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Assunto(s) da Rodada 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. 2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 3 Domínio da ortografia oficial. 4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual. 4.2 Emprego de tempos e modos verbais. 5 Domínio da estrutura morfossintática do período. 5.1 Emprego das classes de palavras. 5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. 5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. 5.4 Emprego dos sinais de pontuação. 5.5 Concordância verbal e nominal. 5.6 Regência verbal e nominal. 5.7 Emprego do sinal indicativo de crase. 5.8 Colocação dos pronomes átonos. 6 Reescrita de frases e parágrafos do texto. 6.1 Significação das palavras. 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. 6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. 7 Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). 7.1 Aspectos gerais da redação oficial. 7.2 Finalidade dos expedientes oficiais. 7.3 Adequação da linguagem ao tipo de documento. 7.4 Adequação do formato do texto ao gênero. Rodada #2 Língua Portuguesa Professor Albert Iglésia LÍNGUA PORTUGUESA 2 a. Teoria em tópicos 1. Emprego de substantivos 1.1 As formas sintéticas de aumentativo e diminutivo podem expressar valor semântico pejorativo: mulherzinha; livreco, sabichão etc. 1.2 Essas mesmas formas podem ser empregadas para traduzir valor semântico afetivo, carinhoso: amorzinho, mulherão, mãezona, paizinho etc. 1.3 Em alguns casos, o emprego dessas formas já não indica mais a ideia de grau aumentativo ou diminutivo. Passam elas a sugerir significado diferente daquele expresso pelo substantivo normal: caixão, cartilha, folhinha (calendário), película, portão, flautim, calção etc. 2. Emprego de Artigos 2.1 Com o pronome todos (plural) Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento posterior caso este admita o seu uso. Ex.: Todos os atletas foram declarados vencedores. Todas as leis devem ser cumpridas. Todos vocês estão suspensos. 2.2 Com o pronome todo (singular) Diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo para indicar integralidade do que é considerado, totalidade daquilo que é mencionado; não se usa para indicar generalização. Ex.: Todo o país participou da greve. (o país todo, inteiro, totalmente.) LÍNGUA PORTUGUESA 3 Todo país sofre por algum motivo. (qualquer país indiscriminadamente.) ATENÇÃO! É possível surgirem questões que abordam a diferença entre os sentidos desses tipos de enunciados. Normalmente, é perguntado se o emprego ou a retirada do artigo preserva ou altera a informação original. Perceba que há alteração de sentido. Tomando o segundo exemplo como ponto de partida, a construção Todos os países (no plural mesmo) sofrem por algum motivo conserva o significado inicial. 3. Emprego de Advérbios Os advérbios referem-se a um verbo, um advérbio ou a um adjetivo, acrescentando- lhes informações circunstanciais, acessórias. Ex.: Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal “chegou” e indica quando a ação verbal se realizou) Você agiu bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”, intensificando o modo indicado pelo advérbio) Essa é a atitude menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”, adicionando- lhe valor semântico intensificador) Em alguns casos, os advérbios podem se referir a uma oração inteira. Nesse caso, normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração. Ex.: Infelizmente, os deputados aprovaram as emendas. As providências foram infrutíferas, lamentavelmente. 4. Emprego de Preposições LÍNGUA PORTUGUESA 4 Usualmente, as preposições são desprovidas de valor semântico. Porém, às vezes indicam noções fundamentais à compreensão da frase. Ex.: Estou com você. (associação, a favor) Estou contra você. (posição contrária) Pus sob a mesa. (posição inferior) Pus sobre a mesa (posição superior) Às noites, jogava dominó. (tempo habitual, periodicidade) Dei pirulitos para as crianças, uma a uma. (distribuição) Veio de casa. (origem) 5. Emprego de Conjunções Elas unem orações ou termos de uma oração. No desempenho desse papel, a conjunção pode relacionar termos e orações sintaticamente equivalentes (as chamadas orações coordenadas) ou relacionar uma oração principal a uma oração que lhe é subordinada. 5.1 Coordenativas aditivas e, nem, mas, mas também, mas ainda, como também, bem como adversativas e, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, apesar disso, em todo caso) alternativas ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer conclusivas logo, portanto, por conseguinte, pois (após verbo), por isso explicativas que, porque, porquanto, pois (antes de verbo) LÍNGUA PORTUGUESA 5 5.2 Subordinativas integrantes (introduzem orações subordinadas que funcionam como substantivos: subjetiva, predicativa, objetiva direta, objetiva indireta, completiva nominal, apositiva) que, se adverbiais (introduzem orações subordinadas que traduzem circunstâncias) causais que, porque, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já que, uma vez que, desde que, na medida em que, se comparativas