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Direito Penal II Revisão Av1

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Revisão de Penal II – Av1
Concurso de pessoas:Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Art.29, CP. Em outras palavras, verifica-se quando duas ou mais pessoas realizam um determinado delito. Segundo Mirabete, é a ciente e voluntária participação de duas ou mais pessoas na mesma infração penal.
Algumas teorias para definir a responsabilidade dos agentes;
Teoria Pluralista- Um crime para cada participante, onde se identifica que crime cada integrante praticou (individualizada) sendo um para cada ;
Teoria Dualista- Estaria separada a responsabilidade dos agentes, sendo um crime para os autores e um crime para os partícipes;
Teoria Monista ou Unitária- Teoria adotada no nosso CP. Para essa teoria existe um único crime atribuído a todos aqueles que para ele concorreram, autores e partícipes, na medida de sua culpabilidade;
Teoria Temperada- Evolução da teoria monista. Todos respondem pelo mesmo crime, porém a pena do autor é maior que a do partícipe, apesar de ser unitária.
OBS: Há requisitos no nosso CP, como por exemplo, o crime de aborto, de teoria dualista, então ela é uma teoria matizada ou temperada conforme Luiz Regis Prado diz;
Requisitos para o concurso de agentes - Cumulativos
Pluralidade de agentes: Mais de um agente, e mais de uma conduta;
Relevância causal de cada conduta: Se de alguma forma a conduta venha colaborar com aquele delito, ou seja, precisa colaborar efetivamente. (empréstimo de uma arma para um homicídio e a armar ser utilizada na prática do delito) A conduta de cada um dos agentes precisa ter uma relevância no delito.
EX: A empresta a arma para B cometer um homicídio contra C, porém B usa outra forma para matar C. Tendo em vista que a conduta precisa ser relevante efetivamente para o delito, A não terá que responder criminalmente.
Vínculo Subjetivo (Consciência/estão acordados sobre o fato): Espécie de dolo é a necessidade de o agente ter consciência, algo acordado entre as partes;
EX1: A e B almejam o homicídio de C. Sem que saiba da existência um do outro, A e B atiram contra C. Para sua surpresa apenas um dos tiros atingem C. Ocorre que A e B responderam por tentativa de homicídio (121 	C/C 14). Não haverá concurso de agente, pela ausência do vínculo subjetivo, o liame subjetivo entre as partes.
Identidade de infração penal: Os sujeitos precisam cometer a mesma infração;
Questão
Há concurso de agentes em crime culposo?
R: Há uma divergência. Para uma corrente seria inadmissível, pois o dever de cuidado não se fraciona (Nilo Batista/Joques Tavares). Para a segunda corrente, apenas a coaltoria é permitida(Damase/ Mirabete/ Delmanto). Para uma terceira corrente só é possível pelo partícipe (Bitencourt/ Prato). Para uma quarta corrente é admissível tanto para a coautoria quanto para as participações. (Anibau Bruno/Greco/Nicco)
Crimes Unissubjetivos x Crimes Plurissubjetivos
C. Unissubjetivos, temos como exemplo o artigo 155°, CP (Furto) , Ele é unissubjetivo pois o artigo só prevê uma pessoa para esse delito.
C. Plurissubjetivos, artigo 288° (Quadrilha, mais de 3 pessoas), o artigo prevê crimes cometidos por 3 ou mais pessoas
Delito de Concurso Eventual: Estão relacionados aos crimes unissubjetivos (Onde só prevê uma pessoa)
Delito de Concurso Necessário: São os crimes plurissubjetivos( Onde se prevê no artigo 3 ou mais pessoas)
Autor
Somente quem pratica a conduta do núcleo é o autor;
Autoria em Concurso de agentes
Teoria Extensiva – Teoria já defasada. Acredita-se que todos são autores, todos que colaboram com o delito.
