos Conta Movimento 
 
 Nível 4: Subcontas que evidenciem o tipo de registro contabilizado, como por 
exemplo: 
 
Nível 1 - Ativo 
Nível 2 - Ativo Circulante 
Nível 3 - Bancos Conta Movimento 
Nível 4 - Banco A 
 
Abaixo, segue um exemplo bem simples de uma distribuição de contas em uma 
estrutura de plano de contas em níveis: 
 
1 ATIVO 
 
1.1 ATIVO CIRCULANTE 
1.1.1 Caixa 
1.1.1.01 Caixa Geral 
1.1.2 Bancos C/Movimento 
1.1.2.01Banco Alfa 
1.1.3 Contas a Receber 
1.1.3.01 Clientes 
1.1.3.02 Outras Contas a Receber 
22 
1.1.4 Estoques 
1.1.4.01 Mercadorias 
1.1.4.02 Produtos Acabados 
1.1.4.03 Insumos 
1.1.4.04 Outros 
 
1.2 NÃO CIRCULANTE 
1.2.1 Contas a Receber 
1.2.1.01 Clientes 
1.2.1.02 Outras Contas 
1.2.2 INVESTIMENTOS 
1.2.2.01 Participações Societárias 
1.2.3 IMOBILIZADO 
1.2.3.01 Terrenos 
1.2.3.02 Construções e Benfeitorias 
1.2.3.03 Máquinas e Ferramentas 
1.2.3.04 Veículos 
1.2.3.05 Móveis 
1.2.3.98 (-) Depreciação Acumulada 
1.2.3.99 (-) Amortização Acumulada 
1.2.4 INTANGÍVEL 
1.2.4.01 Marcas 
1.2.4.02 Softwares 
 
2 PASSIVO 
 
2.1 CIRCULANTE 
2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher 
2.1.1.01 Simples a Recolher 
2.1.1.02 INSS 
2.1.1.03 FGTS 
 
2.1.2 Contas a Pagar 
2.1.2.01 Fornecedores 
2.1.2.02 Outras Contas 
2.1.3 Empréstimos Bancários 
2.1.3.01 Banco A - Operação X 
 
2.2 NÃO CIRCULANTE 
2.2.1 Empréstimos Bancários 
2.2.1.01 Banco A - Operação X 
 
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
23 
2.3.1 Capital Social 
2.3.2.01 Capital Social Subscrito 
2.3.2.02 Capital Social a Realizar 
2.3.2. Reservas 
2.3.2.01 Reservas de Capital 
2.3.2.02 Reservas de Lucros 
2.3.3 Prejuízos Acumulados 
2.3.3.01 Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores 
2.3.3.02 Prejuízos do Exercício Atual 
 
3 CUSTOS E DESPESAS 
 
3.1 Custos dos Produtos Vendidos 
3.1.1 Custos dos Materiais 
3.1.1.01 Custos dos Materiais Aplicados 
3.1.2 Custos da Mão-de-Obra 
3.1.2.01 Salários 
3.1.2.02 Encargos Sociais 
 
3.2 Custo das Mercadorias Vendidas 
3.2.1 Custo das Mercadorias 
3.2.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas 
 
3.3 Custo dos Serviços Prestados 
3.3.1 Custo dos Serviços 
3.3.1.01 Materiais Aplicados 
3.3.1.02 Mão-de-Obra 
3.3.1.03 Encargos Sociais 
 
3.4 Despesas Operacionais 
3.4.1 Despesas Gerais 
3. 4.1.01 Mão-de-Obra 
3.4.1.02 Encargos Sociais 
3.4.1.03 Aluguéis 
 
3.5 Perdas de Capital 
3.5.1 Baixa de Bens do Ativo Não Circulante 
3.5.1.01 Custos de Alienação de Investimentos 
3.5.1.02 Custos de Alienação do Imobilizado 
 
4 RECEITAS 
 
4.1 Receita Líquida 
4.1.1 Receita Bruta de Vendas 
4.1.1.01 De Mercadorias 
24 
4.1.1.02 De Produtos 
4.1.1.03 De Serviços Prestados 
4.1.2 Deduções da Receita Bruta 
4.1.2.01 Devoluções 
4.1.2.02 Serviços Cancelados 
 
