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ESTUDO DIRIGIDO PROCESSO PENAL II

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PROCESSO PENAL II WEB AULA 1
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após alguns solavancos e tortura físicopsicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora.
Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado.
A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente
Chumbinho como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes.
	A questão é controvertida na doutrina pátria. Alguns bons processualistas defendem a aplicação do principio da proporcionalidade do bem jurídico em confronto: a segurança pública e a paz social de um lado e do outro lado o ius libertatis da pessoa do infrator. Para os adeptos dessa corrente, aproveita-se a prova derivada de um outra contaminada de ilicitude na origem. Uma segunda corrente defende a admissibilidade da prova subseqüente, se independente daquela de origem ilícita. Seria a hipótese do caso concreto, em que a vítima do roubo fez reconhecimento pessoal dos meliantes na delegacia. Um terceiro posicionamento vem sendo adotado pelo Supremo Tribunal Federal, inadmitindo, de forma absoluta, a prova ilícita quer originária quer por derivação. 
Exercício Suplementar
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa.
No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa.
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.
(A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu.
(B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu.
(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu.
(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. A lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da sentença que vier a ser prolatada.
 
PROCESSO PENAL II WEB AULA 2
O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta própria estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de lucro. No local, admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer seus diversos desejos sexuais mediante o pagamento de entrada no valor de R$100,00 no estabelecimento, e o valor de R$500,00 para a atendente. Maria, efetivamente, responde a processo crime onde lhe foi imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O Ministério Público arrolou o Padre José Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que trata-se de testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se: Pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do art. 342 do CP? A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida?
O Ministério público não pode obrigar o padre a depor, a prova nesse caso não será válida. (CPP - Art. 207) - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
 Se o magistrado obrigar o padre a depor a prova produzida em juízo sera considerada invalida, salvo se desobrigadas pela parte interessada. Na proibição a pessoa não presta o depoimento por imposição legal. Isso ocorre pela função que desempenha, ou seja, pela obrigação de guardar sigilo. 
Portanto, a lei de um país não pode obrigar um sacerdote a violar o que lhe foi dito em confissão.
Exercício Suplementar
(Ministério Público BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que:
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, ainda que tenham desaparecidos os vestígios do crime;
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do Juiz de Direito, fundado no exame das provas em conjunto;
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem;
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho; neste caso, porém, não deverão prestar compromisso legal;
e) Todas as afirmativas estão incorretas
PROCESSO PENAL II WEB AULA 3
Mévio Araújo foi denunciado por crime de apropriação indébita de um computador de que tinha a precedente posse. No curso da instrução, restou provado que o computador pertencia a um a entidade central de direito público e que Mévio desempenhava função por delegação do poder público. A partir daí, o magistrado entendeu de sentenciar, com adoção do artigo 383, do CPP, concluindo por condenar Mévio nas penas do artigo 312 c/ c art. 327, C P. Inconformada, a defesa interpôs recurso de apelação sustentando a violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art. 5, LIV e LV da CF). Com base nisto, responda: O recurso da defesa deve ser julgado procedente? Fundamente a sua resposta. 
O recurso deve ser julgado procedente observando a violação dos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal por inobservância do art. 384, CPP caso de “mutatio libelli”, que ocorre quando durante a instrução criminal os fatos foram comprovados se rem outros daqueles descritos na denúncia, tendo assim que haver o aditamento à denúncia pelo MP. 
Questão n. 2 - Com relação à Teoria da Sanção Penal, analise as assertivas abaixo e 
assinale a opção correta: 
I. O ordenamento penal vigente adotou o sistema progressivo de execução de pena, 
segundo o qual no curso cumprimento da pena preenchidos requisitos de natureza objetiva e subjetiva estabelecidos em lei, o condenado poderá progredir de um regime 
mais severo para outro menos severo de cumprimento de pena; todavia, é inadmissível o contrário a r egressão de regimes de cumprimento de pena de um regime menos severo para outro mais severo de cumprimento de pena. 
