Buscar

slide 3 comportamento e cognição

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Histórico e Fundamentos da Terapia Cognitiva Comportamental
Psicologia
Início do século XX era dualista: Objeto de estudo a Consciência e Atingida pela Introspecção
Desenvolvimento das Ciências. Distanciou-se das origens filosóficas e Aproximou-se das Ciências naturais (Experimentais)
Experimentos
Relatos de auto-observações de experiências subjetivas de sensações provocadas por estímulos apresentados aos sujeitos treinados por experimentadores dentro de certos critérios.
Essas experiências eram descritas e os experimentadores ajudavam os sujeitos a definirem, por análise, os elementos básicos que as constituíam.
Estas observações não eram replicáveis, verificáveis e de generabilidade questionável
Descrições de conteúdos da Consciência não eram de grande utilidade.
Psicologia Introspectiva era apragmática.
Psicologia animal (darwinismo) mostrava as vantagens da abordagem experimental como prática das Ciências naturais.
Positivismo
Expressava as conquistas e as vitórias das Ciências naturais.
Valorizava as vantagens científicas do caminho objetivo.
O Positivismo Social de Auguste Comte
A ciência é uma atividade do homem e o homem, um ser social, postula a natureza social do conhecimento científico, rejeita a introspecção e estabelece como critério de verdade o observável consensual, isto é, o observável partilhado e sancionado pelo outro. 
O Positivismo Lógico do Círculo de Viena
Eu só tenho acesso à informação que meus sentidos me trazem, não posso ter informações sobre minha consciência, cuja natureza difere da de meu corpo. 
É verdade que não posso negá-la, mas também não posso estudá-la. 
 (É interessante que esta influência também levou ao idealismo e ao subjetivismo: já que não tenho acesso a nada senão minhas sensações, o mundo não existe, somente minhas impressões dele, só minhas idéias são reais).
Operacionismo
Derivado da influência do Positivismo Lógico sobre a Física: “Se somente tenho acesso às informações que meus sentidos trazem, então a linguagem pela qual expresso e estruturo essas informações é o mais importante em ciência. 
A definição dos conceitos é fundamental, e definir é descrever as operações envolvidas no processo de medir o conceito. 
Essa descrição deve ser objetiva e referir-se a termos observáveis”
Psicologia Introspectiva
Chocava-se com o espírito pragmático da cultura norte americana que expressava um certo grau de darwinismo social, ou seja
Exigia uma concepção de homem que acentuasse a idéia de que todos nasciam iguais e que, no embate com os desafios do ambiente, os mais fortes ou capazes venceriam.
As experiências da vida se encarregariam de completar o que a biologia tivesse produzido, construindo – para o bem ou para o mal- cada indivíduo.
Trabalhos Experimentais
Pavlov (1927) – Russia 
Thorndike (1895) – EUA
Modelo a ser seguido na Psicologia
Critérios destes trabalhos
Metodológico:
Técnicas de investigação rigorosa e extremamente ricas para a produção de conhecimento psicológico.
Filosófico
Adesão, concepção determinista, coerente com os postulados positivistas.
Ambas destacavam o papel da aprendizagem na determinação do comportamento.
Influenciaram Watson, apesar de sua recusa da Lei do Efeito (Thorndike) para esse tipo de interpretação.
BEHAVIORISMO
Foi utilizado inicialmente em 1913 em um artigo denominado “Psicologia: como os behavioristas a vêem” por John B. Watson (1878-1958). 
"Behavior" = "comportamento" 
 "Um ramo experimental e puramente objetivo da ciência natural. A sua meta é a previsão e controle do comportamento...". 
 O comportamento passou a ser objeto de estudo da Psicologia. 
"Por que não fazemos daquilo que podemos observar o corpo de estudo da Psicologia?"
Filosofia
Estudar o comportamento por si mesmo
Opor-se ao mentalismo 
Aderir ao evolucionismo biológico
Adotar o determinismo materialístico 
Metodologia
Usar procedimentos objetivos na coleta de dados, rejeitando a introspecção
Realizar experimentação
Realizar testes de hipótese de preferência com grupo controle
Observar consensualmente 
"Observação"
Tornou-se um termo e uma operação fundamental para o Behaviorismo: 
Define a categoria "comportamento", seu objeto de estudo. 
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO 
Comportamento é o observável e, por definição, observável pelo outro. 
Comportamento, para ser objeto de estudo do behaviorista, deve ocorrer afetando os sentidos do outro, deve poder ser contado e medido pelo outro. 
Dai dizer-se que em observação o que importa é a concordância de observadores, e portanto, a necessidade de um treino rigoroso nos procedimentos de registro e análise. 
