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A mãe inteira vive no leite materno

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“A mãe inteira vive no leite materno.” R. Steiner
	
O aleitamento materno é o significado do mais puro amor, que une dois seres numa única expressão. É a continuação do processo de nutrição, cuidado, proteção e calor que começam no útero e que se completa no seio materno. (Rabboni, 2002).
Após o nascimento, ocorrem transformações profundas na forma de existência de uma criança. Durante sua vida embrionária ela é envolta, protegida, aquecida e alimentada dentro do útero materno. Com o nascimento, esta relação intima é quebrada bruscamente e a criança vê-se entregue a si mesma. Ela tem de se adaptar as novas condições de vida do mundo físico. Assim, o leite materno é a ligação entre ele e seu antigo abrigo. (CAMPOS, 1995)
O ato de amamentar constitui, portanto, uma transição importante, efetiva e indispensável da vida intra-uterina para a existência pós-nascimento. O leite materno não representa apenas uma composição perfeita de substâncias nutritivas indispensáveis ao recém-nascido, mas carrega consigo também todo o calor materno que passa assim diretamente a criança. (CAMPOS, 1995).
Em uma visão antroposófica, através do ato da amamentação, todo ser materno flui, diretamente ao recém-nascido sem que haja entre ele e a mãe nenhuma interferência externa, ou seja, o leite materno não entra em contato com o mundo físico, ele flui diretamente de um organismo vivo para outro. Desta forma este ato permite que a organização vital da mãe, as forças formativas de sua organização para o Eu, fluam de forma bem especial ao novo ser.
. O leite além de ser a composição alimentar ideal para a criança, possibilita a transição do plano espiritual para o plano terrestre. Junto com ele o calor humano, físico e anímico que se manifesta no ato de amamentar vai formar o novo invólucro de segurança e proteção para a criança.
Rudolf Steiner ainda nos chama a atenção para o fato de o leite trazer em si as forças vitais cósmicas capazes de despertar pouco a pouco o espírito que dorme na criança. A amamentação é, por isso, considerada o primeiro meio de educação e o veículo para que o ser celestial se torne terrestre. Este período é um tempo sagrado de sublimes acontecimentos no que diz respeito à encarnação da criança e só passado algum tempo o educador (mãe, pai) será capaz de continuar atuando sobre a volição da criança de forma a despertar cada vez mais este espírito adormecido (consciência).
- Protege contra doenças, principalmente diarréias, alergias e infecções, sendo por isso considerado a “primeira vacina” da criança.
- O leite materno é digerido com mais facilidade e é melhor aproveitado que o leite industrializado. Além disso, a eliminação de seus resíduos não sobrecarrega o organismo do bebê, como acontece com o leite de vaca.
- É limpo e não contém micróbios, está sempre pronto e na 
temperatura adequada.
- Sugar o peito exige um grande esforço por parte da criança contribuindo para o desenvolvimento sadio do maxilar, correta formação da arcada dentária, boa deglutição, desenvolvimento posterior da fala e correta respiração.
- É a sucção do bebê que desencadeia e mantém a produção do leite, portanto, quanto mais ele sugar, mais leite será produzido.
- Não existe leite fraco. O leite materno é o ideal para o bebê e toda mãe é capaz de produzi-lo. Para isso a mãe deve ingerir muito líquido, cuidar da sua alimentação e do seu estado emocional. A tranquilidade e confiança da mãe em relação à amamentação parecem interferir decisivamente na produção do leite.
Segundo a médica e escritora antroposófica Gudrun Burkhard as peculiaridades do gosto do leite materno fará com que gradativamente se desenvolvam as papilas gustativas do neném. Ao contrário dos leites industrializados e preparados que revelam sempre o mesmo gosto, o leite materno apresenta uma diversidade de aromas e sabores à criança que, sendo assim, desenvolve maior disposição e abertura para experimentar novos alimentos futuramente.
5.3.1 O Desmame
O desmame também é muito importante e deve ser feito com calma e consciência pela mãe. A recomendação do Ministério da Saúde é que o aleitamento materno seja exclusivo até os seis meses de idade, podendo ser continuado até o segundo ano de vida ou mais, se assim a criança e a mãe desejarem. Para a antroposofia, o aleitamento materno deve ocorrer até os sete meses, podendo se estender até um ano, quando então a criança deve ser desmamada, pois do contrário ela se liga demasiadamente à corrente hereditária dos pais e da família. Essa ligação excessiva pode passar a satisfazer outras necessidades (por exemplo, emocionais) e dificultar que a criança desenvolva sua autonomia e capacidade de dar continuidade ao processo de apropriação do próprio corpo. Durante os sete primeiros anos a criança lida com uma importante tarefa, segundo Rudolf Steiner, que é a de transformar toda a constituição física herdada em uma nova constituição sintetizada a partir da sua própria força individual

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