poder constituinte

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PODER CONSTITUINTE
DIREITO CONSTITUCIONAL I
PODER CONSTITUINTE
PODER CONSTITUINTE
INTRODUÇÃO
TEORIA DA DOUTRINA DO PODER CONSTITUINTE
Emmauel Joseph SIEYÈS
Séc. XVIII
OBRA: QUE É O TERCEIRO ESTADO?
 PODER CONSTITUINTE (POVO)
PODER CONSTITUINTE PODER CONSTITUÍDO 
 (potestas constituens) (potestas constituta)
1ª ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE FILADÉLFIA ( 1774-1787)
PODER CONSTITUINTE
ESTADO ATUAL DA DOUTRINA DO PODER CONSTITUINTE 
CONCEITO (PONTES DE MIRANDA)
É O PODER DE ELABORAR UMA CONSTITUIÇÃO. É A EXPRESSÃO DA VONTADE SUPREMA DO POVO SOCIAL E JURIDICAMENTE ORGANIZADO. É O PODER DE CONSTRUIR E RECONSTRUIR O ESTADO.
TITULARIDADE DO PODER CONSTITUINTE
 (ESTADOS DEMOCRÁTICOS)
POVO
PODER CONSTITUINTE
 EXERCÍCIO DO PODER CONSTITUINTE
LEGITIMIDADE PERTENÇA AO POVO
FORMAS DISTINTAS OUTORGA
 A . N. C. TÍPICA
 CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 
 1824 - OUTORGADA POR D. PEDRO I
 1891 - PROMULGADA
 1934 - PROMULGADA
 1937 - OUTORGADA POR G. VARGAS
 1946 - PROMULGADA
 1967 - OUTORGADA CASTELO BRANCO
 1988 - PROMULGADA
PODER CONSTITUINTE
ESPÉCIES DO PODER CONSTITUINTE 
 ORIGINÁRIO DERIVADO
 ORIGINÁRIO
É O PODER DE ELABORAR UMA CONSTITUIÇÃO. NÃO ENCONTRA LIMITES NO DIREITO POSITIVO ANTERIOR. NÃO DEVE OBEDIÊNCIA A NENHUMA REGRA JURÍDICA PREEXISTENTE. 
É AQUELE QUE INSTAURA UMA NOVA ORDEM JURÍDICA, ROMPENDO POR COMPLETO COM A ORDEM JURÍDICA ANTERIOR (PEDRO LENZA).
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO
CARACTERÍSTICAS
INICIAL → dá origem a uma nova ordem constitucional, não se fundando em qualquer outra.
SOBERANO → não reconhece nenhuma força superior a si próprio, nem no âmbito interno ou internacional.
AUTÔNOMO → pode estruturar a constituição como bem entender, de forma autônoma.
ILIMITADO → não está subordinado a nenhuma ordem jurídica, podendo dispor sobre qualquer assunto.
INCONDICIONADO → não se vincula à ordem jurídica anterior, por ser um poder político e não jurídico. Não se limita por lei.
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO
ESPÉCIES
Poder constituinte originário histórico (ou fundacional): é aquele que cria a primeira constituição do Estado, no caso do Brasil efetivou-se com a elaboração da Constituição Imperial de 1824.
Poder constituinte originário revolucionário: É o poder que cria uma nova constituição, em substituição à anterior, gerando uma profunda ruptura com a ordem jurídica anterior do Estado.
 
PODER CONSTITUINTE
 PODER CONSTITUINTE DERIVADO
É O PODER DE DIREITO RESULTANTE DO TEXTO CONSTITUCIONAL. TAMBÉM CHAMADO DE PODER DE REVISÃO OU DE REFORMA, OU PODER DE EMENDABILIDADE, QUE EDITA EMENDAS CONSTITUCINAIS. ( PINTO FERREIRA)
 CARACTERISTICAS
 LIMITADO SUBORDINADO CONDICIONADO
PODER CONSTITUINTE
PODER CONSTITUINTE DERIVADO (2º GRAU)
PODER DECORRENTE (art. 11 do ADCT)
É AQUELE DOS ESTADOS-MEMBROS, RESPEITANDO OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA LEI MÁXIMA.