como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto) quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que (= como) concessivas embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, poso que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (= embora não) condicionais se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), a não ser que, a menos que, dado que. conformativas como, conforme, segundo, consoante consecutivas que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que, sem que, que (não) finais para que, a fim de que, que (= para que), de modo que LÍNGUA PORTUGUESA 6 proporcionais à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tanto mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto temporais Quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que LÍNGUA PORTUGUESA 7 b. Revisão 3 (mapa mental) LÍNGUA PORTUGUESA 8 c. Revisão 1 (questões) [...] Para um número crescente de pessoas em todo o mundo, a vida deixou de ser vivida como destino — como 28 relativamente fixa e determinada. [...] Anthony Giddens. Democracia. In: Mundo em descontrole. Rio de Janeiro: Record, 2005, p. 78-82 (com adaptações). QUESTÃO 01 - (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO) A interpretação da expressão “todo o mundo” (L.26-27), em “Para um número crescente de pessoas em todo o mundo”, é ambígua, assim como a da expressão todo mundo em Em todo mundo háesperança. 1 Especialmente no que comunica o papel da justiça eleitoral ao princípio da autenticidade eleitoral, cabe a ela garantir que prevaleça a vontade do eleitor. Entenda-se: não lhe 4 é cabível exigir ou orientar escolhas melhores, ou escolhas ideais, apenas fazer valer a escolha expressada legitimamente pelo eleitor no resultado das urnas. Assim, embora louvável o 7 esforço, não lhe cabe primar por “votos de qualidade”, apenas pelos votos legitimamente conquistados. [...] Sabe-se que, no Brasil, o eleitor geralmente escolhe seus candidatos em função de sua imagem social, pelo que os 19 meios de comunicação de massa lhe vendem, ou por aquilo que é produzido e maquiado no grande mecanismo de promoção pessoal que é a propaganda eleitoral. No entanto, uma 22 característica essencial da liberdade em nosso processo LÍNGUA PORTUGUESA 9 democrático é que o eleitor brasileiro não precisa (e não deve) justificar as suas escolhas. [...] Paola Biaggi Alves de Alencar. A concretização do direito eleitoral a partir dos princípios constitucionais estruturantes. In: Revista de Julgados/Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, vol. 1, 2002, Cuiabá: TRE/MT, 2002/6 v, p. 99 (com adaptações). QUESTÃO 02 - (CESPE/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) Os elementos “Assim” (L.6) e “No entanto” (L.21) expressam ideias equivalentes. [...] 7 Oficialmente, o presidente Nazarbayev justificou a mudança alegando o risco permanente de terremoto em Almaty e a falta de espaço para crescimento. Contudo, também queria integrar [...] Brasília asiática. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações). QUESTÃO 03 - (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ ANALISTA LEGISLATIVO/2014) Os vocábulos “Oficialmente” (L.7) e “permanente” (L.8) pertencem à mesma classe gramatical. [...] LÍNGUA PORTUGUESA 10 QUESTÃO 04 - (CESPE/2015/TCE-RN/CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS CARGOS 2 E 3) Os advérbios “Inicialmente” (L.3) e “logo” (L.4) atuam como sequenciadores textuais cuja função é organizar a sequência temporal relativa ao registro das atividades contábeis na Mesopotâmia. [...] classe social e econômica ou mesmo de idade. Questão de 10 relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos — geralmente de caráter transnacional — com 13 a criminalidade e a violência. Esses fatores ameaçam a [...] Internet: www.direitoshumanos.usp.br QUESTÃO 05 - (CESPE/2014/DPF/AGENTE) Nas linhas 12 e 13, o emprego da preposição “com”, em “com a criminalidade e a violência”, deve-se à regência do vocábulo “conexos”. QUESTÃO 06 – (CESPE/2014/ANTAQ/NÍVEL MÉDIO) Mantêm-se a correção gramatical do texto e suas informações originais ao se substituir “Portanto” (L.13) por qualquer um dos seguintes termos: Por isso, Logo, Por conseguinte. LÍNGUA PORTUGUESA 11 [...] A invenção e a difusão da técnica da escritura, somadas à compilação de costumes tradicionais, 25 proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o de Hamurábi, o de Manu, o de Sólon e a Lei das XII Tábuas. Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos eram 28 melhores depositários do direito e meios mais eficazes para conservá-lo que a memória de certo número de pessoas, por mais força que tivessem em função de seu constante exercício. 31 Esse direito antigo, tanto no Oriente quanto no Ocidente, não diferenciava, na essência, prescrições civis, religiosas e morais. Somente em tempos mais avançados da civilização é que se 34 começou a distinguir o direito da moral e a religião do direito. Certamente, de todos os povos antigos, foi com os romanos que o direito avançou para uma autonomia diante da religião e da 37 moral. Antônio C. Walker. O direito nas sociedades primitivas. In: Antônio C. Walker (Org.) Fundamentos de história do direito. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p. 19-20 (com adaptações) QUESTÃO 07 - (CESPE/2015/TCU/TFCE) Sem prejuízo do sentido do texto, o termo “destarte” (l.27) poderia ser substituído por contudo ou todavia. [...] LÍNGUA PORTUGUESA 12 QUESTÃO 08 - (CESPE/2015/TJ-DFT/CONHECIMENTOS BÁSICOS CARGOS 2,3 E 5 A 12) Em “mas, sobretudo, realizada por todos" (l.51), a palavra “sobretudo" significa especialmente e serve para reforçar a ideia de oposição veiculada pela conjunção “mas". 1 Em linhas gerais, o texto da Lei da Ficha Limpa prevê que, para ficar impedido de concorrer a um cargo público eletivo, basta que o candidato tenha sido condenado por um 4 órgão colegiado, ainda que ele esteja com recursos em tramitação, caso muito comum, por exemplo, em condenações de tribunais eleitorais. [...] Andeson de Oliveira Alarcon. As inovações eleitorais, a ficha limpa e as eleições 2012. In: Escola Judiciária Eleitoral da Paraíba. Internet: <www.tre-pb.gov.br> (com adaptações). QUESTÃO 09 – (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO) No texto, a expressão “ainda que” (L.4) tem sentido equivalente ao da expressão desde que. QUESTÃO 10 - (CESPE/2014/CEF/MÉDICO DO TRABALHO) No trecho “Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem do tempo que se perde” (16-17), a partícula “se” recebe classificação distinta em cada ocorrência. LÍNGUA PORTUGUESA 13 d. Revisão 2 (questões) [...] [...] QUESTÃO 11 - (CESPE/2016/FUNPRESP-EXE/CONHECIMENTOS BÁSICOS) A locução “uma vez que" (l.15) introduz, no período em que ocorre, ideia de causa. QUESTÃO 12 - (CESPE/2015/FUB/CONHECIMENTOS BÁSICOS) Ao se substituir “De acordo com” (l.1) por Conforme, mantêm-se a correção gramatical e os sentidos do texto. LÍNGUA PORTUGUESA 14 [...] [...] QUESTÃO 13 - (CESPE/2016/INSS/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL COM FORMAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL) Na linha 17, o vocábulo “que” classifica-se como conjunção e introduz o sujeito da oração “Consta-nos”. QUESTÃO 14 - (CESPE/2014/TC-DF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Dado que, na expressão “o vácuo interrogante do porvir” (l.2), os termos “interrogante” e “do porvir” especificam o mesmo núcleo nominal, o sentido da expressão seria mantido caso a posição desses elementos fosse a seguinte: o vácuo do porvir interrogante. [...] No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os requisitos da nacionalidade, idade e capacidade, além do 25 requisito formal do alistamento eleitoral. Todos requisitos legítimos e que não tornam inapropriado o uso do adjetivo universal. Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações). QUESTÃO 15 - (CESPE/2013/TRE-MS/TÉCNICO JUDICIÁRIO) LÍNGUA PORTUGUESA 15 O artigo masculino plural os poderia ser corretamente inserido após “Todos”, em “Todos requisitos” (L.25). [...] Para um número crescente de pessoas em todo o mundo, a vida deixou de ser vivida como destino — como 28 relativamente fixa e determinada. [...] Anthony Giddens. Democracia. In: Mundo em descontrole. Rio de Janeiro: Record, 2005, p. 78-82 (com adaptações). QUESTÃO 16 - (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO) A interpretação da expressão “todo o mundo” (L.26-27), em “Para um número crescente de pessoas em todo o mundo”, é ambígua, assim como a da expressão todo mundo em Em todo mundo há esperança. QUESTÃO 17 - (CESPE/2013/TCE-RS/OFICIAL DE CONTROLE EXTERNO) Mantêm-se as relações sintáticasoriginais ao se substituir o termo “Entretanto” (l.11) por qualquer um dos seguintes: Porém, Contudo, Todavia, No entanto. [...] outros na manutenção do status quo. É crucial, pois, que as ações afirmativas, mecanismo jurídico concebido com vistas a 13 quebrar essa dinâmica perversa, sofram o influxo dessas forças contrapostas e atraiam considerável resistência, sobretudo da parte dos que historicamente se beneficiaram da exclusão dos 16 grupos socialmente fragilizados. Joaquim Barbosa B. Gomes. As ações afirmativas e os processos de promoção da igualdade efetiva. In: AJUFE (Org.). Seminário internacional: as minorias e o direito. 1.ª ed. 2003, p. 91-2 (com adaptações). LÍNGUA PORTUGUESA 16 QUESTÃO 18 - (CESPE/2013/CNJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) Na linha 11, o vocábulo “pois” está empregado com valor conclusivo, equivalendo a portanto. QUESTÃO 19 - (CESPE/2017/PC-GO/DELEGADO) Nas orações em que ocorrem no texto CB1A1BBB, os elementos “assim” (l.4) e “por isso” (l.15) expressam, respectivamente, as ideias de a) consequência e consequência. b) finalidade e proporcionalidade. c) causa e consequência. d) conclusão e conclusão. LÍNGUA PORTUGUESA 17 e) restrição e conformidade. [...] QUESTÃO 20 - (CESPE/2012/PC-CE/INSPETOR) Os substantivos “velhice” (L.1) e “tese” (L.11) estão empregados no texto de forma indefinida e com sentido genérico. LÍNGUA PORTUGUESA 18 e. Revisão 3 (questões) [...] QUESTÃO 21 - (CESPE/2012/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A preposição “para”, em “para a discussão” (L.3) e em “para colecionar livros” (L.23), introduz expressão que exprime finalidade. LÍNGUA PORTUGUESA 