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Hobbes analisa a sociedade, no qual seu componentes básicos é o homem e as suas sensações. Ele define as varias paixões e sentimentos de maneira impessoal e com base em princípios científicos. Hobbes tenta desvendar o individuo social, na certeza de que o objetivo era pensar o Estado,que só poderia acontecer após a compreensão do ser humano e suas relações sociais, o que os move na vida, quais seus desejos, paixões e quais os recursos que estes utilizam para realiza-los. Os sonhos, a imaginação , a cadeia de imaginação são fenômenos da estrutura psíquica do ser humano. 
 Hobbes descreve o homem em seu Estado Natural, como egoísta, egocêntrico e inseguro. Ele não conhece leis e não tem conceito de justiça, ele somente segue suas paixões e desejos misturados com sugestões de sua razão natural. Onde não existe lei ou governo, os homens naturalmente caem na discórdia. Desde que os recursos são limitados, ali haverá competição, que leva ao medo,à inveja e a disputa. Com a desconfiança, perde-se a segurança de confiar no próximo e na busca pela gloria, derruba-se os outros pelas costas, já que para Hobbes, os homens são iguais nas capacidades e na expectativa de êxito, nenhuma pessoa ou grupo pode, com segurança reter o poder. Assim, o conflito acontece sempre e “cada homem é inimigo de outro homem”.
 Enquanto que cada um se concentra na autodefesa e na conquista, o trabalho produtivo é impossível, pois não existe tranqüilidade para a busca do conhecimento, motivação para construir ou explorar, não há lugar para as artes , não existe lugar para a sociedade só “medo continuo e perigo de morte violenta”. Assim a vida do homem será “solidária, pobre, sórdida, brutal e curta”.
 Podemos perceber também que , foram os próprios homens que almejaram uma ordem pela garantia da paz, assim, um Estado que garantisse a paz e segurança dos indivíduos.
 Hobbes analisa que é preciso que o homem leia-se a si mesmo, já que as paixões soa comuns a todos os homens submetidos às mesmas circunstâncias. São os sentimentos e emoções, que movem o homem a praticar todos os atos que lhe são possíveis e a sentir todas as emoções ás quais esta sujeito.
 O autor manifesta-se contrario à teoria das escolas segundo a qual um corpo tenderia ao movimento pela ausência de vontade de ficar onde estava a para quedar em local que para ele fosse mais adequado. Hobbes manifesta sua contrariedade aos escolásticos a às escolas que formavam o pensamento e as opiniões da época, ele, contrario ao entendimento aristotélico, defende que um corpo tende a permanecer imóvel ou em movimento ate que uma força atue sobre ele.
 Os oito primeiros capítulos de sua obra, o autor conceituou o grande número de paixões humanas e passa, após, a analisar o poder, principal proposição sobre a natureza humana, definindo-os como “os meios de que presentemente dispõe para obter qualquer visível bem futuro” e o divide em original, que são os meios inatos e instrumental que são os meios adquiridos.
 Da compreensão do homem como um ser que deseja o poder, como uma forma incessante de sobrevivência, Hobbes infere a essência do Estado como uma entidade composta pela soma dos vários poderes individuais dos homens em sociedade. É nesse momento que se da a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade, quando o individual é sobre determinado pelo coletivo.
 Dentre esses meios, o maior dos poderes humanos é “aquele que é composto pelos poderes de vários homens, unidos por consentimento numa só pessoa, natural ou civil, que tem uso de todos os seus poderes na dependência de sua vontade. É o caso do poder de um Estado”.
“As paixões que provocam de maneira mais decisiva as diferenças de talento são, principalmente, o maior ou menor desejo de poder, de riqueza, de saber e de honra. Todas as quais podem ser reduzidas à primeira, que é o desejo de poder. Porque a riqueza, o saber e a honra não são mais do que diferentes formas de poder”.
 Este conceito de maior poder ou de poder superior, é importante em razão de que é poder, criado através do contato entre os indivíduos, que será capaz de garantir ao individuo tudo aquilo que ele anseia , que é a paz e a segurança.
