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DICAS DIREITO PENAL IV

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DICAS DIREITO PENAL IV:
FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Art. 327, CP - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
PECULATO
- Apropriação pelo Funcionário Público de:
- Dinheiro ou Valores;
- Somente bem móvel;
- Público OUUUU Particular;
- De que tem a posse ou não;
- Desviando em proveito próprio ou alheio.
- Art. 312, CP - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio]
PECULATO APROPRIAÇÃO X PECULATO DESVIO
Peculato apropriação existe o Animus Rem Sibi-habendi – Animus Domini
Peculato Desvio não existe o Animus Rem Sibi-habendi 
Obs: Em regra Não existe furto de uso – é Atípico – Devolvendo o bem da mesma forma, local e se bem infungível. Salvo Art. 1º decreto lei 201/67 – PREFEITO É O ÚNICO SERVIDOR PÚBLICO QUE RESPONDE POR PECULATO DE USO. 
PECULATO CULPOSO – PECULATO IMPRÓPRIO
Art. 312, § 2º, CP - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
 
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA X PREVARICAÇÃO
O crime de corrupção passiva privilegiada, previsto no art. 317, § 2º, do CP, é aquele em que o funcionário público pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem. 
Já o crime de prevaricação, previsto no art. 319, do CP, ocorre quando o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
Percebam que enquanto na corrupção passiva privilegiada o que motiva o agente é o pedido ou a influência de outrem, na prevaricação a motivação está ligada à satisfação de interesse ou sentimento pessoal. Essa é a principal diferença entre esses dois tipos penais.
Exemplo de corrupção passiva privilegiada: um policial deixa de multar um motorista que implora para que não seja multado (cedendo a pedido ou influência de outrem).
Exemplo de prevaricação: um policial deixa de multar um motorista quando vê que este usa a camisa do Corinthians, mesmo time do coração do policial. Assim, mesmo sem pedido algum do motorista, e apenas pelo fato de este estar usando uma camisa do mesmo time do policial, não há multa (para satisfazer interesse ou sentimento pessoal).
CORRUPÇÃO PASSIVA X CORRUPÇÃO ATIVA
Os verbos da corrupção ativa e passiva não necessariamente são correspondentes, de forma que é possível a existência de uma sem a outra.
 
Corrupção passiva
Art. 317, CP - Solicitar ou receber, ou Aceitar para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
Corrupção ativa
Art. 333, CP - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.
 
Ex: é possível solicitar propina, mas sem contrapartida pelo particular; e é possível oferecer propina sem que seja recebida pelo funcionário público.
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA X PREVARICAÇÃO X CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA 
(Pedido ou influência de outrem) (Sentimento ou (Indulgência – Clemência)
 Interesse pessoal) 
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
tráfico de influência (art. 332, do CP). Ocorre quando alguém, gabando-se de influência junto a funcionário público, pede, exige, cobra ou recebe qualquer vantagem, material ou não, para influenciar tal funcionário a praticar um ato que beneficiará terceiro.
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.
PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA 
Art. 319-A, CP. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
PECULATO CULPOSO
Art. 312, CP 
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
CONCUSSÃO
Art. 316, CP. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
AUTO-ACUSAÇÃO 
        Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:
        Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO
        Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
FRAUDE PROCESSUAL
        Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
        Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
        Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
 
 DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
        Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000)
        Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
        § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
        § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO X DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA:
"Não se confunde o delito de comunicação falsa de crime ou de contravenção com a denunciação caluniosa, pois, nesta, o agente aponta pessoa certa e determinada como autora da infração, enquanto no art. 340 isso não ocorre. Nesse crime, o agente se limita a comunicar falsamente a ocorrência de crime ou contravenção, não apontando qualquer pessoa como responsável por ele ou então apontando pessoa que não existe." (Gonçalves, 2015, p.843)
Para diferenciar melhor:
Denunciação Caluniosa: Aqui você denuncia pessoa certa e determinada.
Comunicação falsa de crime ou de contravenção: Aqui você não denuncia pessoa certa e determinada.
USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único – QUALIFICADORA Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
RESISTÊNCIA
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
QUALIFICADORA § 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
DESCAMINHO (Crime Tributário)
- ILUDIR no todo ou em parte.
- Mercadoria Lícita.
- Consuma quando mercadoria liberada da área de zona alfandegária ou ultrapassa o limite territorial brasileiro.
- Pena em dobro se o crime praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
- Princípio da insignificância valor não superior a 10 mil o STF entendecomo 20 mil.
- O pagamento do tributo devido extingue a punibilidade.
CONTRABANDO
- IMPORTAR OU EXPORTAR.
- Mercadoria proibida.
- Não se aplica princípio da insignificância.
- O agente perde o bem do contrabando.
EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES 
- Fazer justiça com as próprias mãos.
- Exceções: Legítima defesa, meios necessários para evitar o esbulho, direito de retenção.
- Com violência – Ação pública Incondicionada.
- Sem violência – Ação penal privada.
CRIMES HEDIONDOS 
- ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. Crime não incluído no rol dos delitos hediondos ou equiparados. 
- O Superior Tribunal de Justiça entende que o delito de associação para o tráfico de drogas não possui natureza hedionda, por não estar expressamente previsto nos arts. 1º e 2º, da Lei n. 8.072/90. - Afastada a hediondez do delito descrito no art. 35 da Lei n. 11.343/06, deve ser cumprido o lapso de 1/6 de pena para a progressão de regime, não se aplicando o disposto no art. 2º, § 2º da Lei n. 8.072/90.
- Livramento condicional Crime Hediondo ou equiparado, se não reincidente 2/3 da pena.
- Sempre que aplicada pena privativa de liberdade em patamar não-superior a quatro anos, é admissível a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, ainda que se trate dos crimes equiparados aos hediondos.(STF, HC 90.380/RS, rel. Min. Nilson Naves, 6.ª Turma, j. 17.08.2008, noticiado no Informativo 360).
- Reincidente específico é quando o agente pratica o Crime Hediondo ou equiparado e é condenado definitivamente e após comete qualquer crime hediondo ou equiparado CORRENTE MAJORITÁRIA.

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