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WEB 4 PRÁTICA IV

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS
PROCESSO N°...
POR DEPENDÊNCIA À AÇÃO DE EXECUÇÃO N°...
Pedro de Castro, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem a presença de Vossa Excelência, devidamente representado por sua advogada, constituída e registrada, com endereço eletrônico, endereço na Rua..., cidade..., CEP, para fins de notificação, propor
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Em face do Banco Quero Seu Dinheiro S.A., representado por (...), Pessoa Jurídica de Direito Privado, CNPJ, com sede no Rio de Janeiro, diante dos substratos fáticos e jurídicos que passa a expor.
1. DAS PRELIMINARES
1.1 DA ILEGITIMIDADE PASSIVA
Pedro, ora embargante, não é parte legítima, uma vez que não foi avalista do segundo empréstimo no valor de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), pois não foi dada garantia, nem realizada vinculação, nem autorização para inclusão deste no pólo passivo.
Segundo artigo 337, XI, CPC: Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar a ausência de legitimidade ou de interesse processual.
Foi realizado aval, apenas para o primeiro empréstimo, no valor de R$300.000,00 ( trezentos mil reais), o qual já foi quitado.
Segue a jurisprudência para luz do entendimento ao qual deve ser acolhida a preliminar:
Doc. LEGJUR 150.5244.7007.1500
 TJRS. Direito privado. Execução. Título executivo. Legitimidade passiva. Falta. Apelação cível. Negócios jurídicos bancários. Embargos à execução de título extrajudicial. Nota promissória. Ilegitimidade passiva. Literalidade. Preponderância. Teoria da aparência. Inaplicabilidade.
Não constando o executado no título de crédito como emitente, avalista ou garantidor, é parte ilegítima para constar no pólo passivo da ação de execução contra si promovida, já que prepondera, na espécie, o princípio da literalidade. Logo, somente detêm legitimidade passiva aqueles que firmaram a nota promissória e obrigaram-se ao pagamento. Teoria da aparência não aplicável ao caso. RECURSO DESPROVIDO. UNÂNIME.
2. DOS FATOS
Em Agosto de 2015, o embargante assinou uma nota promissória realizando o aval de um empréstimo mútuo financeiro, realizado por Laura, no valor de R$ 300.00,00 ( trezentos mil reais) parcelados em trinta vezes mensais e sucessivas, conforme documentação anexa.
Posteriormente, em março de 2016, o mebargado rpocurou o embargante para cumprir sua obrigação, pois desde dezembro/2015 haviam parcelas vencidas. Em três de Abril de 2016, a dívida foi quitada, conforme documentação comprobatória de quitação em anexo.
O embargante descobriu a existência de uma nova dívida, um outro empréstimo no valor de R$150.000,00 ( cento e cinquenta mil reais), tendo o embargado utilizado a nota promissória do primeiro emprétimo ( o qual o embargante era avalista) já quitado, incluindo-o no pólo passivo e requerendo a penhora do Consultório do embargante, a qual foi deferida conforme decisão.
Não resta dúvidaque o presente embargo deve ser procedente conforme o direito.
3. DO DIREITO
3.1 DAS RAZÕES DA IPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
À luz do artigo 917, I CPC, a inexigibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação. Neste caso, existe a cártula, porém o título deve ser líquido, certo e exigível para prosperar e não há como se exigir se o título não tem relação com este emprétimo, uma vez que o memso foi utilizado no empréstimo anterior, sendo a materialidade daquele.
Visto que Pedro, ora embargante, não é parte legítima da ação, a execução não poderá prosperar.
O artigo 917, VI CPC defende que o executado poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.
3.2 DO EFEITO SUSPENSIVO
3.2.1 DOS REQUISITOS
" Do fumus boni iuris e do periculum in mora"
Resta claro a existência da fumaça do bom direito, uma ação em curso baseada no contrato que o embargante não é devedor e por mais célere que a justiça seja, existe o perigo da demora no caso da penhora do imóvel, que é o consultório o qual se encontra devidamente notificado , uma vez que foi procedente a penhora pelo juiz.
Por estes argumentos fáticos e jurídicos, atribuir-se-`a o efeito suspensivo aos embargos, conforme artigo 919, 1° CPC, que menciona: que o juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. Concominado com o artigo 300 CPC o qual a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo do dano ou o risco ao resultado útil do processo.
4. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
a) Que seja atribuído o efeito suspensivo à execução;
b) Que o embargado seja notificado para com 15 ( quinze) dias apresente resposta.
c) Que seja reconhecida a ilegitimidade passiva do embargado com a extinção do processo de execução, consequentemente que seja desconstituída a penhora recaída sobre o imóvel descrito na inicial;
d) Que o embargado seja condenado a pagar os honorários sucumbenciais ;
5. VALOR DA CAUSA
Dar-se-à o valor da causa R$ ... (valor do imóvel)
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
_______________________________
 ADVOGADO/ OAB

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