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Trabalho microeconomia AV 2

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Universidade Estácio de Sá
Curso de Administração de Empresas 
Microeconomia
Teoria da Firma e Estruturas de Mercado e Noções da Teoria dos jogos
Campus West Shopping– RJ
Junho – 2016
Universidade Estácio de Sá
Curso de Administração de Empresas
Microeconomia
Teoria da Firma e Estruturas de mercado e Noções de teoria dos Jogos
Por Márcio Alves Pavão
(201401007147)
Professor: Roberto Amaral
Trabalho apresentado à Universidade 
Estácio de Sá como requisito parcial do 
grau de avaliação AV-2, turma 3024 para a disciplina Microeconomia, curso de Administração de Empresas, campus West Shopping.
Rio de Janeiro – RJ
Junho – 2016
SUMÁRIO 
 
Introdução.........................................................................................................................04 
1. Teoria da firma: Teoria de Produção (Análise de Curto e longo prazo)...................................................................................................................................05 
Teoria dos Custos de Produção: A Curto e longo Prazo....................................................................................................................................06 
análise da Maximização do Lucro Total................................................................... 07
Concorrência perfeita e monopólio .......................................................................... 08
Concorrência Monopolista e Oligopólio ............................................................... 10
Noções de Teoria dos Jogos e Assimetria de Informação .................................... 12
Referência Bibliográfica..............................................................................................15 
Introdução 
A Teoria da Firma é a parte da microeconomia que se preocupa em estudar o comportamento da firma. Esse tópico foi pouco abordado até agora, sendo que apresentamos apenas a curva de oferta de mercado A Teoria da Firma é a parte da Economia que engloba a Teoria da Produção, Teoria dos Custos de Produção e os Rendimentos da Firma.
Na Teoria da Produção a unidade econômica em estudo e a firma ou empresa. Assim esta teoria visa proporcionar ao produtor a base racional necessária para suas decisões, com relação à produção, que é precondição para se chegar à oferta.
A importância do estudo da Teoria da Produção reside no fato de que: seus princípios gerais proporcionam as bases para a análise dos custos e da oferta dos bens produzidos; e seus princípios, também, se constituem peças fundamentais para a análise dos preços e do emprego dos fatores de produção, bem como da alocação desses fatores entre os diversos usos alternativos na economia.
Teoria da Firma 
Teoria da Produção
Análise de Curto prazo: no processo produtivo, o curto prazo é aquele período de tempo no qual pelo menos um dos fatores de produção é fixo. Ou seja, quando consideramos uma fazenda ou sítio, a terra, por exemplo, não será ampliada em extensão (o que envolveria novos investimentos). Numa fábrica ou oficina, o capital físico (máquinas, instalações) também será constante, podendo variar o fator trabalho e as matérias-primas, energia, etc.
Tomemos uma função de produção simplificada, ou seja, com apenas dois fatores (um fixo e outro variável):
q = f(N, K)
onde:
q=Quantidade;
N=mão-de-obra (fator Variável);
K = capital (fator fixo).
Nesse caso, a quantidade produzida, para que possa variar, dependerá da variação da quantidade utilizada do fator variável, a mão-de-obra. Podemos então expressar a função produção simplesmente como:
q = f(N)
Longo prazo: considera-se aqui um período mais amplo de tempo, no qual todos os fatores são considerados variáveis.
A hipótese de que todos os fatores são variáveis caracteriza a análise de longo prazo.
A função de produção simplificada, considerando a participação de apenas dois fatores de produção, é representada da seguinte forma:
q = f(N, K)
A suposição de que todos os fatores de produção variam inclusive o tamanho da empresa, dá origem aos conceitos de economias ou deseconomias de escala.
Teoria dos Custos de Produção
Comportamento dos Custos de Produção no Curto Prazo
O exemplo numérico que exporemos a seguir reflete, de maneira bastante simplificada, a visão que os economistas têm sobre o comportamento dos custos de produção no curto prazo.
