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Thuany ( PRONTO) ORION 2º semestre

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FACULDADE DE JUSSARA 
DIREITO 
THUANY THÁBATTA PIRES GONÇALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULOS DE CRÉDITO IMPRÓRIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUSSARA-GO 
2015 
 
 
THUANY THÁBATTA PIRES GONÇALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULOS DE CRÉDITO IMPRÓPRIOS 
 
Trabalho apresentado para fins de avaliação 
parcial da Disciplina de direito empresarial do 
Curso de Direito da Faculdade de Jussara, sob 
orientação do Prof. Orion Junior. 
 
 
 
 
 
 
JUSSARA-GO 
2015 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O trabalho a seguir tem como objetivo estudos sobre o tema “Títulos de 
Crédito Impróprios”, onde se terá uma base de como foi o período histórico no qual se 
originou os títulos de crédito. Teremos assim o conceito de títulos de crédito segundo Cesare 
Vivante; e o que vem a ser “crédito” segundo Requião (2009). 
O trabalho também está composto com os princípios dos títulos de crédito, que são, a 
cartularidade, a literalidade e a autonomia, baseando-se na teoria de Requião. Veremos neste 
quais são as principais formas de classificação dos títulos de crédito; quais são os atos 
cambiários; e o que são respectivamente cada um. 
Por fim o trabalho terá algumas espécies de “Títulos de Crédito Impróprios”, que são: 
Títulos de Crédito Imobiliário, Títulos de Crédito Bancário, Títulos de Crédito Industrial, 
Títulos de Crédito à Exportação, Títulos de Crédito Comercial e Títulos de Crédito Rural e 
suas respectivas classificações. 
 
 
 
 
Histórico 
Segundo Jaques (2009, apud COELHO, 2003, p. 369), os títulos de crédito surgiram 
no Império Romano. 
No direito romano o credor não podia cobrar os bens do devedor; daí a forma 
de cobrança cruel, admitida na Lei das XII Tábuas, que consistia em matar o 
devedor ou vendê-lo como escravo. Mais tarde, a garantia pessoal e corporal do 
devedor foi substituída pela de seu patrimônio, embora permanecesse muito formal a 
transmissão de crédito através da cessão, que importava, como ainda hoje, a 
notificação do devedor. 
Na idade Média, devido a maior intensidade e desenvolvimento do tráfico 
mercantil, procurou-se a circulação de capitais, através do aperfeiçoamento dos 
títulos de crédito, surgindo à letra de câmbio. 
Desde então se difundiu o uso dos títulos de crédito sob vários tipos e 
espécies. O crédito, ou seja, a confiança que uma pessoa inspira a outra a cumprir, 
no futuro, obrigação atualmente assumida, veio facilitar grandemente as operações 
comerciais, marcando um passo avantajado para o desenvolvimento das mesmas. 
 
 Notamos que antes de surgirem os títulos de créditos as formas de se cobrar seus 
direitos eram cruéis; porém mais tarde isso foi evoluindo e percebemos a mudança na Idade 
Média, onde que com o maior fluxo do tráfico mercantil, se resultou na circulação de capitais, 
onde houve o aprimoramento dos títulos de crédito, surgindo assim a Letra de Câmbio. 
 Podemos notar que no decorrer do tempo os títulos de créditos foram sendo cada vez 
mais usados, e que com isso veio sua difusão denominada em vários tipos e espécies. 
 Segundo Jaques (2009), os títulos de crédito surgiram na idade Média, provavelmente 
no século XIII, porém não se sabe ao certo, os mesmos foram criados para suprir com a 
necessidade de um documento para firmar acordos financeiros. Já no século XV, os títulos já 
haviam se propagado em vários lugares da Europa, surtindo com eficiência seus objetivos 
esperados. 
Jaques (2009) continua dizendo que foi no período francês (1603 a 1848), que os 
títulos de créditos passam a serem instrumentos de pagamento e que foi na mesma época que 
surgiu o endosso. Já no período alemão (1848 a 1930), Jaques (2009) relata que se deu a 
origem do título de crédito propriamente dito, aquele se tornou abstrato, não tendo nenhuma 
causalidade e nem exigência de fundos, mas onde se tinha o aceite, esse dado pelo sacador, 
atribuindo responsabilidade de pagamento ao sacado. Com diferentes propagações os títulos 
de crédito se tornaram mais utilizados e com isso foram feitas algumas conferências para 
legislar sobre os mesmos. 
 