II. O réu primário e de bons antecedentes, condenado pela prática de crime hediondo 
praticado anteriormente à alteração da Lei de Crimes Hediondos (Lei n.8072/1990) pela Lei n. 11464/2007, cumprirá suapena em regime integralmente fechado 
III. O sistema penal brasileiro, consoante o disposto no art. 59, do Código Penal, em relação às f unções e f inalidades da pena, adotou a Teoria Mista ou Unitária, segundo a qual há a conciliação entre as finalidades de prevenção geral e especial e o caráter retributivo da pena. 
a) As assertivas I e II estão corretas. 
b) As assertivas I e III estão corretas. 
c) Somente a assertiva III está correta. 
d) As assertivas II e III estão corretas. 
e) Todas as assertivas estão corretas
PROCESSO PENAL II WEB AULA 4
Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Os três comparsas, ao se evadirem do local, seguiram em direções diferentes. Luizinho foi alcançado pela polícia e preso em flagrante e encontra-se preso no Complexo de Bangu, na cidade do Rio. Os outros dois conseguiram escapar. Huguinho, para não ser encontrado vive se ocultando e Zezinho encontra-se em local incerto e não sabido. Ao receber a denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, determinou, diante da situação descrita, que fosse realizada a citação por edital, de acordo com o art. 363, § 1º, CPP dos três acusados. Foi correta a decisão do magistrado? Justifique sua resposta. 
A decisão do magistrado foi acertada apenas em relação à citação de Zezinho, pois encontra-se em lugar incerto e não sabido. Quanto a Luizinho, como este encontra-se preso no Complexo de Bangu, a citação deve ser pessoal, por mandado, no local onde se encontra. Quanto à Huguinho, também não agiu adequadamente o magistrado, já que, diferente de Zezinho, tem-se o conhecimento de seu paradeiro. Nesse caso, ao cumprir o mandado de citação, não encontrando o acusado por que este se oculta, o Oficial de Justiça deve efetuar a citação por hora certa.
Exercício Suplementar Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta: 
a) No processo penal, o réu que se oculta para não ser citado poderá ser citado por hora certa, na forma estabelecida no Código de Processo Civil; 
b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta ou qualquer meio hábil de comunicação; 
c) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional; 
d) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado; 
e) A citação do militar dar-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço, respeitando assim à hierarquia militar bem como a inviolabilidade do quartel.
PROCESSO PENAL II WEB AULA 5
Marcílio responde a processo crime como incurso nas penas do art. 213 do CP pois, em tese, teria constrangido Lucília, mediante emprego de arma de fogo, a manter com ele relações sexuais. O Juiz designou Audiência de Instrução e Julgamento onde ouviu primeiramente Gumercindo, testemunha arrolada pela defesa, uma vez que as testemunhas arroladas pelo MP ainda não tinham chegado ao Fórum. Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais testemunhas da acusação e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. Pergunta-se: Você, Defensor Público, argüiria qual tese defensiva em favor do seu assistido Marcílio? 
Nulidade absoluta do feito, uma vez que não foi observada pelo magistrado a ordem estabelecida pelo artigo 400 do CPP. Serão inquiridas as testemunhas de acusação, as de defesa, interrogando - se, em seguida, o acusado. Deve-se respeitar a ordem estabelecida pelo procedimento legal, pois o prejuízo causado ao réu pela inversão da ordem da oitiva das testemunhas é presumido uma vez que , sendo uma testemunha de acusação ouvida no final, a acusada não poderia se contrapor a ela.
 
Exercício Suplementar (OAB-FGV) Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa audiência de instrução e julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para que sejam inquiridas. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
(A) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de defesa pode ser feita até o encerramento da prova de acusação. 
(B) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência una causa nulidade absoluta. 
(C) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao momento da apresentação da resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. 
(D) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas da defesa não ter sido feita no momento correto, em nenhuma hipótese do processo penal, o juiz deve indeferir diligências requeridas pela defesa.
