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MEU TCC OFICIAL 06 11 2017. (1) (1)

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CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ELOINA RODRIGUES DE OLIVEIRA
A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL ENTRE O GOVERNO DE MOÇAMBIQUE E ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS: “A ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE” 
Rio de Janeiro
Dezembro/2017
ELOINA RODRIGUES DE OLIVEIRA
A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL ENTRE O GOVERNO DE MOÇAMBIQUE E ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS: “A ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE” 
Monografia apresentada à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Relações Internacionais.
ORIENTADOR: Prof. Marco Antônio Quinião Manquian
Rio de Janeiro
Dezembro/2017
Dados internacionais de catalogação-na-Publicação (CIP) [quando tiver concluído a escrita da monografia, pedir na biblioteca do campus que seja feita a ficha. Ver como solicitar esta ficha no Guia do TCC. Não se esqueça de apagar estas informações em vermelho) 
S586. SANTOS, Edson Arantes. O Gol nas Copas Internacionais. Rio de Janeiro, 
 2015
34f.
Trabalho monográfico (Graduação em Relações Internacionais) – Universidade Estácio de Sá, 2015.
Bibliografia: f.41-42
1.Política Internacional. 2.Comercio Exterior. 3.Arbitragem Internacional.
								 CDD38
ELOINA RODRIGUES DE OLIVEIRA
A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL ENTRE O GOVERNO DE MOÇAMBIQUE E ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS: “A ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE” 
Monografia apresentada à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Relações Internacionais.
 Aprovada em Dezembro de 2017
BANCA EXAMINADORA
Orientador Prof. Marco Antonio Quinião Manquian
 Mestre em Relações Internacionais PPGRI/ UFF
Prof. Emir Bosnic
Prof. Fernando de Alvarenga Barbosa
Doutorando em Direito Internacional e Relações Internacionais UNIVERSIDAD DE BURGOS/ESPANHA
O Deus, que nos criou e foi criativo nesta tarefa. Para minha família, pelo apoio a todas as minhas escolhas, pelo amor incondicional e por me deixarem livre para fazer as minhas escolhas.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela força e iluminação durante o processo não só dessa monografia, mas pelas escolhas feitas por mim até agora. Este trabalho é o resultado de um esforço em que muitas pessoas tiveram uma participação fundamental. Gostaria de agradecer e dedicar este projeto mais do que especial a minha família porque eles foram a minha principal fonte de inspiração para chegar até aqui e que com todos os seus ensinamentos me tornaram a pessoa que eu sou hoje. 
 Desde o inicio da faculdade tive a honra e a felicidade de ter ao meu lado pessoas que me inspiraram a ser alguém melhor, a buscar mais e que hoje mais do que amigas, se tornaram irmãs para a vida. A Emanuela Regados, Annie Reis Menezes, Gabrielle Bosco Fontes e Valdete Borburema agradeço a amizade, amor e apoio incondicionais que vocês me deram, pelos puxões de orelha, risos, lágrimas, incentivos, dicas e comentários feitos na hora certa.
 
Aos queridos amigos do HFSE em especial a Kelly, Simone, Elisângela Marília, Lu e Arlindo por toda a paciência, dicas, carinho e por acreditarem na minha capacidade.
A Superintendência da Mulher em especial a Glaucia pela sua inestimável ajuda durante este trabalho.
Aos muito amados professores do curso de Relações Internacionais que conseguiram transmitir os seus ensinamentos com extrema dedicação, abnegação e dignidade fazendo com que eu me apaixonasse cada dia mais por esse mundo de conhecimento que me foi ofertado. Com vocês aprendi mais do que se possa imaginar. A todos que fizeram e ainda fazem parte da minha vida dedico o meu profundo amor e gratidão.
O dia mais belo: hoje
A coisa mais fácil: errar
O maior obstáculo: o medo
O maior erro: o abandono
A raiz de todos os males: o egoísmo
A distração mais bela: o trabalho
A pior derrota: o desânimo
Os melhores professores: as crianças
A primeira necessidade: comunicar-se
O que traz felicidade: ser útil aos demais
O pior defeito: o mau humor
A pessoa mais perigosa: a mentirosa
O pior sentimento: o rancor
O presente mais belo: o perdão
o mais imprescindível: o lar
A rota mais rápida: o caminho certo
A sensação mais agradável: a paz interior
A maior proteção efetiva: o sorriso
O maior remédio: o otimismo
A maior satisfação: o dever cumprido
A força mais potente do mundo: a fé
As pessoas mais necessárias: os pais
A mais bela de todas as coisas: O AMOR!
Madre Teresa de Calcutá
RESUMO
	
A presente Monografia tem o objetivo de analisar o casamento infantil em Moçambique com base na Teoria dos Regimes Internacionais. 
Keywords: Human Trafficking; Traffic of women; International relations; International politics, International Cooperation, Palermo Protocol, UNODC , Mercosur
ABSTRAC
This monograph is intended to analyze the Trafficking of Women in MERCOSUR based on Liberal institutionalism theory of Robert Keohane The UNODC- United Nations Office on Drugs and Crime reports that Brazil is one of the countries that are most affected on the issue of Human Trafficking in order to be the point of origin and transit for the majority of trafficked victims. This work also shows on cooperation measures adopted by the Mercosur countries. An important weapon in combating trafficking is also the Secretary of Policies for Women Presidency of the Republic that is known as a reference in the work to combat violence against women and aims to strengthen gender equality policies in our country and help women who are in any kind of violence.
Keywords: Trafficking of Women,Not-Governamental Organization. International relations. International Politic, Mercosur
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Gráfico mulheres casados por províncias 	27
Figura 2 – Gráfico porcentagem de casamento entre zona rural e urbana	38
Figura 2 – Gráfico um estudo de Forças e fraquezas e oportunidade de mulheres casadas	46
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
CDH Comissão de Direitos Humanos
ENPCCPM Estratégia Nacional de Prevenção e Combate dos Casamentos Prematuros em Moçambique
UNICEF 
SUMÁRIO
CAPITULO I – A COOPERAÇAÕ INTERNACIONAL NO CONTEXTO DA TEORIA DOS REGIMES INTERNACIONAIS
1.1. Os atores internacionais no contexto da nova governança mundial ......................
1.2. Aspectos conceituais das Organizações Nao-Governamentais..............................
1.3. A cooperação internacional governamental e não-governamental.........................
1.4. A cooperação internacional no contexto da teoria dos regimes internacionais......
CAPITULO II – OS ANTECENDENTES DO COMBATE AO CASAMENTO INFANTIL EM MOÇAMBIQUE
2.1. O problema do casamento infantil em Moçambique...............................................
2.2. Antecedentes do combate ao casamento infantil em Moçambique........................
2.3. O papel do governo no combate ao casamento infantil em Moçambique..............
2.4. A importância das ONG nos projetos de combate ao casamento infantil..............
2.5. A contribuição das Organizações internacionais nos projetos de combate ao casamento infantil...........................................................................................................
CAPITULO III – O PROJETO DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL DO GOVERNO MOÇAMBICANO “ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE” 
3.1 Características do projeto ENPCCPM......................................................................3.2 A participação da UNICEF no projeto ENPCCPM...................................................
3.3 A importância da ONG Girls not Bride no projeto ENPCCPM..................................
3.4. Análise dos resultados parciais do projeto..............................................................
CONCLUSÃO	42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	43
INTRODUÇÃO
	
Segundo as Nações Unidas no Brasil, o casamento prematuro é uma pratica que percorre estadas, culturas, religiões e raças. Esse ato ocorre tanto na África Subsaariana, como na América Latina, Caribe, Oriente Médio, Norte da África, e em algumas comodidades da Europa e América do Norte. 
Além disso, há de expressar-se com os resultados provocados pelo casamento infantil, e suas conjunturas como consequência para as crianças e adolescentes que sofrem diretamente com a cultura deste meio. Apresentando as causas mais relacionadas, como a pobreza e a resolução sociocultural.
A partir do trabalho a seguir, houve-se uma pesquisa baseada sobre os esforços para conter essa prática, apresentando a Estratégia Nacional de Prevenção e Combate dos Casamentos Prematuros em Moçambique, lançada em 2016 e com término em 2019, com a ajuda da sociedade civil e com a larga cooperação internacional junto das ONGs. 
Com referências como a ONU, UNICEP, Coligação para a Eliminação dos Casamentos Prematuros (CECAP), e a Girl Not Brides, que estão na luta para eliminar essa realidade que representa um problema de saúde pública e violação extrema dos direitos humanos, com um alarmante crescimento na África Subsaariana em Moçambique. 
 Moçambique é um dos países ao nível mundial com as taxas mais elevadas de prevalência de casamentos prematuros, afetando cerca de uma em duas meninas, evidenciando desta maneira a grande violação dos direitos humanos sofrida. Esta situação influencia negativamente os esforços para a redução da pobreza. Assim como também aumentam a natalidade, e a mortalidade destas meninas, que engravidam e deixam de frequentar a escola.
O trabalho que se segue, expressa os impactos que os casamentos prematuros podem gerar, deixando traços extremamente negativos para a saúde e o bem-estar das adolescentes, em Moçambique e no mundo. As consequências à saúde das meninas, geralmente esta ligada à gravidez precoce, como fístula, desnutrição e mortalidade materna e infantil.
No capítulo I será mostrados os atores junto com os regimes internacionais com a perspectiva dos Direitos Humanos e do institucionalismo Neoliberal de Robert Keohane, a cooperação entre os atores na crescente governacia mundial, descrevendo sobre o papel das Organizações governamental e Não governamental.