 
Assim Jaques (2009) relata que, os países então se reuniram em prol de criar uma lei 
que fosse capaz de reger sobre os títulos, com isso por volta de 1930 foi promulgada a LUG – 
Lei Uniforme de Genebra, porém aqui no Brasil ela só foi aderida em 1966 com o decreto 
57.663/66. 
Os artigos que devemos ressalvar da LUG são: 
Artigo Onze - A presente Convenção será registrada pelo contrário Geral da 
Sociedade das Nações deste que entre em vigor. Será publicado, logo que for 
possível, na "Coleção de Tratados" da Sociedade das Nações. Em fé do que os 
Plenipotenciários acima designados assinaram a presente Convenção. Feito em 
Genebra, aos sete de junho de mil novecentos e trinta, num só exemplar, que será 
depositado no arquivo do Secretariado da Sociedade das Nações. Será transmitida 
cópia autêntica a todos os Membros da Sociedade das Nações e a todos os Estados 
não Membros representados na Conferência. 
CAPITULO I: DAS LETRAS Seção I Da Emissão e Forma da Letra Art. 1º - A 
letra contém: 1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título é expressa na 
língua empregada para a redação desse título; 2 - O mandato puro e simples de pagar 
uma quantia determinada; 3 - O nome daquele que deve pagar (sacado); 4 - A época 
do pagamento; 5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 6 - O 
nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga; 7 - A indicação da data 
em que, e do lugar onde a letra é passada; 8 - A assinatura de quem passa a letra 
(sacador). 
CAPITULO II: DA NOTA PROMISSÓRIA Art. 75 - A nota promissória contém: 
1 - Denominação "Nota Promissória" inserta no próprio texto do título e expressa na 
língua empregada para a redação desse título; 2 - A promessa pura e simples de 
pagar uma quantia determinada; 3 - A época do pagamento; 4 - A indicação do lugar 
em que se deve efetuar o pagamento; 5 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de 
quem deve ser paga; 6 - A indicação da data em que e do lugar onde a nota 
promissória é passada; 7 - A assinatura de quem passa a nota promissória 
(subscritor). (LUG- Dec. 57663/66) 
 
 Nesse artigo e capítulos a cima mencionados notamos como se organizou os principais 
títulos de crédito de acordo com a Convenção, na qual se originou a LUG. Vemos também 
como que a partir de sua criação deveria ser a Letra de Câmbio e a Nota Promissória. Ao 
terem seus fundamentos definidos naquele ano de 1930, percebemos com clareza que a 
essência dos títulos a cima citados não mudaram, e que são usados até hoje. 
 No mesmo ano em que foi promulgado aqui no Brasil a LUG, foi também aderido à 
legislação brasileira o Decreto 57.595/66 o qual adotou a Lei Uniforme em matéria de 
Cheques. Logo abaixo ressalvamos o primeiro capítulo desse decreto no qual percebemos que 
a mesma essência que fora citada a cima dos outros dois títulos de crédito permanece também 
até hoje quando tratamos do Cheque. 
 
 
CAPÍTULO I - DA EMISSÃO E FORMA DO CHEQUE: Art. 1º - O cheque 
contém: 1 - A palavra "cheque" inserta no próprio texto do título e expressa na 
língua empregada para a redação deste titulo; 2 - O mandato puro e simples de pagar 
uma quantia determinada; 3 - O nome de quem deve pagar (sacado); 4 - A indicaçãodo lugar em que o pagamento se deve efetuar; 5 - A indicação da data em que e do 
lugar onde o cheque é passado; 6 - A assinatura de quem passa o cheque (sacador). 
 
Títulos de Crédito 
Para abordar o tema títulos de crédito, antes temos que tomar conhecimento do que é 
crédito. Segundo Requião (2009), “o crédito importa um ato de fé, de confiança, do credor”. 
Assim podemos dizer que é aquilo que confiamos num outrem, e que iremos receber de 
alguma forma. 
Ao abordar o tema títulos de crédito, de início ressalva-se o conceito mais usado que 
se tem, segundo Vivante (), títulos de crédito são documentos necessários para o exercício de 
um direito literal e autônomo, nele mencionado. 
Coelho (2012) diz que não devemos confundir o título de crédito com a obrigação em 
si que está na cártula, pois ele tem a função de materializar e personificar a obrigação. Assim 
ele prossegue falando que os títulos de crédito são documentos que representaram obrigações 
pecuniárias, ou seja, obrigações que envolvam a moeda corrente. (VENOSA, 2001) 
Outro ponto interessante que Coelho (2012) aborda é quando ele fala de duas 
vantagens em negociar com títulos de crédito, a primeira é que se tem uma maior facilidade 
de circulação do crédito em si; e a segunda é quanto à executividade, ou seja, se tem maior 
eficiência no ato de cobrança; assim o portador do título terá direito de cobrar aquilo que está 
na cártula com mais segurança e exatidão, porque seu direito está ali expresso no título. 
 
