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Aula 7 – Estudo e Análise de Métodos e Processos Aula 8 – Estudo e Definição de Tempos Aula 9 – Visão Geral sobre Arranjo Físico 2016.1 Projeto de Métodos e Processos E Projeto de Arranjo Físico (Layout) FAL – FACULDADE ESTÁCIO – ZONA NORTE Aula 7 – Estudo e Análise de Métodos e Processos 2016.1 Projeto de Métodos e Processos E Projeto de Arranjo Físico (Layout) FAL – FACULDADE ESTÁCIO – ZONA NORTE Análise de Métodos e Processos Composto por vários elementos, relacionados entre si, quando em conjunto, definem atividades e processos na produção. - ELEMENTOS QUE COMPÕEM O PROJETO DE MÉTODOS E PROCESSOS: 1. Tarefas que deverão ser alocadas para cada pessoa na operação; 2. Sequência de tarefas a ser estabelecidas para a realização do trabalho; 3. Onde o trabalho será alocado dentro da operação; 4. Instalações e equipamentos que deverão ser usados; 5. Condições do ambiente; 6. Autonomia; 7. Habilidades a ser desenvolvidas pelos trabalhdores; Técnicas para Auxilio no Projeto Fluxograma Simples 5W2H FLUXOGRAMA: representação gráfica, ou visual, de um determinado processos Início ou terminal Atividade Decisão Fluxo ou Direção Arquivamento Fluxograma Simples 5W2H 5W2H: auxilia na análise e no conhecimento do processo, problemas ou ações a serem efetivados. 5W What O quê? Que ação será executada? Who Quem? Quem irá executar? Where Onde? Onde será executada? When Quando? Quanto será executada? Why Por quê? Por quê será executada? 2H How Como? Como será executada? How Much Quanto custa? Quanto custa para executar? Técnicas para Auxilio no Projeto Técnicas para Auxilio no Projeto Fluxograma simples 5W2H Melhoria do processo Segundo Slack, Chambers e Johnston (2002): “ Mesmo quando uma operação produtiva é projetada e suas atividades planejadas e controladas, a tarefa do gerente não está finalizada. Todos os processos, não importa quão bem gerenciados sejam, podem e devem ser melhorados. O trabalho de melhoria e aperfeiçoamento de processos envolve seguir sistematicamente cada passo do processo” Passos a serem seguidos Selecionar o trabalho ou processo a ser estudados Escolher dentre tantas, quais atividades merecem ser estudadas Registrar os fatos relevantes do método Registrar a sequencia de atividades; o inter-relacionamento temporal das atividades ou a trajetória de algumas partes Neste ponto pode ser utilizado a técnica de 5W2H Examinar os fatos criticamente e na sua sequencia O Propósito: o que é feito? Por que é feito? O que mais poderia ser feito? O local: Onde é feito? Por que é feito ali? Onde mais poderia ser feito? A sequência: Quando é feito? Por que é feito neste momento? A pessoa: Quem faz? Por que essa pessoa faz? Quem mais poderia fazer? Os meios: Como é feito? Por que é feito dessa forma? De que outra forma poderia ser feito? Desenvolver o método mais prático, econômico e efetivo Quando o exame crítico leva a algumas mudanças ou melhoramentos. Utiliza-se aqui técnicas como brainstorming ou benchmarking Benchmarking é um processo de comparação de produtos, serviços e práticas empresariais, e é um importante instrumento de gestão das empresas. O benchmarking é realizado através de pesquisas para comparar as ações de cada empresa. Nesse ponto, utiliza-se muito a crítica quanto às atividades que de fato agregam valor ao cliente: • Atividades que agregam valor ao cliente (interno ou externo) são aquelas reconhecidas como válidas (importantes), e as quais o cliente está disposto a pagar. Implantar o novo método Manter o método pela checagem periódica dele em uso. Implantar e manter o novo método faz parte do gerenciamento do projeto do processo de implantação. Brainstorming (tempestade de ideias) - técnica usada para desenvolver ideias criativas e inovadoras. Aleatória, enquanto uma pessoa registra as ideias, sem crítica. O processo permite o surgimento de novas ideias, aumenta o número de ideias incluindo as não familiares, estimula a sinergia e desencoraja a avaliação. Passos a serem seguidos - continuação Aula 8 – Estudo e Definição de Tempos 2016.1 Projeto de Métodos e Processos E Projeto de Arranjo Físico (Layout) FAL – FACULDADE ESTÁCIO – ZONA NORTE Estudo e Definição de Tempos [...] a eficiência e os tempos padrões de produção são influenciados