PROCESSO PENAL II WEB AULA 6
Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu veículo pela pista de esquerda (pista de ultrpassagem), sendo certo que a sua frente estava o carro de Felizberto, septuagenário, que dirigia a aproximadamente 50 Km/h, o que impedia, na ocasião, Semprônio de fazer a ultrapassagem. Quando Felizberto parou o seu carro em um sinal de trânsito, Semprônio desceu de seu Uber e começou a desferir chutes e socos na lataria do carro do idoso. Uma viatura da PM que passava pelo local autuou Semprônio e o conduziu a sede policial onde foi lavrado termo circunstanciado, uma vez que a Autoridade Policial entendeu que ocorrera crime do art. 163, do CP. Semprônio não aceitou a proposta de transação penal oferecida pelo MP, sendo certo que o mesmo diante da recusa, ofereceu denúncia em face do mesmo. Ocorre que Semprônio ocultou-se para não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o oficial de justiça a proceder à citação por hora certa, na forma do art. 362 do CPP. Pergunta-se: Agiu corretamente o Magistrado no caso em conformidade com o procedimento sumaríssimo? 
O magistrado cometeu erro improcedendo uma vez que deveria ter aplicado o art. 66, § único da Lei 9.099/95 e remetido o feito ao juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei. 
Exercício Suplementar
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as seguintes assertivas:
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena máxima não seja superior a 2 (dois) anos, e a suspensão do processo nos delitos cuja pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano.
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, admite-se a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da penamínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes previstos no Estatuto do Idoso nas hipóteses em que a pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse a 4 (quatro) anos, a transação penal e a suspensão do processo não lhes são aplicáveis.
Quais estão corretas?
a) I;
b) I e II;
c) III;
d) I e III;
e) II e III
PROCESSO PENAL II WEB AULA 7
Juninho Boca, jovem de classe média da zona sul do Rio de Janeiro, está respondendo a processo criminal como incurso nas penas do art. 33 da lei 11.343/06 pois, em tese, seria o responsável pela distribuição de cocaína em um conhecido bar em Copacabana. Realizada a AIJ, na forma do art. 56 do mesmo diploma legal, em sede de alegações finais a defesa pugnou pela nulidade do feito, uma vez que o perito que havia subscrito o laudo definitivo deconstatação da substância entorpecente também havia funcionado na elaboração do laudo prévio. Pergunta-se: Assiste razão a defesa de Juninho Boca? 
Não assiste razão a defesa uma vez que há expressadisposição no art. 50, §§ 1º e 2º da Lei 11.343/06 no sentido de que o perito que subscrever o laudo prévio de constatação não fica impedido de participar do laudo definitivo.
Exercício Suplementar
1-Sobre os crimes da Lei de Drogas (Lei 11.343/06), assinale a opção
INCORRETA:
A) aplica-se, subsidiariamente, as disposições do CPP e da LEP
B) em caso de crime de porte de drogas para consumo pessoal, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal
C) É vedada a transação penal para aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento para juntos consumirem.
D) O inquérito policial, no caso de crime de tráfico de drogas, será concluído no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando estiver solto.
E) Todas as alternativas estão incorretas.
2- Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006) e associação para o tráfico Art. 35, caput da Lei nº 11.343/2006), em concurso material. Quando da realização da audiência de instrução e julgamento, o advogado de defesa pleiteou que o réu fosse interrogado após a oitiva das testemunhas de acusação e de defesa, como determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com redação dada pela Lei nº 11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O juiz singular indeferiu a inversão do interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável à espécie seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que o réu deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse caso,
A) o juiz não agiu corretamente, pois o interrogatório do acusado, de acordo com o Código de Processo Penal, é o último ato a ser realizado.
B) o juiz agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio da especialidade, deve ser o primeiro ato da instrução nas ações penais instauradas para a persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas.
C) o juiz não agiu corretamente, pois é cabível a inversão do interrogatório, devendo ser automaticamente reconhecida a nulidade em razão da adoção de procedimento incorreto. 
D) o juiz agiu corretamente, já que, independentemente do procedimento adotado, não há uma ordem a ser seguida em relação ao momento da realização do interrogatório do acusado. 
E) o juiz não agiu corretamente, pois indeferiu a inversão da ordem do interrogatório sem a manifestação do membro do Ministério do Público.