Ivan Petrovich Pavlov
Russia (1849 – 1936)
Fisiologista, Físico e Psicólogo
Mais conhecido por ter descrito fenômeno do “condicionamento clássico”
 Reflexos condicionais 
 Pouco antes do século XX, Ivan Pavlov estava pesquisando a secreção digestiva de cães. 
 No curso desses experimentos, notou que a introdução de alimentos, na boca, resultava num fluxo de saliva, e que a mera aparição do experimentador(...) trazendo o alimento poderia também eliciar um fluxo similar.
Pavlov descobriu por acaso que poderia condicionar o cão a salivar diante de um estímulo neutro
Reflexos Condicionais
Foi esta visão que levou ao estudo sistemático desses comportamentos reflexos, os quais chamou de reflexos condicionais, porque eles dependiam ou eram condicionados a um evento prévio na vida do organismo. 
A aparição do experimentador não eliciava originalmente a saliva. Somente após muitas aparições ele apresenta este efeito.
Mas o que é comportamento?
A manipulação experimental por excelência seria a reprodução desse modelo, a operação S-R.
Esta forma de behaviorismo ficou sendo conhecida por muitos como "Psicologia da contração muscular e da secreção glandular". 
S = > R
ESTÍMULO referia-se tanto a ação de uma fonte de energia sobre o organismo, quanto a operação realizada pelo experimentador em seu laboratório.
Esses conceitos acabaram produzindo a seqüência experimental que marcou o
 behaviorismo metodológico: 
S = o que operacionaliza o ambiente
R = o comportamento
=> a ação desencadeante ou a causa
Behaviorismo Radical
Praticado por B.F.Skinner e adotado por outros psicólogos: Ferster, Sidman, Schoenfeld, Catania, Hineline, Jack Michael, etc. 
Constitue-se numa interpretação filosófica de dados obtidos através da investigação sistemática do comportamento (o corpo desta investigação propriamente dita é a Análise Experimental/Funcional do Comportamento). 
Descreve basicamente relações funcionais entre Comportamento e Ambiente.
Rejeita o mentalismo por ser materialista, e acaba com o dualismo por acreditar que o comportamento é uma função biológica do organismo vivo. Não preciso da mente para respirar, não explico a digestão por processos cognitivos, porque explicaria o comportamento por um ou outro? 
Skinner é radical em dois sentidos:
Negando radicalmente a existência de algo que escapa ao mundo físico, que não tenha uma existência identificável no espaço e no tempo (mente, consciência, cognição)
Aceitando integralmente todos os fenômenos comportamentais. 
O behaviorista radical propõe dois tipos de transações entre o Comportamento e o Ambiente: 
 a) conseqüências seletivas (que ocorrem após o comportamento e modificam a probabilidade futura de ocorrerem comportamentos equivalentes, i.e., da mesma classe); 
b) contextos que estabelecem a ocasião para o comportamento ser afetado por suas conseqüências (e que portanto ocorreriam antes do comportamento e que igualmente afetariam a probabilidade desse comportamento). 
  
Estas duas classes possíveis de interações são denominadas "contingências" e constituem as duas classes conceituais fundamentais para a análise do comportamento. 
Relações funcionais são estabelecidas na medida em que registramos mudanças na probabilidade de ocorrência dos comportamentos que procuramos entender em relação a mudanças quer nas conseqüências, quer nos contextos, quer em ambos. 
O behaviorismoradical é considerado um ambientalista e acusado de esvaziar o organismo, de estudar uma caixa preta... 
O homem é o fenômeno de interesse, é a origem de todas as coisas, não sua interação com o universo. 
Para Skinner, o organismo não é nem gerente nem iniciador de ações, é o palco onde as interações Comportamento-Ambiente de dão. 
O behaviorista metodológico, nega status científico às emoções, às sensações, ao pensamento e aos demais eventos privados
O behaviorista radical aceita estudar eventos internos. Skinner não separa mundo interno de mundo externo.
 comportamentos não são movimentos do corpo, e sim interações entre o organismo e o ambiente.
Há dois tipos de comportamento: o respondente e o operante.
RESPONDENTE
O comportamento respondente é sempre controlado pelos estímulos antecedentes à sua apresentação (um estímulo antecedente elicia ou deflagra a resposta).
OPERANTE
É voluntário e engloba a ação de músculos que estão sob controle espontâneo do indivíduo; são emitidos espontaneamente e controlados pelos eventos que ocorrem após a sua apresentação
 O comportamento opera no ambiente, ou seja, produz modificações no meio em que a pessoa se comporta.
Produz mudanças no organismo, adaptando-se às mudanças produzidas pelo estímulo que o eliciou.
Condicionamento Respondente
Clássico ou Pavloviano 
Estímulo Incondicionado (EI) funciona como estímulo reforçador do reflexo condicionado. Ex. salivação do cão de Pavlov
Extinção respondente – retirada do EI
Generalização de estímulos – vários estímulos de uma mesma classe são reforçados
Condicionamento Operante
Skinneriano 
Caixa de Skinner
A este aumento na frequência da resposta chamou-se Reforçamento. Responsável pelo aumento da força do comportamento.
