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Introdução ao Direito Caso 04

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Universidade Estácio de SÁ - Campus West shopping
Aluno: Robson José da Silva Matrícula: 2016.01.15592-1
Disciplina: Introdução ao Estudo do Direito
Curso: Direito Turno: Manhã
Caso 4
Algumas notícias recentes tiveram destaque na imprensa. A participação num reality show (BBB 11) de um transexual que realizou cirurgia para mudança de sexo,...
... a venda de um banco pelo controlador de um conglomerado de empresas (Panamericano)...
... e a desocupação, em cumprimento a ordem judicial, da mansão que residia com a família, construída para este fim e na qual abrigava um vasto acervo de obras de arte, do dono de outro banco que teve sua liquidação decretada pelo Banco Central (Banco Santos). 
A complexidade e a diversidade está presente no mundo dos fatos jurídicos, entendendo estes como os acontecimentos que provocam efeitos no mundo jurídico, ocasionando o nascimento, a aquisição, a modificação ou extinção de direitos. Os fatos citados estão vinculados de alguma forma também ao exercício de direitos.
No primeiro caso o transexual, que na definição de Maria Helena Diniz “é a condição sexual da pessoa que rejeita sua identidade genética e a própria anatomia de seu gênero, identificando-se psicologicamente com o sexo oposto” , optou pela correção cirúrgica para alinhar sua anatomia à identidade psicológica
No segundo episódio, para se livrar de uma obrigação vultosa provocada por prováveis fraudes na contabilização das contas, o titular do direito de propriedade optou por alienar seu patrimônio por venda.
No terceiro evento narrado, para preservar direitos de terceiros, a justiça decidiu pela desocupação da mansão.
Com base nos casos descritos, faça o que se pede:
Identifique nos casos um exemplo de direito subjetivo absoluto, de direito relativo, de direito patrimonial, extrapatrimonial (não-patrimonial), disponível, indisponível, transmissível e intransmissível, justificando sua resposta.
Direito subjetivo relativo: podem ser opostos apenas em relação a determinada pessoa ou pessoas, que participam da relação jurídica. Os direitos de crédito, de locação, os familiais.
Direito patrimonial: Os primeiros possuem valor de ordem material, podendo ser apreciados pecuniariamente. Os patrimoniais subdividem-se em reais, obrigacionais, sucessórios e intelectuais.
Reais: têm por objeto um bem móvel/imóvel, como a propriedade, usufruto, penhor. 
Obrigacionais: também chamados de crédito/pessoais, têm por objeto uma prestação pessoal, como ocorre nos contratos (trabalho, aluguel, de serviços etc.) 
Sucessórios: surgem em decorrência do falecimento de seu titular e são transmitidos aos seus herdeiros. 
Intelectuais: dizem respeito aos autores e inventores, que têm o privilégio de explorar a sua obra, com exclusão de outras pessoas
Direito extrapatrimonial (não-patrimonial): o que não sucede com os não-patrimoniais, de natureza apenas moral (personalíssimos e familiais).
Personalíssimos: são os direitos da pessoa em relação à sua vida, integridade corpórea e moral, honra, nome etc. São também denominados inatos, porque tutelam o ser humano a partir do seu nascimento. 
Familiais: decorrem do vínculo familiar, como os existentes entre os cônjuges e seus filhos
Direito transmissível: podem passar de um titular para outro, por sucessão, transferência de titularidade. Direitos reais são, em regra, transmissíveis.
Direito intransmissível: podem passar de um titular para outro. Ex.: os direitos personalíssimos (honra,vida, imagem). Alguns direitos patrimoniais são intransmissíveis (contrato de trabalho, direito a alimentos)
Direito disponível: são aqueles em que o sujeito ativo, por ato de vontade, pode deixar a condição de titular do direito.
Direito indisponível: o titular do direito não pode abrir mão da titularidade, como se dá com os direitos personalíssimos.
Justificativa: Os direitos absolutos são aqueles que se opõem de forma erga omnes (geral), irradiando efeitos em todos os campos e impondo à coletividade o dever de respeitá-los . Direitos relativos os que se opõem ou obrigam apenas os sujeitos da relação jurídica. A indisponibilidade contempla a intransmissibilidade, a inalienabilidade e a irrenunciabilidade e significa a impossibilidade de mudança do titular, nem mesmo por força da vontade própria do indivíduo. O quadro de descrédito com a Lei Maria da Penha, criada para defender as mulheres de violência provocada pelos companheiros, tem sido assunto de críticas contundentes. Faça uma análise do caso concreto em discussão, à luz dos planos de validade da norma (vigência, validade e eficácia) A lei Maria da Penha possui validade material formal, porque foi elaborada pelo Congresso Nacional, tendo estabelecido todo o processo de legislação, por isso também, está em vigor. Porém, mesmo estando em vigor, a lei não garante proteção domesticada a mulher por que é praticamente nula a fiscalização de agressão. Diz o art. 226, § 3°, da Constituição da República: "Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento". O art. 1.723 do Código Civil, por sua vez, estabelece: "É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família". No julgamento sobre a matéria pelo STF (ADI 4277, Rel. Min. Ayres Britto), estabeleceu o STF interpretação conforme a Constituição do art. 1.723 do Código Civil, vetando o preconceito e a discriminação e excluindo da exegese desse dispositivo qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família, idêntica à união estável heteroafetiva. Analise essa decisão do STF tendo em conta uma visão sistêmica do ordenamento jurídico brasileiro. Segundo o STF, o direito à liberdade de orientação sexual é direta emanação do princípio da dignidade da pessoa humana, inclusive no sentido de se tratar de direito à auto-estima e à busca da felicidade. Deu ênfase, o STF, ao § 2° do art. 5° da Constituição, reconhecendo direitos fundamentais não expressamente enunciados no texto, emergentes do regime e dos princípios adotados pela Carta.

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