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Crimes contra a Administracao Publica

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Crimes contra a Administração Pública
Funcionário público
        
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
        § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.      (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)
Peculato
        Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
        Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
      § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Peculato culposo
       
 § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
        Pena - detenção, de três meses a um ano.
        § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
Peculato mediante erro de outrem
        Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
        Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
 Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))
        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
       
 Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Concussão
        
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
        Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.           (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
        
Excesso de exação
        § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:          (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
        Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.         (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
        § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:
        Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Corrupção passiva
       
 Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.         (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
        § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
        § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Prevaricação
        Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
“Prevaricação imprópria”
 Art. 319-A.  Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:         (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
        Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Condescendência criminosa: 
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício
do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública
Usurpação de função pública
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Usurpar significa assumir, exercer indevidamente.
Sujeito ativo: Crime comum que pode ser praticado por qualquer particular que desempenha indevidamente função pública, sendo possível o auxílio de terceiros.
O sujeito passivo será o Estado e eventualmente a pessoa lesada pela conduta do sujeito ativo.
A consumação ocorre com a prática de pelo menos um ato de forma indevida, não sendo necessária a reiteração de atos para que o crime se consume. Se auferir alguma vantagem ocorrerá a forma qualificada do parágrafo único.
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
Núcleo: “Opor-se”. O tipo penal abrange apenas uma oposição ativa ao ato, assim não comete o crime quem pratica a chamada oposição passiva que não contem uma postura agressiva do agente, por exemplo, o xingamento e pode configurar o crime de desobediência. Ademais, a agressão deve ser dirigida ao executor do ato durante a prática deste e não a determinada coisa.
Mesmo que a violência seja dirigida a mais de um funcionário público haverá apenas um crime. Essa circunstância pode ser utilizada no calculo da pena base.
Consumação: É crime formal que se consuma com o exercício da violência ou ameaça, sendo desnecessário que o autor consiga seu intento. Se o ato do agente público for obstado pela resistência haverá a qualificadora do parágrafo 1.
Repare que o tipo não diz grave ameaça, mas apenas ameaça.Quando houver violência e desta houver resultado, aplica-se o concurso material (art. 69 do CP ou art. 70, parágrafo único do CP) conforme dispõe o parágrafo 2.
Desobediência
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. 
É uma forma resistência pacífica do agente.
 
São requisitos para a configuração deste crime:
- Emissão de ordem por um funcionário público por qualquer meio como verbal, escrita, gesticulada dirigida diretamente a uma pessoa. Não basta para o crime o mero pedido ou solicitação.
- A ordem deve ser individualizada para uma pessoa que não a atende de forma comissiva ou omissiva.
- Não deve haver outra sanção, ainda que ilícita ou administrativa, para o descumprimento da ordem. Por exemplo, o descumprimento de medidas protetivas da Lei 11.340/06 que possuem sanção prevista pelo artigo 24-A desta lei não pode ser objeto deste artigo (STJ). Também o artigo 195 do CTB (Desobedecer às ordens emanadas da autoridade competente de trânsito ou de seus agentes: Infração - grave; Penalidade – multa).
Desacato:
 
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
O crime de desacato é considerando excesso na liberdade de expressão e por isso não viola nenhum direito constitucional a criminalização desta conduta.
  
É requisito para este crime que o funcionário esteja no local do fato. Não há desacato em insulto por telefone, imprensa e por escrito (em peça processual). Nestes casos, pode restar configurado delitos contra a honra (art. 141, II do CP).
 
É crime formal que se consuma quando o funcionário tem conhecimento da ofensa, pouco importando se realmente ficou, ou não, ofendido.
Tráfico de influência
 
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário
Para configuração do crime é necessário a utilização de meio fraudulento, de modo que o agente, aparentando ter influência com um funcionário público, não exerça, na prática, nenhum prestígio. Se a pessoa com a qual o autor diz ter influência não foi funcionário público inexistirá este crime. Se houver o efetivo acordo entre ambos ocorrerá os crimes de corrupção ativa e passiva. 
Corrupção ativa
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional 
Pela leitura do artigo depreende-se que somente é punível a conduta praticada antes que o funcionário público realize o ato, então só é punível criminalmente a corrupção ativa antecedente.
 
A conduta pode ser praticada de diversas formas, por exemplo, por escrito, verbalmente ou gesticulando. É necessário ressaltar que o artigo não menciona o verbo “dar”. Então se o particular simplesmente entregar uma vantagem para o funcionário público o fato será atípico, porém este último responde pela corrupção passiva na modalidade “receber”. 
	
Não configura o tipo penal quando o agente oferece ou promete vantagem para impedir ou retardar ato ilegal. Além disso, não configura corrupção ativa quando o agente simplesmente pede ao funcionário público para “quebrar o galho” ou “dar um jeitinho”, pois, pela simples utilização da expressão, não se pode extrair que houve oferta de vantagem indevida.
Descaminho
 
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334):
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
A expressão “no todo ou em parte” demonstra que comete tal crime quem não paga o tributo devido e quem o paga parcialmente. O maior valor não pago pode, contudo, ser utilizado na dosimetria da pena.
 