Estímulo – Estímulo Reforçador Positivo
Extinção Operante – cessa-se a apresentação do estímulo reforçador
Reforçamento Negativo –comportamento aumenta quando há eliminação de estímulo
Punição – quando o comportamento diminui após a eliminação da apresentação do estímulo.
Estímulos Aversivos – envolvidos na punição e no reforçamento negativo 
Reforçamento Intermitente
Pessoa reforçada periodicamente. Ex. jogadores de roleta ou caça níqueis.Ganham de vez em quando
Trabalhadores remunerados por semana ou por mês. Depende do período de tempo.
Aqueles que falam ao telefone e ouvem a voz do interlocutor a intervalos de tempo. Quando não ouvem desligam o telefone.
Sd - R – Sr
O paradigma do Behaviorismo Radical tem a seguinte caracterização: 
Sd = estímulo discriminativo que sinaliza a ocasião para o reforço
R = a resposta
Sr = o estímulo reforçador
A formulação adequada entre um organismo e seu ambiente deve especificar: a ocasião em que a resposta ocorre; a própria resposta e as conseqüências reforçadoras.
Modelagem
O comportamento dos organismos - animal e humano - é naturalmente variável.
O comportamento do rato de apertar a barra pode se manifestar de formas diferentes. 
Com a pata, com a boca, etc. Se uma delas for reforçada, ela se diferenciará das demais e ser adquirida. Uma nova resposta. 
Isso se denomina processo de criação de respostas novas por diferenciação gradual ou modelagem
Reforçadores Generalizados
Existem ainda, os reforços sociais, que indicam aspectos reforçadores das interações sociais. Eventos como elogios, atenção, aprovação e reconhecimento são condicionados no desempenho do papel social.
Outros eventos que funcionem como reforços condicionados podem ser associados a inúmeros outros reforços, passando a ser conhecidos como REFORÇO CONDICIONADO GENERALIZADO, por exemplo, o dinheiro.
Punição
É a apresentação de um evento aversivo ou a retirada de um evento positivo imediatamente após uma resposta, diminuindo a freqüência dessa resposta.
A punição descreve a situação em que o comportamento diminui de freqüência por ser seguido por um evento negativo.
Os esquemas de reforçamento se referem às regras que determinarão quantas e quais respostas do indivíduo serão reforçadas ou punidas, para fins de modificação de comportamento. 
Uma resposta condicionada que não é consistentemente reforçada ou que é punida consistentemente entra em extinção.
Tipos de Punição
por apresentação de um estímulo aversivo (dar uma palmada na mão de uma criança que mexeu em algo proibido)
por retirada de um reforço positivo disponível (proibir a criança de jogar video-game porque não estudou)
Skinner, ressaltou que a eficiência da punição é apenas temporária e que a modificação do comportamento se dá mais eficientemente através do reforçamento positivo.
Comportamento de fuga
O sujeito termina com o reforço negativo, escapando do estímulo aversivo, ou seja, ele emite um comportamento que permite terminar com o evento aversivo 
Ex: tomar um drinque para não se sentir ansioso. 
Comportamento de Evitação
O sujeito emite uma resposta que é negativamente reforçada pela não ocorrência do evento aversivo, emitindo um determinado comportamento 
Ex: não ir a um encontro para não se sentir ansioso).
Nos casos de pânico e agorafobia ou TOC, as consequências antecipadas pelos pacientes são tão grandes que, invariavelmente apresentam uma resposta de evitação
Ansiedade
Estimulação aversiva
Definida como operação respondente
≠ fuga, evitação e punição (operantes)
Estímulo neutro seguido várias vezes por um aversivo = estímulo aversivo condicionado
Qdo aparece, indicará a ocorrência de um estímulo primário. As consequências comportamentais traduzem-se por Ansiedade 
Frustração
Descreve a situação na qual o comportamento diminui em freqüência por ser seguido pela ausência de uma recompensa esperada:
Presos num congestionamento
TV sai do ar no final da copa do mundo
Dieta para emagrecer
Tipos
FRUSTRAÇÃO POR IMPEDIMENTO, observável nas situações de extinção, em que uma pessoa fica sem acesso ao estímulo reforçador, ex. a morte de alguém querido. Os obstáculos aos reforçadores podem ser de natureza física, social, legal, psicológica, etc.
FRUSTRAÇÃO POR ATRASO, o sujeito tem que esperar um tempo maior para consumir o estímulo reforçador, ex. ter 18 anos para dirigir legalmente. 
FRUSTRAÇÃO POR CONFLITO, há conflito quando estímulos reforçadores estão simultaneamente disponíveis a, pelo menos, duas respostas incompatíveis. 
