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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1 ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS - SP PROCESSO Nº: 1234 JULIANA FLORES, brasileira, solteira, empresária, portador do documento de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF sob o nº..., residente e domiciliada na Rua Tulipa, 333, na cidade de Campinas – SP, endereço eletrônico..., vem por seu advogado, com endereço profissional situado..., endereço eletrônico..., apresentar tempestivamente CONTESTAÇÃO nos autos da ação de anulação do Negócio Jurídico que lhe move SUZANA MARQUES, nos termos que se seguem: I – DAS PRELIMINARES DA COISA JULGADA Preliminarmente, é imperioso ressaltar que é a segunda vez que a mesma ação é proposta em face da mesma Ré, com identidade de pedido e de causa de pedir, frisa-se que a primeira demanda foi proposta em 10 de abril de 2015, a mesma foi julgada IMPROCEDENTE, cuja decisão transitou em julgado perante o Juízo da 2ª Vara Cível desta Comarca, processo nº..., conforme prova documentos anexos. Logo, deve ser aplicada a preliminar do artigo 337, VIII e §4° do Código de Processo Civil, sendo certo de se tratar de perempção em tese de defesa processual, devendo o processo ser extinto. DA LEGITIMIDADE PASSIVA Considerando que o Negócio Jurídico que se pretende anular foi firmado entre a Autora e o Orfanato Semente do Amanhã, do qual a Ré deixou de ser Diretora desde 2013, constatando sua ilegitimidade passiva, devendo o dito Orfanato integrar a relação processual, na forma dos artigos 337, X, 338, 339 e 485, VI do CPC. II – DO MÉRITO DA DECADÊNCIA O prazo para anular o Negócio Jurídico sob a alegação do Vício da coação é de quatro anos, como dispõe o artigo 178, I do Código Civil. Considerando que a doação ocorreu em 18/03/2012 e a ação foi proposta em 20/01/2017, decaiu a Autora seu direito. Não obstante a decadência é preciso verificar que os fatos narrados não dão margem à coação, pois há ausência dos pressupostos do artigo 151 do CC, não havendo qualquer prova a seu respeito. Ademais, a Autora mudou de emprego, tendo solicitado desligamento um mês após a doação e, ainda que não houvesse requerido, o fato configuraria no máximo, temor essencial, nos termos do artigo 153 do CC. III – DOS PEDIDOS Diante do exposto, requerer a Ré a V. Exa.: Seja a ação extinta sem resolução do mérito de acordo com a preliminar arguida de coisa julgada, conforme artigo 337, VII, do CPC; Preliminarmente, seja reconhecida a ilegitimidade passiva da Ré, com extinção do feito sem resolução do mérito, com base no artigo 485, VI do CPC; Se afastadas as preliminares, no mérito, o reconhecimento da existência da decadência, e improcedência do pedido da Autora; A condenação da Autora no ônus de sucumbência, em 10% do valor da causa, nos termos do artigo 85, §§ 2º e 6º, do CPC; IV- DAS PROVAS Provar o alegado por todos os meios de prova previstos em lei, especialmente pelos documentos ora juntados aos autos – e, caso V. Exa. entenda necessária a realização de audiência, requer a Ré o depoimento pessoal da Autora. Termos em que, pede deferimento. Local, data. Advogado OAB/UF, nº...
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