19 [...] QUESTÃO 22 - (CESPE/2012/MJ-DPF/AGENTE) Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, a oração “se alguém é executado” (l.12), que expressa uma hipótese, poderia ser escrita como caso se execute alguém, mas não como se caso alguém se execute. [...] [...] QUESTÃO 23 - (CESPE/2012/PC-CE/INSPETOR) O conector “pois” (L.18) introduz ideia de consequência no trecho em que ocorre. LÍNGUA PORTUGUESA 20 QUESTÃO 24 - (CESPE/2012/TJ-RR/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do período ao se substituir o conectivo “pois” (L.1) por já que, uma vez que, porquanto, visto que ou porque. QUESTÃO 25 - (CESPE/2011/CORREIOS/AGENTE DE CORREIOS/ATENDENTE COMERCIAL) A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue os itens abaixo. LÍNGUA PORTUGUESA 21 I. No pedido de desculpa pelos erros (v.3), o autor da carta comete o seguinte erro: emprego da forma verbal “desculpes”, em vez de desculpe. II. Os termos “Porque” (v.2) e “Porém” (v.7) estabelecem, nos respectivos trechos, semelhantes relações de sentido. III. No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de tempo. QUESTÃO 26 - (CESPE/211/PC-ES/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) No trecho "estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas" (L.8-10), a omissão da preposição "de" prejudicaria a correção gramatical do período. [...] [...] QUESTÃO 27 - (CESPE/2011/TJ-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/TAQUIGRAFIA) A substituição da locução “a fim de” (L.16) por para manteria a correção gramatical e o sentido original do texto. [...] [...] LÍNGUA PORTUGUESA 22 [...] QUESTÃO 28 - (CESPE/2011/TJ-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO) Nos trechos “que de fato desprezava” (L.7) e “que ensinamentos tirei da leitura” (L.22), o elemento “que” recebe a mesma classificação morfossintática. [...] [...] QUESTÃO 29 - (CESPE/2011/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/EXECUÇÃO DE MANDADOS) A inserção do artigo definido plural os imediatamente antes da palavra “policiais” (L.6) não alteraria o sentido original do período. LÍNGUA PORTUGUESA 23 [...] [...] QUESTÃO 30 - (CESPE/2011/STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) O elemento que possui, em todas as suas ocorrências (L.7, 8, 13 e 14), a propriedade de retomar palavras ou expressões que o antecedem no texto. LÍNGUA PORTUGUESA 24 f. Gabarito 1 2 3 4 5 E E E C E 6 7 8 9 10 C E E E C 11 12 13 14 15 C C C E E 16 17 18 19 20 E C C D E 21 22 23 24 25 C C E C E 26 27 28 29 30 C C E E E LÍNGUA PORTUGUESA 25 g. Breves comentários às questões [...] Para um número crescente de pessoas em todo o mundo, a vida deixou de ser vivida como destino — como 28 relativamente fixa e determinada. [...] Anthony Giddens. Democracia. In: Mundo em descontrole. Rio de Janeiro: Record, 2005, p. 78-82 (com adaptações). QUESTÃO 01 - (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO) A interpretação da expressão “todo o mundo” (L.26-27), em “Para um número crescente de pessoas em todo o mundo”, é ambígua, assim como a da expressão todo mundo em Em todo mundo há esperança. Não existe essa tal ambiguidade. O que existe é a ideia de integralidade no primeiro caso e de generalização no segundo. Na frase “todo o mundo”, considera-se totalmente o mundo, isto é, todas as partes dele, não ficando nada de fora, conforme o próprio contexto. Na frase Em todo mundo há esperança, a ideia é que existe esperança em qualquer pessoa, indiscriminadamente. Item errado. 1 Especialmente no que comunica o papel da justiça eleitoral ao princípio da autenticidade eleitoral, cabe a ela garantir que prevaleça a vontade do eleitor. Entenda-se: não lhe 4 é cabível exigir ou orientar escolhas melhores, ou escolhas ideais, apenas fazer valer a escolha expressada legitimamente pelo eleitor no resultado das urnas. Assim, embora louvável o 7 esforço, não lhe cabe primar por “votos de qualidade”, apenas pelos votos legitimamente conquistados. LÍNGUA PORTUGUESA 26 [...] Sabe-se que, no Brasil, o eleitor geralmente escolhe seus candidatos em função de sua imagem social, pelo que os 19 meios de comunicação de massa lhe vendem, ou por aquilo que é produzido e maquiado no grande mecanismo de promoção pessoal que é a propaganda eleitoral. No entanto, uma 22 característica essencial da liberdade em nosso processo democrático é que o eleitor brasileiro não precisa (e não deve) justificar as suas escolhas. [...] Paola Biaggi Alves de Alencar. A concretização do direito eleitoral a partir dos princípios constitucionais estruturantes. In: Revista de Julgados/Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, vol. 1, 2002, Cuiabá: TRE/MT, 2002/6 v, p. 99 (com adaptações). QUESTÃO 02 - (CESPE/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) Os elementos “Assim” (L.6) e “No entanto” (L.21) expressam ideias equivalentes. Na linha 6, o elemento “Assim” serve para expressar uma ideia conclusiva em relação à atuação da justiça eleitoral. O conectivo “Assim” equivale-se a portanto, logo, por conseguinte. Já o elemento “No entanto”, na linha 21, expressa ideia distinta, pois estabelece uma ressalva à declaração feita sobre o voto do eleitor brasileiro. A locução “No entanto” equivale-se a porém, contudo, entretanto. Item errado. [...] 