Teoria Restritiva–(ADOTADA PELO CP)Autor é aquele que pratica a conduta prevista no CP (tipo penal).
Teoria do domínio final do fato– Segundo esta teoria autor é aquele que exerce função tão relevante no delito que o leva a ter domínio sobre sua dinâmica, influenciando no “como” ou até mesmo, de interromper sua prática.
Coautoria:Presença de 2 ou mais autores, com participações importante, não se exigindo que todos sejam executores, com uma ligação direta da divisão de tarefas;
Haverá Coautoria- Quando houver reunião de vários autores, cada qual com o domínio de suas funções, de acordo com a divisão de tarefas.
Espécies
Autoria Mediata – Ocorre quando o agente se utiliza de um terceiro que age sem culpabilidade ou em erro de tipo (quando a falsa percepção da realidade faz com que o agente desconheça a natureza criminosa do fato) para praticar o ilícito em seu lugar. Pode- se dar Autoria Mediata em casos de:
Erro determinado por terceiro – Art.20 :Ex: Um médico troca o tubo da injeção por veneno e entrega a enfermeira para aplicar no paciente, sem que a enfermeira soubesse da existência do veneno, ela aplica a injeção no paciente. Estamos diante de um caso em que a autoria do médico foi mediata;
Coação Moral Irresistível – Art.22: Ex: O filho do dono de em banco é seqüestrado, e os bandidos pedem para que o dono do banco abra o cofre.
Obediência Hierárquica- Em estrita obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico.
Inimputável: Proveito de inimputáveis (menor, doente ...)
Autoria Colateral - Verificam-se quando duas ou mais pessoas colaboram em um delito, porém sem que uma saiba da outra, sem que haja Liame subjetivo, vínculo subjetivo, devendo cada uma responder pelo próprio delito.
Autoria Incerta – Quando na colateral não for possível identificar quem gerou o resultado. Não foi possível detectar quem produziu o resultado
Autoria Desconhecida- Quando não há suspeitos ou se houver não há como afirmar que foi um deles;
Participação ou Partícipe: É aquele que colabora com o delito sem praticar a conduta típica e sem ter o domínio do fato. Quepodem ser de diversas maneiras, como:
Participação Material (Auxílio): Auxílio propriamente dito contribui através de um comportamento ou de um empréstimo, esse auxílio tem de favorecer o fato principal. Ex: Empréstimo de arma, ceder informações, ficarem de vigia.
Participação Moral de Determinação (Induzir):Cria-se, da uma idéia criminosa na cabeça da vítima.
Participação Moral de Instigação: Ocorre a instigação quando o partícipe atua sobre a vontade do autor. Instigar significa animar, estimular, reforçar uma idéia já existente. Para que haja instigação é necessária uma influência no processo de formação de vontade;
OBS:Conivência: É quando o partícipe colabora com idéia que já existe na cabeça do autor,onde não é punível, salvo na Omissão Imprópria (GARANTIDOR), não se confunde conivência com instigação.
Definição da responsabilidade do partícipe segundo a conduta do autor
T. da Acessoriedade Mínima- Basta que a conduta do autor seja típica para o partícipe responder. (TEORIA NÃO ADOTADA)
T. da Acessoriedade Limitada- Basta que a conduta seja Típica+Ilícita. (TEORIA ADOTADA)
T. da Acessoriedade Máxima- Basta que a conduta seja crime+ilícito+culpabilidade;
T. da Acessoriedade Extrema- Crime + Culpabilidade
OBS: De acordo com Luis Flávio Gomes, a participação é acessória. Sem a conduta principal, não há que se falar em punição do partícipe. Quem é participe de furto executado por menor responde normalmente pelo crime, porque a conduta principal não precisa ser levada a cabo por agente culpável, bastando ser típica e ilícita, segundo a teoria da acessoriedade limitada, que é a adotada pelo CP.