PROCESSO PENAL II WEB AULA 8
(OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o qu e faz com que Caio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade não se ria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando qualquer possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas que estavam na calçada, vitimando -as fatalmente. Realizada perícia de loca l, que constatou o excesso d e velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policia l o diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou p ela pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial. Na qualidade de advoga do de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso:
a) Quais argumentos poderiam ser deduzidos em favor de seu constituinte?
Incompetência do juízo, uma vez que Caio praticou homicídio culposo, pois agiu com culpa consciente, na medida em que, embora tenha previsto o resultado, acreditou que o evento não fosse ocorrer em razão de sua perícia.
 
b) Qual pedido deveria ser realizado? 
Desclassificação da imputação para homicídio culposo e declínio de competência, conforme previsão do artigo 419 do CPP.
c) Caso Caio fosse pronuncia do, qual recurso pode ria ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser dirigida? 
Recurso em sentido estrito, conforme previsão do artigo 581, IV, do CPP. A peça de interposição deveria ser dirigida ao juiz de direito da vara criminal vinculada ao tribunal do júri, prolator da decisão atacada. Jurisprudência Sugerida: REsp 1224263, rel. Min. Jorge Mussi, j. em 12/04/2011, STJ.
PROCESSO PENAL II WEB AULA 9
Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado. Após o julgamento, descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia participado do julgamento de Pedro, co-réu no mesmo processo, condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo qual Antônio foi condenado. Pergunta-se: Qual a defesa que poderá ser apresentada pelo Defensor de Antônio em eventual recurso interposto? Justifique a sua resposta: 
A defesa poderá alegar a nulidade do julgamento. Ainda que se considere essa nulidade como relativa, no caso apresentado, a nulidade será absoluta porque réu foi condenado por 4X3 e o prejuízo está evidente. Sendo assim, não pode servir no Conselho quem tiver tomado parte, como jurado, em anterior julgamento do mesmo feito, inclusive de co-réu. 
Exercício Suplementar (Magistratura/RS/2009) Acerca de processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida, assinale a assertiva CORRETA: 
A) Diante das respostas aos quesitos, os jurados condenaram o acusado por homicídio doloso qualificado. Ao proferir a sentença condenatória e fixar a pena, o magistrado não poderá reconhecer as agravantes que não foram objeto dos quesitos; 
B) Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em convicção religiosa, filosófica ou política; 
C) Os jurados poderão perguntar diretamente ao ofendido e às testemunhas, sem a intermediação do Juiz Presidente do Tribunal do Júri; 
D) Em um processo onde o réu foi pronunciado por homicídio consumado e tráfico de entorpecentes, após terem os jurados afastado o dolo direto e o dolo eventual, na votação dos quesitos acerca do homicídio consumado, serão questionados sobre o delito conexo de tráfico de entorpecentes; 
E) Durante os debates, no plenário do Tribunal do Júri, aos jurados é vedado, mesmo por intermédio do juiz-presidente, pedir ao promotor de justiça que indique a folha do processo onde se encontra o depoimento da testemunha a que está fazendo referência em seu pedido de condenação.
PROCESSO PENAL II WEB AULA 10
Tício foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 (seis) anos de reclusão por violação ao artigo 157, parágrafo 2, incisos I e II do Código Penal. Da sentença condenatória, Tício foi intimado em 09/05/2008 (sexta-feira), oportunidade em que manifestou o interesse de não recorrer da decisão condenatória. O advogado de Tício, defensor devidamente constituído, fora intimado da decisão condenatória em 08/05/2008 (quinta-feira). No dia 16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. O recurso é tempestivo ou não? Justifique a sua resposta abordando as controvérsias sobre o tema indagado. 
Conforme entendimento STF, em observância ao Princípio Constitucional da ampla defesa, a intimação deve ser feita em face do réu e também de seu defensor constituído, contando-se o prazo a partir daquela que ocorreu em último lugar. Assim, no caso em tela, se a última intimação se deu em 09/05 (sexta-feira), o prazo final para o oferecimento da apelação (prazo: 5 dias) seria em 16/05 (sexta-feira), sendo tempestivo o recurso. 