O capítulo II irá expor a problema com suas causas, e as consequências que essas crianças enfrentam no dia a dia. Evidenciar os desafios pela enfrentados pelo governo e a sociedade cível. De que forma as ONGs estão engajado nessa dificuldade para entra soluções combates dessa luta do casamento infantil como as ONGs. 
E por fim no capítulo III será demonstrada a Estratégia Nacional de Prevenção e Combate dos casamentos Prematuros em Moçambique junto com o governo e as ONGs, apresentar as características dessa estratégica seus objetivos que se espera ser alcançado.
As informações necessárias ao desenvolvimento do tema proposto foram buscadas prioritariamente através de pesquisa bibliográfica e fontes secundárias, como livros, sites, artigos e dissertações, e consultas a publicações da área, além de periódicos nacionais e internacionais. Como diferentes órgãos governamentais ONU e UNICEF, e nas organizações não governamentais, como ONGs.
. 
CAPITULO I – A COOPERAÇÕ INTERNACIONAL NO CONTEXTO DA TEORIA DOS REGIMES INTERNACIONAIS
“A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. ” (Carta da Terra)
O objetivo do presente capítulo é analisar os a cooperação dos atores internacional governamental e não governamental sob a perspectiva da Teoria do Institucionalismo Neoliberal de Robert Keohane e elencar os principais conceitos relacionados com este fenômeno
Os Atores Internacionais no Contexto da Nova Governança Mundial
Segundo (MARQUES, 2008) aparte do século XXI as relações internacionais mostram se diferentes das do inicio do século XX, Durante o século anterior notou se profundas mudanças no cenário internacional. Aquele padrão de Vestfália apoiado no sistema de Estados Soberanos que se preocupava exclusivamente pelos assuntos de segurança internacional, fraquejou e sem seu lugar nasceram emaranhados de ralações muitos variação. Nesta situação, o Estado deixou de ser o único ator internacional e passou a compartilhar o palco das relações internacionais com outros atores.
Tendo em vista a Conferência Rio+20 o FNGM (Fórum para uma nova Governança Mundial) argumento, ordenar fóruns multi-atores planejados por filiais, base de uma governança mundial eficiente:
• Constituir conjuntos geopolíticos na escala regional 
• Elaborar um Índice de Governança Mundial 
• Instituir um Tribunal Internacional do Meio Ambiente 
•Constituir uma força armada mundial, baseada no voluntariado, independente dos Estados, regida pelo direito internacional. 
• Promover à escala local as redes industriais e de serviços, articulados aos níveis regionais e transnacionais por um sistema de moedas regional. (MUNDIAL, 2011)
Como se organizar? Como se organizar de maneira justa e sustentável? Como governar de maneira eficiente? Tais são as perguntas, simples no início, que atormentam filósofos, juristas e teólogos desde a Antiguidade. Tais são as perguntas que os povos e responsáveis políticos tentam há muito tempo resolver, os segundos com respostas diversas vezes diferentes dos primeiros. Que tenha sido na Grécia Antiga, na grande Pérsia, na Índia, na China unificada, ou nos impérios asteca e inca, para citar alguns, a busca da melhor organização política constituiu e constitui a base de toda reflexão sobre a governança, e a fortiori sobre a boa governança. (MUNDIAL, 2011)
Para Hans Morgenthau, um dos mais importantes teóricos do realismo político, autor de Política entre as Nações (1948), teve uma grande participação nas essências cooperação e criação dos seis princípios que resume essa importante tradição doutrinária: 1) A política, assim como toda a sociedade, obedece leis objetivas, que são fruto da natureza humana; 2) O que possibilita a compreensão da política internacional pelo realismo político é o conceito de interesse definido em termos de poder; 3) O realismo dá ao conceito de interesse definido na forma de poder uma validade universal, o qual se define como o objeto fundamental da teoria política internacional ou da teoria das relações internacionais; 4) O realismo sustenta que os princípios morais universais não podem ser aplicados aos atos dos Estados em sua formulação abstrata e universal; 5) As aspirações morais de uma nação em particular não se identificam com os preceitos 16, 6) A esfera política possui uma autonomia, não permitindo que seja subordinada a outros critérios que não os políticos. ( M O R G E N T H A U, 2003)
Com o deslocamento dos eixos de poder do mundo, as relações entre os países modificaram-se e, em decorrência, também o papel das instituições de ensino superior dentro e entre eles. Governos, empresas, instituições e pessoas passaram ater no conhecimento o grande referencial para planejar o seu futuro. Ampliou-se,como conseqüência, a missão da universidade [...] que produz e socializa o conhecimento científico, o vetor de expansão, de qualificação e, mesmo, de manutenção de sua atividade primordial. ( STALLIVIERI, 2002)
Segundo (ARAÚJO, 2011) a governança global esta proporcionando a excursão de uma nova cadeia de atores que está modificando as relações internacionais ao distancia o poder antes restrito somente aos Estados soberanos. A cidade vem fazendo o papel de um desses novos atores e sua ação emredes, que liga vários municípios do mundo inteiro em grupos ambos com interesses mútuos, está conseguindo grande ênfase no cenário internacional. Essa atuação tem sua importância na compreensão do fenômeno da governança global.
Aspectos conceituais das Organizações Não-Governamentais
Segundo (TENÓRIO, LEMOS, ROZENBERG, & FREITAS, 2005) as ONG´S (Organizações Não Governamentais) nasceram da necessidade de atender as populações mais necessitadas já que o Estado não conseguia suprir essa carência.
“ONG”, ou “Organização não Governamental” – expressão antiga, que nasce na ONU no pós-guerra mas nunca foi muito usada por aqui, seja em contextos políticos, ou sociológicos – é um termo que vem ganhando de poucos anos para cá visibilidade pública. De assunto para iniciados, passa recentemente a aparecer nos jornais, virar tema de trabalhos acadêmicos a figurarem debates nos meios intelectuais brasileiros. (LANDIM, 1993)
Para Korten (apud Kisil, 2000, p. 144) existem três gerações de ONGs, e as mostra da seguinte maneira. (AGUIAR & MARTINS, 2004) 
• Geração um: foram estabelecidas com o objetivo de prestar assistência e bem-estar, em resposta a situações de emergência;
• Geração dois: eram organizações de desenvolvimento local em pequena escala, que foram estabelecidas baseadas na teoria de que a melhoria sustentável no nível dos pobres depende do aumento de sua capacidade em alcançar suas próprias necessidades, com seus próprios recursos; e
• Geração três: são criadas como parte de sistemas sustentáveis de desenvolvimento, nos quais o autodesenvolvimento depende de sistemas que unem organizações públicas e privadas, integrando as iniciativas locais num meio ambiente de apoio para o desenvolvimento. OBs: deixa conforme o autor ou não? 
 (...) organizações existem para produzir bens e prestar serviços. Sua sobrevivência depende de atenderem às expectativas de seus clientes e proprietários, de encontrarem a melhor forma de realizar o trabalho necessário à produção desses bens e à prestação de serviços, bem como de aproveitarem da melhor forma possível os recursos de que dispõem. Sendo assim, o que garante a sobrevivência da organização é uma gerência comprometida com a eficiência, à eficácia e a efetividade (TENÓRIO, Gestão de ONGs: principais funções gerenciais, 2009).
Segundo (NETO, 2003) o ECOSOC, (O Conselho Econômico e Social das Nações Unidas) em fevereiro de 1993, criou um grupo de trabalho "ad hoc", no qual foi concedida jurisdição para fazer uma correção do modelo existente e estruturar referente a um novo ordenamento status consultivo, com essas novas alterações nota se um convívio entre a ONU e as ONG. O comportamento em país com regimes democráticos concede permite às ONG apresentar se mais ativo e influentes nas comunidades internacionais.
Artigo 71º da Carta das Nações Unidas que:
O Conselho Econômico e Social poderá entrar nos entendimentos convenientes para a consulta com organizações não governamentais, encarregadas de questões que estiverem dentro da sua própria competência. Tais entendimentos poderão ser feitos com organizações internacionais e, quando for o caso, com organizações nacionais, depois de efetuadas consultas com o Membro das Nações Unidas no caso. 
(REPÚBLICA, 1945)
 
De acordo com (NADER, 2007) São muitos provações para um maior engajamento das ONGs, entres eles podendo citar:
 (1) o difícil processo de obtenção de status consultivo para aquelas que ainda não o possuem; 
(2) os altos custos financeiros e a falta de disponibilidade de quadros para participar das sessões em Genebra; 
(3) a falta de capacitação sobre o funcionamento e modos de ação no CDH; 
(4) a falta de acesso à informação, incluindo as barreiras linguísticas e. 
(5) a dificuldade em enxergar benefícios concretos dessa participação para o trabalho do dia-a-dia em seus países de origem.
Conforme (TENÓRIO, Gestão de ONGs: principais funções gerenciais, 2009). Uma Organização não pode ter desfeito se não houver uma organização. É muito importe que organize o trabalho a ser exercido e designar atribuição e responsabilidade e estabelecer formar de trabalhos de forma que possa garantir que o objetivo seja atingido.
Segundo (GIFFONI, 2010) observando as FTs (Forças transnacionais) particularmente uma por uma, as ONGs retrata forcas da sociedade civil, criatura sem fins lucrativas que pode ser locais, regionais ou mundiais, sustentando caráter privado, espontâneo e solidário. Seus valores são comuns e busca a conscientização, em determinadas áreas como o meio ambiente e os direitos humanos, ações comunitárias. No contexto das ONGs mais apresentadas podem ser citadas a Cruz Vermelha, o Greenpeace, a Anistia Internacional, o Human Rights Watch e a Fundação Mata Atlântica, o Banco do Povo, e assim por diante.