Desvio Subjetivo de conduta ou Cooperação dolosamente distinta – Art.29 §2
Significa que os participantes não respondem criminalmente por aquilo que venha a ser praticado por um dos membros fora do combinado e de maneira imprevisível o que será imputado somente a este;
OBS: A jurisprudência vem entendendo que se o crime planejado for com violência ou grave ameaça, e caso ocorra um resultado mais grave previsível, este será imputado aos demais participantes.
Comunicabilidade das circunstâncias – Art.30
Os elementares se comunicam no concurso de agentes. (Elementares são os descritos no caput)
Art.30- Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Resolução art.30- Não se comunicam, significa dizer que não influencia na pena do outro no concurso de agentes.
Comunicam-se: As circunstâncias Objetivas. Respondem desde que entre na esfera de conhecimento dos participantes;
Circunstâncias Subjetivas: (Não se comunica) De caráter pessoal. (ex: Profissão, parentesco, motivo, qualidade pessoal, antecedentes, reincidência..)
Circunstâncias Objetivas: (Se comunicam) Referem-se a tempo, lugar, meio, qualidade da vítima (Velho, jovem, criança), tudo que desrespeita o fato
Concurso de Crimes
Configura-se quando o agente mediante uma ou mais condutas praticada dois ou mais delitos.
Quanto ao Cálculo da Pena- Sistemas
Cúmulo Material = SOMA (+)
Exasperação = Fração (1/2)
Espécie de Concurso de Crimes
Concurso Material - Art.69 = Configura-se quando o agente mediante duas ou mais ações pratica dois ou mais delitos idênticos ou não, fazendo com que as penas sejam somadas (Cúmulo Material)
Concurso Formal – Art.70= Ocorre quando o agente mediante uma só ação pratica dois ou mais delitos
Concurso Formal Próprio ou Perfeito= (Culpa+Culpa), Onde todos são culposos; (Dolo+Culpa) Erro de tipo quanto a execução, um dolo. Pega a maior pena(Preponderante) e acrescenta a exasperação.
OBS: No caso de um só dolo a jurisprudência entende como concurso formal próprio, pois a intenção do agente é voltada para um só evento.
Concurso Formal Impróprio= São dolos distintos, onde as penas são somadas (Intenções distintas).
Concurso Formal Impróprio= Os desígnios autônomos se referem a dolos distintos (intenções distintas), e nesse caso as penas serão somadas.
EX: Uma mulher que se vinga do marido, atingindo ácido no rosto dele, levando-o a morte o marido e a amante, e acidentalmente atingindo o garçom.
Responsabilidade: A mulher irá responder por Lesão Corporal Dolosa (art.129) e por Lesão Corporal culposa com a pena aumentada de 1/2 a 1/6
Crime Continuado – Art.71
Configura-se quando o agente mediante duas ou mais ações pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, desde que haja uma relação de identidade entre eles, considerando a pena do crime mais grave aumentada de um sexto a dois terços.
- Mesma Espécie: Trata-se de uma divergência, para uma corrente são aqueles que estão no mesmo tipo penal, pois espécie é diferente de gênero (Nucci/Damasio/René/Ariel Dolti), para uma segunda corrente seriam aqueles que ofendem o mesmo bem jurídico, pois diferem “idênticos ou não” (Bittencourt/Delmanto/Prado/Greco);
- Requisitos Objetivos: Tempo(30dias), lugar (mesmo espaço, mesmo município), e meio (mesmo meio usado).
Teoria da Pena
Espécies:
Pena Privativa de Liberdade
Pena Privativa de Direitos ou Pena Alternativa
Pena de Multa
Teorias Justificacionistas ou Fim da Pena
Teoria Absoluta: Conhecida como teoria retribuitíva, para essa teoria a pena seria a retribuição do mau causado.