Princípios dos Títulos de Crédito 
Voltando ao conceito de Cezare Vivante usado no Código Civil brasileiro (2002), dele 
se extraem os três princípios fundamentais dos títulos de crédito que são: a cartularidade, a 
literalidade e a autonomia. 
Segundo Coelho (2012), o credor do título de crédito para exercer seus direitos perante 
o mesmo, será fundamental que se apresente portador do título, ou seja, do documento em si, 
 
 
também conhecido como cártula. É possível assim afirmar então que o direito de crédito 
mencionado na cártula não existe sem ela, não pode ser transmitido sem sua transmissão e não 
pode ser exigido sem a sua apresentação. Por isso que Vivante disse que o título de crédito é 
um documento necessário para o exercício do direito nele contido. 
Coelho (2012) também fala que ultimamente estão surgindo exceções ao princípio da 
cartularidade, pois em alguns casos específicos como o da duplicata há uma desmaterialização 
da cártula (documento escrito). Coelho diz que essa exceção é baseada na Lei das Duplicatas, 
na qual se admite que se execute judicialmente o crédito representado por este tipo de título, 
sem a sua apresentação pelo seu respectivo portador. Outro considerável ponto é em respeito 
ao desenvolvimento tecnológico, e com esse avanço os títulos de crédito também foram 
“atingidos”, passando assim muitos deles serem documentação de obrigações comerciais 
informatizados e assim se criou então os títulos de crédito não cartularizados. 
Sobre o princípio da literalidade, Coelho (2012) diz: 
Não terão eficácia para as relações jurídico-cambiais aqueles atos jurídicos não 
instrumentalizados pela própria cártula a que se referem. O que não se encontra 
expressamente consignado no título de crédito não produz consequências na 
disciplina das relações juríco-cambiais. Um aval concedido em instrumento apartado 
da nota promissória, por exemplo, não produzirá efeitos de aval, podendo, no 
máximo, gerar efeitos na órbita do direito civil, como fiança. A quitação pelo 
pagamento de obrigação representada por título de crédito deve constar do próprio 
título, sob pena de não produzir todos os seus efeitos jurídicos. 
 
 Assim vimos então que só terá efeito o que estiver descrito na cártula. Com isso o que 
não se encontra expressamente registrado no título (cártula) não produzirá efeitos na 
disciplina do direito cambiário. E com esse requisito podemos ver que gerará maior segurança 
à ambas partes, já que tanto o credor, como o devedor terá ciência da extensão do título. 
 E por fim o princípio da autonomia esse segundo Requião (2009), o qual se baseou na 
teoria de Vivante, se estima que o portador do título de crédito seja possuidor de boa-fé, assim 
o próprio exercitará um direito respectivo do título, e que esse não poderá restringir ou 
desfazer a obrigação em razão das obrigações entre os anteriores portadores e o devedor; 
enfim Requião conclui que cada obrigação que vier de fruto do título em si é autônoma em 
relação às outras que o antecederam. Mas o princípio da autonomia não se tem somente seu 
conceito uno não, esse se subdivide em mais dois subprincípios que são: Abstração e 
Inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé. 
 
 
a) Abstração: para definir esse conceito Requião (2009) mais uma vez se baseou 
nos estudos de Vivante, o qual explicou que os títulos de crédito poderão 
circular como documentos abstratos, ou seja, sem que haja alguma ligação com 
a causa que deu a sua origem. Requião faz mais uma ressalva da teoria de 
Vivante, onde ele fala que essa abstração só se dará enquanto o título estiver 
em circulação, desta forma, “quando põe em relação duas pessoas que não 
contrataram entre si, encontrando-se uma em frente da outra, em virtude apenas 
do título”. 
b) Inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé: ao falar desse 
princípio Requião disse que se a caso o título for transmitido não poderá o 
devedor se opor a efetuar o pagamento ao credor, baseando em que não se sabe 
da boa-fé do credor e que o mesmo não é parte legítima da relação obrigacional 
que anteriormente foi feita. Para escrever isso Requião se baseou no artigo 17 
da LUG, no qual expressa que: “As pessoas acionadas em virtude de uma letra 
não podem opor ao portador as exceções fundadas sobre as relações pessoais 
delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador 
ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do 
devedor”. 
 
Classificação dos Títulos de Crédito 
 Segundo Gonçalves (2012) os títulos de crédito se classificam em: Quanto ao modelo; 
Quanto à circulação; Quanto à natureza; Quanto ao conteúdo da cártula, entre outros. 
1) Quanto ao modelo, segundo Gonçalves (2012) 
 
a) Títulos de modelo livre: são aqueles em que a lei não expressa 
nenhuma padronização específica, ou seja, sua forma não tem uma 
rigidez própria. Esses então precisam apenas cumprir requisitos 
mínimos exigidos para que se constitua um título de crédito. 
Exemplos: Nota promissória e Letra de Câmbio. 
b) Títulos de modelo vinculado: já nesse tipo de modelo é ao contrário, 
esses títulos tem expressamente em lei de como ele deve ser em 
relação a sua forma. Estes então mesmo que tenham os requisitos de 
 
 
um título de crédito, não terão validade, pois tem que apresentarem 
além dos requisitos mínimos, os seus próprios requisitos 
estabelecidos em lei. Exemplos: Cheque e Duplicata. 
 
