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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Prof.ª Lucia Helena Porto REVISÃO AULAS 1 a 5 Breve histórico sobre a avaliação Na pré-história avaliava-se pelo conhecimento dos rituais tribais, pela capacidade de sobrevivência dos indivíduos. Na Idade Média, verifica-se a existência de exames nas escolas gregas e romanas. No período medieval a educação era desenvolvida em estreita ligação com a Igreja. 2 Do descobrimento do Brasil ao Império uso da mão de obra indígena e da africana na monocultura da cana de açúcar. Nessa sociedade a educação não era tema prioritário. os jesuítas exerciam função missionária e pedagógica sobre os índios e sobre os senhores de engenho e suas famílias. 3 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB n. 4024 de 1961 Em relação à avaliação da aprendizagem : ...no aproveitamento do aluno preponderariam os resultados alcançados, durante o ano letivo, asseguradas ao professor, nos exames e provas, liberdade de formulação de questões e autoridade de julgamento. 4 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 5692 de 1981 a avaliação expressa em notas ou menções; preponderariam os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e os resultados obtidos durante o período letivo sobre os da prova final, caso esta fosse exigida. o aluno de aproveitamento insuficiente poderia obter aprovação mediante estudos de recuperação. 5 A Constituição de 1988 - é o texto que mais se estende sobre o tema educação: - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 6 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394 de 1996 -avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; -possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar 7 A AVALIAÇÃO COMEÇA A APARECER NO CENÁRIO EDUCACIONAL Nos anos 70, seguindo os estudos de Tyler, outros autores apresentam um relativo consenso quanto à importância da formulação de objetivos para fins avaliativos , permitindo ao professor determinar o que será avaliado em termos de comportamentos, conhecimentos, capacidades, interesses e habilidades. 8 A REDAÇÃO DE OBJETIVOS Ralph Tyler -“avaliação é um processo no qual se determina o grau em que mudanças de comportamento estão ocorrendo” Os objetivos devem ser úteis, executáveis, expressos em verbos que indiquem um comportamento esperado. Bloom -os objetivos devem ser redigidos de tal forma que expressem comportamentos esperados do aluno. 9 Objetivos gerais devem ser expressos em termos do resultado da aprendizagem e não em termos do processo de aprendizagem. Objetivos específicos - Devem ser focados em ações ou comportamentos observáveis e mensuráveis. 10 Até meados dos anos 60, as discussões se fixavam nos termos medir e avaliar. MEDIR – estabelecer um parâmetro quantitativo, numérico . AVALIAR – tem como objetivo fornecer dados para um julgamento de valor, de uma tomada de decisões. 11 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO Em educação, podemos falar em intencionalidades, em finalidade, em objetivos, em metas, tudo voltado ao planejamento. Por que planejar ? Para que planejar ? Como planejar ? Quando planejar ? Quem planeja ? Onde se planeja ? 12 PLANEJAMENTO É um processo de previsão de necessidades e e racionalização no emprego de recursos materiais e humanos. Preocupa-se com “para onde ir “ e “como chegar lá”. É um processo contínuo, sistematizado de projetar e decidir sobre ações em relação ao futuro. É um processo de tomada de decisão sobre a ação. É um processo de reflexão. 13 TIPOS DE PLANEJAMENTO Planejamento Educacional delineia a filosofia da educação do país. Planejamento Curricular - fundamenta toda a ação educacional em nível de instituição de ensino, tendo como base :estudo da realidade; fundamentos filosóficos, sociológicos, psicológicos, tendências pedagógicas , legislação de ensino 14 PLANEJAMENTO DE ENSINO É o processo de tomada e decisão que visa à racionalização das atividades do professor e do aluno. Tem como base o planejamento curricular. PLANO DE CURSO – estabelece, por um período letivo, as atividades de uma disciplina, incluindo sua integração horizontal e vertical, interdisciplinaridade. 15 - PLANO DE UNIDADE – previsão mais específica do trabalho a ser realizado durante um determinado período de tempo. Reúne os conteúdos listados no plano de curso, de modo mais específico. - PLANO DE AULA – especifica os comportamentos esperados, define os conteúdos , especifica os procedimentos de ensino, os recursos , os procedimentos de avaliação adequados. 16 O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - PPP É a carta de navegação da escola Indica o rumo a seguir Requer construção coletiva e deve ser assumido por toda a comunidade escolar Define a identidade da escola É referência básica para o plano de ensino do professor. 