Conflitos
APROXIMAÇÃO-APROXIMAÇÃO: a aproximação de um estímulo reforçador positivo implica o afastamento de outro. 
APROXIMAÇÃO-ESQUIVA (EVITAÇÃO): mais freqüente, envolve uma situação em que um objeto apresenta ao mesmo tempo propriedades positiva e negativamente reforçadoras. Ex. um prato saboroso mas muito calórico.
EVITAÇÃO-EVITAÇÃO: é o que produz o maior grau de frustração. Quando sofremos duas ameaças simultâneas, o afastamento de uma nos faz cair mais perto da outra (se ficar o bicho come, se correr o bicho pega).
Os indivíduos reagem de duas maneiras a frustração: por agressão ou por retração.
Terapia Comportamental
Foram nos anos 50 e 60 que motivados por uma crescente insatisfação com a corrente psicodinâmica formou-se o núcleo de um novo enfoque terapêutico:
Terapia Comportamental 
psicologia experimental; 
condicionamento clássico ou respondente;
condicionamento operante; 
princípios teóricos da aprendizagem; 
disciplinas da psicologia clínica.
Pesquisadores clínicos começaram a aplicar as idéias de Pavlov, Skinner e outros behavioristas experimentais (Rachman, 1997). 
Joseph Wolpe (1958) e Hans Eysenck (1966) foram pioneiros na exploração do potencial das intervenções comportamentais, como a dessensibilização (contato gradual com objetos em situações temidas) e treinamento de relaxamento. 
Muitas das abordagens iniciais ao uso dos princípios comportamentais para a psicoterapia prestavam pouca atenção aos processos cognitivos envolvidos nos transtornos psiquiátricos. 
Pelo contrário, o foco era moldar o comportamento mensurável com reforçadores e em eliminar as respostas de medo através da exposição.
Variáveis Cognitivas
Em meados dos anos 60 a importância das variáveis cognitivas já tinha se tornadomais reconhecida pela psicologia comportamental.
O trabalho de Albert Bandura, psicólogo canadense (1970), sobre a aprendizagem observacional (modelação) foi importante por chamar a atenção para os fatores cognitivos na terapia comportamental.
Nessa abordagem um indivíduo aprende ao observar o comportamento de outra pessoa; o comportamento é aprendido com mais eficácia se o observador o praticar posteriormente, embora isso não constitua uma condição necessária 
Modelo de Auto-Regulação – de Auto-Eficácia
Bandura desenvolveu um modelo de auto-regulação chamado de auto-eficácia, baseado na idéia de que toda a mudança de comportamento voluntária era medida pelas percepções que os indivíduos tinham de sua capacidade de adotar o comportamento em questão.
Meichenbaum (1977) e Lewinsohn e cols (1985) incorporaram as teorias e estratégias cognitivas nos tratamentos. 
Observaram que a perspectiva cognitiva acrescentava contexto, profundidade e entendimento às intervenções comportamentais. 
1960 - unificação das formulações cognitivas e comportamentais na psicoterapia
Beck defendeu a inclusão de métodos comportamentais desde o início de seu trabalho.
Reconhecia essas ferramentas como eficazes para reduzir sintomas. 
Conceitualizou um relacionamento estreito entre cognição e comportamento. 
Alguns puristas argumentam os méritos de se utilizar uma abordagem cognitiva ou comportamental isolada.
Terapeutas mais pragmáticos consideram os métodos cognitivos e comportamentais como parceiros eficientes tanto na teoria como na prática. Ex. literatura: tratamento do Pânico 
COGNITIVISMO
O termo cognição inclui idéias, construtos pessoais, imagens, crenças, expectativas, atribuições, etc. 
Não é apenas um processo intelectual mas sim padrões complexos de significado em que participam emoções, pensamentos e comportamentos
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
A Terapia Cognitiva tem origem em correntes filosóficas e religiões antigas (estoicismo grego, taoísmo e budismo) que postulavam a influência das idéias sobre as emoções .
Aaron Beck
Teorias e métodos para aplicar as intervenções cognitivo-comportamentais
Conceitos psicanalistas
Influenciado por Adler, Horney e Sullivan (transtornos psiquiátricos e estrutura de personalidade)
Teoria dos construtos pessoais de Kelly (crenças centrais)
Teoria Racional Emotiva Comportamental de Ellis 
As primeiras formulações de Beck centravam-se no papel do processamento de informações desadaptativo em transtornos de depressão e de ansiedade. 
1960, ele descreveu uma conceitualização cognitiva da depressão 
A proposta de Beck de uma terapia cognitivamente orientada com o objetivo de reverter cognições disfuncionais e comportamentos relacionados foi tema de várias pesquisas.