Numa determinada empresa (Cia. ALPHA), em que o volume mensal de produção possível varia entre zero e dez unidades, o comportamento dos custos está representado na planilha abaixo
Se a empresa nada produzir, ela terá R$ 15,00 de custo fixo. Se ela fabricar uma unidade do produto, seu custo total será de $ 17,00 correspondente à soma de R$ 15,00 do custo fixo com o custo variável de R$ 2,00. Caso a empresa produza duas unidades, o custo total aumenta para R$ 18,50, pois, embora o custo fixo permaneça em R$ 15,00, o custo variável da fabricação aumenta para R$ 3,50. Da mesma forma, a produção de três unidades eleva o custo total para R$ 19,50, pois o custo variável correspondente é de R$ 4,50, e assim por diante. A produção máxima de 10 unidades implica um custo total de R$ 52,50 (R$ 37,50 de custo variável mais R$ 15,00 de custo fixo).
Análise da Maximização do lucro total
Para maximizar o lucro, a empresa deve ter em conta tanto as receitas como os custos. O volume de produção que maximiza o lucro é, graficamente, aquele que maximiza a distância entre as curvas da receita total e do custo total. O declive destas curvas é igual, para essa quantidade.
A maximização do lucro implica que a empresa escolha um volume de produção tal que o custo marginal e o rendimento marginal sejam iguais (condição de 1ª ordem).
Concorrência Perfeita e Monopólio
Concorrência: é a disputa por um mercado de bens ou serviços, entre produtores, para angariar uma fatia maior de clientes. As variáveis que orientam a concorrência mercadológica são o preço, a qualidade do produto, a disponibilidade dos pontos de venda e a imagem dos produtos frente aos consumidores.
Concorrência Perfeita
Corresponde à situação de um mercado em que os diferentes produtores/vendedores de um determinado bem ou serviço atuam de forma independente face aos compradores/consumidores, utilizando diferentes instrumentos, tais como os preços, a qualidade dos produtos, os serviços pós-venda, etc. Ex. Mercado do Café, açúcar, petróleo, etc.
O mercado de concorrência perfeita é estudado somente com o intuito de funcionar como paradigma para a análise de outros tipos de mercado. Trata-se de um mercado ideal, um referencial. É caracterizado pela existência de um grande número de pequenos vendedores e compradores (mercado atomizado), de maneira que, individualmente, pouco representa no total do mercado. Além disso, pressupõem-se que é transacionado um produto homogêneo, todas as firmas produzem bens idênticos, sem nenhuma diferenciação e há livre entrada e saída de empresas do mercado.
As hipóteses do modelo de concorrência perfeita são:
Existe um grande numero de compradores e vendedores. Um grande número de compradores e vendedores se refere não a um valor acima de uma determinada quantidade, mas sim a que preço o produto é dado para as firmas e para os consumidores;
Os produtos são homogêneos, isto é, são substitutos perfeitos entre si; dessa forma não pode haver preços diferentes no mercado;
Existe completa informação e conhecimento sobre o preço do produto; esta hipótese é conhecida como transparência de mercado;
Entrada e saída de firmas no mercado são livres, não havendo barreiras. Esta hipótese também é conhecida como livre mobilidade. Isso permite que firmas menos eficiente saiam do mercado e que nele ingressem firmas mais eficientes.
MONOPÓLIO é um caso extremo de concorrência imperfeita em que um únicovendedor tem o controle total da oferta de determinado produto ou serviço.
Concorrência Monopolista
Embora presente, como a concorrência perfeita, uma estrutura de mercado em que existe um numero elevado de empresas, a concorrência monopolista (também chamada de concorrência imperfeita) caracteriza-se pelo fato de que as empresas produzem produtos diferenciados, embora substitutos próximos. Por exemplo, diferentes marcas de cigarro, de sabonete, refrigerante, etc. Trata-se assim, de uma estrutura próxima da realidade que a concorrência perfeita, onde supõe um produto homogêneo, produzido por todas as empresas.