 Hobbes trata da religião , matéria afeta a todo e qualquer individuo, ele demonstra que a religião deriva da ordem divina e do homem também. Neste aspecto os fundadores e legisladores dos Estados utilizam a religião como forma de manipulação, a fim de conquistarem a paz e a obediência civis, “tão fácil os homens serem levados a acreditar em qualquer coisa por aqueles que gozam de credito junto deles, que podem com cuidado e destreza tirar partido de seu medo e ignorância”.
 A religiosidade é algo natural do homem, sendo impossível deixar de existir religião na humanidade ,pois a religião assume papel importante para que a união do Estado esteja presente, pois evita a guerra civil, que seria a morte do Leviatã , ou seja, a morte do Estado.
 A partir do capitulo 14, Hobbes explica a condição que se encontrava a humanidade antes da existência de qualquer Estado. Ele afirma que o homem vivia em um estado de natureza,sendo que neste momento as relações humanas eram embasadas na discórdia, inexistia, à época, um poder capaz de manter o respeito de um para com o outro. Sem tal respeito, cada um procurava a satisfação de seu próprio bem, sofrendo os riscos que esta mesma conduta praticada pelo seu próximo poderia causar-lhe.
 As três principais causas para a existência da discórdia entre os homens seria a competição, quando o ataque de um individuo sobre o outro buscava o lucro, a desconfiança, cujo bem almejado seria a segurança e a gloria, quando o homem buscaria a reputação. Em razão deste estado de discórdia não haveria paz entre os homens, que estariam em constante estado de guerra.
 Em decorrência da guerra, sendo cada um governador por sua própria razão, inexistiriam as noções de justo e injusto, de bem e mal e de propriedade,” pertence a cada homem só aquilo que ele é capaz de conseguir , e apenas quando for capaz de conserva-lo.”
 E devido a situação vivida no estado de natureza, a vida do homem seria “solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta” como dito anteriormente , seria “miserável a condição em que o homem realmente se encontra”.
 O autor faz a diferenciação entre o direito natural e a lei natural. O direito natural seria a liberdade de praticar ou não determinada conduta, do que se deduz que o homem tem direito a todas as coisas, já as leis seria aquela que obrigaria o individuo a pratica-la ou a se omitir.
 Dentre as leis naturais, Hobbes identifica a primeira delas: a de que “todo homem deve se esforçar pela paz”, deve “procurar a paz e segui-la”, a partir dessa decorre outra lei: “que um homem concorde, conjuntamente com outros(...) renunciar a seu direito a todas as coisas, contentando-se , em relação aos outros homens, com a mesma liberdade que os outros homens permite em relação a si mesmo”.
 Para a teoria hobbesiana, o individuo abre mão de todos os seus direitos em favor da busca da paz, e não somente de alguns. Isso não quer dizer que o individuo será obrigado a fazer tudo aquilo que o poder soberano lhe ordenar. O homem não esta obrigado a praticar atos que impliquem em renuncia ou transferência de evitar a morte, nem tampouco de se acusar sem garantia de perdão.
 O acordo firmado entre os indivíduos seria de acordo com Hobbes, um pacto : a existência de um poder comum superior que, através do medo infligido em razão de um poder coercitivo, imponha a todos o seu cumprimento. A existência desse poder seria impossível no estado da natureza, eis que nele “ todos são iguais e juizes de seus próprios temores”. No Estado Civil ela seria possível, pois com o poder coercitivo os indivíduos deixariam determedo de que os outros indivíduos descumprissem suas obrigações, inexistindo nulidade do pacto.
 A construção do pacto social que deu origem ao Estado Civil, assim Hobbes passa a analisar o Estado. Ele apresenta uma argumentação de uma pessoa artificial como aquela entidade que representa outras pessoas naturais ou artificiais e é esta a personificação do Estado.
 A base da criação do Estado , para o autor, esta na necessidade de se exercer um controle sobre a natureza humana, a qual, movida pelo desejo de poder incessante, inviabiliza a vida em estado de natureza, forçando o homem a procurar saídas, sendo a institucionalização do Estado uma decisão racional a qual viabiliza a troca de uma liberdade ilimitada do estado de natureza, por uma liberdade controlada, com segurança existente no estado de sociedade.
 O Estado surge, na visão de Hobbes, com uma restrição que o homem impõe sobre si mesmo como forma de cessar o estado de guerra de todos contra todos.

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