4.2 Outras Receitas Operacionais 
4.2.1 Vendas de Ativos Não Circulantes 
4.2.1.01 Receitas de Alienação de Investimentos 
4.2.1.02 Receitas de Alienação do Imobilizado 
 
 A codificação do Plano de Contas deve ser elaborada utilizando-se de vários 
níveis de detalhamento, de modo a atender aos seus usuários dentro de uma lógica 
de classificação das diversas operações correspondentes aos atos ou fatos contábeis 
realizados. As contas poderão ser codificadas como contas de primeiro grau, segundo 
grau, terceiro grau, quarto grau e quinto grau, conforme detalhado: 
 
Principais Grupos de Contas em um Plano de Contas 
 Como visto, o plano de contas é dividido em quatro grandes grupos: 
 Ativos 
 Passivos 
 Receitas 
 Despesas 
 Dentro de cada um destes grupos são criadas as contas sintéticas, que por sua 
vez são detalhadas em contas e subcontas. 
25 
 O Plano de Contas deve ser tão detalhado quanto for o interesse da empresa. 
Não existem regras que estabeleçam o número máximo ou o número mínimo de 
contas que deve conter um plano de contas. É preciso que se saiba, todavia, que o 
plano de contas deve ser suficientemente elástico para permitir a inclusão de novas 
contas, sempre que elas se fizerem necessárias. 
 Repetimos, o grau de detalhamento do plano de contas varia segundo o 
interesse do contador e da empresa levando em consideração, sempre, a necessidade 
de registrar todas as ocorrências da vida de uma empresa. 
TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE CONTAS 
 O Plano de contas deve possuir contas em número suficiente para registrar 
todos os valores positivos, todos os valores negativos, todos os ingressos e todas as 
despesas de forma detalhada a fim de evitar confusões. 
 Na preparação do Plano de Contas deve-se iniciar do grupo maior para os 
grupos menores, ou seja, do geral para o particular. 
 Assim, podemos dizer que o nosso plano de contas pode se dividir em quatro 
grandes grupos; 
a) CONTAS PATRIMONIAIS: 
1- ATIVO 
2- PASSIVO e PATRIMONIO LÍQUIDO 
b) CONTAS DE RESULTADO: 
3- RECEITAS 
4- DESPESAS 
 
 Para codificação do plano de contas não existe regras estabelecidas sobre a 
forma de codificar o plano de contas. Porém muitas vezes adota-se um código 
numérico, pois eles oferecem uma maior facilidade de ordenamento. 
 Adotado o código numérico, as contas de primeiro grau serão designadas pelos 
seguintes dígitos: 
1 - designando as contas do ATIVO 
2 – designando as do PASSIVO e do PATRIMONIO LIQUIDO 
3 – designando as CONTAS DE RESULTADO 
26 
 Assim, para buscarmos uma conta representativa de um bem ou direito (uma 
conta ativa) procuraremos uma cujo dígito codificador inicial seja “1”. 
 Quando quisermos uma conta representativa de uma obrigação (uma conta 
passiva) ou uma conta que represente uma parte do patrimônio líquido procuraremos 
uma conta cujo dígito inicial seja “2”. 
 Já as contas de resultado serão procuradas pelo dígito 3, indicativo do grupo a 
que pertencem. 
 O sistema de graduação das contas funciona como se fosse uma árvore (ou 
melhor, três árvores), uma para o ativo, uma para o passivo e outra para as contas de 
resultado. 
 As contas de primeiro grau representam os agrupamentos principais: 
 1. ATIVO agrupando todas as contas que representam bens ou direitos da 
empresa; 
 2. PASSIVO agrupando todas as contas que representam as obrigações da 
empresa e o capital próprio (Patrimônio líquido); 
 3. CONTAS DE RESULTADO agrupando as contas de resultado. Seu saldo 
representa uma receita, um ingresso, um lucro, quando credor, ou uma despesa, um 
gasto, uma perda, quando devedor. 
 As contas de segundo grau são aquelas que representam o agrupamento de 
contas em que se divide o ativo, o passivo e as contas de resultado, com o mesmo 
ordenamento em que é feita a apresentação das demonstrações contábeis; assim, 
teremos dentro do ativo, os seguintes grandes grupos: 
 Todos as contas do Ativo encontram-se discriminadas no lado esquerdo do 
Balanço Patrimonial e são classificadas em ordem decrescente do grau de liquidez 
dos elementos patrimoniais que representam. Ou seja, de acordo com a rapidez com 
que podem ser convertidas em dinheiro (ordem de liquidar as dívidas, de pagar os 
compromissos). Os ítens de maior liquidez aparecem no começo do Ativo, já os de 
menor liquidez aparecem em último lugar. Ex.: a conta Caixa é a de maior liquidez, 
encontrando-se no topo. Já a conta Máquinas e Equipamentos tem uma liquidez 
menor, encontrando-se classificada mais abaixo, pois não possui o mesmo potencial 
que a conta Caixa para ser convertida em dinheiro. 
 Todas as contas do Passivo encontram-se discriminadas no lado direito do 
Balanço Patrimonial e são classificadas segundo a ordem decrescente de 
exigibilidade. As contas são originadas de recursos de terceiros e são classificadas 
27 
de acordo com o seu vencimento, isto é, aquelas contas que serão liquidadas mais 
rapidamente (curto prazo) aparecem no topo da coluna do Passivo, e as que serão 
pagas em um prazo maior (longo prazo) aparecem mais para o final. 
 Já no Patrimônio Líquido (PL) (que faz parte do Passivo), também do lado 
direito do Balanço Patrimonial, as contas são originadas de recursos próprios, como 
investimentos feitospelos proprietários (dinheiro aplicado) para abertura da empresa, 
por reserva de lucros, prejuízos ou lucros acumulados, etc. Quando o saldo do PL 
aumenta, significa que a empresa ficou mais rica. Quando o saldo do PL diminui, 
significa que ela ficou mais pobre. 
 