Nesta estrutura, cada empresa tem certo poder sobre a fixação de preços, ou seja, a curva de demanda com a qual se defronta é negativamente inclinada, embora bastante elástica, pois a existência de substitutos próximos permite aos consumidores alternativas para fugirem de aumentos de preços.
Concorrência Oligopolista
No oligopólio, os bens produzidos podem ser homogéneos ou apresentar alguma diferenciação sendo que, geralmente, a concorrência se efetua mais ao nível de fatores como a qualidade, o serviço pós-venda, a fidelização ou a imagem, e não tanto ao nível do preço.
Mercado Oligopolista Oligopólio Concentrado - Pequeno número de empresas;
Oligopólio Competitivo - Pequeno número de empresas domina um setor com muitas empresas;
Oligopólio Cooperativo - Resulta de um acordo empresarial quanto ao nível de produção ou ao nível de preços a praticar;
Oligopólio Concorrencial.
Tipos de Oligopólio Cartéis ou cotas: Domínio da Indústria por poucas grandes empresas;
Produtos vendidos por essas empresas são diferenciados ou de natureza idêntica;
Várias barreiras à entrada, dependendo da indústria.
O mercado é conhecido pelo local onde agentes económicos efetuam trocas de bens por uma unidade monetária ou por outros bens.
Estes se equilibram devido à lei da oferta e da procura.
Existem mercados genéricos e especializados, onde apenas se troca um tipo de mercadoria. No oligopólio, podemos encontrar formas de atuação das empresas: concorrem entre si, via guerra de preços ou de promoções e formam assim os cartéis. 
* Cartel é uma organização formal ou informal de produtores dentro de um setor, que determina a política de todas as empresas do cartel, fixando preços e a repartição (cota) do mercado entre empresas. 
Perfeitas (cartel perfeito): todas as empresas têm a mesma participação. A administração do cartel fixa um preço comum e divide igualmente o mercado.
Imperfeitas (cartel imperfeito): existem empresas líderes que fixam os preços, ficando com a maior cota. 
Características Oligopólio Homogêneo Produto: Indústria que nestes mercados produz bens intermediários, que estão em uso por outras indústrias diferentes, mais tarde, para a fabricação de outros produtos. 
Exemplos incluem: - aço, petróleo e indústrias de alumínio.
Diferenciação de produto Oligopólio: Produtos fabricados neste tipo de mercado são para consumo pessoal. Os consumidores precisam de uma variedade de produtos, pois eles têm diferentes necessidades e desejos.
Exemplos incluem - computadores, produtos domésticos e da indústria automóvel. 
Noções de Teoria dos Jogos e Assimetria de Informação
Teoria dos Jogos é o estudo das tomadas de decisões entre indivíduos quando o resultado de cada um depende das decisões dos outros, numa interdependência similar a um jogo. 
Mas primeiro é interessante explicar o que não é Teoria dos Jogos: decidir qual carro comprar, por exemplo. Escolher um automóvel é uma decisão complexa pela quantidade de variáveis a considerar. Além do preço, existem a aparência, estilo, tamanho, motor, conforto, acessórios, etc. Para complicar, sempre há um trade-off: nenhum carro possui exatamente todas as características que você gostou. Seria bom se o carro A, como aqueles acessórios, também tivesse a configuração do motor do carro B. Você pode criar um algoritmo (mental ou via computador) para colocar todas as variáveis e pesos de importância (suas utilidades) e criar um ranking. Entretanto, o exemplo do carro é uma decisão isolada - a decisão é só sua e não há interferência de outros no resultado.
Já a Teoria dos Jogos estuda cenários onde existem vários interessados em otimizar os próprios ganhos, às vezes em conflito entre si. Por exemplo, imagine que em sua empresa você tem dúvidas sobre qual ação tomar para aumentar o seu lucro: reduzir o preço, lançar outro produto ou fazer uma campanha de marketing?