As Companhias Multinacionais ou Transnacionais (CMNs ou CTNs) são empresas de atuação global em inúmeros Estados, do qual a sede fica localizada em um fixado país de origem.  Quando se estabelecem em pais fora da sua origem, passa a seguir as regras daquele determinada Estado e atua sobre tudo na aqueles países menores, a política interna destas nações por conta de questões tributárias e financiamentos. Para os Estados mais poderosos, demostram, mesmo que indiretamente, fontes de poder brando.
Os Grupos Diversos da Sociedade Civil refere se a sindicatos, Igrejas, Partidos Políticos, Máfias, Grupos Terroristas.
Segundo (BARRETO, 2017) toda Organização Internacional tem um objetivo, do mesmo modo a diferença e que cada um tem o seu objetivo com as mais variáveis. Como por exemplo a ONU, tem um objetivo genérico que luta apara manter a paz entre as nações. E tem organizações que tem os objetivos muito preciso, como a UPI (, (União Postal Internacional), que tem como objetivo regularizar o tráfico de correspondências internacionais. Esta organização falam as regras de como um Estado manda para outro uma correspondência internacional. Tem mais de 500 Organizações Internacionais, cada uma exercendo o seu papel, algumas são completamente soberanas das outras. Por exemplo, a OEA,
1.3. A cooperação internacional governamental e não-governamental
De acordo com (PEREIRA, 2014) a definição de cooperação vem passando por diversas transformações no passo que a sociedade evolui. Para que essa modificação aconteça é preciso que se faça regularização dessas relações entre os atores internacionais. Durante os anos muitas surgiram muitas novidades no campo relações internacionais, podemos ressaltar a alteração da Liga das Nações para Organização das Nações Unidas no final da 2° Guerra Mundial. 
A Visão de políticos diplomatas e analistas de relação internacionais supõe que cooperação entre Estados implica, necessariamente, alho bom ou para o bem. Isso se deve, segundo Leticia Pinheiro, em grande parte ao fato de se entender por cooperação o movimento pelo qual os atores juntam seus comportamentos às preferencias de outros mediante um processo de cooperação politica, a fim de reduzir consequências negativas para ambos (MILNER apud PINHEIRO, 2000, P.305, levando, portando, a que o observador suponha que a cooperação seja sempre benéfica para as partes evolvidas). Embora tal suposição possa estar correta, isso não significa que o fim pelo qual se coopera seja necessariamente um bem para s coletividade, ainda que haja essa percepção por partes dos que trabalham para sua realização. Também não significa que a cooperação seja sempre espontânea (PINHEIRO, 2000, p. 301-302). (PAIN, 2005)
Segundo (OLIVEIRA C. , 2013) nos últimos anos, a partir da crise do welfare state, as Organizações Não Governamentais – ONGs foram apontadas por agências interestatais internacionais e governos nacionais como individua que devem entidades que devem operar no confronto de questões sociais.[1: welfare state - Estado de Bem Estar Social é baseado em uma ideia de que o homem possui direitos indissociáveis a sua existência enquanto cidadão, estes direitos são direitos sociais. Com essa ideia,todo o indivíduo tem o direito, desde seu nascimento, a um conjunto de bens e serviços que devem lhe devem ser oferecidos e garantidos de forma direta através do ESTADO, ou indiretamente, desde que o Estado exerça seu papel de regulamentar isso dentro da própria sociedade civil.]
A posição a partir da qual a maioria das ONGs passa a exercer suas atividades coloca uma série de desafios no que toca à formulação de projetos, captação de recursos de fontes governamentais e não governamentais, prestação de contas e todo o conjunto de práticas e procedimentos que diz respeito à estratégia e à gestão. Para responder a todos esses desafios, as entidades, especialmente as com origem em contexto da cooperação internacional ainda com relativa independência de recursos públicos, têm que passar por adaptações. A venda de serviços e a consideração de custos benefícios para analisar suas intervenções passam a ser exigências frequentes. Nesse movimento das ONGs é exigida a incorporação de critérios empresariais de gestão, o que coloca muitas dessas organizações diante do dilema de se adequar às mudanças, assumindo e executando programas sociais de assistência, em parceria com o Estado, captação de recursos com entidades privadas ou por meio da venda de serviços – assessorias, consultorias etc. Mas, em face de tudo isso, existem a experiência prévia da organização e os laços com movimentos sociais e outras instituições que compõem a sociedade civil que não podem ser desfeitos sem a perda de identidade. (OLIVEIRA C. , 2013)
Conforme (STEIL & CARVALHO, 2016)quanto aparece as ONGs, sua relação principal era o contexto internacional, das organizações de natureza mundial, que pretendiam criar lugares institucionalizados, que pudessem garantir a paz entre as nações através do diálogo e da cooperação econômica. Essa cooperação tinha como dever realizar dois planos: 1- Ajudar os países devastados pelas guerras (Plano Marshell) 2 nos programas de combate à pobreza (Aliança para o Progresso). Os dois afirmavam em nome da paz, assim estender esse modelo democrático para os países devastados pela Segunda Guerra Mundial e para as nações aliadas do Terceiro. Esse meio afetivo tornou possível com o surgimento das ONGs.
Assim, se uma primeira geração de ONGs esteve associada ao contexto desenvolvimentista dos anos de 1950, como um momento de expressiva atuação de “entidades não-governamentais sem fins lucrativas” no desenvolvimento local de comunidades, a segunda geração tem como principal referência as políticas européias para o desenvolvimento da década de 1970. Estas políticas envolviam tanto fundos governamentais de assistência oficial, quanto a rede de organizações de cooperação internacional, formada por fundos de cooperação não-governamental para o desenvolvimento social. Estes fundos não-governamentais provinham sobretudo das Igrejas cristãs, movidas por valores como caridade, missão e solidariedade, mas também de entidades não-confessionais da sociedade civil, que foram forjadas a partir de uma mentalidade "terceiro mundista", voltadas, num primeiro momento, para o apoio aos processos de descolonização dos países africanos e asiáticos e depois para a redemocratização dos países do Sul. (STEIL & CARVALHO, 2016)
Conforme (TORRONTEGUY, 2011) as ONGs embora não sejam apontadas como sujeitos dá direito internacional, do direto internacional público pela literatura especializada em direito internacional consegue ser admitida como atores da relação internacional. Segundo Torronteguy os atores bilatérios e documentos de organização internacional estatais legitima a atuação de ONGs na cooperação internacional como potências parceiras.
1.4. A cooperação internacional no contexto da teoria dos regimes internacionais
Segundo as visões de Keohane sobre cooperação e harmonia nas políticas dos atores, revela se essencial que as ações de indivíduos ou organizações sejam levadas para algum meio de transação conhecido como coordenação de políticas na caçada do ajuste de seus comportamentos. (SARFATI, 2005).
Os institucionalistas, como Keohane (1989), são os herdeiros diretos da literatura sobre regimes e cooperação internacional da década de 80. Segundo eles, as instituições podem estimular a cooperação entre atores racionais egoístas na medida em que reduzem incertezas, diminuem o custo das transações, provêem informações e estabilizam expectativas, modificando assim a relação custo/benefício. (HERZ, 1997)
Para Keohane a cooperação acontece quando os atores estabelecem seu comportamento de acordo com a necessidade do outro por esse meio de procedimento de cooperação de políticas. (SARFATI, 2005).
Keohane considera as dificuldades que existem para coordenar a política sem uma hegemonia, contudo defende que a cooperação sem hegemonia é possível e pode ser facilitada por regimes internacionais. Quando interesses em comum são suficientemente importantes e condições chaves se encontram, a cooperação pode surgir e os regimes podem ser criados sem uma hegemonia. A teoria neoinstitucionalista só é relevante no sistema internacional quando os atores têm algum interesse mútuo. Apesar do sistema internacional ser anárquico, os Estados têm interesses complementares, onde certas formas de cooperação podem ser potencialmente benéficas.  Contudo, isso não significa que a criação de regimes é fácil e nem que os atuais regimes econômicos internacionais surgiram dessa forma. O argumento é que os regimes internacionais são mais fáceis de manter do que de criar. (METZNER, 2016)
De acordo com (COUTINHO, 2011), Robert O. Keohane, neo-liberal, em After Hegemony, investiga meios doa quais os países sejam capazes cooperar na falta de uma potência hegemônica capacitada de fixar às demais, e focalizar seu debate em dois aspectos importante do: a essência da cooperação e o papel funcionamento pelos regimes internacionais em adequar a cooperação. Dessa forma Keohane começa a diferenciar os tipos de cooperação, harmonia e discórdia (ou falta de harmonia).  Harmonia dar se a uma referindo-se a uma circunstância em que as políticas dos atores situação em que as políticas dos atores espontaneamente ajudam os demais atores a atingir seus objetivos. No momento que exista a cooperação torna-se desnecessária. Na discórdia, por outro lado, é um contexto em que governos enxergam as políticas alheias abusiva para poder atingir seus. Neste caso o governo muda sua política que mornamente quando isso acontece gera conflitos e quando não, leva a uma atitude de cooperação. A mudança de política pode inclui ou não barganha e negociação
Já para (Waltz, 1979; Grieco, 1993) os neo-realistas destaca que os atores se movimenta de acordo com a lógica dos jogos soma zero, ou seja, estão sempre atrás de ganhos relativos. Dessa forma a chance de cooperação são limitadas e o aliado de hoje devem ser vistas como o inimigo de amanhã. No enteando a formação de instituição não alteraria s estrutura do sistema e o por outro lado, a formação de uma rede de instituições internacionais não mudaria a estrutura do sistema, e adversidade da insegurança no requisito militar manteria relevante problema da insegurança no sentido militar mantém-se importante
Os neoliberais não assumem que acordos internacionais são facilmente alcançáveis e mantidos, mas que a habilidade dos Estados se comunicar e cooperar uns com os outros depende de construção de instituições que serão mais ou menos fortes em função do assunto e da época histórica. Portanto, o neoliberalismo está preocupado em investigar como as instituições afetam o comportamento dos Estado, e para isso, assume as seguintes premissas:
Os atores devem ter interesses em comum para poder cooperar ou seja eles devem perceber que tem algo a ganhar com a cooperação
O grau de institucionalismo exerce grande influência sobre o comportamento dos Estados. 