PODER DE REVISÃO
PREVISTO NO ART. 3º DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS - NORMA TRANSITÓRIA. FOI APLICADA E ESGOTANDO-SE EM DEFINITIVO.
“ A REVISÃO CONSTITUCIONAL SERÁ REALIZADA APÓS CINCO ANOS, CONTADOS DA PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO, PELO VOTO DA MAIORIA ABSOLUTA DOS MEMBROS DO CONGRESSO NACIONAL, EM SESSÃO UNICAMERAL”
ECR Nº1 A 6 - EX.: ECR /Nº5 - MUDANÇA MANDATO PRESIDENCIAL 5 ANOS P/ 4 ANOS 
PODER CONSTITUINTE
PODER CONSTITUINTE DERIVADO
PODER REFORMADOR (ART. 60/CF)
PROPOSTAS DE EMENDAS À CONSTITUIÇÃO
 DE 1/3, NO MÍNIMO, DOS MEMBROS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS OU DO SENADO FEDERAL;
 DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA;
 DE MAIS DA METADE DAS ASSEMBLÉIAS LEGISLATIVAS DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO, MANIFESTANDO-SE, CADA UMA DELAS, PELA MAIORIA RELATIVA DE SEUS MEMBROS.
PODER CONSTITUINTE
PODER REFORMADOR OU DE EMENTABILIDADE
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - ART. 60
§ 2º - A PROPOSTA SERÁ DISCUTIDA E VOTADA EM CADA CASA DO CONGRESSO, EM DOIS TURNOS, CONSIDERANDO-SE APROVADA SE OBTIVER, EM AMBOS, TRÊS QUINTOS DOS VOTOS DOS RESPECTIVOS MEMBROS.
§ 3º - A EMENDA À CF SERÁ PROMULGADA PELAS MESAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL, COM O RESPECTIVO NÚMERO DE ORDEM
§ 5º - A MATÉRIA CONSTANTE DE PROPOSTA DE EMENDA REJEITADA OU HAVIDA POR PREJUDICADA NÃO PODE SER OBJETO DE NOVA PROPOSTA NA MESMA SESSÃO LEGISLATIVA
PODER CONSTITUINTE
LIMITAÇÕES AO PODER CONSTITUINTE DERIVADO
 TEMPORAIS
 CLASSIFICAÇÃO CIRCUNSTANCIAIS
 MATERIAIS
TEMPORAIS BRASIL SÓ A CONSTITUIÇÃO 			DO IMPÉRIO (4 ANOS/VIGÊNCIA) 
CIRCUNSTANCIAIS CF/88, INTERVENÇÃO FEDERAL, ESTADO DE DEFESA OU ESTADO DE SÍTIO (ART. 60. § 1º)
PODER CONSTITUINTE
LIMITAÇÕES MATERIAIS
EXCLUEM DETERMINADAS MATÉRIAS OU CONTEÚDO DA POSSIBILIDADE DE REFORMA
INTEGRIDADE DA CONSTITUIÇÃO
EXPLÍCITAS IMPLÍCITAS
PODER CONSTITUINTE
 ART. 60 § 4º- CF/88:
“NÃO SERÁ OBJETO DE DELIBERAÇÃO A PROPOSTA DE EMENDA TENDENTE A ABOLIR: A FORMA FEDERATIVA DE ESTADO; O VOTO DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL E PERIÓDICO; A SEPARAÇÃO DOS PODERES; OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS”
 IMPLÍCITAS
TITULARIDADE DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO
TITULARIDADE DO PODER CONSTITUINTE DERIVADO
O PROCESSO DA PRÓPRIA REFORMA CONSTITUCIONAL (não foi adotada, no Brasil, a teoria da dupla revisão, ou seja, uma primeira revisão acabando com a limitação expressa e a segunda reformando aquilo que era proibido).