Exercício Suplementar Quantos aos recursos em geral, dispõe o Código de Processo Penal, dentre outrashipóteses, que:
a) no caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivo de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros; 
b) excetuando-se dentre outros o da sentença que denegar habeas corpus, hipótese em que deverá ser interposto, de ofício, pelo juiz, os recursos serão voluntários; 
c) salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro e se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível; 
d) a qualquer tempo, o Ministério Público poderá desistir de recurso que haja interposto; e) interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por 05 a 60 dias, fará conclusos os autos ao juiz, até o quinto dia seguinte ao último do prazo. 
PROCESSO PENAL II WEB AULA 11
Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de fogo, acertando-o na região toráxica. José vem a falecer, entretanto, não em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido dose letal de veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução processual. Ainda assim, Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Na condição de Advogado de Pedro:
 I. indique o recurso cabível; Recurso em Sentido Estrito. 
II. o prazo de interposição; Prazo para interposição: 5 dias. 
III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido. Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais. Argumentação adequada: deveria ser requerida a desclassificação de crime consumado para tentado, já que a ação de Pedro não deu origem a morte de José. Trata-se de hipótese de concausa absolutamente independente pré-existente. Artigo 13, do Código Penal.
Exercício Suplementar (Magistratura PR / 2010) Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
I. Que pronunciar ou impronunciar o réu; 
II. Que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
III. Que absolver sumariamente o réu; 
IV. Da decisão que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem. Dadas as assertivas acima, escolha a alternativa CORRETA: 
a) Apenas a assertiva I está correta; 
b) Apenas a assertiva II está correta; 
c) Apenas as assertivas I e IV estão corretas; 
d) Todas as assertivas estão corretas
PROCESSO PENAL II WEB AULA 12
1. George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do CP por, em tese, ter matado a vítima Leonidas Malta em uma briga na saída da boite TheNight. O processo tramitou regularmente na primeira fase do procedimento, com designação de AIJ para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o acusado pronunciado no dia 2 de março de 2016. Assim, o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de dezembro de 2016. Após a oitiva das testemunhas arroladas para o julgamento em Plenário, como tese defensiva, o acusado, orientado por seu advogado, optou por exercer a garantia constitucional prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo certo que a defesa técnica sustentou a tese de legítima defesa e a ausência de provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado pela acusação. Em réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou para os jurados que se o acusado fosse inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que não disse nada porque não tem argumentos próprios para se defender e que, portanto, seria efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala consente. A defesa reforçou seus argumentos de defesa em tréplica, contudo, George foi condenado pelo Conselho de Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, §2º, II, CP). Na condição de advogado de George, adote a medida cabível para impugnar a decisão utilizando todos os argumentos cabíveis, e indique o último dia do prazo. 
Nulidade absoluta com fundamento no art. 478, II, CPP. Após a reforma de 1988, em prestígio ao direito ao silêncio, durantes os debates em plenário as partes não poderão fazer alusão ao silêncio do acusado.
2- Em 20/05/2016, Cláudio foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Regularmente processado, ao fim da instrução criminal o mesmo foi condenado com fulcro no art. 33 § 4º da referida lei, a pena base de 05 anos, que foi reduzida em 2/3 em razão do § 4º, sendo a pena final de 01 anos e 08 meses de reclusão, em regime semiaberto. Somente o Ministério Público recorreu da decisão, buscando afastar a aplicação do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. O Tribunal de Justiça, ao julgar o referido recurso, proferiu a seguinte decisão: Nego provimento ao recurso e abrando o regime prisional para o aberto, com expedição do alvará de soltura , substituindo a pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, a ser fixada pelo juízo da execução. Diante essa situação hipotética, mencione: 
a) qual foi o recurso interposto pelo Ministério Público? Recurso de Apelação 
b) a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça está correta? Justifique sua resposta.