2) Quanto à circulação, segundo Gonçalves (2012) 
 
a) Títulos nominais: são aqueles títulos que consta o nome do beneficiário no 
momento da emissão. Assim esse tipo de título se subdivide em: 
 Nominativos: esses sua circulação se dá através do endosso em preto 
ou por cessão civil de crédito. Mas Gonçalves (2012) fez uma ressalva 
do Código Civil, onde ele consultou o artigo 924, onde consta que o 
título nominativo poderá ser transformado em à ordem ou ao portador, 
a pedido do referido proprietário, desde que ele se auto responsabilize 
por este. 
 À ordem: são aqueles que se tem maior facilidade em sua transferência, 
se dá através do endosso, que é a assinatura do portador atual. Nesse 
tipo de título o que se valida eleé a validada da cláusula “à ordem”. 
 Não à ordem: são aqueles títulos que são emitidos em benefício de uma 
pessoa determinada, mas que terá nula a cláusula “à ordem”, onde 
ficará explicito que não terá a possibilidade de transferir o título através 
do endosso. Assim só será possível a transferência mediante a cessão 
civil de crédito. 
 
b) Títulos ao portador: são aqueles que circularam com a mera tradição, 
assim neste tipo de título não constará o nome do beneficiário. Porém o 
mesmo não poderá ter valor maior que cem reais; e não terá muita 
formalidade, para se tomar posse desse título. 
 
 
3) Quanto à natureza, segundo Gonçalves (2012) 
 
a) Títulos causais: são aqueles que só poderão ser emitidos se a lei permitir 
sua emissão, e deve constar vinculado aos títulos o fato que foi gerado 
anteriormente para sua existência. Exemplo: Duplicata 
 
 
b) Títulos abstratos ou não causais: são aqueles cuja sua emissão poderá ser 
feita sem a necessidade de autorização da lei, ou seja, não está pré-
estabelecido em lei que aquele tipo de título precisa de uma formalidade a 
mais. Esses não carecem de fato anterior para que haja sua emissão, para 
esse tipo basta a vontade de seu emitente. Exemplos: Cheque, Nota 
Promissória e Letra de Câmbio. 
 
4) Quanto ao conteúdo da Cártula, segundo Gonçalves (2012) 
 
Essa classificação segundo Gonçalves (2012) foi feita por J. X. Carvalho de 
Mendonça, que fez uma distinção entre os títulos de crédito propriamente ditos e os 
títulos de crédito impropriamente ditos. Carvalho de Mendonça levou em consideração 
a extensão do direito que se encontra necessariamente na cártula, uma vez que a 
diversidade de títulos faz variar, ou seja, mudar tal extensão. 
 
Gonçalves (2012) dividiu em dois essa classificação que são: 
 
a) Títulos propriamente ditos ou próprios: são aqueles em que de fato 
se consubstancia uma operação de crédito, ou seja, nele está expressa 
de fato uma obrigação creditícia específica. 
Exemplos: Letra de câmbio, Notas Promissórias, etc. 
b) Títulos impropriamente ditos ou impróprios: são aqueles que não têm 
por função representar uma operação de crédito, mas devido esse tipo 
de título ter os requisitos de um título de crédito próprio, circulam 
com as garantias que os caracterizam. Segundo Martins (2008), os 
títulos de crédito impróprios, apesar de não expressarem uma 
autêntica operação de crédito, tem uma considerável propagação, 
com grande aceitação. Ele continua dizendo que isso se dá através 
das garantias que os revestem, assim como disse Gonçalves (2012), 
Martins (2008) fala que um dos motivos pelos quais o título de 
crédito impróprio se enquadra no título de crédito próprio é devido 
de terem vários princípios que inerentes aos mesmos, assim 
consequente dará ao portador uma devida segurança quanto aos seus 
direitos. 
 
 
 
Institutos – Atos Cambiários 
 
 Agora veremos quais são os atos cambiários e como eles são; os principais atos 
cambiários são: Saque; Aceite; Endosso; Aval. 
 Saque - Sobre esse instituto Coelho (2012) diz que o mesmo é o sinônimo de criação, 
emissão do título de crédito. 
 Aceite - Disse Gonçalves (2012) sobre aceite: 
 
Com o aceite o sacado se compromete a pagar o valor constante do título ao 
seu beneficiário (legítimo possuidor do título) na data do vencimento. A declaração 
do aceite torna o sacado devedor principal, passando a ser chamado de “aceitante”. 
O título deve ser apresentado ao sacado para aceite; por essa razão, seu nome deve 
constar corretamente na cártula. 
[...] Ao emitir a letra, o sacador responsabiliza-se pelo aceite do sacado e 
pelo pagamento dela, ou seja, ele garante ao tomador que o sacado aceitará e honrará 
o título, pois, caso não o faça, ele próprio terá de honrá-lo. Todavia, com a 
circulação do título, havendo endossantes, todos eles, como devedores cambiários 
solidários, responsabilizam-se, igualmente, pelo aceite e pagamento do sacado. 
Assim, se o sacado não aceitar, o possuidor poderá cobrá-lo do sacador ou dos 
endossantes. 
[...] Se o sacado não aceitar o título, ocorrerá de acordo com o art. 43 da Lei 
Uniforme, o seu vencimento antecipado. De imediato, poderá o tomador, após o 
protesto, cobrar do sacador e dos demais co-obrigados cambiários o 
valor constante da letra. 
 