7 Oficialmente, o presidente Nazarbayev justificou a mudança alegando o riscopermanente de terremoto em Almaty e a falta de espaço para crescimento. Contudo, também queria integrar [...] Brasília asiática. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações). QUESTÃO 03 - (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ ANALISTA LEGISLATIVO/2014) LÍNGUA PORTUGUESA 27 Os vocábulos “Oficialmente” (L.7) e “permanente” (L.8) pertencem à mesma classe gramatical. Não, não é verdade. O primeiro vocábulo é advérbio que se refere à ação do presidente de justificar a mudança. O segundo é adjetivo que qualifica o substantivo “risco”. Item errado. [...] QUESTÃO 04 - (CESPE/2015/TCE-RN/CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS CARGOS 2 E 3) Os advérbios “Inicialmente” (L.3) e “logo” (L.4) atuam como sequenciadores textuais cuja função é organizar a sequência temporal relativa ao registro das atividades contábeis na Mesopotâmia. O advérbio “inicialmente” é uma expressão que modifica o tempo (inicial) e o modo (-mente) como as fichas de barro eram utilizadas. Da mesma forma, o advérbio “logo” insere o sequenciamento da substituição das fichas de barro para as tábuas gravadas. Item certo. [...] classe social e econômica ou mesmo de idade. Questão de 10 relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido LÍNGUA PORTUGUESA 28 de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos — geralmente de caráter transnacional — com 13 a criminalidade e a violência. Esses fatores ameaçam a [...] Internet: www.direitoshumanos.usp.br QUESTÃO 05 - (CESPE/2014/DPF/AGENTE) Nas linhas 12 e 13, o emprego da preposição “com”, em “com a criminalidade e a violência”, deve-se à regência do vocábulo “conexos”. As aparências enganam! Os crimes não são conexos com a criminalidade e a violência – isso nem faria muito sentido. É preciso retomar a leitura de um ponto anterior: “...é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos [...] com a criminalidade e a violência...”. Ou seja, é a associação disso e daquilo com a criminalidade e a violência. Item errado. QUESTÃO 06 – (CESPE/2014/ANTAQ/NÍVEL MÉDIO) Mantêm-se a correção gramatical do texto e suas informações originais ao se substituir “Portanto” (L.13) por qualquer um dos seguintes termos: Por isso, Logo, Por conseguinte. As conjunções apresentadas pelo examinador expressam ideia de conclusão, portanto a substituição proposta mantém a correção gramatical do texto e suas informações originais (o texto aqui também é dispensável). Item certo. [...] A invenção e a difusão da técnica da escritura, somadas à compilação de costumes tradicionais, 25 proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o de Hamurábi, o de Manu, o de Sólon e a Lei das XII Tábuas. LÍNGUA PORTUGUESA 29 Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos eram 28 melhores depositários do direito e meios mais eficazes para conservá-lo que a memória de certo número de pessoas, por mais força que tivessem em função de seu constante exercício. 31 Esse direito antigo, tanto no Oriente quanto no Ocidente, não diferenciava, na essência, prescrições civis, religiosas e morais. Somente em tempos mais avançados da civilização é que se 34 começou a distinguir o direito da moral e a religião do direito. Certamente, de todos os povos antigos, foi com os romanos que o direito avançou para uma autonomia diante da religião e da 37 moral. Antônio C. Walker. O direito nas sociedades primitivas. In: Antônio C. Walker (Org.) Fundamentos de história do direito. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p. 19-20 (com adaptações) QUESTÃO 07 - (CESPE/2015/TCU/TFCE) Sem prejuízo do sentido do texto, o termo “destarte” (l.27) poderia ser substituído por contudo ou todavia. No texto, “destarte” estabelece uma relação de conclusão entre as ideias que articula. Contudo e todavia expressam ideias adversativas. Portanto a substituição é inadequada. Item errado. [...] LÍNGUA PORTUGUESA 30 QUESTÃO 08 - (CESPE/2015/TJ-DFT/CONHECIMENTOS BÁSICOS CARGOS 2,3 E 5 A 12) Em “mas, sobretudo, realizada por todos" (l.51), a palavra “sobretudo" significa especialmente e serve para reforçar a ideia de oposição veiculada pela conjunção “mas". A conjunção “mas” não tem valor adversativo. Ela, na verdade, traz para o texto mais uma característica da “justiça” que se pretende construir. Em outras palavras, a justiça pretendida deve ser “acessível” e “realizada por todos”. Não se percebe um contraste entre essas ideias. Item errado. 