Conforme (ROCHA, 1999) há dois conjuntos de teoria dos regimes a primeira seria a de aproximação: teoria visualizada na base de localização dos gostos dos atores nosistema internacional, seja fazendo barganha entre os Estados, com destaque para perceber possíveis estruturas de ganho e para dimensão de permanência da cooperação entre os Estados, o que levaria a firma regras com base nas quais sua intenção possa ser mediada. Desse discursão está presente os autores teóricos como Keohane, Axelrod, Young, Osherenko, Zurn e o próprio Mayer. O outro conjunto seria a orientação de metateórico racionalista positivista definido pela existência atribuída as relações de poder, na formação dos regimes internacionais, com foco nos ganhos absolutos imposto pelos neoliberais. Desse ponto de vista, mais que negociados, os regimes ocorrem de forma que são impostos aos atores nas relações internacionais por aqueles que tem o maior volume de recursos de poder. Dessa forma, a atenção dos autores seguir para a teoria da estabilidade hegemônica e suas variantes (Kindleberger, Gilpin, Olson e, de forma analítica, o mesmo Keohane); para a ideia de que o poder é visto nesta ocasião como um meio de auxílios aos Estados para atingir seus objetivos (Krasner), ora como um fim em si mesmo (Grieco), sendo que, os dois casos, desempenham papel importante em seu estabelecimento e manutenção; em resumo, para um estudo realista das instituições internacionais, até mesmo os regimes.
Keohane define esta nova configuração pela existência de múltiplos canais de comunicação e negociação, que constituem diálogos entre diferentes membros de diversas agências e órgãos do governo, sendo que as negociações não necessariamente estarão restritas ao diálogo entre diplomatas, mas também entre empresas e organizações não governamentais (WÆVER, 1997).
 
CAPITULO II – OS ANTECENDENTES DO COMBATE AO CASAMENTO INFANTIL EM MOÇAMBIQUE
“Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. (Declaração Universal dos Direitos Humanos- Artigos 2° e 3°)
No presente capítulo será apresentado os antecedentes no combate ao casamento infantil em Moçambique da forma para preparar o discurso que virar no capitulo 3 sobre a o que se dar e as proporções do casamento prematuro.
2.1 – O problema do casamento infantil em Moçambique
Conforme (CAMPOS, 2105) as crianças com de 8 anos são levadas ao "campos do sexo" em Moçambique e na Zâmbia para conhecer particularidade sobre o casamento e, na situação das meninas, a atender seus parceiros. Por esses tipos de hábitos, Moçambique está em uma posição alarmantes no ranking do Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância. 
Em Moçambique existe um rosto de centenas de mães-crianças que vêem a sua "infância roubada" por casamentos prematuros, situação que está a sair do controlo das estruturas locais. As autoridades governamentais e de educação, estão preocupados com casamentos de crianças, as crianças são roubadas as infâncias casando em troca de dotes, em espécie ou dinheiro, provocando a sua desistência do ensino para cuidar de outras crianças, os seus filhos, e maridos. Em todos anos, as raparigas, menores de 14 anos, deixam de estudar porque ficaram grávidas ou tiveram que casar com homens escolhidos pelos parentes. (VICENTE, 2013)
De acordo com Maria José Arthur no boletim Outras Vozes, Moçambique está entre os países ao nível global, que tem um alto nível deste tipo de uniões entre adultos e crianças, ocupando 7º lugar na lista, depois do Níger, do Chade, do Mali, e Bangladesh, da Guiné e da República Centro Africana. A injustiça, a falta de investimento entre crianças de ambo os sexos, como nas áreas da saúde, nutrição e educação. Embora as meninas enfrentam mais dificuldades pela falta de oportunidades. ( Arthur, 2010) 
Segundo a Convenção Sobre os Direitos da Criança (aprovada na 44ª sessão da ONU, 1989 e ratificada pelo Conselho de Ministros, resolução nº19/90, no BR7, I Série, nº42, 23/10/1990), a criança é definida como todo o ser humano com menos de dezoito anos, excepto se a lei nacional conferir a maioridade mais cedo. Contudo, a compreensão social e cultural do que define uma criança em qualquer comunidade rural africana é mais complexa do que a questão de maioridade legal em si. (VICENTE, 2013). Artigo1º. Nos ternos do presente, Conversão criança e toda ser humano menos de 18 anos, salvo, se nos termos da lei que lhe for aplicável, atingir a maioridade mais cedo. (UNICEF, A Convenção sobre, 2004)
Conforme Mayke Huijbregts, chefe do Programa de Proteção da Criança do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) de Moçambique, esses laços têm efeito preocupante. Acrescenta que a essa união é extremamente prejudicial ao seu desenvolvimento e deixa a criança exposta ao abuso sexual e a contaminação de doenças como HIV/SIDA. Com o auxílio de Graça Marchel antiga ministra moçambicana e ativista dos direitos humanos junto com a UNICEF e outras agências das Nações Unidas e a sociedade civil moçambicana estão se mobilizando para condenar legalmente esta prática no país. (Minds, 2013) 
Os casamentos forçados em Moçambique resultam da combinação de costumes, como os ritos de iniciação nos quais as raparigas entre os 8 e os 12 anos são declaradas prontas para casar, e da pobreza que flagela a maioria dos moçambicanos, os problemas sociais e económicos acabam por estimular os pais a casar as suas filhas o mais cedo possível, para daí obterem proveitos financeiros. (PAULINO, 2014) 
Segundo IV Conferência Nacional sobre Mulher e Género por Albino Francisco a maiores dos pais que permitem que seus filhos tenham acesso à escola, tem um grau de escolaridade muito baixa ou são analfabetos (principalmente nas zonas rurais). Para a grande maioria parte dos pais que vivem zona rurais, a escola não é a solução possível. Aponta que as causas de casamento infantil em Moçambique são as práticas costumeiras presentes por exemplo, os ritos de início, o incesto, a poligamia, as leis costumeiras, o lobolo. Essas práticas têm colaborado fortemente a alta taxa de casamentos infantil em Moçambique. (FRANCISCO, 2014)[2: Lobolo é um costume cultivado até hoje no Sul de Moçambique. Segundo esta tradição, a família da noiva recebe dinheiro pela perda que representa o seu casamento e a ida para outra casa.]
Os casamentos prematuros são um flagelo social em Moçambique. Milhares de raparigas, principalmente nas zonas rurais do país, são vítimas desta prática nociva que afecta negativamente a sua sobrevivência e desenvolvimento, privando-as de ter acesso aos serviços de protecção, educação, saúde e outros, que garantam a realização dos seus direitos como crianças e raparigas. O combate aos casamentos prematuros em Moçambique ainda não tem sido uma prioridade nacional, na medida em que os diferentes instrumentos legislativos e de políticas existentes sobre a protecção da criança, não abordam, de forma específica e concreta, a questão do casamento prematuro como violação dos direitos da criança e da rapariga em particular, bem como não apresentam uma meta ou compromisso político para a sua eliminação. (FRANCISCO, 2014)
 
Para a Primeira-Dama da República, Isaura Nyusi os casamentos infantis são como um evento que deve ser lutado pelo seu fim. Afirma que é necessário ter o apoio da família para depois chamar a atenção da sociedade. E assim atingir todos elementos do meio em que vive. Ressaltou a posição essencial das mães que têm tido um papel fundamental em benefício das crianças na compreensão dos casamentos infantis, constantemente lutando com os pais, que em vez de educa lá preferem levá-las a uniões matrimonias prematuro muitas vezes promíscuas. (MOÇAMBIQUE, 2015)
A pressão económica exercida sobre os agregados mais pobres e as práticas socioculturais prevalecentes, continuam a conduzir as famílias a casarem as suas filhas cada vezmais cedo, quando as raparigas ainda não atingiram maturidade suficiente para o casamento e para a gravidez ou para assumirem a responsabilidade para serem esposas e mães. A maior parte das desistências escolares estão ligadas a gravidez precoce nas raparigas, numa fase do seu desenvolvimento físico e emocional em que elas ainda não se encontram preparadas para gerar uma criança, com consequências bastante sérias para a sua saúde e para a sobrevivência dos seus filhos. (UNICEF M. , 2015)
Segundo a Análise Estatística sobre os Casamentos Prematuros e a Gravidez Precoce em Moçambique: Determinantes e Impactos feito pela (UNICEF), o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) e a Coligação para a Eliminação dos Casamentos Prematuros (CECAP) cerca de 14,3% de mulheres entre os 20 e 24 anos de idade casaram-se antes dos 15 anos. As meninas em áreas urbanas despertam a matrimonio mais tarde, relativamente às meninas das áreas rurais. Nas zonas urbanas normalmente é de 19,6 anos, em oposição 18,2 anos nas áreas rurais. Entretanto, visto que IDS (Inquérito Demográfico e de Saúde) não tem dados sobre a data definida do afastamento da escolar, estas instruções não deixa indicar se, isto é, devido a ocorrência das meninas que já possuem umas educadas escolhem o matrimonio mais tarde ou se as que se casam mais cedo são obrigadas a deixar a escola também mais cedo. (SILVA-LEANDER, BASAK, & SCHNEIDER, 2105)
Fonte: (MOÇAMBIQUE U. M., 2015)
A figura acima mostra o número de mulheres entre 20-24 anos casada antes dos 15 e 18 anos, por províncias.