Teoria Relativa: Conhecida como Teorias Preventivas da Pena, dividida em: Preventiva Geral esperando que a ameaça de uma pena, e sua imposição e execução, por um lado, sirva para intimidar aos delinquentes, e Preventiva Especial está direcionada ao delinquente castigado com uma pena. Têm por denominador comum a ideia de que a pena é um instrumento de atuação preventiva sobre a pessoa do delinquente, com o fim de evitar que, no futuro ele cometa novos crimes.
Teoria Mista:Essa teoria é a mistura da teoria absoluta + relativa, visa castigar, intimidar e ressocializar o condenado de forma que ele não volte a cometer o mesmo erro. Essa é a teoria adotada pelo nosso CP. Art.59.
Teoria Agnóstica: (Zaffaroni)- é um ato político
Teoria Garantista: (Ferrajoli)- Para essa teoria deveria ser substituída a vingança e limitar o poder executivo o estado.
Princípios
Dignidade da pessoa humana – Art. 1 do CR/8: Torna-se o elemento referencial para a interpretação e aplicação das normas jurídicas. O ser humano não pode ser tratado como simples objeto.
Principio da Legalidade – Art1º CP: Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 
Princípio da Personalidade: A pena não pode ultrapassar a pessoa do condenado, não pode existir outra pessoa cumprindo a pena pelo condenado. Salvo o pagamento de multa
Princípio da Proporcionalidade: A pena definida na lei ou na sentença deve ser proporcional a gravidade do delito.
Individualização da pena privativa de liberdade
Sistema Trifásico: Quando condenado, o sujeito passa por três fases:
Circunstâncias Judiciais - Art59 :Refere-se a Pena Base. A pena base sempre sai do mínimo legal (Preceito Secundário). Ex: furto, pena de 1 a 4 anos, pena base 1. As circunstâncias judiciais não possuem critério legal, ficando a critério do Juiz. 
Qualificadora: Trata-se de um tipo penal derivado que trás uma circunstância que torna o delito mais grave modificando a pena em abstrato e estando sempre na parte especial e por trazer uma nova pena mínima será esta a considerada na pena base.
Análise do Artigo 59º
Culpabilidade:É uma das circunstâncias para cálculo de pena, onde o Juiz irá avaliar o grau de reprovação da conduta, como por exemplo um crime premeditado (conhecimento dos costumes da vitima)
Maus Antecedentes: Tudo que venha ser deixado pela reincidência Ou seja, decorrido o prazo de cinco anos, por exemplo, do cumprimento da pena (período pela qual não se configura mais a reincidência), deixa o indivíduo de ser considerado reincidente, mas carregará ele em sua ficha de maus antecedentes.
Reincidência = Cr1 – Cond1- Tj1-Cr2
Pelo CP a reincidência é a prática de um crime, após o transitado em julgado da condenação por um crime anterior.
Deixa de se aplicar a agravante da reincidência quando o novo ilícito penal é cometido depois de 5 anos do término do cumprimento da pena, porém pode ser considerado como maus antecendêntes.
Maus antecedentes = Cr – TJ – 5 anos – Cr2
Personalidade – Conduta Social do sujeito: A conduta social deve ser uma expressão voltada para a personalidade do indivíduo que só pode ser analisada se tiver alguma relação com o delito. Circunstâncias e conseqüências do crime.
Circunstâncias Legais – Agravantes e Atenuantes: As circunstâncias legais não possuem um limite do quanto se agravam e do quanto se atenuam, e estão todas na parte geral.
Obs: Todavia, a doutrina e a jurisprudência vêm definindo um limite de 1/6 para agravar ou atenuar a pena.
É pacífico que as agravantes não podem levar a pena acima do máximo legal, porém há uma divergência quanto às atenuantes levarem à pena abaixo do mínimo; Para uma corrente não é possível em razão da súmula 231/STJ (Damásio/Nucci), porém para uma segunda corrente é plenamente possível para se atender a um critério de justiça. (Bittencourt/Delmanto/Greco/Prado). 
