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resenha - leviatã

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Discente: Fernanda de Oliveira Batista
Resenha da obra “O Leviatã” de Thomas Hobbes
A livro O Leviatã foi escrito por Thomas Hobbes no século XVII, no contexto da guerra civil inglesa, e buscava mostrar como era a organização social e como funcionava e era aplicada a política naquela época. O nome do livro faz referências a um monstro bíblico temido por todos que é comparado por ele ao Estado. Segundo Hobbes o Estado deveria ser forte e trazer a ordem por que sem ele a sociedade viveria em um estado de guerra constante (estado de natureza) e com isso desenvolveu o conceito de “Contrato Social” o qual organizaria e traria paz a sociedade mediante a limitação de poderes individuais em prol de uma autoridade maior. 
Nas palavras de Hobbes “O maior dos poderes humanos é aquele que é composto pelos poderes de vários homens, unidos por consentimento numa só pessoa, natural ou civil, que tem o uso de todos os seus poderes na dependência de sua vontade: é o caso do poder de um Estado”. O mais importante para ele é ter poder e esse poder não é atribuído pelo homem em si, mas sempre pelos outros. Ele diz que “O valor de um homem tal como de todas as outras coisas, é seu preço, isto é, tanto quanto seria dado pelo uso e seu poder. Portanto não absoluto, algo que depende da necessidade e julgamento de outrem”. E tudo que está ligado ao poder é honra para ele, “todas as maneiras de honra são naturais, tanto nos Estados como fora deles”. Quem é honrado tem poder e quem não tem poder é desonrado. E esse poder e honra, segundo Hobbes, pode ser a coragem, o uso da ciência, ser respeitado e ouvido, ter sua opinião valida e seus conselhos seguidos, como também os títulos de duque, conde ou barão, por exemplo, pois estes significam o valor que o poder soberano do Estado atribuiu. 
Hobbes atribui a religião como unicamente do ser humano e fala que o homem usou dessa ferramenta para explicar o que não conseguia entender e instaurar ordem. “O homem observa como um evento foi produzido por outro, e recorda seus antecedentes e consequências. E quando se vê na impossibilidade de descobrir as verdadeiras causas das coisas (dado que as causas da boa e da má sorte são em sua maior parte invisíveis) supõe causas para elas, quer as que lhe são sugeridas por sua própria fantasia, quer as que aceita da autoridade de outros homens, aos quais considera seus amigos e mais sábios do que ele próprio”. Também diz que é na crença nos fantasmas, na ignorância das causas segundas, na devoção pelo que se teme e na aceitação de coisas acidentais como prognósticos, que consiste a semente natural da religião. Segundo ele, foram de duas maneiras que a semente da religião brotou uma é a politica humana que ensina o que os reis devem exigir de seus súditos. E a outra é a politica divina que surge daqueles que são súditos do reino de Deus. O primeiro são todos os fundadores de Estados e o segundo aquele que propaga as leis de Deus. Para Hobbes, os fundadores do Estado, com o objetivo de manter a paz do Estado, tiveram o cuidado de incutir que os preceitos da religião que não tinham sido definidos por eles, mas por algum deus para que suas leis fossem mais facilmente aceitas. Em seguida, fizeram o povo acreditar que aquilo que as leis proibiam eram coisas que desagradavam os deuses e por fim, introduziram festas, cerimonias e oferendas para justificar que quando coisas ruins aconteciam, como guerras e doenças, eram por que os deuses não estavam satisfeitos com as oferendas recebidas ou desagradado com a quebra de leis, tudo para evitar rebeliões contra os governantes. 