pelo tipo do fluxo de material dentro da empresa, pelo processo escolhido, pela tecnologia utilizada e pelas características do trabalho (ou processo) que estão sendo analisados. Martins e Laugeni (2005) Reflita e responda: Em quais processos produtivos a definição de tempos é mais complexa: nos processos fortemente automatizados ou naqueles com grande intervenção humana? Os tempos de produção de linhas automatizadas variam pouco e, quanto maior a intervenção humana na produção, maior é a dificuldade de se medir corretamente os tempos, uma vez que cada operador tem habilidades, força e vontades diferentes (MARTINS; LAUGENI, 2005). Estudo e Definição de Tempos Importância da medida de Tempos • Estabelecem padrões para os programas e roteiros de produção para assim permitir o planejamento da empresa, utilizando com eficácia os recursos disponíveis. • Servem de parâmetro para avaliar o desempenho de produção, produtos ou serviços, em relação a padrão existente. • Fornecem dados para a determinação dos custos-padrões, para levantamento de custos de fabricação, determinação de orçamentos e estimativa do custo de um novo produto. • Fornecem dados para o estudo de balanceamento de estruturas de produção, para a comparação de roteiros de fabricação e análise do planejamento de capacidade. Metodologia para determinar tempo padrão Martins e Laugeni (2005) : [...] os tempos padrões de produção que serão medidos poderão servir, entre vários objetivos, como uma referência para se avaliar o desempenho de um determinado setor, equipe ou célula de produção. Reid e Sander (2005) recomendam 6 procedimentos para medição de tempo padrão, vejamos: Procedimentos para medição de tempo padrão Etapa 1 – escolha uma tarefa para o estudo de tempo Etapa 2 – Avise ao trabalhador cuja tarefa irá ser estudada Etapa 3 – Subdivida a tarefa em unidades facilmente reconhecida Etapa 4 – Calcule o numero de ciclos que deverá ser observado Etapa 5 – Anote o tempo de cada elemento, registre os tempos e atribua pontos ao desempenho do trabalhador Etapa 6 – Calcule o tempo padrão Cronometragem de ciclos para medição de tempo padrão Determina-se o tempo cronometrado médio (TCM). Avaliar o fator de ritmo de desempenho ou velocidade da operação, chamado de V Com o TCM e da V, é possível calcular o tempo normal (TN) ou tempo básico Calcular o fator de tolerância para fadigas e necessidades pessoais (FT). Com essas informações obtidas determina-se o tempo padrão da operação (TP). Cronometragem de ciclos para medição de tempo padrão Para calcular o número de observações necessárias, deve-se começar por fazer um pequeno número de observações de modo que se possa determinar a média e o desvio da amostra. Precisa-se também saber o valor adequado de z a ser utilizado, uma vez que ele determina o nível de confiança (REID; SANDERS, 2005).Na prática, para determinar o tempo padrão de uma peça ou operação, devem ser realizadas entre 10 e 20 cronometragens. A maneira mais adequada de determinar o número de ciclos a serem cronometrados quando é feito um estudo de tempos, é relacionar o nível de acurácia ou precisão e o nível desejado de confiança para o tempo padrão estimado. (MARTINS e LAUGENI, 2005), Determinar o número de ciclos (n) A expressão abaixo oferecerá o tamanho necessário da amostra para a cronometragem: n = Onde: n: números de ciclos a serem cronometrados z: quantidade de desvios-padrão necessários para o nível de confiança desejado p: previsão desejada ᵟ: desvio padrão da amostra t: média de observação da amostra Z p . ᵟ t 2 Exemplo Com base nos dados abaixo representam a observação para o tempo de ciclo de um processo de montagem calcule quantas observações devem ser necessárias para que, com 99% de confiança, a média de tempo de ciclo amostral tenha uma variação de 5 % em relação ao valor verdadeiro? Z = 2,58 (99%) P = 0,05 (5%) T = 1,5 (média de observações da amostra S = 0,071 (desvio-padrão da amostra) Aplicar a fórmula Resultado: 6 observações Avaliação da velocidade do operador (V) O RITMO DE TRABALHO OBSERVADO PODERÁ SER: médio, acima da média ou abaixo desta. Para Reid e Sanders (2005), em relação ao estudo de tempos, deve-se fazer uma apreciação quanto ao ritmo de trabalho do operador, observando em termos de quão distante o ritmo está da