 (Butler e Beck, 2000; Dobson, 1989; Wright et ai., 2003)
As teorias e os métodos descritos por Beck e outros colaboradores ampliaram-se a uma grande variedade de quadros clínicos: Depressão; Transtornos de ansiedade; Transtornos alimentares; Esquizofrenia; Transtorno bipolar; Dor crônica; Transtornos de personalidade; Abuso de substâncias. 
TERAPIA COGNITIVA DA DEPRESSÃO AARON BECK
 TRÍADE COGNITIVA
 VISÃO DE SI
 
 EXPERIÊNCIAS FUTURO
 
É a forma como o indivíduo vê a si mesmo, o mundo e o seu futuro. 
Na depressão, pela visão essencialmente negativa, geram-se sentimentos de desvalia, autoacusação ou derrota. 
CONCEITOS BÁSICOS DA TERAPIA COMPORTAMENTAL COGNITIVA
 
O indivíduo interage com o mundo externo e constrói significados que alicerçam seus sistemas de crenças
 
indivíduo significado meio
 crenças emoções
 
 comportamento
ESQUEMATIZAÇÃO DO MODELO DE BECK EVENTOS EXTERNOS
  ESQUEMAS (estrutura)
 
 
 CRENÇAS
 
 
COGNIÇÃO COMPORTAMENTO SENTIMENTOS 
 (pensamento automático)
PRINCÍPIOS DA TERAPIA COGNITIVA
Baseia-se em uma formulação em contínuo desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos.
Requer uma aliança terapêutica segura.
Enfatiza colaboração e participação ativa
Orientada em metas e focalizada em problemas
Enfatiza o presente inicialmente 
É educativa - ensina o paciente a ser seu próprio terapeuta 
Enfatiza a prevenção de recaída.
Visa ter um tempo limitado
As sessões são estruturadas
Ensina o paciente a identificar, avaliar e responder a seus pensamentos e crenças disfuncionais
Utiliza-se de uma variedade de técnicas para mudar pensamento, humor e comportamento
BASES METODOLÓGICAS E CONCEITUAÇÃO COGNITIVA
 A terapia cognitiva baseia-se no modelo cognitivo, que levanta a hipótese de que as emoções e os comportamentos das pessoas são influenciados por sua percepção dos eventos. 
 Não é a situação por si só que determina o que as pessoas sentem, mas sim, o modo como elas interpretam essa situação.
Exemplos: a leitura de um livro; a apreciação de um filme; a avaliação de uma aula. 
 Cada indivíduo tem uma resposta emocional diferente para cada uma dessas situações com base no que está passando por suas cabeças naquele momento. Portanto o modo como as pessoas se sentem está associado ao modo como elas interpretam e pensam
Pensamentos Automáticos Disfuncionais
São um fluxo de pensamentos que coexistem com um fluxo de pensamentos mais manifestos, surgem espontaneamente e não são embasados em reflexão ou deliberação.
Parecem surgir espontaneamente, mas estão ligados ao nosso sistema de crenças centrais e subjacentes.
São quase sempre negativos, a menos que o paciente seja maníaco ou hipomaníaco, tenha um transtorno de personalidade narcisístico ou seja um viciado em drogas.
São usualmente breves e o paciente com frequência está mais ciente da emoção que sente em decorrência do pensamento do que do pensamento em si. 
Ajudam a definir os estados de humor que experimentamos
Influenciam o comportamento: o que escolhemos ou não fazer e a qualidade do nosso desempenho.
Pensamentos e Crenças afetam respostas biológicas.
São influenciados pelas crenças que adquire-se na infância e no meio cultural.
Enquanto as mudanças no pensamento são, na maioria das vezes, fundamentais, muitos problemas também exigem mudanças no comportamento, no funcionamento físico e no meio.
A TCC ajuda a examinar todas as informações disponíveis; não é simplesmente pensamento positivo
Emoções
As emoções são de importância primária para o terapeuta cognitivo. Afinal uma meta importante da terapia é o alívio de sintomas, uma redução no nível de aflição do paciente quando ele modifica o pensamento disfuncional.
A emoção negativa intensa é dolorosa e pode ser disfuncional quando interfere com a capacidade do paciente de pensar claramente, resolver problemas, agir efetivamente ou obter satisfação.
Os pacientes com um transtorno psicológico, freqüentemente experimentam uma intensidade de emoção que é excessiva ou inapropriada à situação. 
Podem sentir-se cansados e não reconhecerem que estão deprimidos, ou sentirem-se nervosos e não reconhecerem a ansiedade. Junto com a depressão e a ansiedade, a raiva, a vergonha e a culpa são estados de humor problemáticos comuns a muitas pessoas.
Uma forma de observação das emoções são as mudanças na tensão do corpo. Ombros caídos podem indicar medo ou tensão; corpo pesado pode indicar depressão ou frustração.