 Sim. A questão versa, sobre os efeitos do Recurso de Apelação (Devolutivo, Suspensivo e Extensivo). Sendo certo que a regra do tantum devolutum quantum appellatum define que ao Tribunal é devolvido o conhecimento da matéria objeto do recurso e que a devolução da matéria pela via do recurso está regida, essencialmente pela vedação da reformatio in pejus e da possibilidade da reformatio in mellius, não pode o Tribunal ao julgar Recurso Exclusivo da Defesa, agravar a pena do Recorrente, mas ao julgar Recurso Exclusivo do Ministério Público, pode o Tribunal absolver ou mesmo diminuir a pena. Neste caso resta evidente que a decisão do juízo monocrático, impôs regime mais gravoso do que o determinado no Art. 33 § 2º ?c? CP e não atendeu o descrito no Art.44 CP, o que legitima a reforma da decisão em favor do Réu.
Exercício Suplementar (Magistratura DF/2007) Técio, submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri de Brasília, foi condenado, por incursão no artigo 121, § 2º, II, do Código Penal (homicídio qualificado por motivo fútil), à pena privativa de liberdade mínima, vale dizer, de 12 (doze) anos de reclusão. Com fundamento no artigo 593, III, "d", do Código de Processo Penal, interpôs recurso de apelação para uma das Turmas Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, limitando-se a sustentar que a decisão dos jurados, no que concerne ao motivo fútil, foi manifestamente contrária à prova dos autos. A posição prevalente é a de que, reconhecendo que, efetivamente, a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, que não ampara o motivo fútil, a Turma Criminal: 
a) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, não se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda apelação; 
b) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda apelação; 
c) deve dar provimento ao recurso para anular a sentença condenatória do juiz presidente do Tribunal do Júri, determinando que ele profira nova, excluído o motivo fútil; 
d) deve dar provimento ao recurso, excluindo o motivo fútil, desde logo condenando Técio por incursão no artigo 121, caput, do Código Penal, homicídio, fixando a penamínima privativa de liberdade de 6 (seis) anos de reclusão.
PROCESSO PENAL II WEB AULA 13
Herculino foi condenado a 20 anos de reclusão pela prática de latrocínio. Na sentença condenatória, o juiz demonstra clara contradição entre as razões de sua fundamentação com sua decisão, principalmente ao acolher os depoimentos favoráveis das testemunhas de defesa bem como ao considerar boa a tese de desclassificação apresentada em alegações finais orais sob o argumento de violação de princípio constitucional (prova obtida por meio ilícito). Sabendo que a decisão foi prolatada em AIJ (audiência de instrução e julgamento) no dia 16 de junho, pergunta-se: 
a) Qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o esclarecimento da contradição? Embargos de Declaração (art. 382, CPP). A doutrina entende que não cabe efeito infringente ou modificador da decisão salvo quando a modificação figure conseqüencia inarredável da sanação de vício da omissão, obscuridade ou contradição do ato embargado;
b) Qual o último dia para interposição do instrumento citado na questão anterior? Prazo de 2 dias. Sendo a intimação no dia 03/06, o prazo máximo seria em 07/06 (terçafeira).
c) Levando em consideração que a decisão dos embargos se deu no dia 16 de junho (quinta-feira), qual a data máxima para a interposição do recurso cabível contra a sentença condenatória? Deve ser questionado se a interposição dos embargos de declaração suspendem ou interrompem o curso do prazo para interposição de apelação. 
Exercício Suplementar (Juiz TO/Cespe) Com relação aos embargos infringentes, assinale a opção CORRETA: 
a) Tais embargos são cabíveis em relação a decisão não unânime proferida em habeas corpus.; 
b) Esses embargos têm caráter pro et contra, isto é, podem ser interpostos pela defesa ou pela acusação, no prazo de 10 dias; 
c) A divergência nesses recursos pode ser apurada tanto em relação à conclusão do voto quanto em relação à sua fundamentação; 
d) O relator e o revisor de tais embargos não podem ter participado do primeiro julgamento do réuWeb 13:
PROCESSO PENAL II WEB AULA 14
Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática do crime de estupro (artigo 213, caput, CP). Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza pedido de revisão criminal da sentença que lhe fora desfavorável, sustentando vício processual insanável consistente na ausência da intimação de seu então patrono para a apresentação de resposta preliminar obrigatória (art. 396, CPP). O Tribunal de Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. Nesta hipótese, pergunta-se: Seria juridicamente possível que, após a anulação, por meio de revisão criminal, do primeiro julgamento de Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de primeiro grau, sentença condenatória com imposição de sanção penal mais gravosa do que aquela que lhe fora anteriormente imposta? Justifique a sua resposta: A vedação constante no paragrafo único do art. 626 do CPP, diz respeito tanto a reformatio in pejus como também a reformatio in pejus indireta, de sorte que, se depois de declarada nula a sentença em sede de revisão criminal, por algum vicio insanável, e vedado que juiz prolate nova decisão com pena exasperada tendo em vista que seria incabível revisão.
