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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA - GST0012 Semana Aula: 15 Aula 15 - Crescimento e Desenvolvimento Econômico (2ª parte) Tema Crescimento e Desenvolvimento Econômico Palavras-chave Crescimento, Desenvolvimento e Política Objetivos Essa aula visa propiciar ao aluno · Entender as políticas públicas para o desenvolvimento econômico · Conhecer as políticas públicas para capacitação da mão de obra necessária para o desenvolvimento econômico · Compreender os programas para o desenvolvimento tecnológico Estrutura de Conteúdo 15.1 Políticas públicas estimular o desenvolvimento econômico 15.2 Políticas de estímulo à formação de capital e ao desenvolvimento tecnológico 15.3 Políticas públicas de estímulo à Educação e a capacitação da mão de obra necessária para o desenvolvimento econômico 15.4 Políticas de estímulo ao desenvolvimento do livre comércio e a inserção do Brasil no processo de internacionalização 15.5 Políticas públicas de estímulo a pesquisa e a proteção ao Direito de Propriedade Abaixo, apresentamos os pontos a serem abordados pelo professor no conteúdo da aula, podendo ser acrescentados em aula outros tópicos relacionados ao assunto aqui apontado. Políticas públicas para estimular o desenvolvimento econômico O governo poderá estimular o investimento de longo prazo na formação de capital através dos bancos públicos de desenvolvimento. A dificuldade de obter créditos de longo prazo nos bancos privados brasileiros resulta numa atuação mais efetiva dos bancos de fomento oficiais. Nesse caso se destaca o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) concedendo financiamentos de longo prazo a uma taxa de juros mais baixa que a praticada no mercado. Políticas de estímulo à formação de capital e ao desenvolvimento tecnológico O estímulo na formação de capital fixo é baseado no incentivo à expansão da indústria de bens de capital de tal forma que seja capaz de contribuir para o aumento da produção e da renda. Vantagens tributárias têm sido concedidas para as empresas adquirirem bens de capital e melhorar sua competitividade no mercado. Por sua vez, o governo brasileiro tem incentivado o investimento estrangeiro na produção. Com isso, procura atrair tecnologias mais avançadas tornando nossa produção competitiva a nível internacional. Mesmo considerando que uma parte dos benefícios com esse investimento retorne ao exterior, o país ganhará em termos do aumento do estoque de capital e pelas melhores condições de trabalho e renda. Políticas públicas de estímulo à Educação e a capacitação da mão de obra necessária para o desenvolvimento econômico A educação representa um requisito fundamental para uma adequada inserção do indivíduo na sociedade. A melhoria do desempenho em qualquer profissão demanda um crescente grau de conhecimento, tanto específico (as técnicas próprias de cada atividade), como geral e diversificado, ao mesmo tempo em que a participação na democracia requer cada vez mais capacidade de absorver informações acerca dos problemas da sociedade e do Estado. O analfabetismo ainda continua a se constituir como um sério entrave ao desenvolvimento econômico do país, comprometendo o avanço da cidadania, restringindo, ainda hoje, as possibilidades de bem-estar de parte da população. Um outro problema que se apresenta no campo da educação é o que diz respeito à baixa escolaridade da população que é, em grande parte, influenciada pelas altas taxas de reprovação e evasão escolares. Dentre os principais desafios que se colocam para as políticas públicas na área de educação, segundo o IPEA, pode-se destacar a erradicação do analfabetismo, a ampliação do acesso à educação infantil (especialmente na faixa de 0 a 3 anos) e aos níveis de ensino médio e superior, bem como a melhora da qualidade do ensino público. O Governo brasileiro, por sua vez, vem tentando corrigir as distorções intrínsecas ao desenvolvimento do mercado de trabalho, promovendo programas de incentivo ao emprego e ao trabalho e de assistência e proteção ao trabalhador, a partir de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador ? FAT. Com isso, visa criar meios que permitam melhores condições de trabalho e de qualidade de vida, remarcando as ações em qualificação profissional, seguro-desemprego, abono salarial, geração de emprego e renda, inspeção do trabalho e legislação trabalhista. Por sua vez, o Programa de Geração de Emprego e Renda ? PROGER é um dos instrumentos a disposição do Governo para incentivar a política pública de geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida. Sua utilização ocorre através da concessão de créditos em condições especiais, destinados ao financiamento de atividades, unicamente, produtivas nos setores informal e formal, nas áreas urbana e rural. O PROGER Urbano tem como objetivo atender às micro e pequenas empresas, cooperativas e associações de produção, como também aos recém formados, profissionais liberais, prestadores de serviço em geral, trabalhadores autônomos, artesãos e pequenos e micro negócios familiares. Políticas de estímulo ao desenvolvimento do livre comércio e a inserção do Brasil no processo de internacionalização O Brasil se inseriu no capitalismo globalizado em 1990, quando teve fim o processo de substituição de importações e iniciou-se a abertura da economia ao comércio exterior. A paridade cambial do Real perante o Dólar tornou atrativas as importações e se constituiu em elemento de política macroeconômica para manutenção da estabilidade de preços. A indústria nacional teve que se adaptar à nova conjuntura se inserindo no cenário globalizado. A política adotada pelo governo exigiu que as empresas brasileiras se modernizassem e se tornassem mais competitivas no cenário interno e internacional. Deve ser ressaltado a política pública de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que trouxe novos conhecimentos para desenvolver novas aplicações, tais como produtos ou processos novos ou tecnologicamente aprimorados. Políticas Públicas de estímulo a pesquisa e a proteção ao Direito de Propriedade O governo tem estimulado