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CRIME CONSUMADO E TENTATIVA.docx elaYNE

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CRIME CONSUMADO E TENTATIVA
Crime Consumado..........................................................................................
Tentativa.........................................................................................................
Conceito de crime tentado.....................................................................
Natureza jurídica da tentativa................................................................
Teorias fundamentadoras da punição da tentativa................................
Dolo e culpa na tentativa........................................................................
Conceito e divisão e iter criminis............................................................
Tentativa e dolo eventual.......................................................................
Tentativa e crime de ímpeto...................................................................
Crimes que não admitem a tentativa......................................................
Critério para a diminuição da pena na tentativa.....................................
Distinção entre tentativa perfeita e tentativa imperfeita.......................
Diferença entre crime e falho e tentativa falha......................................
CRIME CONSUMADO
É o tipo penal integralmente realizado, ou seja, quando o tipo concreto se amolda perfeitamente ao tipo abstrato. De acordo com o artigo 14, I do Código Penal, diz consumado o crime quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. No homicídio, por exemplo, o tipo penal consiste em "matar alguém" (artigo 121 do CP), assim o crime restará consumado com a morte da vítima.
TENTATIVA
Conceito de Crime tentado
O crime tentado ocorre quando o agente inicia a execução do delito, mas este não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade. De acordo com o parágrafo único do art. 14, do Código Penal, "salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços". Para fixar a pena, o magistrado deve usar como critério a maior ou menor proximidade da consumação, de forma que quanto mais o agente percorrer o "iter criminis", maior será sua punição.
O Código Penal não faz previsão, para cada delito, da figura da tentativa, embora a grande maioria comporte a figura tentada.
Preferiu-se então, usar uma formula de extensão, ou seja, para caracterizar a tentativa de homicídio, não se encontra previsão expressa no art.121, da Parte Especial. Nesse caso, aplica-se a figura do crime consumado em associação com o disposto no art. 14, II, da Parte Geral. Portanto, o crime tentado de homicídio é a união do “matar alguém” como o “início de execução, que não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do agente. ” Pode-se ler: quem, pretendendo eliminar a vida de alguém e dando início à execução, não conseguiu atingir o resultado morte, praticou uma tentativa de homicídio. 
Natureza jurídica da tentativa
O art. 14, inc. II, do CP constitui-se em norma de extensão (ou complementar) da tipicidade. Opera-se, na verdade, uma ampliação temporal da figura típica, pois permite a aplicação da lei penal a um momento anterior à consumação.
Teorias fundamentadoras da punição da tentativa
Subjetiva: (voluntarística ou monista): leva em consideração, para justificar a punição da tentativa, fundamentalmente, a vontade criminosa, desde que nítida, podendo ela estar presente e identificada tanto na preparação quanto na execução. Leva-se em conta apenas o desvalor da ação, não importando, para a punição, o desvalor do resultado. Nesse caso, inicia-se a possibilidade de punir a partir do momento em que o agente ingressa na fase da preparação. Como o objetivo é punir aquele que manifesta vontade contrária ao direito, nem sempre deve o juiz atenuar a pena. Exemplo: “A” está armado com uma espada e oculta-se atrás de um poste para aplicar um golpe fatal em “B”, este não passa pelo local, mesmo assim estaria configurando o crime de homicídio tentado.
Objetiva (realística ou dualista): o objetivo da punição da tentativa volta-se ao perigo efetivo que o bem jurídico corre, o que somente se configura quando os atos executórios, de caráter unívoco, têm início, com idoneidade, para atingi-lo. É a teoria adotada pelo art. 14, II, do Código Penal brasileiro. Leva-se em consideração tanto o desvalor da ação quanto o desvalor do resultado. A redução da pena torna-se, então, obrigatória, uma vez que somente se poderia aplicar a pena igual à que seria cabível ao delito consumado se o bem jurídico se perdesse por completo – o que não ocorre na figura da tentativa. Exemplo: Idêntica ao anterior, no entanto, “B” passa pelo local e “A” começa a realizar golpes de espada contra este e só não consuma o homicídio porque é impedido por terceiros.
Subjetivo-objetiva (teoria da impressão): o fundamento da punição é representado pela junção da avaliação da vontade criminosa com um princípio de risco ao bem jurídico protegido. Como se leva em consideração a vontade criminosa e o abalo que a sua manifestação pode causar à sociedade, é faculdade do juiz reduzir a pena. Exemplo: Idem ao anterior, só que “A” apenas aponta a sua espada com lamina afiada em direção a “B”. Já restaria consumada a tentativa.
Teoria sintomática: preconizada pela Escola Positiva, entende que o fundamento de punição da tentativa concentra-se na análise da periculosidade do agente. Poder-se-ia punir os atos preparatórios, não se necessitando reduzir a pena, de caráter eminentemente preventivo.
Preocupa-se com a “PERICULOSIDADE” do agente. É necessário adotar as medidas de segurança, se comprovada no caso concreto. Independente da ineficácia/inidoneidade absoluta ou relativa do meio e/ou ineficácia absoluta ou relativa do objeto à prática criminosa. Se o sujeito ativo demonstrou periculosidade, é caso de medida de segurança e não hipótese de crime impossível.
Dolo e culpa na tentativa
Pode-se afirmar que dolo é a conduta voluntária e intencional de alguém que, praticando ou deixando de praticar uma ação, objetiva um resultado ilícito ou causar dano a outrem. Cabe salientar que para a caracterização do dolo é necessário tanto a intenção de praticar o ato, como este objetivar o resultado danoso.
A culpa é a conduta voluntária, porém descuidada de um agente, que causa um dano involuntário, previsível ou previsto, a outrem. Na “culpa” o agente tem a vontade de praticar o ato lícito, de acordo com as normas, mas não toma os cuidados adequados ao homem médio (cuidados normais) e, por imprudência, negligência ou imperícia, provoca um dano, que apesar de ser previsível, não era o seu desejo.
Dolo e culpa partem de uma conduta voluntária, da vontade do agente. Contudo, o “dolo” desde o início tem caráter ilícito, pois o seu objetivo é causar um resultado contrário às normas, um dano; ao passo que a “culpa” se inicia com uma conduta lícita e atinge um resultado ilícito sem a intenção do agente.
Ricardo chuta uma bola com a intenção de quebrar um vidro, que se despedaça quando a bola o atinge. Diego quer chutar a bola para Marcos, mas por descuido, acerta o vidro e o quebra. Nestas situações, Ricardo agiu dolosamente e Diego praticou uma conduta culposa.

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