Exercício Suplementar (CESPE) Assinale a opção correta em relação ao instituto da revisão criminal. 
a) O pleito de revisão criminal pode constituir mera reiteração de recurso de apelação anteriormente interposto pelo condenado;
 b) Não cabe revisão criminal para rever sentença proferida contra pessoa que, em momento posterior, se sabe não ter cometido o crime objeto da condenação. É parte ilegítima para ajuizá-la a pessoa que tem seu nome lançado como réu na sentença condenatória proferida com erro na identificação do agente do delito; 
c) Aplicando-se o princípio da fungibilidade entre o habeas corpus e a revisão criminal, é possível desconstituir decisão transitada em julgado por meio de habeas corpus, se verificada a existência de flagrante ilegalidade; 
d) O ajuizamento de revisão criminal obsta a execução da sentença condenatória transitada em julgado, tendo em vista que o pedido revisional possui efeito suspensivo.
PROCESSO PENAL II WEB AULA 15
Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de fornecimento de material de informática, se apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta descontadas, utilizando o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A partir de comunicação feita por Adolfo, empregado da referida empresa, tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à instauração de inquérito para apurar o crime previsto no artigo 168-A do Código Penal. Ao final do inquérito policial, os fatos ficaram comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, ele afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento das contribuições previdenciárias devidas ao INSS, pagamento realizado após a instauração da investigação. Assim, o delegado encaminhou os autos ao Ministério Público Federal, que denunciou Caio pelo crime previsto no artigo 168-A do Código Penal, tendo a inicial acusatória sido recebida pelo juiz da vara federal da localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo advogado de Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso de absolvição sumária, tendo designado audiência de instrução e julgamento. Com base nos fatos narrados no enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera sumariamente? Habeas Corpus, uma vez que não há previsão de recurso contra a decisão que não absolvera sumariamente o acusado, sendo cabível a ação mandamental, conforme estabelecem os artigos 647 e seguintes do CPP. No caso, não seria admissível o recurso em sentido estrito, uma vez que o enunciado não traz qualquer informação acerca da fundamentação utilizada pelo magistrado para deixar de absolver sumariamente o réu, não podendo o candidato deduzir que teria sido realizado e indeferido pedido expresso de reconhecimento de extinção da punibilidade;
 b) A quem a impugnação deve ser endereçada? Ao Tribunal Regional Federal; 
c) Qual fundamento deve ser utilizado? Extinção da punibilidade pelo pagamento do débito quanto ao delito previsto no artigo 168-A, do CP. Quanto à Súmula Vinculante nº 24, o enunciado não traz qualquer informação no sentido de que a via administrativa ainda não teria se esgotado, não podendo o aluno deduzir tal fato.
Exercício Suplementar (MP-PR) Sobre habeas corpus, analise as assertivas abaixo e responda 
I. O habeas corpus destina-se apenas a proteger a liberdade de locomoção, o direito de ir e vir, não se presta à tutela de outros direitos. 
II. Não cabe habeas corpus para trancamento de inquérito policial, pois não se trata de direito de locomoção. 
III. O habeas corpus requer prova pré-constituída, pois não admite dilação probatória. Assim, fundamentada na inocência do paciente a ordem de habeas corpus somente pode ser concedida quando a alegada inocência estiver comprovada de plano e cabalmente. IV. O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, ainda que sem capacidade postulatória, ou pelo próprio Ministério Público. 
a) Todas estão corretas; 
b) Apenas I, II e IV estão corretas; 
c) Apenas I, III e IV estão corretas; 
d) Apenas II, III e IV estão corretas;
 e) Apenas I e II estão corretas.