 Com isso podemos perceber o que de fato é o aceite, no qual um terceiro se 
compromete a pagar o que consta no título em si, ao seu respectivo portador. O aceite 
depende uno e exclusivamente ao sacado, ou seja, aquele que não teve nenhuma participação 
no negócio jurídico anterior, mas que a partir do momento em que ele aceita, se torna o 
aceitante, assim se comprometendo a pagar o que consta na cártula. Mas se o sacado não 
aceitar aquela ordem de pagamento que tinha um prazo, seja ele qual for se tornará à vista, e 
caberá ao antigo devedor pagá-la. 
De acordo com a LUG, em seu artigo 25, diz que o aceite se constitui de uma 
assinatura do sacado na própria letra (anverso), admitindo-se também no verso, desde que 
conste a expressão “aceito”. Poderá assim também ser no verso, mas deverá ter a expressão da 
mesma forma, para que não se confunda com o endosso. 
 
 Endosso – Sobre endosso disse Gonçalves (2012): 
 
O endosso é a forma de transferência do direito ao valor constante do título, 
sendo acompanhado da tradição da cártula, que transfere a posse desta. Nos termos 
do art. 893 do Código Civil, “a transferência do título de crédito implica a de todos 
os direitos que lhe são inerentes”. 
 
 
Em outras palavras, ao transferir um título por endosso, o endossante (ou 
endossador) garante ao endossatário (ou adquirente) que o crédito representado no 
título será pago pontualmente. 
Assim, em sentido contrário, conclui-se que, se o devedor entregar 
diretamente um título a seu credor, sem endosso, isto é, por mera tradição, não estará 
garantindo o pagamento do título ou se responsabilizando solidariamente pelo aceite 
da cártula. 
O endosso pode ser feito no verso ou no anverso do título. No verso, basta a 
simples assinatura do endossante. No anverso, ele será completo quando contiver a 
assinatura do endossante e uma declaração de que se trata de um endosso. É vedado 
o endosso parcial ou limitado, ou seja, aquele que diga respeito apenas a parte do 
valor constante do título (art. 8º, § 3º, do Dec. n. 2.044/1908). Se existir, será nulo. 
Considera-se como não escrita no endosso qualquer condição a que se subordine o 
endossante (art. 12 da Lei Uniforme). 
Ao endossar há transferência integral do crédito contido no título, que se completa 
com a sua tradição (arts. 910 e 912 do CC). 
 
 
 Aqui temos mais um instituto, o endosso, esse se refere no ato do endossante assinar 
no verso do título e fazer a tradição do título. Ao endossar um título, o endossante se tornará 
responsável por ele. Com isso o autor mesmo fala que se não realizar o ato de endosso, o 
devedor não estará assegurando nada ao seu respectivo credor, já que o mesmo não o assinou. 
Assim poderá essa assinatura também ser no anverso, desde que contenha a expressão 
”endosso”. Neste vemos também que não terá possibilidade de se fazer um endosso parcial ou 
limitado (que tenha alguma imposição para que se autorresponsabilize), assim qualquer 
claúsula que existir referente a qualquer um desses referidos à cima, será nula. Se endossar, o 
endossante será responsável pelo todo do mesmo. 
 
 Sobre as espécies de endosso disse Coelho (2012): 
 
O endosso pode ser de duas espécies: “em branco”, quando não identifica o 
endossatário, ou “em preto”, quando o identifica. Resulta o endosso da simples 
assinatura do credordo título lançado no seu verso, podendo ser feita sob a 
expressão “Pague-se a Antonio Silva” (endosso em preto), ou simplesmente “Pague-
se” (endosso em branco), ou sob outra expressão equivalente. O endosso poderá, 
também, ser feito no anverso do título, mas, este caso, é obrigatória a identificação 
do ato cambiário praticado, ou seja, não poderá o endossante se limitar a assinar a 
letra. 
O endosso em branco transforma a letra, necessariamente sacada nominativa, 
em título ao portador. O endossatário de um título por endosso em branco poderá 
transferir o crédito nele representado por mera tradição, hipótese em que não ficará 
coobrigado. 
 
 
 Notamos aqui a diferença do endosso em branco, do endosso em preto; no qual o 
endosso em branco é aquele em que não consta o nome do endossatário, e que o mesmo ao 
receber poderá transferi-lo sem endossar o mesmo. Já no endosso em preto não, nesse deverá 
constar o nome do endossatário, e se o mesmo quiser transferi-lo deverá o endossar também, 
já que seu nome consta na cártula. 
 
