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 Plano de Aula: Psicologia Aplicada ao Direito PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO TÃtulo Psicologia Aplicada ao Direito Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 11 Tema As Práticas "Psi" e suas Aplicações no Contexto JurÃdico. Ã�rea da Infância e Juventude Objetivos Ao final da aula , o aluno será capaz de Diferenciar o Código de Menores e o ECA, quanto ao adolescente em conflito com a lei Descrever as medidas sócioeducativas Explicar o processo de inclusão social de adolescentes que cometeram atos infracionais Compreender o trabalho do psicólogo no Juizado da Infância e Juventude. Estrutura do Conteúdo O Código de Menores e o Estatuto da Criança e do Adolescente - quanto aos adolescentes em conflito com a lei Medidas socioeducativas O processo de inclusão social dos adolescentes em conflito com a lei O trabalho do psicólogo no Juizado da Infância e Juventude O professor deverá apresentar para o aluno o Código de Menores , em seus aspectos princiapis e estabelecer diferenças entre este documento e o ECA. No Juizado da Infância e Juventude deverá ser apresentado ao aluno : as medidas sócioeducativas e suas aplicações. Além deste tema , deverá ser discutido com os alunos o processo de inclusão social destes adolescentes em conflito com a lei e o trabalho do psicólogo , nesta área. Aplicação Prática Teórica APLICAÇÃO PRÃ�TICA/ TEÓRICA TEXTO 1 ?... eu gostaria de contar uma interessante história que aconteceu há alguns anos com um ex-aluno de um pré-vestibular comunitário em que sou professor. Nascido em uma favela marcada pela violência, aos 16 anos ele se envolveu com um grupo criminoso que dominava a comunidade onde vivia. Tinha acabado de concluir, com muita dificuldade, o segundo grau. Andava armado e, conforme recentemente me confidenciou, fazia isso simplesmente pela sensação de poder que a arma trazia. Foi flagrado pela polÃcia e levado para um instituto de recuperação de menores infratores onde, face ao horror presente naquela verdadeira escola do crime, fugiu apavorado. Desesperado e começando a perceber os riscos daquela vida, ele, mesmo meio desconfiado e sem-jeito, aceita o convite de alguns amigos de infância e ingressa em um curso de pré-vestibular comunitário para carentes. Depois de um ano ele começa a mudar: Larga a vida que levava e começa a se dedicar à s aulas e ao projeto. Faz por três anos o pré-vestibular e, finalmente, alcança o sucesso nas provas ingressando em uma universidade. Hoje, formado e com um emprego, ele diz que não foram apenas as aulas de fÃsica e matemática que mudaram a sua vida, mas sobretudo as aulas de "cultura e cidadania", onde ele aprendeu a enxergar o mundo de forma diferente. Passou a perguntar o que ele podia fazer em prol da sociedade com a mesma intensidade que cobrava do Estado um papel de maior presença e atuação junto à s comunidades carentes. (...) Será que o meu ex-aluno teria conseguido ingressar em uma Universidade e ter a vida que leva hoje se tivesse sido condenado e jogado em uma penitenciária aos 16 anos? Provavelmente terÃamos mais um criminoso em nossa sociedade formado pelas grandes universidades do crime: As Penitenciárias e Casas de Detenção. Precisamos aproveitar o imenso desejo de justiça e de soluções efetivas que a nossa sociedade começa a exigir para realmente mudarmos o que está diante de nossos olhos, mas não conseguimos enxergar: A necessidade de priorizarmos a educação pública e o sistema prisional, em especial para os menores infratores, para que realmente recupere e forme os jovens.? Robson Campos Leite é Professor de Cultura e Cidadania do PVNC (Pré Vestibular para Negros e Carentes) Após refletir sobre as mensagens transmitidas pela charge de Angeli e pelo texto de Robson Campos Leite, responda as perguntas abaixo: 1 - Que razões levaram o Constituinte a estabelecer os dezoito anos como a maioridade penal? Levou ele em consideração a capacidade de discernimento do indivÃduo? 2 - Qual a diferença entre impunidade e inimputabilidade? É verdade que adolescentes que cometem atos infracionais não respondem pelo que fizeram? 3 - Qual a proposta do ECA para lidar com o problema dos jovens delinqüentes? Está este Estatuto totalmente implementado? Por quê? 4 - Cite duas razões jurÃdicas e duas razões psicológicas contrárias à redução da maioridade penal e dê uma sugestão para lidar com o problema. TEXTO 2 ?Há uma forma de olhar para as crianças e jovens que vivem nas ruas muito diferente daquela que nos leva a restringir o quadro a um grave problema social. (...) Esses meninos vêem na televisão, no vÃdeo, um mundo colorido, fantástico, ao qual não têm acesso. Poderiam se conformar e, com isso, teriam seu comportamento aprovado pela sociedade. Só que não se conformam, querem romper com isso. Mas o fazem sem orientação. Vão para a rua, para não serem vÃtimas de maus tratos em casa, ou para conquistar aquele mundo colorido que está tão longe.(...) A cada dia, perdemos talentos e deixamos que o lado ruim da sociedade ganhe esses talentos. (...) Esses talentos acabam indo para o outro lado por causa da sociedade perversa em que vivemos (...) Quando vai para a rua, o menino vai atrás da ilusão do ter. Se não o tiramos da rua, ele vai ser arregimentado por outra facção da sociedade, que percebe seu potencial, e vai ficar a serviço do mal. As pessoas que dominam essas atividades irregulares, o tráfico, detectam com mais facilidade do que nós as crianças que têm uma certa liderança, que têm essa inquietude. A liderança do menino existe, já está lá, e pode se tornar positiva ou negativa.? (KAMACHE, Maria Lúcia. Criança que vive na rua é inteligente e desafiadora. In: Educação & Trabalho ? Jornal do Brasil, 4/3/2001) Considerando a situação acima, discutida por Maria Lúcia Kamache em entrevista concedida ao Jornal do Brasil, comente o trecho que está em negrito, relacionando a forma como a sociedade vem se organizando historicamente com o aumento da violência e o incremento dos crimes havidos em nossas cidades. 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