Conseguir notar 3 estados de humor durante o mesmo dia.Ou usar lista com estados de humor.
Muitos pacientes não entendem claramente a diferença entre o que eles estão pensando e o que estão sentindo emocionalmente.
O terapeuta tenta obter o sentido da experiência do paciente e partilha seu entendimento com o paciente, tentando explicar-lhe a diferença entre um material racional (verbal ou pictórico) e um material emocional (aflitivo ou não).
Ao fazer essadistinção o paciente pode perceber exatamente qual pensamento o deixa triste, ansioso, com raiva ou constrangido
Quantificando as emoções
 É importante para o paciente identificar suas emoções e quantificar o grau de emoção que está experimentando.
 Alguns pacientes tem a crença que se sentirem uma pequena quantidade de aflição, isso aumentará e se tornará intolerável. Aprender a classificar a intensidade das emoções auxiliará o paciente a testar essa crença
Erros Cognitivos
Abstração seletiva (filtro mental)
Conclusão depois de examinar apenas uma pequena porção das informações disponíveis. Os dados importantes são descartados ou ignorados, a fim de confirmar a visão tendenciosa que a pessoa tem da situação.
Um homem deprimido com baixa auto-estima não recebe um cartão de boas-festas de um velho amigo. 
Ele pensa: "Estou perdendo todos os meus amigos; ninguém se importa mais comigo". Ele ignora as evidências de que recebeu cartões de vários outros amigos, que seu velho amigo tem lhe enviado cartões todos os anos nos últimos 15 anos, que seu amigo esteve muito ocupado no ano passado com uma mudança e um novo emprego e que ele ainda tem bons relacionamentos com outros amigos.
Inferência arbitrária
Conclusão a partir de evidências contraditórias ou na ausência de evidências.
Uma mulher com medo de elevador é solicitada a prever as chances de um elevador cair com ela dentro. Ela responde que as chances são de 10% ou mais de o elevador cair até o chão e ela se machucar. Muitas pessoas tentaram convencê-la de que as chances de um acidente catastrófico com um elevador são desprezíveis.
Supergeneralização
Conclusão sobre um acontecimento isolado é estendida de maneira ilógica a outras áreas do funcionamento.
Um universitário deprimido tira nota B em uma prova. Ele considera insatisfatório e supergeneraliza com pensamentos automáticos: 
"Estou com problemas nessa aula; estou ficando para trás em todas as áreas da minha vida; não consigo fazer nada direito".
Maximizacão e Minimização
A importância de um atributo, evento ou sensação é exagerada ou minimizada.
Uma mulher com transtorno de pânico começa a sentir tonturas durante o início de um ataque de pânico. Ela pensa: "Vou desmaiar; posso ter um ataque cardíaco ou um derrame".
“Eu tenho um ótimo emprego, mas todo mundo tem”.
“Obter notas boas não quer dizer que sou inteligente, os outros obtêm notas melhores do que as minhas.”
Personalização
Assume-se responsabilidade excessiva ou culpa por eventos negativos.
Houve um revés econômico e um negócio anteriormente de sucesso passa por dificuldades para cumprir o orçamento anual. Pensa-se em fazer demissões. Uma série de fatores levaram à crise no orçamento, mas um dos gerentes pensa:
 "É tudo culpa minha; eu deveria saber que isso iria acontecer e ter feito alguma coisa; falhei com todos na empresa".
Pensamento absolutista (dicotômico ou do tipo tudo-ou-nada)
Os julgamentos sobre si mesmo, as experiências pessoais ou com os outros são separados em duas categorias ( totalmente mau ou totalmente bom, fracasso total ou sucesso, cheio de defeitos ou completamente perfeito)
Paulo, um homem com depressão, compara-se com Roberto, um amigo que parece ter um bom casamento e cujos filhos estão indo bem na escola. Embora o amigo seja muito feliz em sua casa, sua vida está longe do ideal. Roberto tem problemas no trabalho, restrições financeiras e dores físicas, entre outras dificuldades. Paulo está se envolvendo em pensamento absolutista quando diz para si mesmo: 
"Tudo vai bem para Roberto; para mim nada vai bem".
Catastrofização
Pensar que o pior de uma situação vai ocorrer, sem levar em consideração outros desfechos. Acreditar que esse acontecimento será terrível e insuportável.
“Perder o emprego será o fim da minha carreira”
“Não suportarei a separação da minha mulher”
“Se eu perder o controle será o meu fim” 
Raciocínio Emocional
Presumir que sentimentos são fatos. “Sinto, logo existe”. Pensar que algo é verdadeiro porque tem um sentimento (na verdade um pensamento) muito forte a respeito. Deixar os sentimentos guiarem a interpretação da realidade. Presumir que as reações emocionais refletem a situação verdadeira.
“Eu sinto que minha mulher não gosta mais de mim.”