No caso de reduzir o preço, conhecendo a curva de demanda, se abaixar o preço em 3%, sua receita sobe 7% pois vai ganhar market-share. Você calculou a relação de preço versus vendas e, consequentemente, a migração de consumidores do produto concorrente para o seu. Mas e se seu concorrente reagir e também abaixar o preço na mesma proporção? Como consequência da estratégia dele, o seu ganho, antes imaginado como aumento em 7%, muda para uma perda de 5% pois não aconteceu como você previu. 
Assimetria da Informação
Informação assimétrica é um fenômeno que ocorre quando dois ou mais agentes econômicos estabelecem entre si uma transação econômica com uma das partes envolvidas detendo informações qualitativa ou quantitativamente superiores aos da outra parte. Essa assimetria gera o que se define na microeconomia como falhas de mercado. Nos manuais de introdução à microeconomia, os fenômenos de informação assimétrica mais abordados são: a seleção adversa, o risco moral e o herd behavior.
Na teoria tradicional de competição perfeita, firmas e consumidores são tomadores de preços, tendo informação completa sobre a qualidade do bem e o preço do mercado. Se uma firma cobrar acima desse preço ou oferecer um bem de qualidade inferior ao do mercado, perderá todos os seus consumidores, pois esses têm acesso a outras firmas que competem com o preço de mercado. Entretanto, tais pressupostos podem levar a resultados incorretos em relação ao comportamento dos agentes devido à ocorrência de falhas no mercado.
A informação assimétrica, uma característica que impede o funcionamento perfeitamente concorrencial do mercado, existe quando um dos agentes de um mercado tem uma informação relevante enquanto o outro, por sua vez, não a possui. A existência dessa assimetria faz com que os agentes econômicos não aloquem seus recursos da maneira mais eficiente possível, ou seja, em um cenário first-best. Isso ocorre devido à incerteza em relação ao comportamento do outro agente envolvido na troca, e assim, sobre o retorno esperado da transação. Por isso, um indivíduo pode estar disposto a abrir mão da eficiência alocativa para minimizar o risco e a incerteza da troca.
Os impactos distributivos gerados pela informação assimétrica podem ser analisados pela renda informacional despendida, ou seja, o quanto deve ser pago para se proporcionar os incentivos suficientes para superar as perdas geradas pelos riscos causados por essa assimetria. Desse modo, pode-se dizer que existe um trade off entre eficiência alocativa e extração de renda, que é gerado pela informação incompleta.
Por causa da informação assimétrica, a firma não maximiza o valor social da troca, mais precisamente, de seu lucro. Essa falha na alocação eficiente dos recursos não deve ser considerada uma falha no uso racional de recursos da firma. A eficiência alocativa é apenas uma das partes do objetivo do principal.
A informação imperfeita e custosa dá às firmas poder de mercado, prejudicando a resposta do mercado às variações na qualidade e nos preços. Ela faz com que a curva de demanda se torne menos do que infinitamente elástica, dando poder às firmas de aumentar seus preços marginalmente, porém, sem perder todos os seus consumidores.
Do mesmo modo que a assimetria de informação pode ocorrer sobre uma qualidade privada de um bem ou sobre as preferências de um agente econômico, ela pode afetar também um bem público. Os efeitos negativos gerados pela produção e pelo consumo sobreo meio-ambiente, quando não internalizados pelos consumidores, empresas ou governos devido à falta de informação, aparecem como externalidades. A presença de externalidades negativas, por sua vez, afeta negativamente o bem-estar social por levar a uma alocação em um nível sub-ótimo do bem “meio-ambiente” ou “qualidade ambiental” pela sociedade. 
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Referências Bibliográficas
SARTINE, ALEXANDRE BRIGIDA; GARBUGIO, GILMAR; BARRETO, LARISSA SANTANA.  Uma introdução a Teoria dos jogos On-line. Disponível: <http://www.ime.usp.br/~rvicente/IntroTeoriaDosJogos.pdf>. Acesso em 12/06/ 2016.
NUNES, Paulo. Conceito de Concorrência Perfeita. Disponível em http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/concorrenciaperfeita.htm. Acesso em 12/06/2016.

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