2.2 - Antecedentes do combate ao casamento infantil em Moçambique
Conforme (FERNANDES, 2016), mundialmente, inúmeros órgãos e organizações não - governamentais estudam o tema e buscam formas de conter o casamento infantil, com pesquisas e ações focadas principalmente nas regiões com maiores taxas proporcionais de casamentos envolvendo menores de 18 anos, como a África Subsaariana e o Sul da Ásia.
Segundo com Sebastião Paulino, diversas organizações em Moçambique e também internacional identificam o casamento infantil como uma ofensa aos direitos Humano e buscam formas de conter essa prática. (PAULINO, 2014) 
É encorajador ver mais líderes e legisladores africanos a tomar medidas para acabar com a prática prejudicial e abusiva do casamento infantil. Esta é uma questão de direitos, saúde, justiça e proteção que afetam meninas e mulheres individuais, suas famílias e sua comunidade em geral. Os governos de todo o continente devem agora trabalhar duro para educar a população em geral e erradicar esta prática de uma vez por todas. (ANNAN, 2016) 
De acordo com a Nyaradzayi Gumbonzvanda, embaixadora da Boa Vontade da UA (União Africana). Essa união prematura é constantemente justificada sob a ilusão dos costumes e protegido em muitos países da África. (Maputo, 2016) 
"Não podemos continuar a nos esconder atrás da cultura. As pessoas não são impotentes contra sua cultura. Cultura e tradição são feitas e propagadas por pessoas. Portanto, é dentro do poder das sociedades para mudar a cultura e as tradições que são prejudiciais a grandes secções do seu povo. Criança e "casamentos forçados" são contra a lei, e um ato criminoso em muitos países. Está na hora das sociedades de toda a África promoverem os aspectos da cultura associados aos direitos humanos e aos interesses das mulheres e das raparigas. É assim que podemos acabar com o casamento infantil. (GUMBONZVANDA, 2016)
Para os especialistas (LISBOA, et al., 2016) da World Vision Moçambique, destaca que as esposas adolescentes em sua grande maioria, não tem o domínio de suas vidas e assim são dependentes de seus esposos sem poder tem acesso aos direitos básicos como a saúde, educação. Acrescenta que elas não estão prontas nem corporalmente, nem emocionalmente formada para se tornarem donas de casa e mães. Dessa forma a sociedade sente o choque em um sistema que despreza a subestima a cooperação das mulheres jovem na sociedade delimitando sua capacidade. Desse modo, o casamento infantil escoa países de novidade e de seu progresso que poderia ser inovação e de um potencial que poderia prosperar. Reforça a desigualdade de gênero e viola os direitos humanos. Havendo esse tipo de pratica a comunidade internacional não consegue conquista o seu tratado no Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para reduzir a pobreza mundial. 
“Uma mulher é fonte de várias energias. Se reinventa, se posiciona muitas vezes em silêncio. Uma mulher é capaz de fazer as crianças estudarem, comerem, mesmo em situações de muita dificuldade. Elas têm que ser influenciadoras em todos os níveis”. (MACHEL, 2017).
 Conforme (FERNANDA, 2106) Em Moçambique, como na Somália ou na Índia, os inquéritos dos casamentos involuntários e das gravidezes antecipadas ainda é um grande duelo, embora tendo existido trabalhos para progredir esse quadro de garotas no país.
2.3 - O papel do governo no combate ao casamento infantil em Moçambique
 
 Governo Moçambique, junto a sociedade civil e Nações Unidas, introduzi um projeto “Rapariga Biz” com o suporte da Suécia. Esta aplicação ajudará em média 1,1 milhões de adolescente entre 10-24 anos nas províncias de Nampula e Zambézia. O programa tem a função de atuar em vários níveis e foi planejado para erradicar todos os graus de projetado para combater todos os níveis de preconceito contra as mulheres que são a mais propensa. Isto mexe com costumes habituais, como casamento prematuro, a agressão sofrida por elas, a miséria, e a ausência de oportunidades económicas. O programa abraça a comunidade e toca no valor para deixar que o adolescente permaneça na escola. (UNFRA, 2016)
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em Moçambique, apesar de grandes esforços por parte de governo, sociedade civil, organizações não-governamentais (ONGs) e outras organizações de caráter comunitário, as informações referentes a violações dos direitos da criança, como trabalho infantil, tráfico, exploração sexual e outras são escassas devido à natureza sensível de tais tendências. No entanto as provas disponíveis recolhidas por meio de vários inquéritos e estudos apresentam um quadro preocupante. ( BARTOLOMEU, SAIBO PEREIRA, & MUTISSE, 2008)
A UNICEF defende que é preciso acabar a cultura do silêncio para pôr fim ao episódio dos casamentos prematuros, que também preocupa o Governo de Moçambique. O abandono e a pobreza estarão a impulsionar muitas crianças moçambicanas para casamentos involuntário, para que dessa forma possam garantirem o seu sustento. Uma situação que agrava a sua vulnerabilidade. (Minds, 2013) 
O Governo, as organizações de cooperação, a sociedade civil, organizações de base comunitárias e outros intervenientes devem em conjunto planificar iniciativas e estratégias que atraiam as potenciais candidatas a casamentos prematuros, bonificando os seus estudos com material escolar e outras necessidades, caso os seus pais ou encarregados de educação se manifestem indisponíveis para pagar as despesas, uma das desculpas mais comuns para "atirar as filhas para casamentos" por elas indesejados. (VICENTE, 2013)
Para combater essa adversidade, os governos Moçambicanos, com ajuda da ONU e de organizações civis, publicaram em abril de 2016 uma estratégica de atuação junto a sucessão de objetivos com a expectativas de serem completados nos próximos três anos a Estratégia Nacional de Prevenção e Combate aos Casamentos Prematuros. De acordo com Erika Miranda, profissional especialista em proteção à criança do UNICEF Moçambique, os básicos alvos abrangem uma formação de um meio positivo para à diminuição prospera e a irradicação do casamento intátil. As atitudes são apoiadas por organizações não governamentais, equipe religiosos de várias fés, rádios comunitárias e líderes comunitários. Essa união sensibiliza a sociedade como um todo é muito importante para assumir o país livre da prática dos casamentos infantis. (LISBOA, et al., 2016)
Um dos desafios do governo deMoçambique e da Coligação para a Eliminação dos Casamentos Prematuros, plataforma que une cerca de 40 organizações nacionais e internacionais de defesa dos direitos da criança, é convencer comunidades tradicionais a mudarem os ensinamentos nos ritos de iniciação sexual após a primeira menstruação. Muitas meninas menstruam com apenas dez anos e, depois da cerimônia, são vistas como prontas para casar e ter filhos. O objetivo é convencer os líderes comunitários e os pais a esperar o amadurecimento das meninas e mantê-las na escola. (LISBOA, et al., 2016)
De acordo Michael Addaney os governos africanos precisam adotar e pôr em prática mecanismos de proteção legal e social voltados para a educação das meninas. Alguma legislação existe, mas já é tempo de ser aplicada. Por exemplo, os governos devem respeitar o artigo 10 da Carta da União Africana, protocolo sobre direitos das mulheres, para assegurar que elas tenham dinheiro suficiente para a educação das meninas. (ADDANEY, 2016)
A Assembleia da República aprovou a Lei Sobre a Proteção da Criança em abril de 2008, que determina que nenhuma criança pode ser sujeita a tratamento negligente, discriminatório, violento, abusivo e cruel, nem ser objeto de qualquer forma de exploração ou opressão pelos seus pais, familiares, amigos, professores ou quem quer que seja (6). Igualmente Moçambique ratificou vários instrumentos internacionais e regionais de direitos humanos relacionados com a proteção das crianças:
• Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças;
•Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher; 
• Convenção sobre a Proibição e Ação Imediata para a Eliminação das Piores Formas de Trabalho Infantil;
• Convenção sobre a Idade Mínima para Admissão ao Emprego; 
• Carta Africana sobre os Direitos do Homem e dos Povos; 
• Carta Africana sobre os Direitos e Bem-estar da Criança.