média. A velocidade V do trabalhador é determinada por parte do cronometrista onde a referência é denominada normal de operações atribuída o valor de 1,00 ou de 100% V = 100% - normal V > 100% - velocidade acelerada V < 100% - velocidade lenta Aula 9 – Visão Geral sobre Arranjo Físico 2016.1 Projeto de Métodos e Processos E Projeto de Arranjo Físico (Layout) FAL – FACULDADE ESTÁCIO – ZONA NORTE Definições e conceitos Decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção É uma das características mais evidentes de uma operação produtiva, porque determina sua forma e aparência. É aquilo que a maioria das pessoas observa quando entra pela primeira vez em uma unidade produtiva Determina a maneira segundo a qual os recursos a serem transformados (materiais, informações e clientes) fluem pela organização. Observação: A mudança de uma máquina de lugar, dos produtos no supermercado ou uma sala de escritórios, pode afetar consideravelmente o fluxo de materiais e pessoas na operação. O planejamento do layout de instalação deverá fornecer: A disposição física desses processos dentro e ao redor dos prédios. O espaço necessário para a operação desses processos. O espaço necessário para as funções de apoio. Objetivos relacionados aos layouts Em operações de manufatura (fábricas): Fornecer suficiente capacidade de produção. Reduzir o custo de manuseio de materiais. Adequar-se às restrições do lugar e do prédio. Garantir espaço para equipamentos e máquinas de produção. Permitir elevada utilização e produtividade da mão de obra, das máquinas e do espaço. Fornecer flexibilidade de volume e produto. Garantir espaço para banheiros e outros cuidados pessoais dos empregados. Permitir facilidade de supervisão. Permitir facilidade de manutenção. Atingir os objetivos com o menor investimento de capital. Promover carga e descarga eficiente de veículos de transporte. Fornecer eficaz retirada de estoques, atendimento de encomendas e carga. Permitir facilidade de contagem de estoques. Objetivos relacionados aos layouts Em operações de serviços Proporcionar conforto e conveniência para o cliente. Fornecer um ambiente para o cliente. Permitir uma exposição atraente das mercadorias. Reduzir o tempo de locomoção do pessoal e dos clientes. Proporcionar privacidade nas áreas de trabalho. Promover a comunicação entre as áreas de trabalho. Proporcionar rotação de estoques para os produtos que estão na prateleira. Ao se projetar o arranjo físico de uma operação produtiva, devem- se esclarecer claramente os objetivos estratégicos da produção, pois sua execução é difícil e cara e, se o executor errar em sua decisão, a consequência do erro no arranjo físico terá efeitos de longo prazo consideráveis na operação. A IMPORTÂNCIA DO ARRANJO FÍSICO A mudança de arranjo físico é frequentemente uma atividade difícil e de longa duração por causa das dimensões físicas dos recursos de transformação que precisam ser movidos. O rearranjo pode causar descontentamento do cliente e perdas na produção, pois demanda certo tempo. Um arranjo físico errado pode levar a padrões longos ou confusos, gerando filas, processamentos longos, fluxos imprevisíveis e altos custos. Tipos de arranjo físico Layout por processo ou funcional Os processos e os equipamentos do mesmo tipo são desenvolvidos na mesma área e também operações e montagens semelhantes são agrupadas no mesmo local. O material se desloca buscando os diferentes processos. Devem ser estabelecidos os centros produtivos, de maneira a minimizar os custos de transporte de material. Da mesma forma devem ser alocados os demais centros de administração industrial como controle da qualidade, manutenção, almoxarifado, recebimento de materiais e expedição. Tipos de arranjo físico Características: Flexível para atender a mudanças de mercado. Atende a produtos diversificados em quantidades variáveis ao longo do tempo. Apresenta um fluxo longo dentro da fábrica. Adequado a produções diversificadas em pequenas e médias quantidades. Possibilita uma relativa satisfação no trabalho. Exemplos: universidades, supermercados, metalúrgicas de grandes peças sob encomenda. Tipos de arranjo físico - exemplo PRODUÇÃO DE VÍDEOS EMBALAGEM E N C A D E R N A Ç Ã O RECEPÇÃO R E C E B IM E N T O E E X P E D IÇ Ã O P R O D U Ç Ã O D E