No concurso entre agravantes e atenuantes deve-se aplicar a preponderante (de maior peso, a mais forte), a qual é considerada dentre as subjetivas.
Art. 65 : Não se aplica a atenuante se a circunstância for uma causa de diminuição de pena. 
Relevante valor moral se refere a uma motivação pessoal moralmente compreensível, enquanto que o valor social se refere ao interesse de uma coletividade.
Análise do artigo 61 ( Se aplicado no homicídio, se qualifica e não agrava. Aplicado somente quando o sujeito não tem intenção de matar) = Não se agrava a pena quando as circunstâncias forem um elemento do tipo penal, uma qualificadora ou uma causa de aumento de pena, sob o risco de recair o bis-in-nidem (Ninguém pode ser julgado duas vezes pelo mesmo crime).
A. Motivo fútil é um motivo desproporcional, insignificante, banal. Um exemplo seria matar por receber uma fechada no trânsito. Motivo Torpe é aquele considerado como imoral, vergonhoso, repugnante. Um exemplo seria matar para receber uma herança.
Vantagem de outro crime, crimes de conexão.
Traição, como o abuso de confiança. Emboscada, como crime cometidos pelas costas, mediante dissimulação, enganar a pessoa, maquiara identidade, fingimento. (Não é aplicado em estelionato, onde se induz a pessoa ao erro).
Veneno pode ser qualquer substância Tóxica, onde também se configura lesão a saúde da pessoa. (129). Tortura, Lei 9.455/97, será aplicado a agravante na hipótese de lesão corporal que não caiba a lei9.445/97.
Contra Ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; 
Abuso de autoridade, a doutrina passou a entender que nesse caso, abuso de autoridade se dá em relação ao direito privado,e abuso de poder se dá em direito público.
Ministério (papa, pastor).. Profissão (Privado), exemplo advogado com crime de tergiversação, atuando para os dois lados.
Contra criança, 60 anos, enfermo ou mulher grávida, só se aplica a agravante se o agente souber desta circunstância e se utilizar desta para praticar o delito.
O ofendido estava sob a imediata proteção de autoridade, como o detento em custodia.
Se aproveitar de uma calamidade pública para se beneficiar. Exemplo, calamidade do Espírito Santo, furtos.
Minorantes e Majorantes: As causas de aumento e diminuição de pena estão tanto na parte geral quanto na especial e sempre definem o seu limite com base em uma fração. As causa de diminuição de pena também são chamadas de privilegiadoras. Em casos de diminuição de pena não se aplicam as atenuantes. 
Obs: Havendo concurso entre causas de aumento e diminuição ambas serão aplicadas em cascata, primeiro aumentando para depois diminuir. Sendo assim, vale ressaltar, que é pacífico que as minorantes podem levar a pena abaixo do mínimo legal, mas é divergente se as majorantes podem levá-las acima do máximo.
Pena Privativa de Liberdade
 Reclusão
Espécies = Diferença é a gravidade, penas de detenção são menores.
 Detenção
Na reclusão o condenado pode começar a cumprir a pena em regime fechado, semi-aberto ou aberto, enquanto na detenção o regime inicial só pode ser o semi-aberto ou aberto, indo para o fechado somente em regressão.
Caso o condenado seja reincidente é predominante o entendimento de que será submetido ao regime subseqüente.
Regimes – art.33,34,35,36
Fechado: Será cumprido em estabelecimento de segurança máxima ou média, devendo o apenado ter atividades durante o dia e ficar isolado durante a noite, podendo trabalhar fora, mas somente em obras públicas. Salvo o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado).
Semi-Aberto: Cumpre-se a pena em colônia agrícola ou industrial, podendo o apenado trabalhar ou estudar fora durante o dia, devendo retornar e permanecer no esbelecimento penitenciário a noite final de semana e feriados, nesse regime é onde se tem a possibilidade do preso sair, trabalhar e estudar em local privado.