 
 
 Aval – Sobre aval disse Gonçalves (2012): 
 
Nos termos dos arts. 30 da Lei Uniforme e 897 do Código Civil, “o 
pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, 
pode ser garantido por aval”. O aval corresponde a uma garantia cambial, firmada 
por terceiro — o avalista — ao avalizado, garantindo o pagamento do título. O 
avalista pode ser um terceiro estranho ao título ou alguém que já seja obrigado. 
O avalista assume uma obrigação igual à de seu avalizado, tanto quanto aos 
efeitos como no que tange às consequências. A Lei Uniforme, em seu art. 31, é 
expressa ao dizer: “O aval deve indicar por quem se dá. Na falta de indicação, 
entender-se-á pelo sacador”, ou seja, em prol deste. 
[...] Observação: Uma assinatura aposta no anverso do título sem qualquer 
indicação vale como aval. Uma assinatura aposta no verso sem qualquer 
esclarecimento vale como endosso. De qualquer maneira, o aval deverá constar do 
título. 
[...] O avalista não pode arguir exceção própria do avalizado, em razão de sua 
obrigação ser autônoma em relação à dele, não integrando a relação causal entre o 
avalizado e o credor deste. O avalista somente pode opor àquele que lhe exigir o 
pagamento do título suas exceções pessoais, como, por exemplo, que foi coagido a 
dar o aval, ou que sua assinatura foi falsificada; ou ainda as exceções comuns a 
todos os devedores, como aquelas relativas a vícios formais do título, prescrição, 
decadência, pagamento etc. 
 
 Nota-se aqui como se dá um aval, esse ato cambiário que é feito como forma de 
garantia, onde que um terceiro se responsabiliza a pagar o que consta no título, caso o devedor 
não pagar. Assim o avalista será tão responsável quanto o avalizado no que se respeita ao 
dever de cumprimento da obrigação. Assim o aval será reconhecido com uma assinatura no 
anverso sem necessidade de qualquer expressão. Por isso o avalista só poderá se eximir de 
pagar o que consta na cártula, caso ele provar que foi coagido para assinar o aval, ou que sua 
assinatura tenha sido forjada, ou seja, um outrem assinou se passando por ele; ou até mesmo 
se esse ato tiver qualquer tipo de vícios formais do título. 
 
Títulos de crédito impróprios 
 
 A partir de agora veremos alguns tipos de títulos de crédito impróprios, aqueles que 
terão a função de representar uma operação de crédito e que por devido terem algumas 
características dos princípios dos títulos propriamente ditos também circulam com as mesmas 
garantias do mesmo. 
 
Títulos de crédito Imobiliário 
 
Segundo Requião (2009), as letras imobiliárias foram criadas pela Lei nº 4380, de 
21/08/1964, onde que o Governo viu que era necessário solucionar o grande problema 
 
 
habitacional, e com isso também estimularia a economia do país. A partir de então o país teria 
que levantar grandes capitais para assim se fundar o crédito imobiliário, para a efetuação da 
política habitacional. 
Requião (2009) continua falando como devem ser esse tipo de letra, as mesmas devem 
ser nominativas, seguindo uma disciplina específica dos títulos nominativos, assim deve a 
entidade emissora escriturá-las no livro de Registro de Letras Imobiliárias Nominativas. Sua 
transferência se dará através do endosso, porém o mesmo não surtirá efeito cambiário, apenas 
cessão cível, com isso o endossante se eximirá de responsabilidade, assim esse ato se 
aperfeiçoará na averbação do endosso no livro fora citado à cima. Assim o endossante 
responderá apenas pela veracidade do título. 
Esses títulos poderão ser emitidos pelos bancos múltiplos com carteiras de crédito 
imobiliário, Caixa Econômica Federal, sociedades de crédito imobiliário, associações de 
poupança e empréstimo, companhias hipotecárias e outras instituições autorizadas pelo Banco 
Central do Brasil a realizar operações como as que foram citadas a cima. 
Enfim Requião (2009), diz como se constituem as letras imobiliárias, essas mesmas se 
instituem como promessas de pagamento, sendo títulos cotáveis em Bolsa, com o juro de 8% 
ao ano e será corrigido de acordo com o salário mínimo. Assim o autor conclui que esses 
títulos são impostos à poupança popular, estimulando assim o mercado de capitais do país. 
 
 
Títulos de crédito Bancário 
 
 Segundo Requião (2009), a cédula bancária surgiu em 2001, através da Medida 
Provisória nº 2.160-25, de 23 de agosto de 2001, porém a mesma foi substituída pela Lei nº 
10.931, de 02 de agosto de 2004, onde assim surgiu no mercado brasileiro mais um título de 
crédito. Assim Requião diz que esse tipo de título poderá ser emitido por uma pessoa física ou 
jurídica, em favor de instituição financeira ou entidade a esta que se refere, estará assim 
representando uma promessa de pagamento em dinheiro. Esse título se parece com a nota 
promissória, só que nesse caso vinculada a uma operação bancária, e seu respectivo credor 
será a instituição financeira. 
 Assim Branco (2011) diz: 
Porém, diferentemente dos títulos anteriores, na cédula de crédito bancário, a 
natureza contratual é berrante e talvez aberrante, pois o art. 28 da Lei 10.931/2004 
descreve os requisitos do instrumento e as condições relativas à operação econômica 
que justifica a emissão da cédula, embora os próprios operadores do mercado 
considerassem tais cédulas como formas híbridas, pois eram “instrumentos capazes 
 
 
de, a um só tempo, representar título de dívida líquida e certa e contrato de mútuo 
pela possibilidade de inserção de cláusulas”. 
Trata-se, portanto de um “título” causal, nada tendo de abstrato. Mais do que 
isso, a bilateralidade é admitida, já que a lei permite a emissão de cédula de crédito 
bancário para representar contrato de abertura de crédito. Não de garantia de 
“abertura de crédito”, mas de instrumento que representa o contrato de abertura de 
crédito, que é sinalagmático. (BRANCO, 2011 p. 25, 26) 
 