o desenvolvimento de pesquisas nas empresas e universidades. As vantagens tributárias para investimento em pesquisa ainda são incipientes, entretanto, poderão se tornar um instrumento de apoio ao desenvolvimento de tecnologia no próprio país. O sistema de patentes é um grande estímulo ao desenvolvimento de novas tecnologias. A Lei 9.279 de 14/05/1996 regula os direitos e obrigações relativos à propriedade industrial, protegendo os direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país. Estratégias de Aprendizagem O conteúdo deve ser abordado em cada aula de forma a permitir ao aluno assimilar os conceitos relevantes do estudo da Economia. Isso irá proporcionar a formação de pessoas mais comprometidas e capazes de administrar melhor sua vida pessoal e profissional. Caberá ao professor ter além do domínio das técnicas pedagógicas a sensibilidade de saber como empregar essas técnicas da forma mais proveitosa. Como estratégia de aprendizagem, propomos: Estudos de texto; Aulas expositivas dialogadas; Aulas práticas; Palestras; Visitas técnicas; Estudos de caso; entre outras estratégias de acordo com a possibilidade do professor. A melhor estratégia de aprendizagem é aquela que melhor esteja adequada ao perfil da disciplina, do conteúdo da aula, dos alunos e da didática do Docente. Indicação de Leitura Específica CAP 6 do livro Economia: O que você precisa saber? Ed. Estácio de Sá págs 131 a 138 CAP 15 do livro Fundamentos de Economia - Marco Antonio Vasconcelos - Ed. Saraiva CAP 16 do livro - EconomiaMicro e Macro - Marco Antonio Vasconcelos - Ed. Atlas As Bibliografias Básica e Complementar propostas no Plano de Ensino do curso, indubitavelmente, deverão sempre ser objeto de constantes consultas para os estudos e desenvolvimento do Plano de Aula. Ademais, deve-se apropriar das mais variadas informações emergentes relacionadas às temáticas orientadoras da aula que são veiculadas na mídia em geral, tanto em nível global quanto local. Aplicação: articulação teoria e prática 1)PPA: a visão de futuro do país que queremos É responsabilidade constitucional do Governo Federal, dos governos estaduais e municipais a elaboração e o encaminhamento ao Legislativo do planejamento estratégico governamental. O instrumento é o PPA (Plano Plurianual), agora enviado ao Congresso pelo Governo Federal, para o período de 2016 a 2019, no qual são definidos objetivos, diretrizes, programas, políticas e ações, bem como as fontes de financiamento e o orçamento que sustentarão o Plano. O Governo Federal fez um amplo processo de consulta e participação social na elaboração do PPA, que já está no Congresso para apreciação pelos parlamentares nas duas Casas ? Câmara e Senado. A visão de futuro do país que queremos ? um país desenvolvido que promove bem-estar social e qualidade de vida para todos, em equilíbrio com o meio ambiente ? exige caminhos que precisarão ser trilhados por meio de transformações econômicas, mudanças políticas e avanços sociais. O PPA 2016-2019 propõe quatro grandes caminhos, denominados eixos estratégicos, que são: - Educação de qualidade, como caminho para a cidadania e o desenvolvimento social e econômico; - Inclusão social e redução das desigualdades, com melhor distribuição de oportunidades e mais condições de acesso a bens e serviços públicos de qualidade; - Ampliação da produtividade e da competitividade da economia, com fundamentos macroeconômicos sólidos, sustentabilidade e ênfase nos investimentos públicos e privados, especialmente em infraestrutura; - Fortalecimento das instituições públicas, com participação e controle social, transparência e qualidade na gestão. Esses grandes eixos mobilizadores devem reunir as forças sociais para promover grandes travessias, mudanças que alcem o Brasil à condição de país desenvolvido. Para isso, o PPA detalha inúmeras políticas, ações e objetivos a serem alcançados nos próximos quatro anos. Há uma questão central para a promoção do desenvolvimento econômico e social, que é aumentar a produtividade do trabalho e de toda a economia. Quatro vetores devem conduzir esse processo: (a) Aumento do investimento público e privado, especialmente em infraestrutura econômica (estradas, portos, energia, aeroportos etc.), social (creche, escola etc.), urbana (habitação, saneamento, despoluição dos rios, mobilidade etc.) e produtiva (ampliar e modernizar plantas e processos de trabalho); (b) Aumentar o investimento em educação (básica, profissional e universitária), com foco na qualidade do ensino; (c) Incentivar e promover a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico, a inovação no chão das empresas, além da difusão entre os setores, dentro de cada setor e entre as empresas e organizações; (d) Modernizar o Estado, realizando reformas institucionais que simplifiquem e promovam a progressividade tributária, desburocratizem e agilizem a administração pública e as obrigações das empresas e do cidadão, aperfeiçoem a regulação dos mercados, entre outros. O desafio é aumentar a efetividade de cada uma dessas diretrizes. Para isso, pode concorrer a participação social, propondo medidas, cobrando a implantação das ações e mensurando os resultados. É fundamental também criar compromissos entre os atores sociais com as mudanças, com o debate público e com as difíceis escolhas que esses desafios exigirão. (Monitor Mercantil On Line, 10/11/2015). Indagações: a)Com base no texto, mostre a ação do governo para promover o desenvolvimento econômico. b) Como o investimento em pesquisa e tecnologia pode contribuir para o desenvolvimento econômico. c) A partir do texto, mostre os principais entraves para alcançar o desenvolvimento econômico. 2) A política de incentivo ao livre comércio proporciona: a)o aumento da participação do Estado na economia b)a concentração do mercado em grandes companhias c)a formação de monopólios d)a ausência de concorrência no mercado e)a alocação eficiente dos recursos Considerações Adicionais O professor poderá utilizar em sala de aula filmes e documentários atualizados que venham a discutir os conteúdos aqui abordados.
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