1- ATIVO: 
1.1 – ATIVO CIRCULANTE – Este grupo agrega as contas que representam os valores 
disponíveis em caixa, em bancos, os valores a receber até a data do próximo balanço, 
os estoques e as despesas pagas antecipadamente e que influenciarão os resultados 
do exercício seguinte. Este grupo pode ser dividido em outros subgrupos de acordo 
com as necessidades e conveniências. 
1.2 – ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO – Este grupo agrega as contas que 
representam os valores a receber (0s direitos) que só venham a vencer após o balanço 
seguinte. 
1.3 – ATIVO PERMANENTE – Neste grupo agregam-se as contas representativas dos 
bens adquiridos com caráter permanente, adquiridos com a intenção de usá-los, sem a 
intenção de revendê-los. Este grupo se divide em três outros grupos distintos: 
1.3.01 – INVESTIMENTOS – Agrupa as contas que representam as aplicações de 
recursos financeiros em outras empresas ou em bens que não mantenham relação 
com a atividade objeto da empresa; 
1.3.02 – IMOBILIZAÇÕES – Aqui se agrupam as contas que representam as 
aplicações de recursos financeiros que visam a manutenção da atividade objeto da 
empresa e a s respectivas contas de regularização. 
1.3.03 – DIFERIDO – Este é o grupo que agrega as contas que representam as 
despesas que influenciarão o resultado de vários exercícios futuros, tais como: 
despesas pré-operacionais e benfeitorias em imóveis de terceiros. 
28 
2 – PASSIVO: 
2.1 – PASSIVO CIRCULANTE – Reúne as contas representativas das obrigações da 
empresa, vencíveis no decurso do exercício seguinte (antes do próximo balanço); 
2.2 – PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO – Agrupa as contas que representam as 
obrigações que tiverem seu vencimento após o decurso do exercício seguinte (após o 
próximo balanço) 
2.3 – RESULTADO DE EXERCICIOS FUTUROS – Neste grupo são reunidas as contas 
que representam as receitas e despesas relativas a obras cujo ciclo operacional seja 
superior a um ano. Ex.: a construção de um edifício; etc.. 
2.4 – PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 Este grupo de contas representa o patrimônio líquido da empresa, formado pelo 
seu capital social, suas reservas e lucros ou prejuízos acumulados. 
RESULTADO DO PERÍODO 
 Este é o grupo que agrega as contas de toda natureza que representem 
ingressos, receitas ou lucros de um lado e, de outro, as contas que representam 
custos, despesas ou perdas 
3.1 – RECEITA BRUTA – Reúne as contas que representam a receita bruta das vendas 
de mercadorias, de mercadorias e serviços, ou apenas de serviços; 
3.2 – ABATIMENTOS DA RECEITA BRUTA – Reúne as contas que representam as 
vendas anuladas, os descontos incondicionais e os impostos incidentes sobre as 
vendas, dos quais o comerciante é mero repassador (ICMS, PIS e COFINS). 
3.3 – CUSTO DAS VENDAS – Neste grupo se reúnem as contas utilizadas na 
apuração do Custo das mercadorias vendidas: Mercadorias estoque (EI); Compras à 
vista; Compras a prazo; Fretes sobre compras e Devolução de compras. 
3.4 – DESPESAS OPERACIONAIS – Todas as despesas necessárias à atividade geral 
da empresa, tendo em vista o fim a que ela se propõe. 
Este grupo, geralmente, é dividido em subgrupos de acordo com o interesse da 
empresa. (Despesas com vendas, Despesas administrativas, Despesas Financeira, 
etc.) 
29 
3.5 – RECEITAS NAO OPERACIONAIS – São as receitas que não mantém vinculação 
com a atividade objeto da empresa. A receita apurada na venda de um bem do ativo 
imobilizado é um exemplo de receita não operacional. 
3.6 – DESPESAS NÃO OPERACIONAIS – Despesas que não mantém vinculação com 
a atividade a que a empresa se propôs. A baixa, pelo valor contábil, de bem do ativo 
permanente alienado. 
 