 ( BARTOLOMEU, SAIBO PEREIRA, & MUTISSE, 2008)
Conforme (LUTXEQUE, 2016) a primeira-dama moçambicana, Isaura Nyusi em uma visita que fez a Nampula (31.05), mostrou que podemos desistir de lutar pelo diretos das crinas. "O nosso Governo tem estado muito atento à criança, e todos nós. Claro que temos muitos desafios pela frente, e temos que trabalhar todos juntos". (NYUSI, 2106)
2.4 - A importância das ONG nos projetos de combate ao casamento infantil
No Dia Internacional da Mulher O Programa Global UNFPA-UNICEF para acelerar as ações para acabar com os Casamentos Prematuros. Esse programa mundial que tem abrangência em cinco planejamento, abrange o ingresso das meninas a educação, a comoção da família e das comunidades a respeito dos males dessas uniões forçadas, um crescimento económico para as famílias, um amparo ao reforço na execução das que determina a idade de menina de os 18 anos para o casamento. Cita que as meninas que são casadas prematuramente são a mais focalizada a ficarem exclusa da escola e passar por agressão doméstica, sexual. Como seus corpos ainda não estão prontas para gravidez com complicações acabam morrendo. Gerando um impacto negativo na economia e gerando um ciclo de pobreza. (UNICEF, NOVA INICIATIVA EM VÁRIOS PAÍSES VAI PROTEGER MILHÕES DE RAPARIGAS DE CASAMENTOS PREMATUROS - UNICEF / UNFPA, 2016)
"Escolher quando e com quem se casar é uma das decisões mais importantes da vida. Cada ano, os casamentos prematuros negam à milhões de raparigas esta escolha. Como parte deste programa global, vamos trabalhar com os governos dos países com uma alta prevalência de casamentos prematuros, para defender os direitos das adolescentes, de modo que as raparigas possam alcançar o seu potencial e os países possam atingir as suas metas de desenvolvimento social e económico." (Dr. Babatunde Osotimehin, 2016) 
A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Sendo uma organização mundial que se dedica exclusivamente às crianças. Trabalhando diretamente com os governos nacionais e organizações locais em programas de desenvolvimento a longo prazo nos setores da saúde, educação, nutrição, água e saneamento que e também em situações de necessária para proteger as crianças vítimas de guerras e outras catástrofes. Atualmente, trabalha em mais de 190 países no mundo. Com ótimos resultados nessas aeras, sobrevivência e desenvolvimento infantil, educação básica e igualdade de género, VIH/SIDA e as crianças, proteção infantil, promoção de políticas e alianças. Contribuirão largamente para o respeito pelos direitos da criança na sua universalidade. (UNICEF, 2017) 
Reafirmamos nossa obrigação de tomar medidas para promover e proteger os direitos de todas as crianças, ou seja, de todos os seres humanos com menos de 18 anos, incluindo os adolescentes. Estamos determinados a respeitar a dignidade e assegurar o bem-estar de todas as crianças. Reconhecemos que a Convenção sobre os Direitos da Criança o tratado de direitos humanos universalmente mais ratificado na história e seus Protocolos Facultativos contêm um conjunto amplo de normas jurídicas internacionais para proteção e o bem-estar das crianças. Também reconhecemos a importância de outros instrumentos internacionais relevantes para as crianças. (ASSEMBLÉIA & Geral, 2002) 
Conforme o UFPA (Fundo de População das Nações Unidas), para pôr um fim à prática do casamento infantil é importante eliminar os mitos que envolvem esses costumes. A ONU também esclarece que uma em cada três meninas nos países em desenvolvimento casa antes de completar 18 anos. A agência conta que apenas em 2015, 13,5 milhões de crianças, a maioria meninas, vão se casar antes dos 18 anos, e estipula que 4,4 milhões estarão casadas antes do seu décimo-quinto aniversário. Representando 37 mil casamentos por dia. O UFPA esclarece que essa pratica não acontece somente em "países africanos pobres e muçulmanos". Mas que decorre em todo o mundo sem diferença de culta e religião até mesmo em países ricos nas Américas. (ONU, 2015) 
Iniciamos iniciativas importantes que resultaram em um marco legislativo que permite criar um ambiente onde o direito e oportunidade para crianças sejam fortalecidos. Temos quadro legislativo forte com uma estratégia nacional contra o casamento prematuro que acaba de ser apoiada pelo governo e que nos permite de dar continuidade este trabalho a nível nacional a partir de 2016". (CORSI, 2015)
Segundo a organização Humana Rights Watch (HRW), Mesmo com vários tratados envolvendo os direitos humanos da mulher e das adolescentes, ativos pelos Estados africanos, aonde retifica que a idade mínima para o casamento deve ser os 18 anos. Mas o continente permanece mostrando altas taxas de casamento prematuro. Solicitou aos governos africanos que associe atitudes junto com chefes, para ampliar leis e a conscientização pública para eliminar o casamento prematuro. (Luza, 2015)
“Não há uma solução única para acabar com o matrimônio infantil. Os governos africanos devem comprometer-se a realizar uma mudança integral, que inclua uma reforma jurídica, assim como o acesso à educação de qualidade, à informação e aos serviços de saúde sexual e reprodutiva” (ODHIAMBO, 2015)
Conforme (MAQUITELA, 2104) A Coligação para a Eliminação dos Casamentos Prematuros (CECAP), que junta Organizações da Sociedade Civil (OSC) Internacionais e ONG’S que atuam no campo de refúgio da criança, realizou conferia em Maputo a conferência Nacional da Rapariga que corre o título de “Emponderando as raparigas e inspirando mudanças para eliminar o ciclo de violência”. Esta tem o realce advocacia para a perceber os diretos das mulheres e proporcionar esse debate no nível comunitário mostra as dificuldades enfrentadas por elas. Apresentando planos no confronto individual quanto institucional.
2.5 - A contribuição das Organizações internacionais no combate ao casamento infantil
Segundo (GUEVANE, 2014) reuniu se em uma cerimônia realizada em Maputo, aonde estiveram presente vários grupos em proteção aos direitos humanos e das mulheres; as organização destacaram as dificuldades encarada pelo grupoem todo o país. Muitas ONGs que trabalham operam em Moçambique uniram se Fundo da ONU para a Infância, Unicef, e ao Fundo das Nações Unidas para População, Unfpa, no suporte uma convenção sobre os assuntos em defesa da mulher.
 	
O ICRW foi uma das primeiras organizações a realizar pesquisas e se envolver em advocacia em torno do casamento infantil. Esta pesquisa não só explorou os impactos do casamento infantil, mas também as causas e práticas recomendadas para prevenir o casamento infantil. A ICRW também explorou a melhor forma de apoiar as meninas que já são casadas. Nossa pesquisa foi projetada para entender melhor o escopo, as causas e as consequências do casamento infantil, a fim de encontrar soluções efetivas para prevenir a prática em vários contextos culturais diferentes em todo o mundo.[3: ICRW - International Center for Research on Women - Centro Internacional de Pesquisa sobre Mulheres]
Colaborando com parceiros locais, criamos programas efetivos que trabalham com meninas e meninos, suas famílias e suas comunidades para atrasar o casamento. Nós avaliamos projetos e programas para determinar como e por que eles funcionam. Usamos nossa pesquisa para educar os formuladores de políticas nacionais e internacionais sobre a necessidade urgente de liderança e ação para prevenir o casamento infantil. As Nações Unidas e os formuladores de políticas nos Estados Unidos confiaram na pesquisa da ICRW para informar a criação e melhoria de políticas e práticas, bem como para construir intervenções mais bem sucedidas para prevenir a prática e incluir meninas que já estão casadas na programação em vários setores. (LYRIC, Thompson, MINCHEW, & CLEMENT, 2017) 
Em 11 de outubro de 2012 houve uma declaração conjunta de um grupo de especialistas em direitos humanos das Nações Unidas para marcar o primeiro Dia Internacional das Meninas, aonde reconhece o direito ao livre e pleno consentimento para o casamento. (ONUBR, 2012) 
A Organização das Nações Unidas define violência contra mulheres como “qualquer ato de violência baseado no gênero do qual resulte, ou possa resultar, danos ou sofrimento físico, sexual ou psicológico para mulheres, incluindo a ameaça de tais atos, coerção ou privação arbitrária da liberdade, que ocorra, seja na vida pública ou na vida privada. "A violência pode ocorrer em diferentes fases da vida de uma mulher: pode começar antes mesmo do nascimento, com a decisão de aborto em função do gênero; durante a vida de uma menina, com aumento da mortalidade infantil feminina, abuso infantil, mutilação genital feminina, casamento infantil e tráfico infantil; e na fase adulta, com a violência do parceiro, estupro marital e assassinato em nome da honra. (SAKHONCHIK, et al., 2015) 
Para chamar a atenção no Dia Internacional das Meninas, ONG norueguesa promove casamento falso entre menina e homem adulto, para conscientizar os direito das crianças no mundo. Com a personagem Thea, uma personagem de criada pela ONG norueguesa Plan Norway. Com o intuito de conscientizar o mundo para um problema real. Parar O casamento é a história da meta Thea que, ao longo de um mês, tornou-se um ícone global na luta contra o abuso infantil. Governadores, celebridades de Hollywood, líderes de opinião e eleitores fortes em todas as equipes da sociedade norueguesa comprometeram-se a parar o casamento infantil. O Resultados da campanha era agregar conhecimento, e responsabilidade de participar da luta contra o abuso infantil. Isso resultaria em mais plainas e ajudaria a Noruega a desempenhar Noruega deve assumir um papel de liderança internacional na luta contra o abuso infantil. (International, 2014) [4: Thea é nome que foi dado a menina na campanha]
Genebra – “As meninas que são forçadas a se casar podem estar se comprometendo com um casamento análogo à escravidão para o resto de suas vidas. As meninas que são vítimas de casamentos servis experimentam servidão doméstica, escravidão sexual e sofrem violações de seu direito à saúde, à educação, à não discriminação e à liberdade contra a violência física, psicológica e sexual. (ONUBR, 2012) 
The Elders, criado por Nelson Mandela em 2007 que é um grupo de anceãs, teveram um impacto considerável através de sua iniciativa sobre casamento infantil, que começou em 2010 e nasceu do compromisso de fundação de trabalhar em igualdade das mulheres. O casamento infantil foi negligenciado e, em alguns lugares, um tabu de direitos humanos problema causando danos sociais e econômicos generalizados. (Elders, 2017)
O casamento infantil é um flagelo global. As noivas das crianças correm maior risco de sofrerem uma má saúde devido a ter filhos em idades extremamente jovens, terem mais filhos ao longo de sua vida, sofrendo taxas maiores de violência de parceiro íntimo, abandonando a escola, ganhando menos ao longo de sua vida e vivendo na pobreza em maiores taxas do que mulheres que se casam em idades passadas. As noivas-crianças são desempregadas de forma a privar-lhes o direito à saúde básica, à educação e à qualidade de vida, que afeta seus filhos, famílias, comunidades e nações. (JONES, 2017)
A instituição Girls Not Brides acredita que a mudança social não pode ter êxito sem o envolvimento da comunidade. Os colaboradores trabalham juntos para melhorar e fortalecer os esforços para acabar com o casamento infantil a nível comunitário, local, nacional e mundial. 