PODER CONSTITUINTE
PODER CONSTITUINTE DIFUSO
 3ª modalidade de poder constituinte, baseada em Bourdeau;
 Poder responsável pelas mutações constitucionais, os processos informais de alteração da Constituição, sem mudar o enunciado formal, modifica o entendimento da norma constitucional.
 Temos como exemplo o art. 5º , XI CF , in verbis:
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Quando a Constituição surgiu, o conceito de casa limitava-se a residência ou domicilio. Atualmente, a interpretação que se da é bem mais ampla, segundo o entendimento do próprio STF, passou-se a abrangir local de trabalho, quarto de hotel, quarto de motel, trailer, etc.
NOVA CONSTITUIÇÃO E A ORDEM JURÍDICA ANTERIOR 
REVOGAÇÃO
A revogação da constituição é a regra e estabelece a perda de validade do texto da constituição anterior, de forma tácita.
DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO
Trata-se do fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor, mas com o status de lei infraconstitucional. Ou seja, as normas da Constituição anterior são recepcionadas com o status de norma infraconstitucional pela nova ordem.
Como regra geral o fenômeno da desconstitucionalização não é verificado no Brasil;
Poderá ser percebido quando a nova Constituição, expressamente assim requerer;
Ex.: O art. 147 da Constituição do Estado de São Paulo de 1967, assim dispunha: “consideram-se vigentes, com o caráter de lei ordinária, os artigos da Constituição promulgada em 9 de julho de 1947 que não contrariem esta Constituição”.
NOVA CONSTITUIÇÃO E A ORDEM JURÍDICA ANTERIOR 
RECEPÇÃO X NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS
Norma jurídica infraconstitucional criada na vigência do ordenamento constitucional anterior que é interpretada como compatível com a nova constituição. 
Trata-se, pois de um principio de segurança jurídica, mas que também é de economia  legislativa, porque não há razão alguma para a retirada das normas em perfeita congruência com o ordenamento constitucional vigente. 
É por essa razão que o Código Comercial de 1850 e o Código Penal de 1940 continuam em vigor. O que estiver em desacordo com a nova ordem constitucional será revogada e por tanto, não recepcionada. 
Exemplo: a Constituição de 1988, em seu art. 227, § 6º, estabeleceu igualdade de direitosentre “os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção...”. Desta forma, os dispositivos do Código Civil de 1916 que restringiam direitos dos filhos adulterinos e incestuosos não foram recepcionados pela nova ordem constitucional.
NOVA CONSTITUIÇÃO E A ORDEM JURÍDICA ANTERIOR 
TEORIA DA REPRISTINAÇÃO
Ocorre o fenômeno da repristinação quando uma lei volta a vigorar, pois revogada aquela que a revogara;
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, em seu art. 2º, § 3º, veda expressamente a repristinação: “Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
“EMENTA: Agravo regimental — Não tem razão o agravante. A recepção de lei ordinária como lei complementar pela Constituição posterior a ela só ocorre com relação aos seus dispositivos em vigor quando da promulgação desta, não havendo que pretender-se a ocorrência de efeito repristinatório, porque o nosso sistema jurídico, salvo disposição em contrário, não admite a repristinação (artigo 2.º, § 3.º, da Lei de Introdução ao Código Civil — atualmente, acrescente-se, nos termos da Lei n. 12.376/2010, Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro). Agravo a que se nega provimento” (AGRAG 235.800/RS, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 25.06.1999, p. 16, Ement. v. 01956 -13, p. 2660, 1.ª Turma — original sem grifos) não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. 
A repristinação em regra não é aplicada no Brasil, exceto quando a lei ou o STF determinam a volta do vigor da lei revogada anteriormente.
PODER CONSTITUINTE
OBRIGADA PELA ATENÇÃO DE TODOS !