1 Em linhas gerais, o texto da Lei da Ficha Limpa prevê que, para ficar impedido de concorrer a um cargo público eletivo, basta que o candidato tenha sido condenado por um 4 órgão colegiado, ainda que ele esteja com recursos em tramitação, caso muito comum, por exemplo, em condenações de tribunais eleitorais. [...] Andeson de Oliveira Alarcon. As inovações eleitorais, a ficha limpa e as eleições 2012. In: Escola Judiciária Eleitoral da Paraíba. Internet: <www.tre-pb.gov.br> (com adaptações). QUESTÃO 09 – (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO) No texto, a expressão “ainda que” (L.4) tem sentido equivalente ao da expressão desde que. A locução conjuntiva “ainda que” transmite valor concessivo à informação e pode ser substituída, por exemplo, pela conjunção embora. A locução desde que transmitira ao leitor um sentido de condição. Item errado. LÍNGUA PORTUGUESA 31 QUESTÃO 10 - (CESPE/2014/CEF/MÉDICO DO TRABALHO) No trecho “Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem do tempo que se perde” (16-17), a partícula “se” recebe classificação distinta em cada ocorrência. Sim, é verdade. Na primeira ocorrência, o “se” é conjunção subordinativa condicional. Observe que ele pode ser substituído por caso, outra conjunção condicional. Já na segunda, o “se” é pronome apassivador e, ao lado do verbo transitivo direto “perde”, forma a voz passiva sintética (ou pronominal). Observe que a estrutura pode ser transformada: “...do tempo que é perdido” (voz passiva analítica ou verbal). Item certo. [...] [...] QUESTÃO 11 - (CESPE/2016/FUNPRESP-EXE/CONHECIMENTOS BÁSICOS) A locução “uma vez que" (l.15) introduz, no período em que ocorre, ideia de causa. A locução conjuntiva “uma vez que" estabelece uma relação entre a oração “ele nunca errava” (principal - efeito) com a oração “não havia mais dúvidas” (subordinada – causa) de dependência uma da outra, ou seja, o efeito depende da causa. Item certo. LÍNGUA PORTUGUESA 32 QUESTÃO 12 - (CESPE/2015/FUB/CONHECIMENTOS BÁSICOS) Ao se substituir “De acordo com” (l.1) por Conforme, mantêm-se a correção gramatical e os sentidos do texto. A locução entre aspas também transmite ideia de conformidade, assim como a conjunção em negrito. Por isso a correção gramatical e os sentidos do texto são preservados na substituição. Item certo. [...] [...] QUESTÃO 13 - (CESPE/2016/INSS/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL COM FORMAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL) LÍNGUA PORTUGUESA 33 Na linha 17, o vocábulo “que” classifica-se como conjunção e introduz o sujeito da oração “Consta-nos”. A estrutura é típica de orações subordinadas substantivas subjetivas pospostas a orações principais (“Conta-nos”). Esse tipo de oração é introduzido por conjunção integrante, como regra geral. Observe que o “que” não pode ser confundido como pronome relativo porque não admite ser substituído por “oqual”, pronome relativo por excelência. Item certo. QUESTÃO 14 - (CESPE/2014/TC-DF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Dado que, na expressão “o vácuo interrogante do porvir” (l.2), os termos “interrogante” e “do porvir” especificam o mesmo núcleo nominal, o sentido da expressão seria mantido caso a posição desses elementos fosse a seguinte: o vácuo do porvir interrogante. No trecho original, os adjetivos especificam o substantivo “vácuo”. Na expressão transformada, apenas a locução “do porvir” qualifica o substantivo “vácuo”. Já o adjetivo “interrogante” especifica o “porvir”. Isso muda o sentido da expressão original. Item errado. [...] No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os requisitos da nacionalidade, idade e capacidade, além do 25 requisito formal do alistamento eleitoral. Todos requisitos legítimos e que não tornam inapropriado o uso do adjetivo universal. Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações). QUESTÃO 15 - (CESPE/2013/TRE-MS/TÉCNICO JUDICIÁRIO) O artigo masculino plural os poderia ser corretamente inserido após “Todos”, em “Todos requisitos” (L.25). LÍNGUA PORTUGUESA 34 A expressão Todos os requisitos legítimos abrangeria requisitos diferentes daqueles mencionados no texto. Bastaria que fossem legítimos para que diversos requisitos estivessem subentendidos na expressão em negrito. Essa não é a ideia original. O pronome “Todos” sintetiza e retoma especificamente os requisitos listados no trecho anterior: “requisitos da nacionalidade, idade e capacidade, além do requisito formal do alistamento eleitoral”. A ideia originalmente expressa pelo enunciador é que os requisitos mencionados são todos legítimos. Perceba também que o emprego do artigo os prejudicaria a coesão entre os elementos do texto, pois sugeriria que a expressão Todos os requisito legítimos seria um suposto sujeito sem um verbo que lhe servisse de base para compor uma oração. Analise: Todos os requisito legítimos (???) e que não tornam inapropriado o uso do adjetivo universal. Assim, a passagem tem sua coerência e sua coesão prejudicadas. Item errado. [...] Para um número crescente de pessoas em todo o mundo, a vida deixou de ser vivida como destino — como 28 relativamente fixa e determinada. [...] Anthony Giddens. Democracia. In: Mundo em descontrole. Rio de Janeiro: Record, 2005, p. 78-82 (com adaptações). QUESTÃO 16 - (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO) A interpretação da expressão “todo o mundo” (L.26-27), em “Para um número crescente de pessoas em todo o mundo”, é ambígua, assim como a da expressão todo mundo em Em todo mundo há esperança. Não existe essa tal ambiguidade. O que existe é a ideia de integralidade no primeiro caso e de generalização no segundo. Na frase “todo o mundo”, considera-se