De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, o descaminho é crime formal, não se aplicando a ele a Súmula Vinculante 24 (Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.). Desse modo, para a configuração do crime, não é necessário o esgotamento da via administrativa.
§ 1º Incorre na mesma pena quem:
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
Navegação de cabotagem é aquela feita dentro do território nacional feita com o objetivo de ligar os portos nacionais através dos nossos rios por navios nacionais.
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem;
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos.
§ 2º Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
O inciso III pune aquele que coloca a venda mercadoria que adentrou no país de forma fraudulenta ou clandestina. É crime próprio que deve ser praticado por comerciante ou industrialista. A leitura deste parágrafo, associada ao parágrafo segundo atinge em cheio os camelos que vendem produtos do Paraguai.
 
§ 2º Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
 
O inciso IV escreveuma modalidade receptação própria para este crime que afasta o disposto no artigo 180, § 1º (Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime) em razão do princípio da especialidade.
Contrabando
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem:
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público competente;
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação;
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira;
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira.
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticadoem transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
No crime de contrabando, há a importação ou a exportação de mercadorias absoluta ou relativamente proibidas de circularem no país (não abrange produtos que estejam com a importação suspensa temporariamente). Trata-se de norma penal em branco, já que cabe à legislação especial (extrapenal) complementá-la, indicando as mercadorias relativa ou absolutamente proibidas de entrarem ou saírem do país.
Contrabando e descaminho são coisas absolutamente distintas, embora o Código Penal os trate como se fossem idênticas. Com efeito, contrabando é a importação ou exportação de mercadoria proibida (relativa ou absolutamente). Descaminho, por sua vez, é a importação ou exportação de mercadorias permitidas que o agente omite (evita ou burla, na alfândega, o recolhimento dos direitos e impostos devidos — entrada, saída ou consumo). O contrabando atenta, teoricamente, contra a moral, saúde, higiene, segurança pública etc.; enquanto o descaminho viola as obrigações aduaneiras (tributos aduaneiros).
O crime de contrabando é subsidiário ou de natureza genérica, isto é, só se configura caso a conduta não tipifique delito mais grave. Por exemplo, a pessoa que contrabandeia armas de fogo não responderá por este crime e sim pelo delito descrito no artigo 18 da Lei 10.826/03 (Estatuto de desarmamento).
Questões
(FGV, OAB, 2016) Hugo estava dentro de seu automóvel esperando a namorada, quando foi abordado por dois policiais militares. Os policiais exigiram a saída de Hugo do automóvel e sua identificação, que atendeu à determinação. Após revista pessoal e no carro, e nada de ilegal ter sido encontrado, os agentes da lei afirmaram que Hugo deveria acompanhá-los à Delegacia para que fosse feita uma averiguação, inclusive para ver se havia mandado de prisão contra ele. Após recusa de Hugo, os policiais tentaram algemá-lo, mas ele não aceitou. 
Considerando apenas as informações expostas, é correto afirmar que a conduta de Hugo 
A ) configura situação atípica. 
B )configura o crime de resistência.
C )configura o crime de desobediência. 
D )configura o crime de desacato. 
(CESPE, DEPEN, 2021) Com relação a crimes contra a administração pública, julgue o item que se segue.
A oposição passiva à execução de ato legal praticado por funcionário público não caracteriza o crime de resistência.
( ) Certo
( ) Errado
(CESPE, DEPEN, 2021) Em um shopping, Carlos, ex-presidiário, encontrou-se com Daniel, que estava passeando no local com sua família. Nessa ocasião, Carlos reconheceu Daniel como sendo um dos agentes federais de execução penal que haviam realizado sua escolta durante uma de suas transferências de presídio. Carlos, então, dirigiu xingamentos a Daniel, em razão do cargo deste. Nessa situação hipotética, Carlos cometeu o crime de desacato. 
( ) Certo
( ) Errado
(CESPE, Polícia Federal, 2021) Com relação ao direito penal e ao direito processual penal, julgue o item que se segue. 
A consumação do delito de descaminho independe do esgotamento da via administrativa. 
( ) Certo
( ) Errado
(FGV, Câmara de Salvador, 2018) Caio, funcionário da ouvidoria de determinado órgão público, no exercício de suas funções, é surpreendido por João, totalmente insatisfeito com a demora em seu atendimento. Quando chega a sua vez de ser atendido, João passa a afirmar, na frente de diversas pessoas, que Caio é um “incompetente”, que “certamente teria retardo mental” e que explicaria suas necessidades “com bastante calma para que até uma pessoa como Caio pudesse entender”. Caio, então, sentindo-se humilhado, informa o fato a Policiais Militares que faziam a segurança em frente ao órgão em que exercia suas funções. Considerando apenas as informações narradas, a conduta de João, de acordo com as previsões do Código Penal, configura: 
A) resistência; 
B )desobediência;
C )desacato;
D )violência arbitrária;
E )atipicidade. 
Gabarito: A, Certo, Certo, Certo, C

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