“O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam jus naturale, é a liberdade que cada homem possui de usai seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim” e “uma lei de natureza, lex naturalis, é um preceito ou regra geral, estabelecido pela razão, mediante o qual se proíbe a um homem fazer tudo o que possa destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preservá-la, ou omitir aquilo que pense poder contribuir melhor para preservá-la”. Hobbes diz que devemos saber diferenciar o direito da lei. Ele define duas leis gerais da natureza: a primeira lei diz que os homens devem sempre buscar a paz e a segunda que se for em nome da paz geral e da defesa própria o homem deve renunciar o seu direito todas as coisas. Por que se todos os homens tiverem o mesmo direito uns sobre os outros eles viveriam em um conflito constante de todos contra todos. Ele diz que: “Renunciar ao direito a alguma coisa é o mesmo que privar-se da liberdade de negar ao outro o benefício de seu próprio direito à mesma coisa.” E é na transferência mutua de direitos que ele define o que é contrato e cria a ideia de “contrato social” como a única maneira possível dos homens transcenderem a natureza simples e viverem em harmonia. 
“Portanto, apesar das leis de natureza (que cada um respeita quando tem vontade de respeitá-las e quando pode fazê-lo com segurança), se não for instituído um poder suficientemente grande para nossa segurança, cada um confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas em sua própria força e capacidade, como proteção contra todos os outros”. E é nesse momento que se institui um poder soberano e nasce um Estado. Para Hobbes: “Isto é mais do que consentimento, é uma verdadeira unidade de todos eles, numa só e mesma pessoa, realizada por um pacto de cada homem com todos os homens, de um modo que é como se cada homem dissesse a cada homem: Cedo e transfiro meu direito de governar-me a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas ações. Feito isto, à multidão assim unida numa só pessoa se chama Estado, em latim civitas. É esta a geração daquele grande Leviatã, ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz e defesa. Pois graças a esta autoridade que lhe é dada por cada indivíduo no Estado, é-lhe conferido o uso de tamanho poder e força que o terror assim inspirado o torna capaz de conformar as vontades de todos eles, no sentido da paz em seu próprio país, e ela ajuda mútua contra os inimigos estrangeiros. É nele que consiste a essência do testado, a qual pode ser assim definida: Uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurara paz e a defesa comum. Àquele que é portador dessa pessoa se chama soberano, e dele se diz que possui poder soberano.”
Este poder soberano pode ser adquirido de duas maneiras: por sarça natural submetendo os filhos a sua autoridade ou a seus inimigos quando ganha uma guerra (Poder por aquisição); ou quando os homens concordam entre si, voluntariamente, a submeter-se a um homem ou assembleia de homens (Poder por inquisição, Estado político). Como Hobbes é um defensor do Estado soberano ele diz que as ações que o soberano toma devem ser aceitas por quem o escolheu e pelos demais, por que se foi decidido que ele seria o soberano então ninguém pode contestar suas escolhas. “Por esta instituição de um Estado, cada indivíduo é autor de tudo quanto o soberano fizer, por consequência aquele que se queixar de uma injúria feita por seu soberano estar-se-á queixando daquilo de que ele próprio é autor, portanto não deve acusar ninguém a não ser a si próprio; e não pode acusar-se a si próprio de injúria, pois causar injúria a si.” Além disso, como toda forma de poder para ele é honrosa a do soberano é muito importante e deve ser maior que qualquer outra por que segundo ele “é na soberania que está a fonte da honra”. 
“A diferença entre os governos consiste na diferença do soberano, ou pessoa representante de todos os membros da multidão”. Hobbes define três tipos: de um homem só – monarquia;assembleia de homens unidos – democracia, governo popular; assembleia apenas de uma parte – oligarquia. Os nomes mudam de acordo com o modo de governo sendo atribuídos nomes bons ou ruins para cada um como tirania, oligarquia e anarquia. Mas apesar dos diferentes tipos, ele defende que em qualquer caso, mesmo com o objetivo do bem comum quem está no poder sempre escolherá os seus interesses individuais. Por que, segundo ele, quanto mais próximo o interesse individual do público mais benefícios o público terá. É da natureza do ser humano ser egoísta.

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