totalmente o mundo, isto é, todas as partes dele, não ficando nada de fora, conforme o próprio contexto. Na frase Em todo mundo há esperança, LÍNGUA PORTUGUESA 35 a ideia é que existe esperança em qualquer pessoa, indiscriminadamente. Item errado. QUESTÃO 17 - (CESPE/2013/TCE-RS/OFICIAL DE CONTROLE EXTERNO) Mantêm-se as relações sintáticas originais ao se substituir o termo “Entretanto” (l.11) por qualquer um dos seguintes: Porém, Contudo, Todavia, No entanto. Todas as conjunções apontadas pela banca transmitem noção de adversidade, portanto a substituição proposta mantém as relações sintáticas originais. Item certo. [...] outros na manutenção do status quo. É crucial, pois, que as ações afirmativas, mecanismo jurídico concebido com vistas a 13 quebrar essa dinâmica perversa, sofram o influxo dessas forças contrapostas e atraiam considerável resistência, sobretudo da parte dos que historicamente se beneficiaram da exclusão dos 16 grupos socialmente fragilizados. Joaquim Barbosa B. Gomes. As ações afirmativas e os processos de promoção da igualdade efetiva. In: AJUFE (Org.). Seminário internacional: as minorias e o direito. 1.ª ed. 2003, p. 91-2 (com adaptações). QUESTÃO 18 - (CESPE/2013/CNJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) Na linha 11, o vocábulo “pois” está empregado com valor conclusivo, equivalendo a portanto. Este é um caso clássico da conjunção pois com sentido conclusivo: após o verbo da oração e isolada por meio de vírgulas. Veja novamente: “É crucial, pois, que as ações afirmativas...”. Item certo. LÍNGUA PORTUGUESA 36 QUESTÃO 19 - (CESPE/2017/PC-GOJ/DELEGADO) Nas orações em que ocorrem no texto CB1A1BBB, os elementos “assim” (l.4) e “por isso” (l.15) expressam, respectivamente, as ideias de a) consequência e consequência. b) finalidade e proporcionalidade. c) causa e consequência. d) conclusão e conclusão. e) restrição e conformidade. As ideias expressas pelos tais conectivos são de conclusão. Eles são comumente empregados em textos dissertativos, como resultado de um fato originário, encerramento de uma ideia conclusiva. Os principais conectivos dessa natureza LÍNGUA PORTUGUESA 37 são: por conseguinte, portanto, logo, pois (surge após o verbo e isolado por vírgula), por isso, em vista disso, então, assim. Letra D. [...] QUESTÃO 20 - (CESPE/2012/PC-CE/INSPETOR) Os substantivos “velhice” (L.1) e “tese” (L.11) estão empregados no texto de forma indefinida e com sentido genérico. Para resolver acertadamente esta questão, você precisa notar o que vem antes desses substantivos. Em “à velhice”, tem-se a fusão da preposição a com o artigo definido a. Os artigos definidos (o, os, a, as) são antepostos aos substantivos para dar aos seres um sentido determinado. Semelhantemente, é isso que também ocorre em “à tese”. Item errado. LÍNGUA PORTUGUESA 38 [...] QUESTÃO 21 - (CESPE/2012/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A preposição “para”, em “para a discussão” (L.3) e em “para colecionar livros” (L.23), introduz expressão que exprime finalidade. Apesar de alguns protestos por parte de alguns estudantes, não vejo problemas em considerar certo este item. Na linha 3, a preposição “para” introduz uma finalidade da biblioteca de Alexandria: servir de epígrafe para a discussão sobre a materialidade da comunicação. Na linha 23, a mesma preposição introduz a finalidade da procura por uma biblioteca estruturada: colecionar livros. Item certo. LÍNGUA PORTUGUESA 39 [...] QUESTÃO 22 - (CESPE/2012/MJ-DPF/AGENTE) Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, a oração “se alguém é executado” (l.12), que expressa uma hipótese, poderia ser escrita como caso se execute alguém, mas não como se caso alguém se execute. Além de expressar uma hipótese por causa da conjunção subordinativa “se”, a estrutura original transmite noção de passividade do termo “alguém”: ele sofre a ação de ser executado. A primeira proposta de substituição preserva tanto a correção gramatical quanto a coerência do texto. A conjunção se foi substituída pela também conjunção condicional caso. É digna de nota a flexão do verbo executar, obrigatoriamente conjugado no subjuntivo (execute) por causa da conjunção caso. Mas a segunda proposta apresenta problemas. Com respeito à correção gramatical, a justaposição das conjunções condicionais se caso fere a normatividade da língua. Parece que o examinador quis confundir os candidatos aproximando tal construção de outra bem semelhante: se acaso. Nesta estrutura, não temos duas conjunções condicionais, mas uma conjunção e um advérbio (= eventualmente). Em relaçãoà coerência textual, segunda proposta transmite noção reflexiva. Alguém executa a si mesmo? Pratica e sofre a ação ao mesmo tempo? Não, não é essa a ideia original. Item certo. LÍNGUA PORTUGUESA 40 [...] [...] QUESTÃO 23 - (CESPE/2012/PC-CE/INSPETOR) O conector “pois” (L.18) introduz ideia de consequência no trecho em que ocorre. A conjunção “pois” introduz uma explicação ou justificativa para o progresso do cientista político Phillippe Schmitter. Eis alguns conectivos que transmitem a ideia de consequência alegada pelo examinador: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que. Item