Aberto: Cumpre-se em casa de albergado (segurança mínima) em que o apenado tem a plena liberdade durante o dia devendo retornar e lá permanecer à noite, final de semana, e feriado, ou em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico.
Obs: Na ausência de vagas em casas de albergado embora já houvera entendimento de se manter o apenado na penitenciária, hoje é majoritário que deve-se aplicar a prisão domiciliar, pois não se pode impor uma medida mais grave em razão de uma falha no estado. (STF/Bittencourt)
Progressão de Regimes
Progressão é a possibilidade de o condenado sair de um regime severo e ir para um mais brando, obedecendo aos requisitos legais. Sendo eles, cumprir parte da pena 1/6, em crimes hediondos cumprir 2/5 e 3/5 se for reincidente, e ter bom comportamento (Ausência de faltas disciplinares)
Regressão
Indo de um regime mais brando para outro mais severo em razão de faltas disciplinares.
Detração
É o desconto no total da pena correspondente ao tempo de prisão preventiva que o condenado cumpriu cautelarmente, havendo entendimento de que isto se aplica ainda que em processos distintos, desde que simultâneos. Como exemplo: Condenado cumpre 2 anos antes do trânsito em julgado, e é condenado por 10, irá então cumprir a pena de 8 anos. Ex2: Condenado responde por estupro cumpre 1 ano e logo depois é condenado por furto 8 anos, então irá descontar 1 ano, cumprindo somente 7 anos.
Remição
É o desconto de um dia da pena para cada 3 dias de trabalho ou 12 horas de estudo divididas em no mínimo 3 dias. A remição também é aplicada em prisão preventiva. 
- Limitação da Pena – art. 126, LEP
Limite das penas é 30 anos, onde se refere a execução da pena, 30 anos é o limite. Podendo para cálculos pode ultrapassar esse limite, sendo somente a execução com limite de 30 anos.
Com relação ao limite de 30 anos é majoritário que só deve ser utilizado para a execução da pena, enquanto que o cálculo para os demais benefícios deve ter como base a pena definitiva na sentença condenatória. (715/STF), porém há entendimentos de que isso violaria o princípio da humanidade das penas, e por isso seus demais benefícios devem ter como base 30 anos.
É possível que a pena ultrapasse 30 anos, desde que o crime seja cometido dentro da prisão, descontando a pena já cumprida e realizando uma nova unificação, mas sempre respeitando os limites de 30 anos.
Pena alternativa
Requisitos para Crime doloso: 
 Até 4 anos
Crime Doloso
 S/violência ou grave ameaça
Requisitos para crime culposo:
- No caso de culpa não há limite máximo de pena para se permitir a pena alternativa, assim como não há qualquer restrição se o crime tiver violência.
- Não ser reincidente de crime doloso: Não impede a pena alternativa se o crime anterior ou atual for culposo, se o juiz entender que é socialmente relevante ele poderá então aplicar a pena alternativa e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
Espécies de penal alternativa:
Prestação Pecuniária- art.45: Possui uma natureza indenizatória que deve ser paga a vítima, seus sucessores ou na falta desses, uma instituição filantrópica(caridade).
Prestação de outra natureza – art. 45: Refere-se a prestação de serviço a vítima sendo que neste caso se exige o consentimento desta, que pode concordar ou não, fazendo com que o juiz opte por outra pena alternativa. Ex: Condenado ser pintor, e pintar a casa da vítima, ou o condenado ser mecânico e reparar o dano.
Perda de bens e de valores – art. 45: Consiste na apropriação de bens do condenado, ainda que não tenham relação com o delito praticado, sendo definido pelo maior valor entre o ganho obtido e o prejuízo causado.
Prestação de Serviços a comunidade – art. 46: Consiste em atividades gratuitas em instituições que não visem o lucro, na ordem de uma hora de trabalho por dias de condenação, sendo livre a distribuição na semana.

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