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Campus Petrópolis BIOQUÍMICA DESNATURAÇÃO ENZIMÁTICA Alunos Participantes: Anik Schelble – Educação Física Leonardo Munstein de Oliveira – Educação Física Mayara Silva – Nutrição Meire Ellen de Souza Oliveira - Farmácia Pâmella Sadocci de Freitas - Nutrição Taiane Moreira de Mello - Fisioterapia Thiago de Souza - Nutrição Professor (a): Fernanda Retondaro PETRÓPOLIS 2017 INTRODUÇÃO As proteínas são polímeros de aminoácidos que podem adquirir diferentes conformações, que são responsáveis pela atividade da proteína ou enzimática. Lembrando que enzimas são proteínas que catalisam reações químicas. Quando a conformação é perdida, diz-se que a enzima está desnaturada e incapacitada de desempenhar as suas funções. Desnaturação proteica é a perda da estrutura tridimensional das enzimas, ou seja, ela perde a sua forma original. Acontece porque, em altas temperaturas (acima de 45ºC), a agitação das moléculas se torna tão intensa que as ligações que estabilizam a estrutura espacial da enzima se rompem. Com isso, as enzimas (e as proteínas) deixam de funcionar, pois elas alteram a forma característica e não se encaixam mais ao substrato correspondente, perdendo atividade catalítica. O pH também pode desnaturar uma proteína. O pH ótimo seria 7. Quando temos um pH ácido (de 2 a 6) e um pH básico (de 8 a 13), a proteína pode desnaturar-se. Vale ressaltar que tais desnaturações podem ser reversíveis ou irreversíveis. OBJETIVO Reconhecer a ação de fatores externos, como a temperatura e substâncias químicas, sobre a atividade enzimática. MATERIAIS E MÉTODOS Tubos de ensaio; Becker; Pipetas de 5mL; Pipetas de 2 ml; Pera de sucção; Banho-maria a 37ºC; Banho-maria a 100ºC. Foram numerados 4 tubos de ensaio para analisá-los posteriormente. Em seguida foi coletado saliva de um dos integrantes do grupo e colocado em um béquer, e com a pipeta já encaixada na pera de sucção adicionar em cada tubo: 0,5 ml de água destilada e reservar; 0,5 ml de saliva in natura (contendo a enzima amilase salivar) e reservar; 0,5 ml de saliva in natura (contendo a enzima amilase salivar), e imediatamente após pipetagem, incubar no banho-maria a 100ºC por 5 min. 0,5 ml de saliva in natura (contendo a enzima amilase salivar), e imediatamente após pipetagem, acrescentar 0,5 ml de HCl 0,1M, e reservar. Após o tempo de incubação do tubo 3 no banho-maria, acrescentar em todos os 4 tubos, 0,5 ml de amido 1% e incubar os tubos em banho-maria a 37ºC por 10 min. Após o tempo de incubação, adicionar 2 gotas do reativo lugol. Em seguida observar as reações. Ao termino destes passos, enxaguou-se a pipeta com água corrente, em seguida com água destilada e o secou com papel macio. REAGENTES UTILIZADOS Água destilada; Solução de amido 1%; Saliva in natura; HCl 0,1M; Lugol. RESULTADOS E DISCUSSÕES Quando o alimento é mastigado na boca, ele fica reduzido a pequenos fragmentos que se misturam com a saliva produzida. A saliva é um liquido neutro ou ligeiramente alcalino, que contem água, muco e enzimas. Uma delas é a amilase salivar ou Ptialina. Sua função é digerir parcialmente os amidos (polissacarídeos) e os converter em moléculas de açúcar mais simples: maltose (monossacarídeos). Porém alguns fatores podem afetar a atividade dessa enzima como: Temperatura A temperatura é um fator importante na atividade das enzimas. Dentro de certos limites, a velocidade de uma reação enzimática aumenta com o aumento da temperatura. Entretanto, a partir de uma determinada temperatura, a velocidade