17 DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO Os três momentos da avaliação, antes, durante e após sua realização ,chamados de dimensões , foram definidos por Benjamim Bloom a avaliação diagnóstica a avaliação formativa a avaliação somativa 18 A Taxionomia de Bloom conhecimento – refere-se à memorização - definir; descrever; identificar; reproduzir; listar compreensão – refere-se à interpretação- explicar; justificar; resumir; exemplificar; distinguir aplicação – refere-se à transferência - calcular; demonstrar; modificar; relacionar; resolver 19 análise – refere-se à discriminação - decompor; assinalar; separar; discriminar; ilustrar síntese – refere-se ao uso da criatividade- planejar, narrar; organizar; compor; combinar; criar avaliação – refere-se ao julgamento de valor - apreciar; concluir; justificar; sustentar; comparar; interpretar 20 Instrumentos de Avaliação ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO - O que observar Antes da elaboração de um roteiro é importante que o professor determine que tipo de atividade será objeto da observação, em que horário ela acontecerá, que atitudes farão parte da ficha de registro, que critérios serão utilizados para registro da avaliação . 21 DINÂMICAS DE GRUPO - O uso de dinâmicas de grupo favorece, principalmente, interação entre professor e alunos, entre alunos e alunos; troca de conhecimentos; ampliação de conhecimentos, a discussão de novos temas; incentiva a criatividade, entre outros tipos de comportamentos, atitudes , habilidades. 22 DEBATES / DISCUSSÕES - fóruns, seminários, júri simulado , etc. O que pode ser avaliado ? - participação nos grupos - interesse pela pesquisa - capacidade de ouvir o outro - conhecimento do assunto - criatividade nas perguntas e respostas - uso de conhecimentos transversais 23 PORTFÓLIO É um instrumento que dá espaço à criatividade, à construção e que registra o percurso desse processo de construção do saber. O portfólio é o instrumento que reflete a trajetória desse saber construído. Também possibilita aos alunos e professores uma compreensão maior do que está sendo ensinado. 24 JOGOS DIDÁTICOS / EDUCATIVOS Jogo = competição = desafio - aprendizagem, conhecimento, mas também divertimento, atividade prazerosa. avalia-se a competitividade, a colaboração, o envolvimento, a obediência às regras , as relações interpessoais, a aquisição de novos conhecimentos 25 TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS as tendências pedagógicas, quanto as suas manifestações ,não são exclusivas, isto é, elas não necessitam ser utilizadas em sua totalidade. elas se completam e, em outros casos, divergem. 26 A pedagogia liberal tem como base a preparação dos indivíduos para o desempenho dos seus papéis sociais de acordo com aptidões individuais. difunde a ideia de igualdade de oportunidades, mas não leva em conta as desigualdades de condições sócio- econômicas. 27 1- A pedagogia tradicional - acentua o ensino humanístico, de cultura geral. O aluno é educado para atingir, por esforço próprio , sua realização como pessoa. A escola não tem relação com o cotidiano do aluno nem com as realidades sociais. Na sala de aula predomina a palavra do professor, das regras impostas, do teor exclusivamente intelectual. 28 2-TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA aptidões individuais; a educação é um processo interno; parte das necessidades e interesses individuais para a adaptação ao meio valoriza a auto- educação ; o aluno é o sujeito do conhecimento; ensino centrado no aluno e no grupo. 29 TENDÊNCIA RENOVADA NÃO- DIRETIVA auto-realização, desenvolvimento pessoal e das relações interpessoais. formação de atitudes; autodesenvolvimento e realização pessoal; procedimentos didáticos têm pouca importância 30 TENDÊNCIA LIBERAL TECNICISTA subordina a educação à sociedade tem como função a preparação de recursos humanos, de mão-de-obra para a indústria a educação treina os comportamentos esperados pela sociedade 31 A PEDAGOGIA PROGRESSIVISTA - O termo progressivista é usado aqui para designar as tendências que, partindo de uma análise crítica das realidades sociais , sustenta as finalidades sócio-políticas da educação. Ela é mais um instrumento de luta para apropriação do saber e para a transformação da escola num espaço democrático. 32 TENDÊNCIAS LIBERTADORA E LIBERTÁRIA valorização da experiência vivida como base da relação educativa e a ideia da autogestão pedagógica dão mais valor ao processo de aprendizagem grupal do que aos conteúdos de ensino a prática educativa somente faz sentido numa prática social junto ao povo 33 TENDÊNCIA LIBERTADORA PAPEL DA ESCOLA não se fala em ensino escolar; mas em atuação “não- formal” o conteúdo da aprendizagem - transformação social. questiona a realidade das relações do homem com a natureza e com os outros homens visando uma transformação 34 TENDÊNCIA LIBERTÁRIA a participação grupal, mecanismos institucionais de mudança: assembleias, conselhos, eleições, reuniões. - o aluno, atuando nesses grupos, levará para fora da escola o que aprendeu - pretende ser uma forma de resistência contra a burocracia como instrumento da ação dominadora do estado. 35 TENDÊNCIA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS a difusão do conteúdos é fundamental conteúdos devem ser vivos , concretos, ligados à realidade social escola contribui para eliminar a seletividade social e torná-la democrática; agir dentro da escola é agir para transformação da sociedade 36
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