Todas as meninas devem ter o direito de decidir livremente se, quando e com quem querem casar. Para que tal ideal se torne realidade, as intervenções têm de alcançar as metas do acesso à educação e a meios de sustento econômico e ir além destas, tendo como alvo as expectativas e atitudes sociais face ao casamento infantil. Ao desafiar normas sociais amplamente aceitas e engajar responsáveis-chave – como pais e lideranças religiosas e tradicionais – as intervenções devem abordar as questões de gênero e sexualidade, percebendo as meninas como seres humanos com valor intrínseco e sujeitos de direitos humanos inalienáveis. (LAURO, Giovanna, & GREENE, Casamento infantil: uma questão global, 2013)
 (ALCANTARA, 2016) Organizações internacionais buscam conscientizar as famílias para que os números de casamentos infantis diminuam, a educação é sem dúvida a melhor forma de prevenir, conjuntamente com leis e políticas que proíbam a prática, maior acesso ao registro de nascimento, acesso a informação e qualidade na saúde. Uma missão em Benim feita pelo Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA) demonstra como a educação e principalmente a alimentação foram medidas capazes de reduzir os índices do casamento infantil.
As noivas das crianças têm uma enorme necessidade insatisfeita de contracepção. Eles são vulneráveis ​​às complicações de gravidezes precoces, infecções sexualmente transmissíveis, fístulas e morte durante o nascimento da criança. As complicações relacionadas à gravidez e ao parto são a segunda principal causa de óbito entre 15 e 19 anos de idade globalmente. (ORANJE M. , 2017) 
Conforme o Dr. (DYALCHAND, 2015) do Institute for Health Management Pachod, na Índia viu pessoalmente os resultados ferozes sobre a saúde psicológica e fisicamente dessas crianças quando são casas na infância, esclareceu que essas crianças netão mais favorável para morrer no período de gestação ou no parto.[5:  Institute for Health Management Pachod - Instituto de Gestão da Saúde Pachod]
CAPITULO III – NA REALIZAÇÃO DA “ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE” É POSSIVEL A COOPERAÇÃO ENTRE O GOVERNO E AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAL. 
 
“Sei que devo modificar o ambiente pela força de meu espírito por que às preces aos deuses homens ou aos deuses mulheres, quer sejam feitas em voz alta ou silenciosa, as únicas respostas que se obtêm são silêncio absoluto.” (PAULINA CHIZIANE, 1992: 13)
O objetivo do capítulo a seguir é analisar a importância da implementação daEstratégia Nacional de Prevenção e Combate dos Casamentos Prematuros em Moçambique com a iniciativa o governo e sociedade civil junto com a UNICEF e Girl Not Brides cujo papel tem uma importância fundamental no contexto internacional de cooperação
3.1- Características do projeto ENPCCPM
No dia 11 de Abril de 2016, Moçambique anunciou a Estratégia Nacional de Prevenção e Combate aos Casamentos Prematuros. O programa foi autorizado junto a Governo de Moçambique e executado pelo Ministério do Género, Criança e Ação Social, em orientação com diferentes Ministérios, Organizações da Sociedade Civil e Parceiros de Desenvolvimento em Moçambique. (FAUVRELLE, MABEL VAN ORANJE VISITA MOÇAMBIQUE PARA MELHORAR OS ESFORÇOS NO COMBATE AOS CASAMENTOS PREMATUROS, 2016)
Com a aprovação da Estratégia Nacional para a Prevenção e Combate dos Casamentos Prematuros - 2016-2019, o Governo de Moçambique reitera o seu compromisso na implementação dos direitos e definição de acções prioritárias a serem implementadas pelas instituições do Estado, da sociedade civil, do sector privado, das Organizações Não Governamentais e demais intervenientes, visando o combate dos casamentos prematuros. (MOÇAMBIQUE R. D., ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE (2016-2019), 2015)
 Cidália Chaúque Oliveira, a ministra do Género, Criança e Ação Social de Moçambique renovou condição da abrangência da comunidade e na jornada da Estratégia de Prevenção e Combate dos Casamentos Prematuros seguindo pela regência. Ela ressaltou que a publicação do projeto tem a duração ate 2019, estará voltada para a comunidade. (ONU R. , 2016)
Os hábitos culturais não devem fazer parte do movimento de manutenção dos casamentos prematuros, pelo contrário, nós devemos usar os hábitos culturais para a sua redução. As nossas comunidades devem ser educadas para a manutenção da rapariga; envolvimento desta rapariga para desenvolvimento dos pais e não para encaminha-las para casamentos prematuros. (OLIVEIRA, 2016)
 O projeto consiste-se na Constituição da República de Moçambique de 2004, que descreve a igualdade de privilegio no meio de mulheres e homens em todos os âmbitos, e na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) aonde o artigo 2º, afirma que toda ser humano tem todos os privilégios e autonomia proferida na Declaração, sem diferenciação de etnia, cor, sexo, idioma ou crença. (MOÇAMBIQUE R. D., ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE (2016-2019), 2015). 
Artigo 2 
I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania. (DUDH, 2009)
Artigo 36 
(Princípio da igualdade do género)
O homem e a mulher são iguais perante a lei em todos os domínios da vida política, económica, social e cultural. ( MOÇABIQUE, 2004)
 A Estratégia Nacional de Prevenção e Combate dos Casamentos Prematuros, possuir um olhar: “Moçambique promovendo o respeito pelos Direitos da Criança e livre dos casamentos prematuros”. Para concretizar este olhar, ficou determinado como obrigação: “Promover um quadro socioeconómico e cultural para prevenir e combater, de forma progressiva, os casamentos prematuros”. (MOÇAMBIQUE R. D., ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE, 2015) . 
Figura 1 
Fonte: (MOÇAMBIQUE R. D., ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE, 2015)
Na figura acima mostra a porcentagem de crianças casada na zona rural e na zona urbana.
Segundo a ONG WLSA (Mulher e Lei na África Austral – Moçambique) O projeto carrega importantes apoio que são estabelecidos, como estruturas planejadas. (MOÇAMBIQUE M. , 2016)
Comunicação e mobilização social
Acesso à Educação de qualidade e retenção
Empoderamento das crianças do sexo feminino
Saúde Sexual e Reprodutiva
Mitigação/resposta e Recuperação
Quadro político legal
O plano tem a intenção de possibilitar um quadro de fatores sócio e educacional para cautelar a luta de forma amigável o crescimento de matrimonio infantil. Com uma finalidade abrangente de gerar um meio propício para conter esse crescimento e sua precaução. (MOÇAMBIQUE R. D., ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE, 2015).
Como princípios orientadores são definidos os seguintes:
Programação baseada nos direitos da Criança. Esta perspectiva tem como base os direitos da Criança e utiliza-os como padrão para analisar as violências, desigualdades e injustiças, desenvolver políticas, programas e actividades em todas as áreas, de forma a remover obstáculos identificados que limitam o gozo pleno dos direitos da Criança.
Participação da Criança. A participação e o envolvimento das crianças de ambos os sexos na prevenção e combate dos casamentos prematuros são imprescindíveis.
Participação. Participação da sociedade civil, lideranças juvenis, confissões religiosas, autoridades tradicionais, líderes comunitários, os/as mestres/as dos ritos de iniciação, família, médicos/as tradicionais (curandeiros/as) e matronas no combate aos casamentos prematuros.
Diálogo. O diálogo com todos os/as intervenientes é um mecanismo fundamental para aliar as comunidades, autoridades governamentais, os/as líderes religiosos/as e tradicionais e as mestras dos ritos de iniciação, na prevenção e Combate dos casamentos prematuros.
Envolvimento da Família e Comunidade. A família e a comunidade têm um papel importante na prevenção e eliminação dos casamentos prematuros.
Integração da perspectiva de género. A estratégia toma em consideração as desigualdades de género na vida social, económica, política e cultural e procura desenvolver intervenções que desafiem estas situações. A Estratégia reconhece também a importância de integrar as crianças do sexo masculino e os homens nas intervenções, visando a prevenção e combate dos casamentos prematuros.
Abordagem baseada na Comunidade: As acções de prevenção e combate aos casamentos prematuros devem estar baseados na comunidade.