“Sinto que meus colegas riem às minhas costas”.
“Sinto que estou tendo um enfarto, então deve ser verdadeiro.”
“Sinto-me desesperado, então a situação deve ser desesperadora.”
Advinhação
Prever o futuro. Antecipar problemas que talvez não venham a ocorrer. Expectativas negativas estabelecidas como fatos.
“Não irei gostar da viagem.”
“Ela não aprovará meu trabalho.”
“Dará tudo errado.”
Leitura Mental
Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão pensando, desconsiderando outras hipóteses possíveis.
“Ela não está gostando da minha conversa.”
“Ele está me achando inoportuna.”
“Ele não gostou do meu projeto.”
Rotulação
Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo, numa pessoa ou situação, em vez de rotular a situação ou o comportamento específico.
“Sou incompetente.”
“Ele é uma pessoa má.”
“Ela é burra.”
Desqualificando o positivo
“O sucesso obtido naquela tarefa não importa, porque foi fácil.”
“Isso é o que esposas devem fazer, portanto, ela ser legal comigo não conta.”
“Eles só estão elogiando meu trabalho porque estão com pena.”
Imperativos “deveria” e “tenho que”
Interpretar eventos em termos de como as coisas deveriam ser, em vez de simplesmente considerar as coisas como são. Afirmações absolutistas na tentativa de prover motivação ou modificar um comportamento. Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao mundo para evitar as consequências do não cumprimento dessas demandas.
“Eu tenho que ter controle sobre todas as coisas.”
“Eu devo ser perfeito em tudo que faço.”
“Eu não deveria ter ficado incomodado com meu amigo.”
Vitimização
Considerar-se injustiçado ou não entendido. A fonte dos sentimentos negativos é algo ou alguém, havendo recusa ou dificuldade de se responsabilizar pelos próprios sentimentos e comportamentos.
“Minha esposa não entende meus sentimentos.”
“Faço tudo pelos meus filhos e eles não me agradecem.”
Questionalização (E se?)
Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi. Culpar-se pelas escolhas do passado e questionar-se por escolhas futuras.
“Se eu tivesse aceitado o outro emprego, estaria melhor agora.”
“E se o novo emprego não der certo?”
“Se eu não tivesse viajado, isso não teria acontecido.”
***De onde os pensamentos automáticos surgem?
O que faz uma pessoa interpretar uma situação diferentemente de uma outra pessoa?
Por que a mesma pessoa pode interpretar um evento idêntico de forma diferente em um momento e em outro? 
Esses pensamentos estão relacionados com as CRENÇAS
As crenças mais centrais são entendimentos tão fundamentais e profundos que as pessoas freqüentemente não os articulam, sequer para si mesmas. 
Essas idéias são consideradas pela pessoa como verdades absolutas.
As crenças centrais são o nível mais fundamental de pensamento.
 São globais, rígidas e supergeneralizadas 
Crenças Centrais
Idéias e conceitos fundamentais sobre nós mesmos, os outros e o mundo
Incondicionais
Formadas desde a infância e se fortalecem com o tempo
Suas mudanças proporcionarão os melhores resultados na terapia no que se refere ao tratamento da psicopatologia em questão.
Desamparo: impotente, frágil, vulnerável, carente, desamparado, necessitado
Desamor: indesejável, incapaz de ser gostado, de ser amado, sem atrativos, imperfeito, rejeitado, abandonado, sozinho
Desvalor: incapaz, incompetente, inadequado, ineficiente, falho, defeituoso, enganador, fracassado, sem valor
Crenças nucleares sobre os outros:
As pessoas são más, desleais, traiçoeiras, só querem se aproveitar, tirar vantagens, etc.
Crenças nucleares sobre o mundo:
O mundo é injusto, ameaçador, perigoso, etc.
 As crenças nucleares ou centrais são mais abstratas e gerais, constituindo um nível mais profundo de representação dos pensamentos.
Ativam-sedurante os transtornos emocionais
O processo de informação torna-se tendencioso, extraindo da realidade os aspectos que confirmam a crença disfuncional. (viés confirmatório)
Passado o problema emocional ela volta a ser latente.
Nos traços e transtornos de personalidade os indivíduos tem suas crenças disfuncionais ativadas na maior parte do tempo 
Esquemas
Conceito de crença e esquema geralmente são indistintos.
Esquemas são estruturas internas de relativa durabilidade que armazenam aspectos genéricos ou protótipos de estímulos, idéias ou experiências, e também organizam informações novas para que tenham significado, determinando como os fenômenos são percebidos e conceitualizados 
Esquemas são estruturas cognitivas com conteúdos (crenças)
Estruturas mentais que contêm armazenadas as representações de significados.
São fundamentais para orientar a seleção, codificação, organização, armazenamento e recuperação de informações de dentro do aparato cognitivo.
