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introdução

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Direito Público e Privado
 
A dicotomia entre o Direito Público e Privado é histórica, servindo a propósitos ideológicos. O Direito liberal burguês defendia a igualdade entre as partes contratantes. Esta igualdade escondia uma realidade fática: a brutal desigualdade econômica, sendo, pois, uma ficção jurídica. Interessou ao pensamento liberal burguês alargar o campo de atuação do Direito Privado, para que o Estado não interferisse nas relações, principalmente aquelas referentes ao contrato de trabalho. A divisão do Direito em Público e Privado é invenção romana, sendo desconhecida na Idade Média, e recuperada pelo Direito liberal burguês. Vale lembrar que essa divisão variava de intensidade conforme o país e o regime. 
Atualmente, dois critérios são utilizados para a divisão os ramos de Direito Público e Direito Privado: O primeiro é o Critério	do	conteúdo ou objeto da relação jurídica. Neste critério, quando prevalece o interesse geral o direito é público, quando prevalece o particular o direito é privado. O segundo Critério é relativo à forma da relação jurídica, ou Teoria da Natureza da Relação Jurídica. Assim, se a relação é de coordenação, trata-se, em regra, de Direito Privado, se a relação é de subordinação, trata-se, em regra de Direito Público. Enquanto o Direito Privado é informado, entre outros, pelos princípios da autonomia da vontade e da licitude	ampla , o Direito Público é regido pelos princípios da supremacia do interesse público e da estrita legalidade - o agente público só pode agir se, quando e como a lei prescrever. As cláusulas de um contrato são normas de Direito Privado, sendo normas individuais, pois não derivam diretamente do Estado, mas sim da vontade dos particulares. Por estes critérios, são:
Ramos do Direito Público ;Direitos Constitucional, Financeiro, Tributário, Internacional Privado, Administrativo, Processual, Ambiental, Penal etc.
Ramos do Direito Privado ;Direitos Civil, Empresarial.
A Classificação das Fontes
Apresentam, basicamente, três espécies: Fontes materiais, Fontes históricas e Fontes formais. Vamos conhecê-las? 
Fontes Materiais
 As fontes materiais são os fatos sociais, as próprias forças sociais criadoras do Direito, e a matéria-prima da elaboração deste, pois constituem os valores sociais que informam o conteúdo das normas jurídicas. As fontes materiais não são ainda o Direito pronto, perfeito, mas para a formação deste contribuem sob a forma de fatos sociais econômicos, políticos, religiosos, morais. 
As fontes materiais subdividem-se em:
Fontes materiais diretas ou imediatas São aquelas fontes que criam diretamente as normas jurídicas, representadas pelos órgãos legiferantes:
O PODER LEGISLATIVO Quando elabora e faz entrar em vigor as leis.
O PODER JUDICIÁRIO Quando elabora jurisprudência ou quando, excepcionalmente, legisla.
A PRÓPRIA SOCIEDADE Quando consagra determinados costumes (que não sejam contrários à lei).
O PODER EXECUTIVO Quando excepcionalmente elabora leis.
OS DOUTRINADORES Quando desenvolvem trabalhos, elaboram doutrinas utilizadas pelo aplicador da lei.
Fontes Materiais Indiretas ou Mediatas São fatos (acontecimentos) ou fenômenos sociais que ocorrem em determinada sociedade trazendo como consequência o nascimento de novos valores que serão protegidos pela Norma Jurídica. 
Fontes Históricas São os documentos jurídicos e coleções coletivas do passado que continuam a influir nas legislações do presente.
 
Fontes Formais As Fontes Formais são a lei, os costumes, a jurisprudência e a doutrina. O positivismo jurídico defende a ideia de que fora do Estado não há Direito, sendo aquele a única fonte deste. As forças sociais, os fatos sociais seriam tão somente causa material do Direito, a matéria-prima de sua elaboração, ficando esta sempre a cargo do próprio Estado, como causa eficiente. A lei seria causa formal do Direito, a forma de manifestação deste. As fontes formais seriam as artérias pelas quais correm e se manifestam as fontes materiais.
Revogação da lei
O conceito de revogação da lei tem como referência a questão temporal ou a sucessão de normas jurídicas no tempo, não sendo aplicável a outros critérios de invalidação de normas que tenham por referência a sua posição hierárquica no ordenamento jurídico ou o seu grau de especialidade, salvo quando naturalmente estas normas hierarquicamente superiores ou especiais forem também mais recentes. 
A revogação de uma lei pode se dar de forma expressa ou de maneira tácita, de acordo com o art. 2º, § 1º da LINDB (a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior). No caso da revogação expressa, a nova lei explicita o texto ou os dispositivos legais que estão sendo revogados, enquanto na revogação tácita o que se tem é uma antinomia solúvel pelo critério temporal ou cronológico, no qual é aferida a compatibilidade de conteúdo entre as duas normas, optando-se pelo regime da mais recente, em caso de conflito. O art. 2º, § 1º da LINDB ainda elenca uma hipótese debatida no item sobre antinomias jurídicas, que envolve a preponderância de uma lei mais recente que regula integralmente a matéria de que trata a lei anterior, mesmo que esta seja de caráter especial, fugindo à regra geral do art. 2º, § 2º da LINDB. Há um princípio geral no direito pátrio de que uma lei revogada se vê banida do ordenamento jurídico em definitivo. Tal máxima tem a sua concretização normativa no art.	2º,	§	3º	da	LINDB, afastando a possibilidade de uma “restauração tácita” da vigência de uma norma revogada, por haver a norma que a revogara perdido também a sua própria vigência, fenômeno denominado de repristinação. O que se admite no direito brasileiro é a possibilidade de que uma lei nova venha a restaurar expressamente os efeitos de uma lei revogada no passado, o que, na prática, tem efeito equivalente à edição de uma nova lei, cujo conteúdo é idêntico ao da lei revogada, mas que não se confunde com uma restauração da legislação em vigor no passado. Tal fato tem efeitos práticos importantes, uma vez que as relações jurídicas surgidas após a revogação da lei “restaurada” estarão sujeitas ao regime jurídico da legislação que a revogou, devendo ser o regime que voltou a vigorar ser aplicado apenas após a edição da lei nova. A impossibilidade jurídica da repristinação também gera outro efeito peculiar.

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