 
REFERÊNCIAS 
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade. Ed. Atlas. 
Sexta Edição. São Paulo, 2003 
Portais: 
30 
Só Contabilidade; e 
Tributário. 
 
 
 
 
 
 
Folha de exercícios nº 3 
Aplicada em: 2016 Banca: CESPE Órgão: TCE-SC Prova: Auditor Fiscal de Controle 
Externo - Contabilidade 
Acerca do método de custeio ABC, julgue o item subsequente. 
O método ABC é vantajoso porque, além de estar em conformidade com os princípios contábeis 
geralmente aceitos, elimina todas as distorções causadas pela arbitrariedade que envolve o 
processo de rateio dos custos indiretos. 
( ) Certo ( ) Errado 
Aplicada em: 2015 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: Profissional Júnior 
De acordo com o enfoque técnico-conceitual da contabilidade de custos, o método de 
custeamento baseado em atividades (ABC) tem sua sustentação no seguinte conceito: 
a Na alocação de custos não há débito sem crédito de igual valor. 
b Produtos consomem atividades e atividades consomem recursos. 
c Recursos incorridos são alocados diretamente aos produtos. 
d Departamentos consomem custos e produtos acolhem recursos. 
e Atividades são direcionadores dos departamentos produtivos. 
 
 
Aplicada em: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: SEFAZ-BA Prova: Auditor Interno 
O custeio por atividades, em sua essência, permite uma melhor alocação dos custos indiretos, 
diminuindo o grau de arbitrariedade que o sistema de rateio tradicional normalmente impõe. 
Desta forma, podemos nos deparar com a seguinte situação: 
 
 
31 
 
Qual a alternativa apresenta uma avaliação correta em relação à aplicação do custeio por 
atividades? 
a O custeio por atividades promove uma diminuição dos custos indiretos alocados aos produtos. 
b Em relação ao produto B, não é vantajosa a aplicação do custeio por atividade. 
c Melhora significativamente a base de informação para tomada de decisões. 
d O custeio por atividades promove um aumento dos custos indiretos alocados aos produtos. 
e Para o caso de mais de um produto fabricado, nem sempre é adequada a aplicação do custeio 
por atividades. 
 
Aplicada em: 2014 Banca: CESPE Órgão: ANATEL Prova: Especialista em Regulação - 
Contabilidade 
A respeito da alocação de custos no custeio baseado em atividades, julgue o item seguinte. No 
segundo estágio de alocação de custos de um sistema de custeio baseado em atividades, os 
custos das atividades são distribuídos aos objetos de custeio, que podem ser produtos, serviços, 
clientes ou outros objetos. 
( ) Certo ( ) Errado

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