Coordenação: As acções de prevenção e combate aos casamentos prematuros são multissectoriais e como tal requerem uma coordenação permanente com papéis e responsabilidades claramente definidos entre os diferentes actores. (MOÇAMBIQUE M. , 2016)
A Gerência de Moçambique ( MOÇAMBIQUE R. , 2015) adota a efetivar políticas no campo da Educação e Desenvolvimento Humano, das quais desejam somar o engajamento da menina. Eliminando a taxa de matrícula, Um crescimento de sala de aulas assim um acesso favorável das crianças, à educação, porém, permanece a instigação para garantir a permanência dessas meninas na escola. 
Linha estratégica: 
Garantir a frequência e a permanência das crianças, em especial das crianças do sexo feminino. 
1: Melhorar a qualidade, cobertura e acesso à educação primária, secundária e técnico profissional.
Objectivo estratégico
 2: Reduzir as limitações/dificuldades específicas das crianças do sexo feminino, em relação às crianças do sexo masculino, na escola, (assédio sexual, violência de género, segurança, gravidez, menstruação, atitude dos professores, regras da instituição) para aumentar o acesso das crianças do sexo feminino ao ensino primário e secundário. ( MOÇAMBIQUE R. , 2015)
Segundo a ENPCCPM, fatores ligados à desigualdade, exclusão, desigualdade e risco, estão colaborando para a predominância do casamento infantil, como também motivos culturais. Muitas meninas são vitimas de violência sexual e ao invés de levar aos tribunais preferemnão irem por motivo que podem ferir a vitima. Desta forma a maioria das famílias escolhe resolver como indenização ou casamento. As meninas principalmente necessitam de ferramenta de atribuição para romper essa prática do silencio e levando esses abusos aos superiores. Um dos objetivos da ENPCCPM melhorando o nível acadêmico de forma de delegação de autoridade para essas meninas. Linha estratégica: Estimular o envolvimento e a participação das crianças de ambos os sexos na prevenção e combate aos casamentos prematuros. (MOÇAMBIQUE R. D., ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE (2016-2019), 2015).
 Conforme a ENPCCPM, ao casar se a criança afasta se da escola e começa a encarregar se do papel de esposa. Assim sendo obrigada a cumprir seu papel de mulher na vida sexual com um homem mais velho do qual ela não escolheu. Esse abuso liga diretamente a sua dignidade e liberdade que influenciará negativamente na sua vida personalidade e seu futuro.
Linha estratégica: Reforçar a saúde sexual e reprodutiva das crianças do sexo feminino e masculino com acções que, aliadas a intervenções multissectoriais, permitem prevenir, mitigar e dar resposta ao casamento prematuro. . (MOÇAMBIQUE R. D., ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE, 2015)
A estratégica nacional tem a natureza abrangente e precisa do abraçamento de todos os departamentos da sociedade. Será realizado pelo PES (Plano Econômico Social). E todos os ministérios farão o seu papel junto com o campo privado e as organizações internacionais que também estarão sendo convocadas. A coordenação da execução ocorrera pelo Ministério do Género, Criança e Ação Social. (MOÇAMBIQUE R. D., ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE DOS CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE (2016-2019), 2015)
3.2 - A participação da UNICEF no projeto ENPCCPM
Para o UNICEF a autorização deste projeto simboliza um grande sinal para o país estudando o compromisso do governo Moçambicano nesta luta para eliminação do casamento infantil a um grau nacional. Liderado pelos ministérios Gênero da Criança e da Ação Social, da Justiça, Saúde e da Educação. (FAUVRELL, 2016)
O UNICEF apela a todos os comunicadores para se juntar à causa comum e ajudar a encaminhar a informação de prevenção e combate aos casamentos prematuros aos pais e outros prestadores de cuidados. Eles têm o direito de saber como eles podem ajudar seus filhos a crescer, desenvolver seu pleno potencial e não se casarem precocemente. Sabemos que o nível de conhecimento e educação, especialmente da mãe tem um impacto crucial sobre a ocorrência dos casamento prematuro de suas filhas. (CORSI, 2016) 
 
Segundo (FAUVRELL, 2016) o UNICEF tanto o UNFPA acredita que a transformação é possível, para demostra essa mudança começaram um projeto global para agilizar atuações na irradicação do casamento infantil, Moçambique é um do país escolhidos para o planejamento. Moçambique será orientado pela Estratégia Nacional para a Prevenção e Combate aos Casamentos Prematuros (2016-2019). Que tem como sustentação índices de achados conhecimento de outros projetos em outros países nos últimos anos que mostraram conhecimento adquiridos. 
O casamento prematuro gera normas que se tornaram cada vez mais difíceis de eliminar – normas que prejudicam o valor das nossas mulheres, Presidente da Comissão da União Africana, Nkosozana Dlamini Zuma. Através de uma maior consciencialização, aliada a uma abordagem de colaboração, os efeitos nefastos do casamento prematuro podem ser erradicados. (ZUMA, 2015)
De acordo com (FAUVRELL, 2016) e o UNFPA, o transtorno da gravidez na infância esta rigorosamente ligada ao casamento prematuro. Conceber uma criança ainda jovem simboliza um perigo para a saúde da mãe e da criança. Em Moçambique, cerca de 20% das mortes maternas decorrem em mulheres e adolescentes com menos 20 anos.
3.3 - A importância da ONG Girls Not Bride no projeto ENPCCPM
Segundo Fauvrelle, a Coligação para a Eliminação dos Casamentos Prematuros (CECAP) fez no dia 6 de junho de 2016, em Maputo, uma conferencia a respeito do casamento infantil no qual foi discutido a implantação da Estratégia Nacional de Prevenção e Combate aos Casamentos Prematuros. Teve presença da co-fundadora e Presidente do Conselho de Diretores da Girls Not Brides Mabel Van Oranje. (FAUVRELLE, MABEL VAN ORANJE VISITA MOÇAMBIQUE PARA MELHORAR OS ESFORÇOS NO COMBATE AOS CASAMENTOS PREMATUROS, 2016)
A Sr.ª Mabel, atual presidenta da Girls not Bride foi também chefia executiva do The Elders os anciãos, lideres mundial criado por Nelson Mandela para possibilita a paz os diretos humanos entre eles muitas vezes ignorados o casamento infantil. Com uma vasta experiência ela permitiu que a instituição crescesse global e atuasse em amis de 75 países, Inclusive Moçambique como pacto de eliminar essa pratica. (FAUVRELLE, 2016) 
Juntos somos mais fortes, se trabalharmos todos juntos iremos um dia eliminar os casamentos prematuros. Moçambique já deu um passo importante ao aprovar a nova estratégia nacional de combate aos casamentos prematuros (ORANJE M. , 2016)
Para a Sra. Mabel van Oranje, Presidente do Conselho de Administração da Organização Girls Not Brides: The Global Partnership to End Child Marriage, admite que o estímulo para a erradicação o casamento infantil precisa de uma serie de eliminar os casamentos prematuros vai exigir uma série de ação entre todos os envolvidos. (BRIDES, 2016)[6: The Global Partnership to End Child Marriage - A parceria global para acabar com o casamento infantil]
Erradicar o Casamento Prematuro não é nem fácil e nem rápido. Isso exigirá o empoderamento das raparigas e torná-las conscientes dos seus direitos. Envolve também, a prestação de serviços cruciais para as raparigas, tais como educação e saúde sexual e reprodutiva. Além disso, temos de sensibilizar as famílias e os líderes comunitários sobre as consequências prejudiciais do Casamento Prematuro. As Leis também precisam de ser harmonizadas para definir os 18 anos como a idade mínima para o casamento. (ORANJE, 2016)
 No decorres da visitação da Sra. Mabel van Oranje esteve com vários responsáveis que tem exercido uma parte fundamental para a precaução e irradicação do casamento infantil em Moçambique, especificamente a Ministra da Saúde; a Ministra do Género; Criança e Ação Social; o Ministro da Educação; a Presidente da Comissão do Género; dos Assuntos Sociais, Tecnologia e Comunicação da Assembleia da República; a Primeira Dama da República de Moçambique; também os representantes dos Parceiros de Desenvolvimento, por exemplo, UNICEF; UNFPA; Banco Mundial e uns das essências Doadores Bilaterais de Moçambique; jovens ativistas; e Organizações da Sociedade Civil perante administração ligada da CECAP - Coligação para a Eliminação dos Casamentos Prematuros. Ela compareceu a projeto com focas nas mulheres nos distritos de Manhiça e Cidade de Maputo. (BRIDES, 2016)
Moçambique tem mostrado um elevado cometimento no combate contra o Casamento Prematuro e o lançamento da Estratégia Nacional é um exemplo inequívoco desse compromisso para prevenir e combater o Casamento Prematuro”. Contudo, deve ser feito um trabalho conjunto e coordenado para assegurar que a estratégia seja adequadamente sustentada com fundos e recursos suficientes, incluindo um plano de acção concreto que assegure o alcance de progressos mais rápidos no combate ao Casamento Prematuro. As Organizações da Sociedade Civil tem sido actores chave neste processo. Estas trabalham no terreno e são, portanto, um actor chave que pode contribuir com soluções concretas para a eliminação do casamento prematuro. (FRANCISCO, Comunicado de imprensa, 2016)
 
O Sr. Albino Francisco Diretor Executivo do Fórum da Sociedade Civil dos Direitos da Criança em Moçambique (ROSC) e o coordenador da parceria nacional  Girls Not Brides Moçambique concluiu:
A adoção da estratégia nacional continua sendo motivo de celebração e deve inspirar

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