da reação diminui bruscamente. O aumento de temperatura provoca maior agitação das moléculas e, portanto, maiores possibilidades de elas se chocarem para reagir. Porém, se for ultrapassada certa temperatura, a agitação das moléculas se torna tão intensa que as ligações que estabilizam a estrutura espacial da enzima se rompem e ela se desnatura. Grau de Acidez (pH) Outro fator que afeta a forma das proteínas é o grau de acidez do meio, também conhecido como pH (potencial hidrogeniônico). A escala de pH vai de 0 a 14 e mede a concentração relativa de íons hidrogênio (H+) em um determinado meio. O valor 7 apresenta um meio neutro, nem ácido nem básico. Valores próximos de 0 são os mais ácidos e os próximos de 14 são os mais básicos (alcalinos). No experimento observamos que: Tubo 1 - 0,5 ml de água destilada, acrescentado 0,5 ml de amido 1% e encubado em banho-maria a 37 °C por 10 min: Reação positiva (azul) - Está em um meio com H2O, onde não há enzima amilase salivar para o amido (polissacarídeos) ser convertido em maltose (monossacarídeos). Tubo 2 - 0,5 ml de saliva in natura (contendo enzima amilase) acrescentado 0,5 ml de amido 1% e encubado em banho-maria a 37 °C por 10 min: Reação negativa (laranja) - Houve a conversão do amido (polissacarídeo) em maltose (monossacarídeo) pela enzima amilase, a 37°C representando a temperatura corpórea. Tubo 3 - 0,5 ml de saliva in natura (contendo enzima amilase) acrescentado 0,5 ml de amido 1% e imediatamente após pipetagem, incubar no banho-maria a 100ºC por 5 min. E logo depois encubado em banho-maria a 37 °C por 10 min: Reação positiva (Azul) - Houve a desnaturação da enzima amilase pela alta temperatura. Impedindo a enzima de converter o amido em maltose. Tubo 4 - 0,5 ml de saliva in natura (contendo enzima amilase) acrescentado 0,5 ml de amido 1% e imediatamente após pipetagem, acrescentado 0,5 ml de HCl 0,1M. Depois encubado em banho-maria a 37 °C por 10 min: Reação positiva (Azul) - Houve desnaturação da enzima amilase por conta da mudança de pH. O ácido clorídrico (HCl) possui um pH ácido (6,3) e o grau de acidez do meio é neutro pH 7. Figura 1. Podemos observar nas imagens acima, os solventes utilizados neste experimento. Figura 2. Nessa imagem podemos observar o resultado do experimento. Passo 1/5 Passo 2/5 Passo 3/5 Passo 4/5 Passo 5/5 Resultados Tubo 1 1mL Água destilada Reservar 0,5mL Amido 1% Banho-maria a 37ºC 10 min 2 gotas do reativo lugol Polissacarídeo Reação Positiva Tubo 2 0,5mL Saliva in natura Reservar 0,5mL Amido 1% Banho-maria a 37ºC 10 min 2 gotas do reativo lugol Mono/Dissacarídeo Reação Negativa Tubo 3 0,5mL Saliva in natura Banho maria a 100ºC 5 min 0,5 Amido 1% Banho-maria a 37ºC 10 min 2 gotas do reativo lugol Polissacarídeo Reação Positiva Tubo 4 0,5mL Saliva in natura 1mL HCl 0,1M 0,5mL Amido 1% Banho-maria a 37ºC 10 min 2 gotas do reativo lugol Polissacarídeo Reação Positiva Figura 3. Nessa imagem podemos ver como um todo o experimento e suas reações. CONCLUSÃO Observando os resultados obtidos no laboratório, nota-se uma eficiência catalítica das enzimas devido ao seu alto grau de especificidade por seus substratos, acelerando reações químicas por conta da temperatura e pH (grau de acidez), por fim havendo reação de coloração por desnaturação das enzimas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VOET, D.; VOET, J.D.; PRATT, C.W. Fundamentos de Bioquímica. Artmed. 2001. BERG, J.M.; TYMOCZKO, J.L. Bioquímica. 5a ed. Guanabara Koogan. 2004.
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