A U D IO SALÃO DE REUNIÃO RECEPÇÃO CORTE GRÁFICA LAYOUT DO PROJETO EDITORIAL Tipos de arranjo físico - funcional Tipos de arranjo físico: em linha ou por produto Série de trabalhos comandados pelo operador, que devem ser executados em sequência e que são divididos em postos de trabalho, nos quais trabalham um ou mais operadores, com ou sem o auxílio de máquinas. Importante: Utilizar no máximo o tempo dos operadores e das máquinas, realizando o que se denomina “balanceamento de linhas”. Balancear uma linha de produção é ajustá-la às necessidades da demanda, maximizando a utilização dos seus postos ou estações, buscando unificar o tempo unitário de execução do produto, levando em consideração o processo para atender diferentes produtos e variadas demandas. Tipos de arranjo físico: em linha ou por produto Características: Para produção com pouca ou nenhuma diversificação, em quantidade constante ao longo do tempo e em grande quantidade. Alto investimento em máquinas. Costuma gerar monotonia e estresse nos operadores. Pode apresentar problemas com relação à quantidade dos produtos fabricados. Exemplos: indústria automobilística, paradas de metrô, entre outros.Tipos de arranjo físico: em linha ou por produto - exemplo Tipos de arranjo físico - Layout celular Criação de células para atender alguma diferenciação no produto. As máquinas são agrupadas em células e funcionam de uma forma bastante semelhante a uma ilha de layout por processo. Fluxo de materiais e peças tende a ser mais similar a um layout por produto do que a um layout por processo. O layout em células de manufatura baseia- se no trabalho cooperativo ou em um time de pessoas que formam um grupo coeso com relação à produção a realizar, tendo como vantagens a qualidade, a produtividade e motivação. Tipos de arranjo físico - Layout celular Oi Pessoal!!!!! Womack e Jones (1998) definem uma célula de produção como um conjunto de equipamentos que executam operações diferentes em uma sequência rígida, a fim de permitir o fluxo contínuo e o emprego flexível do esforço humano por meio do trabalho polivalente. Não esqueçam disso!!!!! Tipos de arranjo físico - Layout celular Entenda!!!!!!!! Para a formação das células, devem ser identificadas as famílias de peças que serão processadas e as células serão montadas por família. A família de peças é constituída por peças com características de processamentos similares. Podem ser formadas células para fabricar um produto inteiro ou partes de um produto. A célula de manufatura consiste em arranjar em um só local (a célula) máquinas diferentes que possam fabricar o produto inteiro ou partes dele. O material se desloca dentro da célula buscando os processos necessários. Tipos de arranjo físico - Layout celular - Característica Relativa flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por produto. Específico para uma família de produtos. Diminui o transporte de material e os estoques. Centraliza a responsabilidade sobre os produtos fabricados. Tipos de arranjo físico - Layout celular - exemplo Tipos de arranjo físico - Layout celular - exemplo CÉLULA CÉLULA DE PRODUÇÃO ENTRADA SAÍDA PRODUÇÃO EM SÉRIE ENTRADA SAÍDA Tipos de arranjo físico - Layout posicional ou de posição fixa O material permanece fixo em uma determinada posição e as máquinas e os demais recursos transformadores se deslocam até o local executando as operações necessárias. Características: É indicado para um produto único, em quantidade pequena e em geral não repetitiva. É o caso da fabricação de navios, grandes transformadores elétricos, turbinas, pontes rolantes e outros produtos de grandes dimensões físicas. Tipos de arranjo físico - Layout posicional ou de posição fixa - exemplo Tipos de arranjo físico - Layouts mistos ou combinados Os layout combinados ocorrem para que sejam aproveitadas, em um determinado processo, as vantagens do layout funcional e o de linha, geralmente os dois. Pode-se ter uma linha constituída de áreas em sequência com máquinas de mesmo tipo (layout funcional) continuando posteriormente com uma linha clássica. A maioria das instalações de manufatura usa uma combinação de mais de um tipo de arranjo físico. Tipos de arranjo físico - Layouts mistos ou combinados - exemplo
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