 
 
Títulos de Crédito Industrial 
 
 Ao abordar esse tema Requião (2009) nos fala através de que se originou esse tipo de 
título, que foi através do Decreto-lei nº413, de 09 de janeiro de 1969. Continuando Requião 
(2009) diz que esse tipo de título poderá ser emitido por pessoas físicas ou jurídicas, os quais 
serão concedidos pelo mesmo emitente dos títulos bancários, ou seja, instituições financeiras 
para todos aqueles que exercerem atividades industriais, assim caberá a cada solicitante do 
título a cédula de crédito industrial, que é uma promessa de pagamento, que terá como 
garantia coisa real, cedularmente constituída, que poderá se dá por meio de penhor cedular, ou 
hipoteca cedular. Essas formas de garantia poderão ser oferecidas por um terceiro que sevinculará a obrigação. Ou também poderá receber a nota de crédito industrial, que é também 
uma promessa de pagamento em dinheiro, porém essa não terá garantia real; e é isso que 
distingue cédula de crédito industrial, de nota de crédito industrial; enquanto a primeira 
precisa de uma garantia real, a segunda não tem isso como necessidade. 
 
 
Títulos de crédito à Exportação 
 
 Requião (2009) aborda esse tema citando primeiramente quando que se deu esse título, 
que foi através da Lei nº 6.313, de 16 de dezembro de 1975. Dando continuidade Requião 
(2009) nos fala que qualquer pessoa física ou jurídica que pratique atividades relacionadas à 
exportação, ou qualquer atividade referida nesse ramo poderá emitir a Cédula de Crédito à 
Exportação, e a Nota de Crédito à Exportação. As características desse título são semelhantes, 
a Cédula de Crédito Industrial, e a Nota de Crédito Industrial. Assim então se conclui que os 
requisitos que fora precisar para se ter um título de crédito Industrial, serão assim usados para 
os títulos de crédito à Exportação. 
 
 
 
Títulos de Crédito Comercial 
 
 Requião (2009) inicia falando quem poderá utilizar desse tipo de título de crédito, que 
serão: as empresas comerciais, prestadoras de serviços e também as pessoas físicas que exerça 
atividade relacionada ao comércio. Esse título servirá para financiamentos de operações de 
curto prazo, sendo assim sem precisão das notas promissórias ou duplicatas. Requião (2009) 
nos fala que esse título se originou através da Lei nº 6.840, de 03 de novembro de 1980. 
 Requião (2009) continua falando que os títulos de crédito comercial terão as mesmas 
características das cédulas de crédito industrial e rural, ou seja, os mesmos requisitos usados 
nos dois que fora a cima citados serão solicitados nos títulos de crédito comercial. 
 
Títulos de Crédito Rural 
 
 Segundo Requião (2009), o sistema de crédito rural se firmou com a origem do 
Decreto-lei nº167, de 14 de fevereiro de 1967, e que a mesma foi que disciplinou como títulos 
de financiamento rural, a cédula rural pignoratícia, a cédula rural hipotecária, a cédula rural 
pignoratícia e hipotecária e a nota de crédito rural. 
 Requião (2009) continua dizendo que Cédulas de credito rural é definida em lei como 
uma “promessa de pagamento” em dinheiro, com ou sem garantia real cedularmente 
constituída. 
Requião (2009) diz que tanto a cédula Rural Hipotecaria quanto as pignoratícias tem 
garantia real de bens moveis ou imóveis. Apenas umas das quatro modalidades não possuem 
garantia real. O que caracteriza estes títulos e que ao utilizar do dinheiro já se especifica os 
bens que valerão como forma de garantias e no próprio documento consta as garantias dadas 
no cumprimento das obrigações. 
De acordo com a lei especial desse título, Decreto-lei 167, 14 de fevereiro de 1967, “a 
cédula de credito rural e um titulo civil, liquido e certo por se prender as atividades rurais, 
afastando em regra do direito comercial”. (MARTINS, 2008). 
Martins (2008) diz que a cédula de credito rural possui suas configurações próprias e 
realizadas duas operações na cédula que é do empréstimo requerido e como forma de garantia 
a seção de um bem. O Art. 10 § 1º da lei especial desse título cita que “se o emitente da 
cédula houver deixado de levantar qualquer parcela do credito deferido ou tiver feito 
pagamentos parciais, o credor descartá-los da soma declarada na cédula, tornando exigível o 
 
 
saldo.” E ainda parágrafo segundo da lei menciona que uma vez não constando no endosso o 
valor pelo que se transfere a cédula, prevalecerá à soma declarada do titulo, acrescido dos 
acessórios. Assim de acordo com estes artigos citados, Martins (2008) diz que mesmo se 
tratando de títulos de credito por esses princípios não prevalece o principio da literalidade 
onde só se vale no que estiver descrito no próprio titulo. 
 