PROCESSO PENAL II WEB AULA 16
Tício e Caio foram acusados de receberem vultosa quantia em dinheiro através de emissão de duplicatas sem causa debendi, causando prejuízo a terceiros, tendo o Ministério Público capitulado a infração no artigo 172 do Código Penal (crime de duplicata simulada). Na sentença, o juiz concordou com a narrativa fática,condenando os acusados nas penas do artigo 171, caput do Código Penal (crime de estelionato). Com base nisto, responda: 
a) A hipótese retratada é de Emendatio ou Mutatio Libelli? Justifique a sua resposta ; Emendatio Libelli - o juiz, quando da sentença, verificando que a tipificação não corresponde aos fatos narrados na petição inicial, poderá de ofício apontar sua correta definição jurídica. 
Na emendatio os fatos provados são exatamente os fatos narrados. Assim, dispõe o CPP sobre a matéria: Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave. 
b) A situação apresentada no enunciado poderia ocorrer em grau de 2 instância? Fundamente a sua resposta: A emendatio libelli pode ser aplicada no julgamento de recursos, desde que seja observada a proibição da reformatio in pejus em caso de recurso exclusivo da defesa.
2) No que consiste o Princípio da Congruência ou da Correlação? Fundamente a sua resposta: 
Representa uma das mais relevantes garantias do direito de defesa, visto que assegura a não condenação do acusado por fatos não descritos na peça acusatória e, assim, o réu sempre terá a oportunidade de refutar a acusação, exercendo plenamente o contraditório e a ampla defesa. 
3) Em uma colisão de veículos, uma das vítimas sofre lesões corporais. Ela é levada a um hospital particular, onde fica internada por alguns dias. Quando sai do hospital, as lesões já estão imperceptíveis e a vítima não comparece ao Instituto Médico Legal para fazer o exame de corpo de delito. O Ministério Público oferece a denúncia instruída com os exames feitos no hospital em que a vítima foi atendida e arrola o médico responsável como testemunha. Assinale a resposta que descreve o procedimento correto: 
a) O juiz deve rejeitar a denúncia, pois o exame de corpo de delito feito por perito oficial é indispensável, não havendo no caso justa causa para a ação penal; 
b) O juiz deve receber a denúncia pois a falta do exame de corpo de delito pode ser suprida por outras provas, notadamente a prova testemunhal, no caso de desaparecimento dos vestígios; 
c) O juiz deve receber a denúncia pois a falta do exame de corpo de delito pode ser suprida pela confissão do acusado, desde que feita perante o juiz e na presença do defensor; 
d) O juiz deve rejeitar a denúncia pois o desaparecimento das lesões exclui o crime de lesão corporal, inexistindo infração penal a ser apurada na hipótese; 
e) O juiz deve suspender o recebimento da denúncia e intimar as partes para que formulem quesitos ao médico responsável pelo exame, de modo a suprir a falta de exame de corpo de delito. 
4) Ticio está residindo na França mas em endereço desconhecido. Nesse caso, a sua citação far-se-á por: 
a) Edital; 
b) Carta Rogatória; 
c) Carta Precatória; 
d) Carta com aviso de recebimento; 
e) Hora certa no respectivo consulado. 
5) Determinado delegado de polícia obtém autorização judicial para proceder a interceptação telefônica em inquérito instaurado para apurar tráfico de entorpecentes. No curso da interceptação, a polícia consegue provas de que Semprônio, parte integrante da quadrilha, matou um desafeto. O advogado de defesa de Semprônio alega judicialmente que a prova do homicídio seria uma prova ilícita pois a realização da interceptação teria sido autorizada somente para apurar suposto crime de tráfico, delimitando assim o alcance da diligência. Com base nisto, responda: A alegação da defesa é procedente? Fundamente a sua resposta: A colheita acidental de provas, mesmo quando não há conexão entre os crimes, tem sido admitida em julgamentos do STJ. É perfeitamente possível que, diante da notícia da prática de novos crimes em interceptações telefônicas autorizadas em determinado procedimento criminal, a autoridade policial inicie investigação para apurá-los, não havendo que se cogitar de ilicitude.

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