Tem uma estrutura interna consistente que ordena novas informações que entram no sistema cognitivo. 
Dá à experiência sua forma e significado, provendo, dessa forma, a estabilidade (estrutura) dos sistemas cognitivo, afetivo e comportamental ao longo do tempo e dos eventos.
 São padrões ordenadores da experiência que ajudam os indivíduos a explicá-la, mediar sua percepção e guiar suas respostas (cognitivas, emocionais e comportamentais).
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS OU SUBJACENTES, PRESSUPOSTOS CONDICIONAIS
As crenças centrais influenciam o desenvolvimento das crenças intermediárias.  
compostas por
regras (eu devo...tenho que): 
atitudes (é preciso que...): 
suposições (se eu...)
Essas crenças pressupõe que uma vez cumpridas as regras, normas e atitudes não haverá problema, o indivíduo se mantém relativamente estável e produtivo. No entanto, se, por alguma circunstância, os pressupostos não estão sendo cumpridos, o indivíduo torna-se vulnerável ao transtorno emocional quando a crença negativa é ativada
Estratégias de Enfrentamento
Comportamentos que a pessoa usa na tentativa de lidar com a crença.
Tem correlação direta com as regras e os pressupostos disfuncionais que acabam por reforçar ainda mais as crenças.
Os pressupostos condicionais modelam a relação entre as estratégias comportamentais e as crenças nucleares.
Exemplo: Indivíduo Fóbico Social
Sou incapaz de ser amado (CRENÇA CENTRAL)
É perigoso interagir com as pessoas, pois elas não vão gostar de mim. (ATITUDE)
Para não ter problemas, não devo interagir com as pessoas (REGRA)
Se eu me engajar em minha estratégia compensatória, estarei bem; se não, minha crença central ficará evidente. Devo me afastar, caso contrário me machucarão. (SUPOSIÇÃO)
Não vou ter assunto pra conversar na festa. (PENSAMENTO AUTOMÁTICO)
Terapia Cognitiva
Metodologicamente, a trajetória da terapia cognitiva, envolve uma ênfase inicial sobre os pensamentos automáticos, ou seja as cognições mais próximas à percepção consciente.
O terapeuta ensina o paciente a identificar, avaliar e modificar seus pensamentos, a fim de produzir alívio de sintomas. 
Então, as crenças que estão por trás dos pensamentos disfuncionais e constantes em muitas situações tornam-se o foco do tratamento.
Crenças relevantes de nível intermediário e crenças centrais são avaliadas de vários modos e subseqüentemente modificadas para que as conclusões dos pacientes sobre os eventos e as percepções dos eventos mudem.
A modificação profunda de crenças mais fundamentais torna os pacientes menos propensos a apresentar recaída no futuro.
Crença Central Crença Intermediária Situação Pensamento Automático Reações: emocional . comportamental fisiológica
Conceitualização (Conceituação)
As perguntas básicas que o terapeuta faz a si mesmo são:
Como esse paciente veio parar aqui?
Que vulnerabilidades e eventos de vida (traumas, experiências, interações) foram importantes?
Como o paciente enfrentou sua vulnerabilidade?
Quais são seus pensamentos automáticos e de que crenças eles brotaram?
É importante para o terapeuta colocar-se no lugar do paciente para desenvolver empatia pelo que o paciente está passando, entender como ele está se sentindo e perceber o mundo através dos seus olhos.
Dessa maneira, de acordo com a sua história e conjunto de crenças, suas percepções, pensamentos, emoções e comportamentos deveriam fazer sentido.
Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura para o entendimento de um paciente pelo terapeuta, que faz a si mesmo as seguintes perguntas:
Qual é o diagnóstico do paciente?
Quais são seus problemas atuais, como esses problemas se desenvolveram e como eles são mantidos?
Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados aos problemas?
Quais reações (emocionais, fisiológicas e comportamentais) estão associadas ao seu pensamento?
Então o terapeuta levanta hipóteses sobre como o paciente desenvolveu essa desordem psicológica particular, fazendo a si mesmo as seguintes perguntas:
Que aprendizagens e experiências antigas (e talvez predisposições genéticas) contribuem para seus problemas hoje?
Quais são suas crenças subjacentes (incluindo atitudes, expectativas e regras) e pensamentos?
Como ele enfrentou suas crenças disfuncionais?
Que mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais, positivos e negativos, ele desenvolveu para enfrentar suas crenças disfuncionais?
Como ele via (e vê) a si mesmo, aos outros, seu mundo pessoal, seu futuro?
Que estressores contribuíram para seus problemas psicológicos ou interferiram em sua habilidade para resolver esses problemas?
Dessa maneira o terapeuta começa a construir uma conceituação cognitiva durante seu primeiro contato com um paciente e continua a refinar sua conceituação até a última sessão.

Continue navegando