errado. LÍNGUA PORTUGUESA 41 QUESTÃO 24 - (CESPE/2012/TJ-RR/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do período ao se substituir o conectivo “pois” (L.1) por já que, uma vez que, porquanto, visto que ou porque. Perceba que existe uma relação de causa e efeito entre as orações ligadas por meio da conjunção “pois”, a qual introduz a oração subordinada causal. Releia, portanto, o quadro das conjunções subordinativas adverbiais causais para confirmar que todas as conjunções apresentadas pelo examinador podem expressar noção de causa. Item certo. LÍNGUA PORTUGUESA 42 QUESTÃO 25 - (CESPE/2011/CORREIOS/AGENTE DE CORREIOS/ATENDENTE COMERCIAL) A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue os itens abaixo. I. No pedido de desculpa pelos erros (v.3), o autor da carta comete o seguinte erro: emprego da forma verbal “desculpes”, em vez de desculpe. II. Os termos “Porque” (v.2) e “Porém” (v.7) estabelecem, nos respectivos trechos, semelhantes relações de sentido. III. No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de tempo. Item I: errado. O verbo desculpar foi corretamente flexionado na segunda pessoa do singular do presente do subjuntivo. Quanto ao número e à pessoa, a referência é o pronome TU, representante da pessoa com quem o enunciador fala. Quanto ao tempo e modo verbal, o subjuntivo traduz a ideia de possibilidade presente nas palavras do poema. Item II: errado. A conjunção “Porque” apresenta o motivo pelo qual o autor escreve a carta; a conjunção “Porém”, como conjunção adversativa que é, introduz ideia de ressalva, contraste. Item III: errado. “Talvez” exprime circunstância de dúvida; “até” denota ideia de inclusão. Itens errados. LÍNGUA PORTUGUESA 43 QUESTÃO 26 - (CESPE/211/PC-ES/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) No trecho "estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas" (L.8-10), a omissão da preposição "de" prejudicaria a correção gramatical do período. Sim, pois ela promove o vínculo entre o adjetivo “convencidos” e a oração completiva nominal subsequente. A retirada dela afetaria a coesão do período e as regras de regência nominal. Item certo. [...] [...] QUESTÃO 27 - (CESPE/2011/TJ-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/TAQUIGRAFIA) A substituição da locução “a fim de” (L.16) por para manteria a correção gramatical e o sentido original do texto. Sim, são equivalentes quanto ao sentido a locução prepositiva “a fim de” e a preposição para, ambas exprimem circunstância de finalidade. Também não se verifica incorreção gramatical na substituição: ...ir agachar-se sob o túmulo para escapar dos golpes do destino... Item certo. [...] [...] LÍNGUA PORTUGUESA 44 [...] QUESTÃO 28 - (CESPE/2011/TJ-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO) Nos trechos “que de fato desprezava” (L.7) e “que ensinamentos tirei da leitura” (L.22), o elemento “que” recebe a mesma classificação morfossintática. Na linha 7, o vocábulo classifica-se como pronome relativo, substitui o antecedente “mulheres” e introduz oração subordinada adjetiva restritiva. Na linha 22, o “que” é conjunção integrante, introduz oração subordinada substantiva objetiva direta. Item errado. [...] [...] QUESTÃO 29 - (CESPE/2011/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/EXECUÇÃO DE MANDADOS) A inserção do artigo definido plural os imediatamente antes da palavra “policiais” (L.6) não alteraria o sentido original do período. Sem o artigo, o substantivo é entendido em sentido genérico, não especificado. Quais ou quantos “policiais”: todos, alguns, dois, três? Com o artigo definido os, o substantivo “policiais” tem seu alcance semântico delimitado. A referência agora é a todos os policiais da delegacia. Item errado. LÍNGUA PORTUGUESA 45 [...] [...] QUESTÃO 30 - (CESPE/2011/STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) O elemento que possui, em todas as suas ocorrências (L.7, 8, 13 e 14), a propriedade de retomar palavras ou expressões que o antecedem no texto. Preste muita atenção no enunciado. O que o examinador procura, na verdade, é um pronome relativo, pois é ele que retoma palavras ou expressões antecedentes. Assim sendo, o item está errado. Vejamos: – “mostra que há setores” (l. 7) => conjunção integrante, pois introduz oração (substantiva) que funciona como objeto direto do verbo mostrar. – “como a construção civil, que tem uma” (l. 8) => pronome relativo, pois substitui a expressão “construção civil” na oração em que aparece. Repare: a construção civil tem uma. Observação: a oração introduzida por pronome relativo é chamada subordinada adjetiva. – “que é um equívoco” (l 13) => outra conjunção integrante, pois introduz oração (substantiva) que funciona como objeto direto do verbo mostrar (l. 12). LÍNGUA PORTUGUESA 46 – “mostram que o mercado de trabalho já é bem” (l. 14) => outra vez temos uma conjunção integrante, que introduz oração substantiva. O “que” introduz o objeto direto do verbo mostrar. Repare o artifício: Os números mostram ISSO. O vocábulo ISSO se equivale à oração (substantiva) “que o mercado de trabalho já é...”.
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