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Aula 6 Raiva

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ZOONOSES
Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica
Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4
RAIVA
→ Sinonímia: hidrofobia, devido a dificuldade de deglutição (disfagia), e dor a deglutir. 
→ Agente etiológico: família Rhabdoviridae – Genero Lyssavirus (Lyssa = loucura). Possui genoma – RNA. 
→ Dois antígenos principais: 
Antígeno de superfície (glicoproteína) – responsável pela formação de anticorpos neutralizantes e adsorção vírus-célula. Importante por é o que faz o vírus se ligar a célula nervosa e adentrar nesta. Produz o anticorpo que destrói o vírus. 
Antígeno interno – constituído por uma nucleoproteína (grupo específica).
→ Soro e vacinação deve ser feita rapidamente antes que o vírus entre na célula nervosa. 
→ Suscetibilidade: todos os mamíferos são considerados susceptíveis, porém nem todos tem importância epidemiológica. 
→ Reservatórios:
Ciclo urbano: cães e gatos (atualmente sendo superados pelos morcegos, no Brasil, uma vez que cães e gatos foram vacinados ao longo de décadas);
Ciclo rural: morcegos (principalmente hematófagos);
Ciclo silvestre: carnívoros silvestres, primatas, morcegos. Esse sempre ocorreu na natureza. 
→ História da Raiva no Brasil: no final da década de 80 e inicio da década de 90 o principal transmissor era o cão. A partir de 2004 e 2005 o morcego era o principal transmissor. Grupos de maior risco: crianças e adolescentes (2 a 19 anos) e do sexo masculino. 
→ Modo de transmissão: penetração do vírus conido na saliva do animal infectado, por: 
Mordedura (cão, morcegos, carnívoros silvestres, e primatas);
Arranhadura: gatos, e menos frequentemente,
Lambedura: de mucosa ou pele lesada. 
OBS: Mais raramente por inalação de aerossóis (cavernas). 
→ Período de incubação: extremamente variável, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no homem, e de até 10 dias e 2,5 meses no cão. Depende de:
Idade do hospedeiro: quanto mais jovem mais curto, uma vez que o sistema imunológico ainda está desenvolvimento, sendo menos imunocompetentes;
Local da penetração: quanto mais inervado e mais próximo do SNC, mais curto o período de incubação;
Tipo de agressão: feridas grandes e profundas, menor o PI;
Cepa do vírus: no mesmo genótipo de vírus existem cepas mais agressivas;
Carga infectante: quanto maior menos o PI e dependendo da carga se muito baixa não causa a doença.
→ Período de transmissibilidade: cães e gatos - a elimina~]ao do vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do inicio dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença (morte entre 5 a 7 dias após os sinais clínicos começarem). Período de observação do animal agressor é de 10 dias, pois se ele morrer dentro desse período ele estava transmitindo o vírus no momento da agressão, sabendo se o animal estava eliminando o vírus neste momento (corresponde aprox. ao período de transmissibilidade), determinando o tratamento antirrábico da pessoa agredida, sendo necessário ou não o tratamento antirrábico da pessoa que foi agredida pelo animal. 
PEGR IMAGEM NO SLIDE
→ Patogenia: vírus na lesão é inoculado, e se multiplica na musculatura (período crítico para a profilaxia da doença), pela sinapse nervosa, via célula nervosa, alcança a medula, o tronco cerebral e SNC causando uma encefalite (sentido centrípeto), depois migra para os olhos, gl. Salivares (garante a continuidade – via de eliminação), e outros tecidos. A encefalite leva a uma agressividade e por isso consegue ser infectado para outro indivíduo sem contato com o ambiente, onde ele morreria. 
Diagnóstico: 
Clinico-epidemiológico: desuspeição. Formas: furiosa (carnívoros, ppl.), paralitica (herbívoros, PP.) e muda (atípica). 
Anatomopatológico: sem alterações macroscópicas (exceto congestão SNC). Histopatologia: permite evidenciar os corpúsculos de Negri, intracitoplasmáticos, nos neurônio (aumento da validade preditiva positiva, sem validade preditiva negativa). Se der positivo, pode-se afirmar que há a doença, se der negativo não pode-se afirmar que não há. 
Laboratorial: MATERIAL:
Animais domésticos: cabeça do animal suspeito, encéfalo inteiro ou fragmento de ambos os hemisférios (córtex, cerebelo, hipocampo, tronco encefálico e medula espinhal na parte cervical). Animais de pequeno porte podem ser enviados inteiros para o laboratorio. 
Animais silvestres: se forem pequenos, enviar o animal inteiro (para identificação da espécie, como morcegos, gambás, saguis e outros). 
CONSERVAÇÃO:
Isopor com gelo (sem contato com o material) e com identificação. 
BIOSSEGURANÇA: técnico responsável para colheita da amostra de estar imunizado e sempre usar os EPIs (luvas, jaleco, máscaras, óculos protetor) e instrumentos adequados á colheita da amostra (pinças, tesouras, arco de serra, bisturis, etc).
→ Técnica padrão ouro: imunofluorêscencia direta (IFD). Resultado em 24 horas. Isolamento: prova biológico: inoculação em cérebro de camundongo recém-nascidos. Resultado em 21 dias. 
→ Profilaxia humana: 
Pré-exposição: indicada para pessoas expostas permanentemente ao risco de infecção. Com a vacina de cultivo celular. squema: 3 doses. Dias de aplicação: dias 0,7,28. Controle sorológico: 14 dias após a última dose. Títulos maior ou igual a 0,5 UI/ml de anticorpos nautralizantes são satisfatórios. 
→ Profissionais de maior risco – laboratório de raiva, atuação com animais silvestres, especilamente morcegos e onde ocorre epizzotias de raiva > sorologia a cada 6 meses. Situação de risco menor > uma vez ao ano. Titulo menor 0,5 UI/ml aplicar doses(s) de reforço (s) e repetir a sorologia. 
Continuando não-reagente ... pegas slide. 
Pós-exposição: varia conforme: 
Tipo de agressão (natureza, localização e extensão);
A espécie do animal agressor (cães e gatos; silvestres);
As condições de saúde do animal (saudável, suspeito, doente); 
A possibilidade de observação (cães e gatos); 
Os hábitos e procedência (cães e gatos). 
→ OBS: a indicação para profilaxia não sofre influência do estado vacinal do animal agressor, ou seja, ser vacinado não quer dizer que o animal não tenha raiva. 
→ Animal de baixo risco epidemiológico: os seguintes roedores e lagomorfos (áreas urbanas ou animais de criação) são considerados como de baixo risco para a transmissão da raiva e, por isto, não é indicado tratamento profilático da Raiva em cassa de acidentes, exceto se comprovado o risco. Recomenda-se a profilaxia do tétano e, caso necessário, antibióticoterapia. 
→ Classificação dos acidentes: PEGAR NO SLIDE
→ Profilaxia da raiva Animal: 
Cães e gatos: 
Programa de vacinação anual (MS): cobertura maior de 80%. 
Vacinação a partir de 30 diass de idade, 
Revacinação anual;
Não há contra-indicações. 
Outras medidas:
Controle de populações animais em áreas urbanas, 
Projetos de guarda responsável e castração voluntaria. 
→ Animais de pecuária: 
Vacinação voluntaria dos animais;
Controle de populações de morcegos hematófagos (em regiões enzooticas) – pasta vampiricida no morcego ou animal. 
→ Controle do foco de raiva animal em area urbana: PEGAR SLIDE
Bloquear o foco: capturar o animal raivoso e os animais agredido por ele, vacinar cãe s e gatos em domicílios.

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