Titulo Rural Pignoratícia 
O que veio a regular a cédula de credito rural pignoratícia foi decreto lei 167, 
colocando como características que os bens dados em garantia, ao contrario do penhor comum 
em que há sempre a tradição da coisa para o credor. Art.1431 Código Civil, continuam na 
posse do devedor ou da pessoa que ofereceu a garantia, que responderá pela guarda dos bens 
como depositário. 
Segundo Martins (2008), a cédula pignoratícia converte os bens como forma de 
garantia sempre que o devedor nomear o credor e deverá sempre mencionar a clausula a 
ordem, e ainda para não haver prejuízo ao credor o tenha penhorado seja de terceiros este 
responderá solidariamente. Para se legitimar a cédula emitida por terceiros deverá ser inscrita 
em um órgão cujo este Cartório de Registro de Imóveis onde esteja situado o imóvel. 
 
Cédula Rural Hipotecaria 
Segundo Martins (2008), a cédula Rural Hipotecária deve ter o valor do crédito 
deferido, lançado em algarismos e por extenso, com indicação da finalidade ruralista a que se 
destina o financiamento, o desconto do financiamento poderá ser feito em um estabelecimento 
de credito rural hipotecaria. As garantias serão instalações, benfeitorias, construções etc.; e 
uma vez esta cédula emitida deverá conter todas as benfeitorias. 
 
Nota Promissória Rural 
 Segundo Martins (2008), a nota promissória é um título de credito rural de promessa 
de pagamento, e considerado um direito de credito abstrato. Isso porque, o emitente que é o 
dono, se obriga a pagar á vista ou a prazo às vendas realizadas na área rural agrícola, a nota 
 
 
promissória pode ser também um titulo de credito rural causal, que somente pode ser emitido 
nas hipóteses em que a lei mostra a sua emissão especifica, como a duplicata, que tem a 
função de emissão condicionada, e temos a fatura ou a nota fiscal-fatura de compra e venda 
feita dos produtos comercializados na área rural. Então esses produtos são utilizados nas 
vendas a prazo de bens de natureza agrícola, e efetuada diretamente aos produtores rurais ou 
por suas cooperativas, esses produtos são da mesma natureza e são entregues para as 
cooperativas que irão distribuir seguidamente, e o devedor, geralmente é, pessoa física que 
vende todos esses produtos. 
Martins (2008) diz então que por fim, a nota promissória rural, é um exemplo da nota 
de crédito rural, que goza do privilégio especial estabelecido, no art. 964 do Código Civil, a 
nota promissória rural é igual às outras notas promissórias comuns, sua diferença e que na 
área rural, os títulos de crédito rural são promessas de pagamento com ou sem garantia real 
constituída financeiramente, no próprio título da nota promissória. A garantia do serviço pode 
ser relatada pelo próprio financiado, ou por um terceiro. Esse título e considerado um título 
civil a ordem, é um titulo de conteúdo comercial, que disciplina e organiza o direito 
cambiário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 Ao término desse trabalho podemos ter uma noção maior do que são os títulos de 
crédito; como eles se originam; qual virá a serem seus efeitos; como poderão ser circulados. 
Vimos também o que faz um título ser próprio ou não; quais são os princípios que todos os 
títulos para se tornarem próprios precisam ter. 
 Por fim vimos algumas espécies de títulos de crédito Impróprios, embora alguns pouco 
conhecidos, mas tem uma grande circulação e são instrumentos para facilitarem a economia 
de áreas que respectivamente representa o título em si. Assim nota-se que de fato os títulos 
são instrumentos para dar uma maior circulação de riquezas no mercado, e que esses como diz 
Vivante (art. 887, CC, 2002) são documentos necessários para o exercício literal e autônomo 
nele constado.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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jurídicos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0167.htm. 
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COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial : direito de Empresa. – 24. ed. – São 
Paulo: Saraiva, 2012. 
 
 
 
 
 
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São Paulo : Saraiva, 2012. – (Coleção sinopses jurídicas ; v. 22) 
 
 
JAQUES, Jackson Pacheco. Títulos de crédito: Aspetos destacados com ênfase na nota 
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MARTINS, Fran. Títulos de crédito. Rio de Janeiro: Forense, 2008. 1. Ed. Sob título “Letra 
de Câmbio e Nota Promissória”. 
 
 
REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. 2º vol. 26 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
 
VENOSA, Sílvio de Sálvio. Direito Civil. São Paulo: Atlas, 2001.

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